Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 21
Capítulo 21:Dragão no Escuro, Dragão Perdido


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras fofas! Nada como jogar fora uma linda manhão de sábado pós feriado grande pra caralho digitando ;D
Em comemoração a volta do meu tempo livre, uma imagem fofa para vocês
http://26.media.tumblr.com/tumblr_lz3y4eBrLR1r81qzlo1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



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– Levy, acorde! - disse Natsu a cutucando com a sua garra metálica, uma das coisas que conseguiam rivalizar com as asas no quesito utilidade.


Ela abriu metade de uma pálpebra, antes de voltar a dormir.


– Vá ver que horas são no relógio da Catedral Metsume, Natsu - resmungou ela, tentando voltar ao seu sono.


Natsu suspirou, enquanto tinha uma ideia para tirá-la da cama.


Ele se lembrava exatamente onde estava, e então foi apenas uma questão de tempo para achar dentro da última gaveta dela o rascunho de “Contos Quentes Imaginários”. Ele começou a ler o capitulo de Gajeel em voz alta.


“cinco... quatro... três... dois...” foi Natsu contando mentalmente.


Ele havia pegado o timing errado, ele foi atingido por Roundhouse Kick no dois. Ele colidiu contra a parede, devido ao fato de não esperar uma retaliação tão violenta.


– Você poderia ter me avisado que lutava karatê! - disse Natsu massageando as costas, enquanto Levy tratava de esconder o livro em meio a uma pilha de roupas sujas.


Depois de considerar sua criação bem escondida, ela se voltou um olhar que deveria ser mortal para Natsu, mas o efeito se perdia devido ao fato da pequena estatura, bochechas coradas e camisola de laranjinhas.


Natsu apanhou o espelho que ficava na cômoda dela e colocou na sua frente, e ela percebeu que ela parecia uma criança assassina.


– Ok, você tem um ponto - rosnou ela - Para que tanta crueldade tão cedo?


– Chama-se pressa - disse Natsu olhando para o relógio da mesa de cabeceira - Eu devia estar no estúdio daqui à... dois minutos. Em todo caso, eu gostaria de pedir para você ajudar o Gajeel a consertar o lacrima de aquecimento.


Levy corou e gaguejou algo em algum idioma desconhecido, deixando Natsu impaciente.


– Por favor, não argumente - pediu Natsu - Eu vou ter que retaliar com algo que vai deixar você mais corada e gaguejar mais.


Fazia tanto sentindo que deixou Levy estupefata.


– Você fará isso? - utilizando seu melhor desempenho em Puppy Eye’s, Natsu viu os resultados ao vê-la assentir - Ótimo, vejo você outra hora.


Ela já se preparava para sair quando pensou em uma piada pronta, e ele não podia desperdiçá-la.


– E tenha isso como motivação: todas vão sair ganhando - disse ele enquanto flexionava as pernas levemente, se preparando para correr - Afinal, as garotas ganham seus quartos corretamente aquecidos novamente e você ideias para um novo capítulo.


Correr foi uma das coisas mais sábias que ele já fez na vida.


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Natsu achou que a região em volta do estúdio estava muito tranquila. Isso se agravou devido ao fato de eles não precisarem de uma escolta para conseguir entrar.


Happy o baixou até o chão assim que eles entraram, encontrando uma Taurin entediada sentada por ali.


– Já estávamos para mandar uma equipe de resgate, Cowboy - disse ela piscando - Acordou tarde?


– Alguns eventos me atrasaram - respondeu ele, enquanto abria a porta do transporte para Wendy e Laki (que estava substituindo a Erza) saíssem - Por que esse lugar está deserto?


– Vamos ter um dia de audiência fraca - disse ela dando os ombros - Hoje todos vão ficar falando e especulando aquela fuga da prisão em Era.


Natsu assentiu, enquanto Wendy pulava para fora, sendo acompanhada por Charle.


– Isso é uma boa notícia - disse Laki satisfeita - Menos pervertidos para ficarem me encarando.


– Aposto que eles ainda vão estar em nível suficiente para que você queira empalar alguns - disse Taurin - Não se preocupe, está no contrato deles apanhar ocasionalmente, então não se sinta tímida.


– Não a encoraje - pediu Natsu - Onde está aquela pessoa alegre do French?


Taurin riu.


– Ele teve um ataque dos nervos ao receber a notícia que teria que mudar o cenário que havia sido montado para a Titânia, e agora ele está lá atrapalhando o pessoal da decoração, no hábito que ele chama de “motivar”.


– É algo do tipo: O importante é participar, então se você não pode ajudar, atrapalhe - brincou Taurin - Venham, eu vou mostrar os avanços para vocês.


Varias dezenas de funcionários lutavam para transformar o que antes se parecia com um campo de batalha em uma floresta, enquanto a metade parecia ajudar gritando com o pessoal das entregas.


Taurin fez sinal para que eles aguardassem, e fez seu chicote estalar em direção ao ar, fazendo com que todos dessem um salto de surpresa


– O que está acontecendo aqui?


O estilista, French, se adiantou em explicar.


Non, non, non .Um ultraje, parece que ninguém consegue encontrar funcionários aptos para comprar material! - disse ele enquanto secava a testa com um lenço de seda branca.


– Ok, pausa - disse Taurin - Desde quando compramos coisas? Qual é a lógica disso? Onde está o Jeeh?


– Bom, temos uma pequena falha nessa lógica - disse ele, acenando com a cabeça para um banco, onde o mago parecia meditar - Não queremos incomodá-lo. E também tem o risco dele explodir coisas inconscientemente caso seja interrompido.


Taurin revirou os olhos.


– Onde está aquela vaca esquisita da Jesseline quando se precisa dela? - disse ela se dirigindo em direção ao mago de encarnação.


Ela retirou sem nenhum cuidado os óculos escuros dele. Dois olhos fechados.


– Aqui está, seus gênios, ele estava dormindo - ela o sacudiu pelo ombro - Acorda!


O jovem mago abriu os olhos preguiçosamente.


– O truque da meditação não interrompivel funcionou - comentou ele, ficando de pé - Eles ainda não terminaram? Desapontante.


Taurin conteve a gargalhada, e se virou para os magos da Fairy Tail.


– Aprendemos uma valiosa lição com isso - disse ela enquanto o mago de encarnação começava a escrever - Ter um QI elevado ou um talento valioso sempre te ajuda a cabular o trabalho.



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Horas mais tarde, na base voadora da Grimoire Heart



– Tenha paciência, Ultear-san - disse Rustyrose entediado - Você vai abrir um buraco no chão se ficar dando voltas.


Ultear parou, apenas para recomeçar logo em seguida.


– Ele está demorando apenas para ser irritante!


– É bem provável - disse Rustyrose com um suspiro - Você já notou que detesta tanto ele porque vocês são parecidos?


Ultear lançou um olhar tão mortal para o membro dos 7 Pilares do Purgatório que ele cogitou o fato de que ele poderia precisar de assistência médica.


– Como? - disse ela entre os dentes para controlar a raiva.


– Frios, calculistas, manipuladores, cruéis sobre a maioria dos aspectos - disse ele enumerando os fatos com os dedos - A diferença é que você é uma garota e é quente.


Ele com certeza teria sido atirado da maquina voadora se um mago não tivesse surgido na sala.


– Eu realmente espero que alguém tenha morrido ou esteja morrendo para vocês terem me chamado - disse Jereffer, enquanto analisava a situação da sala.


Ultear se preparou para retrucar algo bem impróprio, mas foi interrompida:


– Eu tenho exatos 15 minutos até alguém perceber que eu deixei uma projeção mágica no meu lugar - disse ele olhando para o relógio - Diálogo censura livre, é mais rápido.


Ultear respirou fundo, enquanto Rustyrose se preparava para assistir algo que deveria ser engraçado.


– Eu preciso da sua...aj...aju... - Ultear gaguejou - eu não vou conseguir fazer isso


Meredith, que escutava tudo com a orelha colada na porta, resolveu ajudá-la entrando na sala e dizendo:


– Ela está tentando dizer que precisa da sua ajuda para achar o Jellal-san.


Jereffer quase sorriu para a simplicidade da pequena maga, antes de escrever algo e recomeçar o diálogo.


– Bom, a Meredy aqui te poupou de algo doloroso - disse ele - Mas eu acho que o meu jogo lhe deu uma ideia errada. Por favor, leia a placa.


Um neon brilhou sobre sua cabeça, com a frase “Eu NÃO sou uma pessoa boazinha”.


Ultear rosnou perigosamente.


– Você não pode ter o tirado da prisão para ver ele ser capturado horas depois!


– Assista-me - sugeriu ele - Se ele for capturado, vai falar que um fantasma, uma cópia dele mesmo e uma pessoa que ele nunca viu na vida o tirou de lá. Onde nesse espaço de tempo deveria entrar o motivo para eu me importar?


Meredith se moveu até o outro lado da sala, e sussurrou:


–Será que teremos que impedir uma matança? - perguntou ela preocupada.


Rustyrose sorriu.


– Meu irmãozinho ladra muito forte mas não morde realmente - disse ele - E a Ultear não é estúpida o suficiente de atacar alguém que lhe tem utilidade, fique tranquila.


– E tem mais - disse Jereffer - Se vocês não conseguiram o encontrar sozinhos, o conselho também não o fará.


“Controle seu desejo de matar” disse Ultear fazendo exercícios de respiração “Seja racional” aquele garoto a irritava em níveis totalmente novos.


– Você é uma pessoa esperta, então use a sua inteligência - disse ela entre os dentes - O que Você quer para realizar esse ato que não lhe traz nenhuma vantagem pessoal?


“Fácil com tirar doce de criança” disse Jereffer, ocultando seu humor.


– Nada em especial - disse ele monocórdio enquanto fazia uma orbe de lacrima surgir - Você fica me devendo um favor.


Ele colocou dois dedos na têmpora e fixou seu olhar ali, começando a procurar com a mente.


Rustyrose assistiu com humor a pantomima do irmão, antes de se aproximar do seu irmão e comentar casualmente.


– Você sabia que ela te pediria isso quando deixou o Jellal sozinho, não é?


– Regra número 33 para a sobrevivência de jogadores - disse ele sem tirar os olhos da orbe - Sempre faça com que as pessoas que potencialmente querem te matar tenham dívidas pra com você.


– E você pode achar o mago em questão em apenas alguns segundos pela assinatura mágica dele - continuou ele - Algum motivo para a enrolação?


– Estou prorrogando a liberdade daquele pobre coitado - disse ele contendo o riso - Tirá-lo da prisão para atirá-lo para a Ultear é cruel demais até para mim.


Rusty parecia ter algo mais a dizer, mas Jereffer cortou.


– Eu recomendaria que você usasse todo esse seu talento para interpretações para aprender Thief Mind, aposto que só lhe faltam 100 pontos de QI para alcançar a mente necessária - disse ele guardando o lacrima e começando a escrever algo no ar, fazendo que um circulo mágico branco surgisse - Primeiro as damas - disse ele gesticulando para que Ultear se aproximasse.


– E que diabos é isso? - disse ela analisando o circulo mágico com suspeita.


– Um simples portal de distância para a localização do Jellal - disse ele - Como é improvável que ele me siga docilmente até a aqui, considerando que ele não me conhece e ninguém com bom senso vem a base da Grimoire, você vem comigo.


Fazia sentido, mas ela ainda desconfiava demais do mago.


– Ele vai durar 8 segundos, então... - ela se adiantou com passos firmes em direção ao circulo mágico, mas quase congelou quando estava a um passo e Rustyrose falou:


– Você sabe que ele poderia estar te mandando para marte com um desses né? - não havia exatamente tempo de parar.


Depois de uma confusão de cores, ela sentiu seu corpo se fixar no chão, ela não estava em marte, afinal.


Jereffer surgiu ao lado dela.


– Não acredite nele - disse ele, antes de acrescentar - Minha energia mandaria alguém no máximo até a lua.


“Agora ele é alguém totalmente confiável” pensou Ultear, enquanto se localizava, eles estavam em um beco lateral, que ficava nas costas de um...


– Um rinque de patinação no gelo - riu o mago ao conseguir ver o letreiro descascado do fundo - Eu adoro as pequenas piadas irônicas da vida.



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Gajeel se dirigia a Fairy Hills lentamente, devido ao grande acúmulo de neve que tapava a trilha, quando foi alcançado por Loke.


– Garoto Espírito, o que você quer? - perguntou ele parando por alguns instantes para permitir a aproximação antes de voltar a caminhar.


– A Erza me pediu para eu ver se você caiu em alguma vala para justificar a demora - disse ele, fazendo o Dragon Slayer de Ferro rosnar.


– Eu estou fazendo isso de graça e ela quer velocidade? - disse Gajeel - Mande ela se...


– Repasse você mesmo o recado - interrompeu Loke - Eu gosto da minha integridade física.


– Mariquinha - resmungou Gajeel, enquanto se atolava na neve novamente - Malditos Blizzardvern e suas nevascas.


– Você deveria ter mais amor no coração - disse Loke, apenas para irritar - Ao que parece, criar tempestades de neve é algo involuntário..agh..


Loke sentiu seu colarinho ser puxado, e quando seu senso de localização voltou ele estava a poucos metros de Fairy Hills.


– Esse não é um bom hábito, Gajeel - disse ele falando com as mãos em conchas envolta da boca, para se fazer ouvido - Arremessar as pessoas não é uma coisa legal.


– Para mim é - retrucou Gajeel, passando direito pelo espírito que havia caído sentado e passando pelos portões de Fairy Hills.


Ele encontrou a tão temida Titânia devorando avidamente um balde de sorvete que já estava pela metade, enquanto em uma tela na sua frente passava em um noticiário uma imagem de guardas do Conselho e Cavaleiros das Runas vasculhando Era.


Ela tirou a atenção do balde temporariamente ao ver ele, mas apenas por tempo o suficiente para olhar para ele e berrar “LEVYYY!”.


– Quanta sutileza - disse Gajeel irônico, enquanto Levy saía do corredor que levava aos quartos.


Levy trajava o que lhe parecia ser as vestes adequadas para uma manutenção, que se consistia em um colete curto liso e calças flexíveis.


– Estou pronta - disse ela.


Gajeel riu.


– Para um concerto de rock melódico, quem sabe - disse ele - Apenas me apontem onde fica esse porão de maquinas antes que minha paciência acabe.


– Quanta sutileza - disse Erza, indicando que havia ouvido sua provocação.


Gajeel rosnou, mas não retrucou. Ela estava devorando sorvete, um sinal feminino de desestabilidade. Ele gostava demais da sua vida para mexer com uma mulher pouco instável.


– Por aqui - disse Levy, o conduzindo até uma escada em caracol que descia até o porão e, consequentemente, a sala de máquinas.


Gajeel sentiu uma sensação estranha e agradável a cada degrau que ele descia, o cheiro de metal enferrujado e o ar pesado o lembravam muito a caverna onde ele passara sua infância com Metalicana. A completa ausência de luz também ajudava.


Levy, ao seu lado, pareceu sofrer um arrepio ao ver a escuridão que engolfava os degraus.


“Isso pode acabar sendo divertido”pensou Gajeel com um sorriso.


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Em algum lugar nas proximidades de Era, naquele dia...


Aquela floresta estava silenciosa,a não ser por alguns animais e passos distantes de muitos pés. Ele podia ouvir eles correndo. O Dragon Slayer de Veneno se jogou no chão cansado, se apoiando em uma árvore, enquanto semicerrava os olhos para ver a luz mortiça que entrava por entre os ramos.


Ele estava cansado, mas não conseguia mais continuar. Não havia mais nada.


Não havia mais casa. Não havia mais a reputação de temido. A Oración Seis também não existia mais. Não havia mais o Racer, A Angel, o Hoteye, Midnight ou Brain. Mas essa perda era pequena em relação a sua...


– Não há mais o Cuberos - murmurou Cobra tristemente, ao sentir a ausência do sua amada amiga - Eu preciso..te encontrar...



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Notas finais do capítulo

Se não tiver entendido esse finalzinho, taque "Cuberos" no google e veja o primeiro resultado... de nada.
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