Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 13
Capítulo 13: Calor de Dragão


Notas iniciais do capítulo

Leitores e Leitoras!
Eu acabei de notar que o numero de leitores freqüente caí a cada cap, e que eu jamais conseguirei cumprir minha aposta de chegar aos 200 reviews. Já vi que 100 vai ser lucro.
Em todo caso, agora os caps vão vir de 2 em 2 dias ou mais, minha mãe fez uma cirurgia, então quando não estou atuando de enfermeiro/cozinheiro/farmacêutico/profissional de limpeza/relógio, fica foda achar tempo e energia para escrever.
Ps: nem tive tempo de corrigir o texto, de ter cada peróla...
Sem mais, Enjoy:



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– Isso aqui não está meio lotado? - comentou Lucy para Levy, enquanto ambas bebericavam um chocolate quente.


– A neve trouxe os magos de volta de seus trabalhos e os problemas no aquecedor de Fairy Hills nos trouxe para cá - explicou Levy - O lado exterior só está transitável para magos de fogo, gelo ou com habilidades de vôo....


– Ou muito estúpidos - disse Gajeel, que estava ouvindo a conversa por acaso - O Salamander se sente tão inquieto em ambientes fechados que resolveu dar uma volta, mesmo com a nevasca.


Lucy estreitou os olhos, procurando uma certa maga Take Over, mas não encontrou.


– Você sabe onde? - perguntou ela.


– Aonde ele vai para destruir coisas - disse Gajeel como se fosse óbvio - Floresta lest...


Ele nem havia terminado de falar quando Lucy saiu em disparada.



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– Você vai acabar congelando - disse Natsu - Você não prefere fazer companhia para o Happy em um lugar mais quente?


Lisanna teria sorrido, se seus dentes não estivessem batendo devido ao frio.


– Essa floresta seria linda se não fosse um refrigerador gigante - disse ela tremendo.


Natsu riu, enquanto uma nuvem de vapor se liberava da sua pele, ele tirou seu cachecol e ajeitou em volta do pescoço dela.


O tecido estava tão quentinho que foi uma sensação verdadeiramente orgásmica, e antes que ele pudesse tirar o braço, ela o fixou ali, se aninhando.


– Você é um excelente aquecedor humano - brincou ela.


Foi nesse momento que eles ouviram latidos.


Lisanna apurou os ouvidos.


– Isso são cães de caça - disse ela estranhando, ao reconhecer o som.


– Heiiháá - fez Lucy surgindo, em um trenó de cães, vestida de forma semelhante a um caçador cossaco.


Natsu tentou fazer uma ligação entre as duas coisas.


– Ei, olá Natsu e... Lisanna - a última palavra foi proferida como se fosse uma praga - Eu estava em uma missão informal.


– Caçando? - estranhou Natsu.


– É, eu tinha que encontrar uma certa vaca - disse Lucy com acidez saltando do trenó - Mas eu já a encontrei, então estava só dando uma volta.


Natsu havia parado de prestar atenção, e se ocupava em acalmar os cães farejadores.


– Não devemos fazer tanto barulho - disse Natsu - eu acho que não estamos muito longe da cabana da Porlyusica, e eu realmente não quero tomar uma vassourada.


– Porlyusica...? - disse Lucy tentando lembrar quando já ouvirá aquele nome.


– A curandeira que às vezes ajuda a guilda - exemplificou Natsu, para a compreensão de Lucy - Alguns dizem que foi amante do velhote na juventude de ambos, lá na pré-história.


Sua piada não conseguiu amenizar muito o clima sangrento que se formava entre as duas, então ele continuou a falar.


– Ei Lucy, onde conseguiu esses cachorros?


– No zoológico...


– O estagiário continua a emprestar animais em troca de uma exibição de truques mágicos? - disse Natsu, rindo quando ela assentiu - Com 7 milhões de magos em Fiore, anda existe pessoas assim, isso é algo estranho.


– Mas é algo bem útil - disse Lucy.


Uma ventania fria surgiu, e a neve, que havia dado uma trégua, começou a cair em uma velocidade alarmante.


– É melhor voltarmos para a guilda - disse Natsu olhando para o céu - Nem mesmo eu vou conseguir abrir caminho na estrada, se isso continuar dessa maneira.


Lucy abriu um sorriso largo.


– Você pode voltar comigo no trenó - disse ela puxando ele por um braço - É bem mais rápido.


Lisanna ficou rígida devido a súbita investida.


– Mas como transportes te fazem passar mal... - disse ela puxando o outro braço dele - Andar nunca matou ninguém.


Natsu resolveu assumir o controle antes que ele fosse rasgado ao meio.


– Isso é fácil de resolver - sem nenhum aviso, logo ambas estavam penduradas debaixo de seus braços, como sacos de batatas - Esses cachorros são legais o suficiente para eu não considerar transportes então... Heiiháá cachorrinhos - disse ele pulando para o trenó.


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Um tanto mais tarde, na guilda...


– Vamos ter que passar a noite aqui? - perguntou Laki, quando Erza fez o comunicado as garotas.


A maga de armadura assentiu, com um ar grave.


– A equipe de reparos não vai poder realizar o conserto com essa tempestade de neve - disse Erza - Então essa é a medida mais cabível.


Ela não disse nada, mas também ficava incomodada pelos risos maliciosos do membros da guilda.


– Gajeel - disse ela subitamente para o Dragon Slayer de ferro, que conversava com Levy - Você não poderia dar um jeito nisso?


Gajeel pareceu ficar ofendido.


– Só porque eu sou o Dragon Slayer de ferro eu obrigatoriamente deveria entender de mecânica? - ao receber um silencio que significava “sim”, ele bufou, antes de continuar - Sim, quem sabe eu possa arrumar. Mas não existe poder do mundo que me tire daqui com toda aquela neve...


Ao ver que Erza ia continuar, ele adicionou:


– Nem mesmo o seu, Titânia - disse ele se inclinando despreocupado no banco, em um claro desafio.


Erza rosnou, mas sabia que ele não poderia ser afugentado com uma carranca que nem o Natsu. E trabalho forçado era contra os princípios da Fairy Tail.


– Karyu no Hoko - eles ouviram, enquanto a montanha de neve que bloqueava as portas era temporariamente derretida.


Natsu entrou, carregando uma gigantesca pilha de colchões e cobertores.


– Que bom que você já voltou Natsu - disse Erza, que já começava a temer que o Dragon Slayer houvesse se perdido entre as dunas brancas - Pegou todos?


– Todos que eu pude encontrar - disse Natsu depositando a pilha no chão - A neve está na altura dos meus pescoço, isso enquanto eu a derreto.


Erza ficou satisfeita.


– Agora não a nenhum problema em ficarmos aqui - ela disse enquanto contava os itens - Ficaremos todas aquecidas e...


– É uma boa hora para contar que não temos um aquecedor central aqui? - disse o mestre tentando soar adorável.


Várias dezenas de olhares foram direcionados ao mago velho.


– O que foi? A construção estava ficando cara! - disse ele na defensiva - Mas quem precisa de aquecedores, nós temos um Dragon Slayer.


Ele gesticulou para um canto, onde Gray, Elfman, Evergreen e Mirajane começavam a assar marshmallows ao os aproximar do mago de fogo.


– E depois me perguntam por que eu odeio o inverno - disse ele revirando os olhos, enquanto acendia sua chama de punho.


E foi dessa forma que os membros da guilda mataram o tempo daquele dia, pois como os membros da guilda logo notaram que Natsu não estava fazendo uma piada, a neve estava tão alta que era impossível sair.


A monotonia só foi quebrada parcialmente quando um pequeno som, vindo do lado de fora, chamou a atenção dos membros da guilda.


– Isso é um cortador de gelo? - perguntou Levy, que assumira a tarefa de manter Gajeel acordado de seu sono hibernal.


Gajeel farejou, antes de olhar para Natsu, que ria descontroladamente. Aquilo era sua confirmação.


Juvia, armada de um cortador de gelo medonho, conseguiu abrir uma minúscula brecha na verdadeira muralha que isolava os membros da Fairy Tail no interior.


Transformando seu corpo em água, ela conseguiu passar pela fenda, e, ignorando todos os olhares, se dirigiu até onde o Gray estava.


– A Juvia achou que o Gray-sama poderia precisar de um casaco - disse ela estendendo timidamente a peça de roupa.


Levy riu, antes de sussurrar.


– Ela ganha um ponto pela dedicação!


Gajeel riu.


– E perde dois por ser uma doida de pedra - respondeu ele - Ela sabe tão bem quanto qualquer um que o mago de gelo consegue andar seminu pela neve, ela só queria uma desculpa para vir até aqui!


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Naquela noite, na guilda...


– Temos um problema - disse Mira com um suspiro - Não importa quantas vezes contemos, o numero de colchões é insuficiente, considerando os outros membros que estão impedidos de sair.


Erza abriu a boca, mas Mira continuou, prevendo a sugestão.


– E não Erza, apesar de você não ver mal nisso, não podemos dormir todos juntos - finalizou ela.


Erza bufou, aquela era uma sugestão era algo muito razoável para ela.


Loke, que havia ficado ouvindo a conversa, resolveu opinar:


– Isso é um problema simples de resolver - disse ele ajeitando os óculos - De os colchões para as garotas, cobertores a para todos.


– Isso parece injusto... - começou Erza, mas Loke explicou.


– E é - concordou Loke - Mas ninguém vai abaixar sua masculinidade a ponto de reclamar disso, assim como nenhuma garota terá o senso de pena e justiça o suficiente para recusar o seu colchão. Assim todos ficam insatisfeitos, mas aparentemente felizes.


Algo cruel, que funciona, mas é cruel.


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– E-estou congelando - comentou Lucy para Levy, embrulhada em uma bola de lençóis que ela conseguiu saquear de colchões aleatórios.

Deve estar o que... Uns -10°C? - perguntou Levy tiritando de frio.


Natsu, que andava pela guilda com sua chama de corpo inteiro, se aproximou.


– Vocês conseguiram me deprimir - disse ele atirando para Lucy seu próprio cobertor - Dividam, eu não sinto frio - mentiu ele.


Todo o combustível inflamável da guilda estava espalhado em fogueiras no chão de pedra, perto da qual os membros da guilda se aqueciam. Foi uma medida de emergência tomada ao notarem o risco iminente do Dragon Slayer desmaiar devido a estar usando força interrupta a horas.


Natsu desabou em um banco, desativando todas as funções que não eram estritamente necessárias para se viver.


– Você não é um mentiroso muito hábil, Natsu-kun - Natsu abriu um dos olhos e viu que Juvia havia sentado ao seu lado.


– Seja mais especifica.


– Você disse às garotas que não sente frio, mas só estava sendo gentil - antes que Natsu pudesse dizer algo, ele continuou - O corpo da Juvia é feito de água mas isso não quer dizer que a Juvia se sinta o tempo todo úmida...


– Boa linha de raciocínio - riu ele - E você quer dizer...?


– Você pode aumentar seu calor corporal, mas isso não quer dizer que você não sinta desconforto no frio - deduziu Juvia - Seus poderes te deixam imune ao calor, mas não ao frio.


– Brilhante dedução,ceu estou congelando, mas as vezes é preciso blefar para se fazer algo gentil - disse Natsu secamente - Agora eu recomendaria você voltar para o seu lugar, parece que o Gray está convers... - ele nem teve tempo de terminar e ela já tinha ido.

“Essa é uma ótima maneira de terminar conversas incomodas” pensou Natsu, deitando por completo.


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No meio da noite...


Lucy acordou de um sono leve. Havia esfriado bastante, e o uivo do vento não era algo bom para se embalar o sono. E também pelo fato que Levy, que era com quem ela estava dividindo o colchão, havia se levantado


Ela olhou pelo hall, onde podia ver as figuras encolhidas dos magos da Fairy Tail próximo a fogueiras improvisadas. E em um dos cantos da sala, estava Natsu, que conversava alguma coisa com Levy.


Lucy se aproximou sorrateiramente, a curiosidade vencendo todos os outros fatores, como a privacidade.Se esgueirando por de trás das mesas, ela conseguiu ouvir o fim do dialogo.


– ... Pessoas demais - ela ouviu Natsu dizer - Isso gera perguntas demais, é melhor você tentar.


– Tudo bem - disse Levy rindo baixinho - Eu entendo que você não quer ver todo o seu trabalho indo pelo ralo.


E com aquilo, Levy se retirou.


Lucy esperou alguns momentos, para soar como um acaso a sua aparição.


– Não consegue dormir? - perguntou Natsu quando ela se aproximou, parando temporariamente de mordiscar seu kebab de fogo.


Lucy se sentou ao seu lado.


– Não - disse ela - E você?


Natsu riu um pouco.


– Eu estou em um ciclo complicado - disse ele - Eu preciso de energia para me aquecer e dormir, mas para absorver a energia da comida, eu precisaria estar descansado.


Lucy ouviu aquilo com metade da atenção, enquanto via Levy arrastar Juvia e seu colchão para longe do local onde Gray dormia.


Lucy fez uma anotação mental de procurar uma explicação.


Ela colocou a mão na testa de Natsu.


– Você parece bastante quente para mim - disse Lucy, considerando que ele estava parecendo um aquecedor doméstico.


Natsu sorriu.


– Para padrões comuns, quem sabe. Isso é quase hipotermia para mim - brincou ele.


Lucy tomou uma decisão.


– Isso é fácil de se resolver - disse ela passando uma das pontas do cobertor para ele e se aninhando melhor - Eu tenho sono leve, não ouse se mover.


– Bom sonhos - disse ele.


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Várias horas depois, como o dia já amanhecido...


Natsu acordou, sentindo algo no ar. Estática.


Se desvencilhando suavemente de Lucy, que havia caído sobre ele durante o sono, ele se levantou e olhou para os lados.


Um vulto alto e encapuzado estava sentado casualmente no degrau em frente a porta.



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Notas finais do capítulo

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