Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 50
Capítulo 50: Sombras no Passado


Notas iniciais do capítulo

Yo, Leitoras maravilhosas! Tudo bem com vocês? Comgio tudo, exceto estar morrendo de algum tipo de praga viral.
Duas imagens fofas para vcs:
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Na rota calma do Exame Classe-S em Tenroujima...


Um clima estranho pairava na dupla constituída pelo Dragão de Ferro e a pequena devoradora de livros da Fairy Tail.


Estranho para começar devido ao fato que a pessoa ali que estava zangada era ela.


Ela não sabia o porquê daquele humor azedo, considerando que ela devia estar saltitante por conseguir evitar a primeira luta. E Gajeel não estava ajudando.


Eles haviam entrado pelo túnel que levava a uma alameda arborizada quase desértica, a não ser por um esquilo o outro que pulava assustado da grama devido à aproximação de estranhos, o ar estava morno, uma ocasião perfeita para conversas sobre...coisas.


E tudo que ele fazia era resmungar sobre a falta de pessoas para se bater naquele caminho.


Aquilo a deixava irritada.



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Assim que um tempo seguro havia se passado, Bixslow abriu os olhos, mesmo já tendo há muito recobrado os sentidos.


Freed estava sentado, esfregando a cabeça.


– Parece que você foi realmente estúpido o suficiente para perder de propósito - notou Bixslow enquanto verificava o estado de saúde de seus bonecos. Nenhum parecia ter danos externos - Droga, aquela maldita cosplayer me fez bater a cabeça. O que aconteceu depois disso?


– Coisas constrangedoras - disse ele se levantando e espanando as suas vestes com as mãos - Mas isso não importa agora. Você consegue achar o caminho para o acampamento dos examinadores?


Bixslow assentiu, retirando a viseira e olhando para as paredes, seus Figure Eyes ultrapassando o material sólido até encontrar a figura luminosa de uma alma. Uma leve averiguação revelou a alma do mestre.


– Achei - disse Bixslow - O caminho é bastante longo, então é melhor irmos logo, assim podemos pegar o navio de volta com algum dos examinadores.


Freed assentiu, e por um breve momento achou que o amigo seria maduro o suficiente para não o interrogar sobre os motivos de ter desperdiçado aquela participação no exame. Mas esse breve momento logo passou, e Bixslow fez essa pergunta.


– E-eu não sei - disse Freed envergonhado - Eu acho que a Cana tem mais motivos para querer se tornar uma Classe-S... e de qualquer forma, eu não preciso ocupar o lugar deixado vago pelo Laxus, uma hora ou outra o velhote há de perdoá-lo e ele vai voltar.


Bixslow riu daquilo.


– Eu formulei uma teoria mais interessante para toda essa gentileza com a Cana - riu ele colocando a língua para fora - Como diria aquele adorável e peludo comediante que vive empoleirado no ombro do Natsu: você goxsssta dela!


O efeito de enrolar de língua dele era muito superior ao de Happy por motivos óbvios, e aqueles malditos bonecos repetindo fizeram Freed quase ter uma hemorragia na face.


–Largue de ser criança e falar besteiras!



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Enquanto isso, em outra das rotas...


Juvia caiu no chão, cansada demais para continuar.


– Bem - disse Erza, enquanto tentava conter o inchaço que começava em uma das suas bochechas, vítima de um golpe em cheio - Você lutou com força e determinação, então eu suponho que como avaliadora...


Mas Juvia negou com a cabeça, apesar de não querer decepcionar o Gray, ela tinha perdido.


– Não, Erza-san, um resultado de batalha não pode ter múltiplas interpretações - disse ela em um tom maduro, antes de irromper em lágrimas exageradas e perder aquela madureza toda...


– A Juvia perdeu - disse ela, enquanto Lisanna se levantou alarmada com o risco de inundação - E agora...


Lisanna viu o perigoso efeito colateral de seu incentivo.


– Vamos lá Juvia, não fique assim - disse ela dando um tapinha nas costas da maga de água e desviando dos jatos de água que saiam dos olhos da mesma - Você se esforçou, e isso é tudo o que realmente importa!


– Tem razão, obrigado, Lisanna-chan- disse Juvia sorrindo levemente - A Juvia vai aprender com a sua coragem vendo a Lisanna-chan contar para o Natsu-kun como ela não foi nem mesmo capaz de acertar a Erza-san uma vez sequer.


– Você não precisava lembrar disso - disse ela caindo também em um humor escuro.



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Gray e Loke caminhavam por entre altos e escarpados rochedos antes de saírem subitamente no final daquela longa caverna onde batalharam com Mest e Wendy, dando de encontro com Lucy e Cana.


– Gray, Loke - disse Lucy ao vê-los emergir do túnel - Eu sabia que vocês conseguiriam passar no primeiro teste.


– Por enquanto, parabéns - disse Cana assentindo e dando um sorriso para Gray,contente pelo amigo ter chegado até ali, pelo menos quando ele perdesse ele poderia ter como defesa que chegou ao segundo teste.


Um pouco mas para trás, Levy acenou para eles também.


– Então vocês também conseguiram passar - disse ela sorrindo - Eu e o Gajeel tivemos a sorte de pegar o caminho calmo.


– Sorte? - repetiu Gajeel indignado - Eu não tive a chance de bater em ninguém! - protestou ele como se aquilo fosse um grave crime.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de todos ali, era obvio que qualquer um deles gostaria de ter guardado a energia para os próximos testes do que lutar logo no primeiro.


– Espera, quer dizer que só nós passamos para o segundo teste? - perguntou Loke, mas percebeu que sua pergunta era infundada quando Happy surgiu de trás de um arbusto voando, carregando no braço algumas amoras.


– Não, o Natsu está ali - ele apontando com a pata enquanto experimentava as frutinhas - Ele está meio esquisito.


– Então só sobraram o Elfman e a Evergreen, e é provável que eles tenham pego a rota da Mira - disse ela - Pobres coitados.


Antes que quaisquer comentários adicionais pudessem ser feitos, o Mestre Makarov resolveu mostrar a sua presença ali.


– Agora acho que estamos todos aqui - ia começar ele a dizer, antes de haver uma grande agitação na vegetação que isolava o fim de umas das rotas, e Elfman e Evergreen saírem da mesma, ambos bastante esfoliados e Elfman sendo apoiado por Evergreen.


– Esperem por nós - disse Elfman enquanto eles aumentavam o passo.


– Elfman! - disse o mestre surpreso, ele não acreditava que alguém pudesse derrotar a Mira empolgada devido a voltar ser uma avaliadora.


– Derrotamos a Onee-chan! - disse ele com um punho fechado e levantado de fora vitoriosa, respondendo a pergunta muda ali.


– Incrível - disse Makarov impressionado - E como vocês venceram a Mirajane?


Aquilo fez Elfman abaixar os olhos envergonhado e Evergreen tentar manter a expressão neutra.


– Eu não posso dizer...como um homem - disse Elfman, e a frase foi completada por Evergreen - Digamos que encontramos uma abertura e a aproveitamos.


– Certo, então eu já posso anunciar os resultados parciais - disse o Mestre reassumindo seu ar de solenidade - As duplas que aqui estão são: Cana e Lucy, que contaram com sorte e perícia em batalha derrotando Freed e Bixslow.


Aquilo fez o maxilar de Gray e Loke despencaram, e ambas as garotas darem olhares de soslaio desagradadas com a palavra “sorte”, mas o velho mago não pareceu notar.


– Natsu e Happy por algum milagre conseguiram passar pelo Gildarts, e assim, prosseguiram.


Aquilo fez todos ficarem de queixo caído e soltarem sonoros “o queeeês?”. Todos imaginavam que ele havia passado pela Erza, que andava em um estado tão serelepe que era fácil imaginar ela pegando leve. Na imaginação geral, todos achavam que o motivo da ausência de Juvia, que era uma maga de alto nível em sua época na Phantom Lord, foi Gildarts, mas isso queria dizer...


– Juvia e Lisanna encontraram aquela cavaleira que desconhece o significado de pegar leve e falharam no primeiro teste - disse Makarov explicando a dúvida que pairava no ar - Mest e Wendy foram derrotados pela habilidade em combate de Gray e Loke e o talento deles em assustar garotinhas.


Aquilo fez uma gota de suor escorrer na parte traseira da cabeça deles, mas não reclamaram do julgamento do mestre.


– Levy e Gajeel passaram pelo caminho da calma graças a sua boa sorte - disse ele depois de uma pequena pausa para as risadas - E Elfman e Evergreen de alguma maneira passaram pela Mirajane.


– E com isso chegamos ao segundo teste do Exame!


Antes que o mestre pudesse continuar, Natsu, que estava em um absurdo estado pensativo, pareceu ter uma ideia.


– Gray, Cana, Elfman, Levy - disse ele em aquele seu tom entusiasmado - Vamos lutar e ver quem vai se tornar um mago Classe-S.


– Como um Homem, eu aceito o desafio - rugiu Elfman em resposta.


– Eu não vou perder, ainda mais para você! - disse Gray confiante.


– Nem eu - disse Levy determinada, mas mesmo isso não a fazia se tornar ameaçadora.


O mestre riu da animação deles, antes de retrucar.


– Parem de falar besteiras, não viemos até tão longe apenas para vocês resolverem tudo em uma batalha campal - disse o mestre agitando a mão em um gesto de descaso - O segundo teste é procurar o túmulo de Mavis, a mestra que fundou a nossa guilda.


Aquilo fez varas conversas aos múrmuros se iniciarem “A mestra que fundou a guilda...” ,"um túmulo, que coisa mórbida”, “parece fácil”.


– Vocês têm apenas seis horas! Ouviram! Apenas seis horas - disse o mestre enfatizando que eles não tinham tempo a perder - Eu esperarei aqueles que conseguirem passar nesse teste no túmulo da primeira mestra.


E com isso ele se retirou.



– Beleza! Vamos lá Happy - disse Natsu mais uma vez mostrando sua velocidade para agir, saindo correndo.


– Aye, sir!


Elfman também teve uma reação rápida.


– Um homem deve correr se quer ser o primeiro - disse ele saindo correndo e puxando Evergreen junto dele - Vamos lá, Ever.


– Eu já falei para você não me chamar assim! - disse ela exasperada, o seguindo.



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O avistar da ilha logo se fez presente também para olhos menos aguçados, e aquilo colocou algumas em uma atividade frenética.


Rustyrose e Ultear foram encarregados para escolherem os primeiros pelotões que iam fazer o trabalho de “batedores” na ilha, e seriam enviados primeiro que os próprios Pilares para a ilha através da magia de transporte humano que Caprico podia usar alterando um pouco a forma de usar Subordinação Humana, e aquilo deu a chance de Ultear ter a sua curiosidade saciada longe da audição de morcego do mago de encarnação.


– Eu precisaria de vários dias para contar a história que você quer ouvir - disse Rusty enquanto apontava no painel mago por mago que ia naquele primeiro ataque - Primeiro você precisa entender onde uma pitoresca família de magos das trevas viviam...


– Eu já sei - disse Ultear balançando a cabeça para que ele se apressasse - O Jereffer já me mostrou, um monte de casebres queimados.


Rustyrose pareceu tão surpreso quanto alguém ficaria caso dissesse que ele havia trocado a alma por um sorvete.


– Ele te mostrou?


– Sim, serviu de esconderijo depois daquela grande brincadeira dele que ocasionou na fuga do Jellal - disse ela dando os ombros - Isso é importante?


– Não, eu simplesmente não sabia que ele ainda conseguia encontrar aquele lugar - disse ele recuperando seu ar poético natural - Ele te contou o que deixou aqueles casebres queimados?


– Um bombardeio do conselho ou coisa do tipo - disse ela enquanto também escolhia algumas no painel.


– Ele não mentiu, apenas simplificou aquela terrível Gomorra - disse ele naquele seu modo poético, mas por alguns instantes pareceu emergir em lembranças, antes de continuar - Eu já era um adolescente e, modéstia desnecessária a parte, talentoso mago, e minha irmã também já podia lutar, quando eles vieram.


– O conselho? - deduziu ela.


– Sim, uma centena de Cavaleiros das Runas - disse ele com um aceno pesaroso - Meu fragmento ainda treme ao se lembrar de uma luta tão equilibrada que uma pessoa a mais do nosso lado teria virado a maré. E essa pessoa estava escondia como um rato cuidando de um bebê fora de idade - as últimas palavras vieram com uma amargura não sarada que parecia antiga.


– Se eu quisesse meios-enigmas, eu tinha perguntado ao próprio. Conclua!


– Minha irmã - disse ele com desagrado - Ela também já não era nada má em magia, mas ainda sim ficou empoleirada dentro de casa por causa que meu babybrother estava assustado ao ponto de sujar as fraldas. Droga, eu não deveria realmente culpar ele, era só uma criança, mas não consigo evitar, saber que a diferença ficou assistindo pela janela nossos pais serem massacrados.


– Trágico - comentou ela, sem saber o que falar.


– Ele não era como se transformou agora, e temo que parte da sua decadência começou com isso. Ele era bastante inocente e adorável quando pequeno, como a Meredy. Acho que é por isso que ele gosta tanto dela, vê nela a parte que ele perdeu de si.


– Você faz o amadurecimento soar como algo terrível - comentou ela, sentindo-se mal sem saber o motivo.


– Nah, eu não falava sobre amadurecimento. Para terminar essa história, digamos que cada um de nós escolheu um caminho a seguir, e o dele foi o mais escuro e solitário, que acabou enterrando o melhor dele, e agora ele quer apenas... - disse ele, mas qualquer que fosse o final daquela frase, ficou por dizer, devido ao som de passos.





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Notas finais do capítulo

Comentários? Elogios? Não vou sugerir tipos de tapadas por que eu já estou mal o suficiente, se contentem com isso em caso de desaprovação.