Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 53
Capítulo 53: Ironia


Notas iniciais do capítulo

Yo, Leitoas fofas!
Aqui está algo mais raro que o fenomeno da super lua: um capítulo adiantado!
Sem tempo de achar uma imagem fofa de FT, então fiquem com uma que estava aberta no meu navegador(aliás, é o meu OTP)(fiquei com saudades agora do mangá P.A)
http://26.media.tumblr.com/tumblr_m128mdAqq31rqd0w9o1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



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Lucy e Cana caminhavam entre altos rochedos quando o sinal luminoso apareceu no céu.


– O que é isso? - perguntou Lucy olhando para o céu, aquilo parecia ser algo agourento - Parece algum tipo de sinal de alerta.


Cana não pareceu a ouvir, seu rosto se contorceu em desagrado.


– Por que agora! - disse ela em um tom carregado de raiva - Esse é o meu exame final! Mesmo eu querendo sair da guilda... Isso só pode ser piada!Eu vou continuar o Exame!


– Cana... - disse Lucy, achando que a sua parceira estava finalmente surtando.




– Ei Cana, se acalme um pouco - disse Gray enquanto se levantava de trás do velho monte de pedras onde ele e Loke estavam escondidos.


Eles haviam adotado uma técnica arriscada: stalkear a dupla que parecesse ter as melhores pistas ou ideias. Arriscada, pois caso eles encontrassem a Juvia no caminho(ele não achava que ela ficaria sentada esperando docilmente no acampamento)... aquilo podia ser interpretado da maneira errada.


– Ele tem razão, todos nós nos sentimos assim - disse Loke sorrindo e ajeitando os óculos - Mas deve ter sido algo grave para paralisarem o exame.


– Gray!Loke! - disse Lucy surpresa. Cada equipe havia seguido em uma direção para evitar encontros acidentais - Vocês também vieram por aqui?


– Bom, na verdade nós estávamos se... - disse Loke tagarelando de forma distraída, mas Gray, que estava mais atento, foi rápido em tapar a boca do espírito celestial.


– Pura coincidência - garantiu Gray - De qualquer forma, quem se importa? Um inimigo se aproxima, não é hora para exames!


Ele fitou Cana com seriedade, mas dando um leve sorriso de desculpa. Ele sabia o motivo de toda aquela necessidade dela se tornar uma Classe-S, pois certa vez, depois de uma bebedeira muito intensa, ela confessara sua motivação.


– Vamos lá, assim que acabarmos com o idiota qualquer que ousa interromper o Exame, a competição voltará ao normal - disse ele mostrando um pensamento razoável.


Cana soltou um suspiro.


– Sim, você tem razão. Devemos ir logo ao ponto de encontro de emergência, não temos nenhuma informação - disse Cana mal humorada - Pode ser um invasor ou trezentos.


Dada a sorte dela, trezentos era mais provável.



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Erza guardou o sinalizador mágico e reequipou para a sua armadura de uso cotidiano.


– O que vamos fazer, Erza-san? - perguntou Juvia, depois de Erza ter conseguido tirar mais algumas informações dos magos parecidos com animais.


– Devemos procurar o Mest e a Wendy, pode ser que eles não saibam onde é o acampamento, ou mesmo que eles tenham encontrado mais inimigos.


Mentalmente, Juvia já estava desesperada”Eu queria ir procurar o Gray-sama”! Depois desse pequeno surto interno, sua atenção foi voltada para o seu amigo de longa data, que estava no momento largado no chão e com um braço coberto de sangue, onde aparentemente a katana do homem cabra penetrara em seu bastão.


Levy estava abaixada ao lado dele com uma expressão aflita.


– E o que vamos fazer com o Gajeel-kun?


– Não se preocupem, eu levo ele para o acampamento - disse Levy, que parecia estar fazendo um esforço descomunal para levá-lo apoiado nela.


– Certo, cuide disso - disse Erza, com uma pitada de duvida sobre se ela tinha força o suficiente para apoiá-lo pelo longo caminho.


– Uma coisinha pequena que nem você não deveria se esforçar tanto - murmurou Gajeel com a voz pesada de alguém pouco consciente.


– Você fala muito para um cara que não consegue nem ficar de pé - retrucou ela, enquanto ambos começavam a penosa caminhada.




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No mar, nos arredores do Tenroujima...


Um navio menor da Fairy Tail rumava em direção ao continente, e nele, o membro perito da Fairy Tail, Gildarts, estava as lágrimas de tanto rir.


– E Nesse momento, a Cana puxou um segundo cartão... - ia contando Bixslow, quando a voz de Freed interrompeu o relato cômico.


– Hey, Bixslow, o que é aquilo? - perguntou Freed apontando com o seu florete para um sinal vermelho que brilhava no céu.


Bixslow fez sombra sobre os olhos com a mão e viu que o sinal se assemelhava um pouco com a marca da guilda.


– Deve ser algum tipo de sinal de alerta - disse ele dando os ombros.


– Isso é o sinal de perigo - disse Gildarts, tentando se lembrar se alguma vez aquilo já fora necessário nos exames, achou que não - Devemos voltar, alguém pode estar em perigo.


Bixslow concordou com a cabeça e pôs suas bonecas para trabalharem, virando o leme e reajustando as velas.


Freed deve ter feito uma expressão muito tentadora, pois até Gildarts não conseguiu aguentar.


– Estamos assustando o Freed - disse ele rindo - Fique tranquilo, ninguém pode morrer na ilha se tiver a marca da guilda, então a sua amad...


– Ah, Calem a boca! - retrucou Freed corando.



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Jereffer assistia de forma imperturbável o agora gigantesco mestre Makarov lançar avisos para eles não se aproximarem mais. Jereffer achou que seria algo de maior bom senso lançar magias.


Mas ele achou desagradável ver a quantidade de rochedos aguçados em volta dele.


– Ele não vai atirar uma dessas pedras, não é? - perguntou ele para Ultear, que havia sumido a alguns instantes para vestir seu traje de batalha. Ela negou com convicção.


– Não, eles têm regras, honras, besteiras do tipo. É provável que ele nos ameace com a magia suprema da guilda d... - o resto da frase ficou por dizer, pois o mago titânico havia arrancado da ponta de um penhasco.


– Eu prefiro não arriscar - garantiu ele enquanto se virava de costas e começava a caminhar de volta para a segurança das portas mágicas. Ele aumentou a velocidade quando o velho e gigante mago flexionou o braço para trás. E correu quando o pedregulho do tamanho de uma vaca veio naquela direção.


A nave parecia ter alguma leve proteção, pois a pedra se fragmentou em alguns pedaços de tamanhos variados e letais. Um leve olhar por cima do ombro lhe mostrou que Ultear também se mostrou aberta para a ideia de correr. E também que na velocidade em se movia, ela teria a cabeça espatifada.


Com um movimento deslizante pelo chão de madeira encerada, ele deu meia volta.


– Por que eu ainda faço essas idiotices? - murmurou ele com um suspiro cansado, enquanto escorregava pelo chão.


Uma técnica muito simples, que ele aprendera assistindo um esporte muito apreciado no Continente Sul, qualquer coisa haver com chutar uma bola em uma rede. O movimento em pauta era usado pelos defensores era derrubar os oponentes com um movimento chamado por eles de “carrinho”. Não era feito para ser usado fora da grama, mas funcionava bem o suficiente.


Com um grunhido, ele trombou com Ultear e logo ambos rolaram o chão, a tempo de evitar a pedra que passou voando uns 10 centímetros deles, para se arrebentarem depois contra as portas.


Jereffer tentou falar, mas acabara com a boca cheia de cabelo por Ultear ter caído por cima dele.


Percebendo a situação, ela rolou para o lado, enquanto o mago se levantava.


– Você nunca ouviu falar que quando estão atirando em você, você deve se atirar no chão? - perguntou ele enquanto fazia os últimos metros de caminhada até a segurança da área interna de forma meio tropeçante.


– A primeira reação é correr - disse ela perplexa - você me salvou.


– Falha minha, então não vamos fazer disso um hábito - disse ele com um sorriso zombeteiro enquanto entrava - E de nada.


Uma rajada de gargalhadas veio do lado de dentro.


– Jeeh, como se chama mesmo aquele movimento do boliche onde a pessoa derruba o último pino restante?


Jereffer esfregou as costas onde a borda da armadura o cortara devido ao impacto e lhe deu um sorriso irônico.


– Chama-se ”Essa é a melhor piada que você pode pensar?” - dizendo isso, ele apenas se sentou numa poltrona e deixou o seu irmão poeta continuar a tagarelar e desligou sua mente. Não funcionou, então ele resolveu ir procurar silêncio em outro lugar, deixando-o falando sobre fadas, demônios e outras besteiras.


Ele encontrou um assento vazio ao lado de Meredith, que parecia um tanto estática enquanto observava o mago gigantesco através das portas transparentes.


E tinha os olhos muito arregalados, mas mantinha-se firmemente quieta, o que fez Jereffer dar um meio sorriso. Ele arrastou a poltrona com os pés até ficar bem perto dela e sussurrou.


– Não há nada errado em se sentir assustada - ele tinha a intenção de fazer ela se sentir melhor, pois estava parecendo uma ovelha encurralada por leões, mas o comentário a fez reagir com a velocidade em que uma garrafa sobre pressão estoura!


– Eu não estou assustada - protestou ela o olhando de maneira zangada, mas ele apenas riu e deu um tapinha na cabeça dela e responder.


– Então você é uma tolinha, pois aquele cara ME assusta - disse ele enquanto dos dedos despenteavam os fios rosas entre seus adereços de cabelo - Eu não sei se você notou, mas ele quase desequilibrou a nave jogando um pedregulho com a mesma facilidade que você jogaria uma bolinha de papel.


Ela deu um sorriso tenso para a confissão.


– Tá bom, pode ser que isso de ataque me deixa meio nervosa - disse ela em tom segredado - Mas eu não sou covarde!


– Obviamente não, ele está na sua lista de pessoas a matar - disse ele de forma divertida - Mas ter medo não tem nenhuma relação com ser covarde. Uma pessoa sem medo não é corajosa, é simplesmente tola.


Meredith achou que aquilo ia contra os conceitos de heroísmo e coragem das histórias, mas resolveu não contrariar demais, ela sabia que a filosofia de vida do amigo não era do tipo convencional.


– Mas uma pessoa pode ser corajosa mesmo se estiver com medo? - não fazia sentido, mas ela se sentiria melhor caso ele dissesse que era verdade.


– É o único jeito de alguém ter coragem, controlar o medo em prol de um motivo - garantiu ele pousando a mão parada no ombro dela - Mas você é pequena demais para ter que querer parecer corajosa. Que tipo de idiotice o Zancrow andou colocando na sua cabeça?


As bochechas dela se tornaram mais rosadas devido à citação do pseudo quase namoradinho, mas ela negou com a cabeça.


– Não é isso - disse ela olhando para os próprios pés - É que eu preciso ajudar a Ultear-sama...


– Com a própria conspiração dela envolvendo o Zeref? - disse ele em voz baixa, mas fez a pequena maga se sobressaltar - Não se preocupe, os planos dela não me interessam mais que os do Purehito, mas ler pensamentos é algo tão natural para mim quanto respirar. Você acha que pode acabar precisando lutar com alguém da sua guilda no decorrer disso, não é?


– Sim - concordou ela timidamente - Eu não quero decepcionar a Ultear-sama.


Ele a presenteou com um sorriso de compassivo. Ele não estava mais ligando para sua reputação, não naquele momento. Se tudo ocorresse da maneira suposta na ilha, era bem improvável que ele tivesse a chance de ver um segundo amanhecer.


– Você não deveria se preocupar tanto com isso, pequena, mas não vou dizer que você está sendo boba - disse ele enquanto assistia a nave chegar cada vez mais perto do gigantesco mestre da Fairy Tail - Quando eu era pequeno, eu fui uma constante decepção para os meus pais. Rusty era um ótimo mago, minha irmã carismática, mas eu não, nem mesmo em falar em era bom, tudo que eu sabia fazer bem era escrever. Curiosamente, aquelas duas pessoas poderosas e corajosas que meus pais eram, já foram para suas respectivas sepulturas, enquanto eu ainda estou aqui. Irônicos, não é?


Ela não soube o que responder para aquilo, e não entendeu a onde ele queria chegar.


– Eu amava eles, e gosto de pensar que isso era recíproco. Não se preocupe, a sua querida Ultear pode sobreviver a um pouco de decepção, caso isso aconteça - disse ele dando-lhe um tapinha encorajador nas costas - Eu tenho quase certeza que o velho assustador vai tentar nos derrubar do ar, se achar que vai cair, pode se segurar em mim - concluiu ele piscando.



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Notas finais do capítulo

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