Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 103
Capítulo 103: Baile (pt1)


Notas iniciais do capítulo

Yooo Leitores e Leitoras maravilhosas!
Eu não morri, só estou atrasado como sempre ^.^
Uma imagem fofa para começar bem:
https://pbs.twimg.com/media/BARj6oXCIAA7GGG.jpg:large
Sem mais, Enjoy



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- Pela bondade divina, eles são horríveis - comentou Laxus indicando com a cabeça a bando que tocava de forma desordenada uma musica mais libertina do que parecia adequado pra situação.

Mirajane concordou com a cabeça.

- Onde você os encontrou, Erza? - perguntou ela curiosa - E qual foi o método de escolha?

- Eu os encontrei em um lugar onde músicos fracassados vão, e o critério era o quão baixo eles aceitavam seu pagamento - disse Erza em com um suspiro - Gastamos demais com a decoração... e, o que aqueles idiotas estão fazendo?

A frase terminou em tom zangado, quando ela avistou um grupo de garçons que vagabundeavam por ali, conversando entre si em vez de atender os convidados.

Ambos os magos da Fairy Tail esperaram ela se afastar um pouco para comentar.

- Não deveríamos contatar a família deles para relatar a perda? - brincou Laxus, depois de revirar os olhos.

- Não, eu não acho que ela vá matá-los... se bem que eles estão pedindo a morte - disse Mirajane em um tom de sabedoria - Mulheres odeiam esse tipo lerdeza.

- Então parece que logo teremos Dragon Slayers a menos na guilda - disse Laxus, apontando com a cabeça para Natsu, que tagarelava inocentemente com Lucy e Lisanna.

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 Perto de uma das janelas, um mago da Raven Tail estava encostado na parede, observando o movimento tanto no interior quanto, ocasionalmente  dando uma olhada no lado externo do edifício. Até agora, ele declinara de qualquer pedido de dançar com elegância, mas declinara.

- Se você continuar rejeitando todas, vão achar que você mudou de time - disse uma voz divertida perto dele - Ou que você não sabe dançar.

Ele inclinou a cabeça e lançou um olhar entediado para sua antiga aprendiz.

- Minha orientação sexual contínua a mesma, e eu odeio dançar - disse ele monocórdio - E o som dos moribundos em um campo de batalha é mais agradável que isso está tocando, Akuna-san.

Ela franziu a testa e fez uma careta de desagrado.

- Nenhum comentário sobre eu ter conseguido escapar sozinha daquele maldito quartel do Conselho? - disse ela indignada, uma pequena mancha vermelha em seu rosto devido a raiva.

O mago deu um meio sorriso perante aquilo.

- Não, afinal, eu deixei todas as portas destrancadas para você, com uma dimensão de ilusão que impediu os guardas de verem qualquer alteração no ambiente, e aquelas algemas que eu recoloquei em você eram de alumínio, até uma criança seria capaz de quebrá-las - disse ele, apenas  para assistir o queixo dela despencar. Ela recuperou-se rapidamente, mas não rápido o suficiente - Você não tinha notado isso?

Ela lhe lançou um olhar furioso.

- Bem que eu achei que estava meio fácil, mas... - disse ela em um tom irritadiço. Ele deu um sorriso apaziguador e estendeu a mão para ela.

- Mas você preferiu ver aquilo como excesso de talento seu - disse ele balançando a cabeça - Não á nada de errado em orgulho onde há talento, mas cuidado para não se cegar. E de ser cego eu entendo bem. Agora, vamos dançar.

Ela deve ter arregalado os olhos demais, pois ele riu, enquanto a conduzia até a área de dança. O frio transmitido por baixo da luva de ceda que cobria sua mão indicava que aquele era o braço falso dele.

- Não se surpreenda tanto - disse ele dando os ombros - Apesar de eu ser evoluído demais para cair em uma provocação barata como a sua, eu sou uma figura pública, não posso dar a parecer que não sei dançar.

A musica que tocava era desagradavelmente agitada, mas bastou um olhar naquela direção e um leve toque na têmpora, e o cantor resolveu que era uma boa idéia trocar a música que estava sendo cantada no momento  por algo mais lento.

- É correto manipular mentes tão indiscriminadamente? - perguntou ela divertida.

- Correto é um termo muito subjetivo - disse ele dando os ombros - Mas posso garantir que ético não é.

Ela deu um risinho e não falou mais nada por um tempo,  antes de dar uma espiada por cima do ombro dele e dizer.

- Suas amigas parecem surpresas  - disse ela confusa - Achei que fosse comum você ser visto em companhia feminina.

- Sim, mas me ver dançando... eu só me lembro de fazer isso uma vez na última década, e foi porque era minha missão dar cabo em um cantor que cantaria no local. Não me lembro porque, mas acho que era um maníaco sexual... ou esse foi um sacerdote, cadáveres se tornam bem parecidos na sua memória - disse ele pensativo - Enfim, não encare-as demais, você não vai ter pesadelos a noite.

- Ela me parece bastante inofensiva - disse ela em um tom de dúvida.

- E ela é, mas tudo é relativo a quanto tempo você passa perto de mim -disse ele com um suspiro - Pessoas são complicadas.

- Principalmente as que você resolve adotar - disse ela piscando - Mas a outra não parece o tipo que aprecia sua sociopatia rabugenta.

- Ultear? Pela vontade divina, não - disse ele dando risada - Ela é... mais complicada ainda.  Uma amiga irritante.

- Eu imaginei que você responderia algo do tipo - disse ela com um ar sabedor - A vida te prega peças irônicas, Ghiri.

- Pare de falar bobagens como você tivesse notado alguma mensagem secreta - disse ele bufando - E por falar em tolices, por que você ainda está aqui? Qualquer que seja a tola conspiração em que você esteja esperando conseguir com magia de Zeref... você está ciente que eu irei impedir, correto?

Aquilo fez ela apertar o maxilar e o encarar com uma expressão de desafio.

- Você pode tentar - disse ela de forma teimosa.

- E irei conseguir - disse ele monocórdio, enquanto girava ela no ar em um movimento circular da dança - A quantidade de vezes que eu já salvei seu traseiro no passado deviam ser uma boa base para você entender a diferença entre nós.

- Eu era uma pessoa diferente na época, mais idiota e menos forte -disse ela defensivamente - E creio que com você seja o oposto.

Ele soltou uma gargalhada contida.

- Pode ser que você não esteja tão errada, mas o mais poderoso dos guaxinins não pode aspirar competir nem com o mais debilitado dos tigres - disse ele, enquanto executava o movimento final da dança, que deixava o rosto de ambos próximos. Ela soltou um som que era metade raiva e metade escárnio. E se afastou assim que ele a puxou de volta para um ângulo de 90 graus do chão.

- Eu não vou desistir - avisou ela, virando subitamente, fazendo com que a barra de seu obsceno vestido vermelho rodopiasse de tal forma que ela quase tropeçou. Ele impediu sua queda segurando seu braço.

- Eu nunca tivesse essa ilusão, você nunca foi do tipo de aprendiz obediente - disse ele com uma risada quase triste - Então... quem assim seja. Que isso não acabe com sangue nosso nas espadas um do outro.

- Cuide-se - disse ela, bruscamente, se afastou. Jereffer soltou um suspiro e voltou para sua posição junto à janela. Ele se manteve ali, imerso em pensamentos , e foi despertado de seus devaneios quando Ultear veio se juntar a ele, trazendo uma taça de ponche em cada mão.

- Eu não sabia que você era um verdadeiro pé-de-valsa - zombou ela, enquanto lhe entregava uma taça de ponche - Ou seria melhor te chamar de pé-de-ferro, para ela ter se afastado tão rápido pisões devem ser a melhor explicação para aquilo.

- Eu já falei que você não é engraçada, e suas tentativas de ser são constrangedoras? - perguntou ele, aceitando o copo, e entornando seu conteúdo em meio segundo - Mas pelo menos é esperta o suficiente em seguir aquele meu conselho sobre aproveitar bebida ilimitada gratuita. É uma das fontes de diversão daqui.

- Uma, você diz, mas não parece estar lá muito divertido - disse ela, enquanto ele se virava e dava uma espiada pela janela.

- Isso porque eu ainda não tive chances de contemplar sofrimento alheio, sempre me faz eu me sentir melhor - disse ele, antes de rir - De uma olhada, e diga se eu sou um monstro por pensar assim.

Ela já estava pronta para revirar os olhos, porém uma gargalhada explodiu de seus lábios ao avistar o que ele apontava. Subindo a rua vagarosamente, vinha uma carruagem de aparência fantástica... sendo puxada por avestruzes.

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Músicas lentas necessitavam de uma certa delicadeza para serem dançadas corretamente. E movimentos delicados não combinam com um metro e noventa de músculos sólidos. Elfman descobriu aquilo tardiamente, depois de muitos tropeções e pisões, finalmente uma Evergreen furiosa desistiu, dando parar ele tantos olhares fulminantes que Elfman cogitou que as lentes dos óculos dela, coisa que impedia ele de ser petrificado, ia derreter.

A trágica tentativa acabou com ela simplesmente abanando a cabeça de desistência e mandando ele ir buscar algo para ela beber.

Elfman passou toda a curta caminhada até o bar tentando pensar em uma forma de evitar que Evergreen se irritasse tanto.

O bar daquele baile era algo frenético, com pobres garçons serviam drinks para os convidados que não estavam muito dispostos á dançar. Apenas algumas pessoas estavam sentadas junto ao balcão.

Elfman se deixou cair em um dos banquinhos, que rangeu de forma alarmante perante toda sua massa. Ele pegou a lista de drinks sob o balcão e começou a olhar a lista. Nenhum nome fazia sentido pra ele.

- Isso sim é uma coisa triste de se ver - disse uma voz arrastada ao lado dele - Um homem confuso, por pensar em confusão.

Elfman se virou para seu interlocutor, que se revelou ser um jovem alto com perturbadores olhos desiguais, que o observavam com um ar casual de diversão.

-Ahn... o quê? - disse ele sem entender,

- Um homem vê, um homem nota - disse ele em um tom enigmático - E eu noto que a única coisa que faz um homem se sentar no banco tamanho “infanto-garotas-baixinhas” é estar tentando compreender uma mulher.

Elfman notou subitamente o motivo pelo qual o banco rangia tanto. Enquanto ele mudava para um de tamanho convencional, o estranho que havia puxado conversa ria silenciosamente.

- Aceite um conselho de quem já tentou: ninguém jamais entendeu as mulheres - disse ele enquanto o mago Take Over voltava a se sentar - Dizem que uma vez um Scavenger da Irmandade das Trevas conseguiu, segundo antes das muralhas de Windhold caírem sobre ele.

- Isso não parece muito animador - disse ele de forma desanimada.

- E não é, mas sempre é possível interpretar - disse ele, enquanto acenava pedindo uma segunda dose do que quer que estivesse bebendo - Via de regra, toda mulher gosta de um elemento essencial. Bom, geralmente tem a sagacidade, atitude, confiança...

Elfman coçava a cabeça de forma pouco inteligente enquanto ele falava aquilo, o que fez Baelfyre suspirar.

- Bem, e com certeza, se você crê que ela aprecia sua companhia, essas não devem ser as exigências dela - disse ele de forma divertida, enquanto  empurrava duas taças para ele - Então na dúvida, bajule-a com coragem e convicção, e olhe para os próprios pés e tudo deve ficar bem.

- Você acha?

- Um homem deve acatar conselhos de bêbados desconhecidos, essa é uma verdade da vida conhecida - disse ele, enquanto ficava de pé e olhava em direção á uma das portas laterais - Agora, com licença, mas eu acho que eu estou vendo um rato tentando contornar á ratoeira.


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Notas finais do capítulo

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