Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 101
Capítulo 101: Um Longo Dia


Notas iniciais do capítulo

Yooo Leitoras Maravilhosas! Feliz Natal!
Capítulo novo saindo... quem disse que não existe milagres de natal? kkkk
Imagens fofa do dia:
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Sem mais, Enjoy



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- Ficou magnífico, molda de forma gloriosa o meu já escultural corpo - disse Evergreen encarando sua própria silhueta no grande espelho presente na loja, e fazendo Cana e Lisanna se entreolharem. Elas haviam perdido no palitinho e acabaram por acompanhar a egocêntrica maga do Raijinshû em suas compras. E isso implicava incomodamente ter que falar a verdade - Não concordam?

Lisanna resolveu arriscar.

- Realmente ficou bem legal, Ever-san... mas não seria melhor você ver como fica ele fica em você quando você... respirar? - disse ela delicadamente.

- O que você quer dizer com isso? - perguntou Evergreen franzindo a testa.

- Ela quer dizer que você não vai conseguir ficar respirando superficialmente para sempre - disse Cana de forma lacônica. Ela ainda não havia bebido nada naquele dia, o que a deixava com a paciência severamente reduzida para aquele tipo de coisa.

- Eu não estou prendendo o fôlego! -disse Evergreen em um tom ofendido . Porém sua perdição veio com uma pequena brisa gerada pela ativação automática do aromatizador de ambiente. Aquilo destruiu o frágil equilíbrio respiratório que a maga mantinha, e desencadeou uma crise de espirro.

Aquilo desencadeou uma série de costuras se rompendo e tecido rasgando, e quando a poeira baixou, Evergreen estava parecendo uma tristonha lingüiça parcialmente empanada.

Porém, uma fada não deve perder seu glamour, então Evergreen logo recuperou a compostura. Com um aceno furioso, ela chamou uma das vendedoras, e logo começou a reclamar.

- Mas que tipo de loja é essa, onde as costuras são tão vagabundas, que não agüentam nenhum movimento brusco?

A vendedora observou a torrente de reclamações com uma expressão plácida, antes de finalmente sugerir:

- Pedimos desculpa, senhorita, mas você não considerou escolher um número maior, e com um tecido mais elástico? Algo mais adequada para portes físicos mais... largos - sugeriu a mulher, e Cana e Lisanna soltaram um som esganiçado que podia ter sido um “não”. Em meio segundo, a cena se transformou, e logo elas se viram segurando uma Evergreen furiosa pelos braços, que praguejava com palavras que fariam inveja ao vocabulário do mais rude marinheiro.

- Vai ser um longo dia - resmungou Cana resignada e Lisanna acenou em concordância, com o animo de um prisioneiro no corredor da morte.

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Enquanto isso, em uma loja luxuosa, que combinava perfeitamente com sua  localização luxuosa, mais pessoas faziam compras relacionadas á aquele mesmo evento.

Meredy balançou a cabeça em desaprovação depois de dar uma breve olhada na seleção de roupas que Jellal fizera.

- Não, não e não - disse ela depois de uma rápida inspeção - Droga Jell, se for para exibir tamanho mau-gosto, seria melhor que você vestisse um macacão de operário!

Jellal soltou um suspiro exasperado.

- Mas o que é que há de errado com eles? Para falar a verdade, eu os escolhi pois achei todos iguais! - disse ele em um tom de agonia.

- Bem, olhe com mais atenção - disse ela enquanto pegava uma peça e mostrava para ela - Essa daqui tem botões altos, deve ter saído de uso a uns duzentos anos - ela recolocou o cabide no lugar e pegou outro - Isso tem um forro exposto de cetim azul... azul com azul não combina com azul, você ia ficar parecendo uma arara. Esse tem um corte de gola triangular, combina para penteados mais espetados e menos caídos... quer que eu continue?

- Não, acho que esse sermão foi o suficiente - disse ele com um suspiro - E você poderia falar mais baixo? Já é constrangedor o suficiente estar recebendo ajuda...

- Igual a uma criancinha? - disse ela divertida, mas com uma pitada de piedade - Veja pelo lado positivo. A Ul-sama conseguiria fazer você se sentir ainda mais como uma criança sem direitos, e o Jer-nii...

Em sua imaginação, Jellal teve um rápido vislumbre de um gazilhão de piadas e zombarias possíveis com aquilo.

- Tem razão, se minha sina é essa, parece que ainda está em um modo mais leve - disse Jellal com uma risada amarga - Mas por falar nisso, onde está aquele maldito? Ele não deveria estar aqui, para ao menos, compartilhar meu sofrimento?

- Bem, ele está no momento... lutando, eu acho - disse ela dando um sacudida no pulso, dando um pequeno vislumbre de o brilho de uma marca cor-de-rosa.

Jellal lhe lançou um olhar de descrença.

- Eu não deveria perguntar, mas eu vou... uma ligação sensorial... como é por quê?

- Na verdade é bem fácil - disse Meredy em um tom modesto, aquele tom presente em pessoas que estão inchadas de orgulho, mas tem o decoro de parecerem modestas - O Jer-nii nunca percebeu um espaçamento anormal entre seus sensores de sentido no pulso, o que me dá espaço o suficiente para colocar uma ligação sensorial de vez em quando, e ela passa despercebida devido aos protetores de braço dele! Genial, não?

Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Jellal.

- Esse foi o como, mas não o porquê - disse ele revirando os olhos - E isso me parece uma forma doentiamente esperta de stalkear.

- Não me venha falar sobre stalkers, Sr Perseguidor - disse ela azeda em um tom defensivo - Devo lembrar de que a sua última stalkeada rendeu uma operação que deixou metade da cidade dormindo?

- Estou comentando, não julgando - disse ele levantando as mãos em gesto de rendição - Você só quer se sentir mais perto dele. Mas não sinta que ele se afasta a maior parte do tempo por não gostar de você, é só... pessoas como ele passam tanto tempo fingindo ser outra pessoa preferem passar seu tempo livre com os próprios pensamentos.

Meredy lhe deu um olhar cauteloso, para ver se não estava sendo consolada por um problema não admitido. Jellal deu os ombros.

- Eu era assim na época que havia um Siegrain - explicou ele - Quando você tem que agir de forma diferente do que pensa naturalmente, ficar sozinho se torna agradável. Ele pode ser um gênio e tudo mais, mas pessoas são assim.

Meredy titubeou, realmente era uma teoria de mérito.

- Agora vamos, acho que você tem que me torturar mais um pouco, para poder depois contar alegremente para ele como foi divertido, enquanto ambos tentamos evitar revirar os olhos - disse ele com um suspiro desanimado.

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Erza mordiscou desinteressadamente seu sorvete de morango, enquanto observava uma movimentada rua de Crocus. Ela não tinha a pressa excessiva em comprar roupas como as outras garotas, por achar já ter alguns vestidos adequados em seu inventário, o que a deixava totalmente ociosa.

Os minutos se arrastavam, se negando á se transformar em horas, e apenas a quantidade de sorvete consumida servia para marcar o tempo. Sua ociosidade foi subitamente interrompida quando alguém a chamou.

- Erza-chan! - chamou uma voz jovialmente bêbada. Erza piscou surpresa por ser tirada de seus devaneios. Apoiado na cerca de proteção da varanda da loja, estava o Falcão Bêbado da Quatro Cerberus, Bacchus.

- Bacchus - disse ela, uma gota de suor escorrendo na parte traseira da cabeça. O mago dos punhos bêbados tinha o estranho hábito de usar honoríficos aleatórios para tudo. Ela inclinou a cabeça em um cumprimento - A quanto tempo...

- Muitos anos, e você não envelheceu nada - disse Bacchus sorrindo - A juventude eterna, isso é algo a ser brindado. Tem saquê aí?

- Isso é uma sorveteria - disse ela arqueando as sobrancelhas, em um “o que você acha” mudo.

- Séeerio? - disse ele, a voz enrolada indicando que provavelmente ele não deveria estar procurando mais um bar - Essa maldita cidade, tudo fica mudando de lugar! E maldita juventude também. Um homem selvagem precisa de bebida para lavar o desgosto!

- Como assim? - perguntou Erza curiosa.

- A Grande Sereia - disse Bacchus rindo bebadamente - Maldita seja! Eu estava exibindo um pouco do poder da minha guilda nas arenas de luta, até ela entrar lá, toda rígida e levando a sério. Acho que ela não gosta muito de homens. Enfim  espero que o Bael-dono esfregue um pouco daquela fúria dela na areia.

- Muitos nomes novos - disse Erza mal-humorada - Você poderia explicar isso mais claramente?

- Kagura, a sereia em questão, é a Ás da Mermaid, Bael, é o tão comentado Corvo Insano, Ás da Raven - explicou Bacchus - E estão lutando á duas quadras daqui, caso esteja interessada em ver. Muitas pessoas saíram da sombra a sua ausência, Titânia-chan. Agora com sua licença, meu espírito selvagem precisa de álcool, preciso procurar um lugar selvagem.

Erza observou o bêbado mago da Cerberus se afastar com sua forma de andar peculiar, antes que perceber que na verdade havia recebido uma boa sugestão. O vazio causado pelos sete anos na Fairy Sphere era mais evidente.

Podia ser uma boa idéia ver quanto a magia em Fiore evoluíra.

O barulho dos espectadores era melhor que qualquer mapa.

Em uma profunda arena circular, cercada por arquibancadas, dois magos digladiavam. Um era uma jovem mulher, de aparência rígida e visual em branco um pouco antiquado. Ela portava uma espada que, apesar de embainhada, Erza conseguia sentir seu poder.

Seu oponente também tinha um vestuário estranho para uma batalha. Ele vestia manoplas de ferro com protetores que chegavam aos cotovelos, e calças de combate com reforço em malha de ferro presas a botas de combate. E isso, em conjunto com um tapa olho e uma correia de couro que prendia uma bainha de espada as suas costas, formavam totalmente tudo que vestia.

O suor escorrendo pelo peito nu do mago indicava que a luta estava ocorrendo a mais tempo que Bacchus fora capaz de calcular em sua mente inebriada. E era uma luta estranha.

Com sua espada longa embainhada, Kagura fazia chover golpes... que não era revidados. O mago da Raven Tail se limitava a se esquivar dos golpes com um ar de casualidade, vez ou outro desviando a lamina com suas mãos protegidas.

Aquilo continuou sem alterações por alguns minutos. Erza observou pelo cantos dos olhos que ela não era a única que não estava hiperativa com aquela luta.

- Veja só que idiota - resmungou uma garota ruiva ao seu lado - Dançando a dança conforme a flauta dele, igual a uma boneca de ventríloquo.

Ao perceber o olhar de Erza, ela se virou e deu um sorriso.

- Desculpe, minha tagarelice em voz alta está te incomodando? Esse é um hábito difícil de perder...

- Não, o lugar está barulhento de qualquer maneira - disse Erza dando os ombros, antes de lhe lançar um olhar curioso -... mas o que você quis dizer com aquilo?

- Observe bem: ele não ataca, a forçando a golpear de qualquer distância que esteja , e sempre que a lamina vem sem potência, ele desvia o golpe  - disse a garota apontando com o polegar - Ele não joga um jogo que não conheça bem, então está fazendo as regras.

- Você o conhece?

- Em outros tempos, conheci - disse a garota com um suspiro, antes de sobressaltar - Observe com atenção, vai acontecer agora.

Tudo aconteceu em um segundo: Kagura tentou dar uma estocada e, rápido como uma serpente, seu oponente desembainhou sua espada, que ainda durante o movimento mudou de forma para um machado de batalha. Com um clangor ensurdecedor de aço colidindo com aço, ele acertou a espada com um golpe vindo de baixo que, provavelmente por alguma propriedade mágica da arma, a arremessou a 6 metros no ar.

Com um movimento fluido, ele fez surgir esferas de luz que pareciam estar cheia de pequenas coisas. Pareciam ser letra, mas daquela distância, não tinha como ter certeza daquela distância. E então, ele saltou atrás dela, com pequenas asas brotando de suas botas. Ele a segurou pelos braços no ar.

No chão da arena, um milhar de espadas idênticas á portada pela ás da Mermaid Heel brotavam do chão. Ela viu Baelfyre sussurrar algo no ouvido da maga, que fez uma careta e deixou sua própria espada cair em rendição. Ele planou até o chão, as espadas sumindo por onde ele passava.

Quando ambos estavam no chão, ele levantou um punho em sinal de vitória. Os gritos alucinados dos fãs fizeram literalmente as instáveis arquibancadas de ferro tremer. Erza observou os oponentes se cumprimentarem antes de virar para a garota ao lado.

- Aquilo eram ilusões, não é? Não existe magia capaz de criar tantas coisas reais ao mesmo tempo - disse ela pensativa - Então porque ela se rendeu?

- Bael te diria que uma ilusão pode cortar tão bem quanto o aço. Mas creio que somente ele entende plenamente a real natureza de sua magia - disse ela dando os ombros, antes de olhar no relógio em seu pulso e suspirar desanimada - Ops, veja só a hora! Eu tenho compras a fazer. Até mais, colega-san!

A jovem ruiva deu um aceno amigável e levantou, sem notar que seu cartão de identificação, necessário para sair tanto quanto fora para entrar no local, havia ficado no banco.

- Ei, espere! Está esquecendo isso... Akuna - disse Erza lendo o nome escrito ali.

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Não muito distante dali, não muito mais tarde, em uma loja...

Lucy esperava pacientemente em frente no banco em frente ao provador. Ao seu lado, Wendy, já confortável com um vestido escolhido vindo da sessão infantil, e no momento, olhava uma revista sobre penteados, sob avaliação da Charle.

Lucy conteve um suspiro.

- Vamos lá, Levy-chan, deixe-nos te ver - pediu ela - Os espelhos não dão conselhos tão bons como as amigas.

- Espere um pouquinho, eu estou terminando de ajustar algumas coisinhas - veio a voz de Levy de dentro do provador. Segundos depois, a maga escritora da Fairy Tail puxou as cortinas e saiu no corredor.

Levy vestia um vestido de corte despretensioso, de um suave tom laranja e acabamentos em Tum turquesa... porém que, obviamente, fora feito para pessoas relativamente diferentes de Levy. O efeito modelagem de cintura se perdia e, na altura do busto, um cômico efeito sanfona se formara, devido a falta de preenchimento.

Um silêncio constrangedor se instalou, com Levy esperando uma avaliação enquanto as avaliadoras tentavam encontrar o que falar.

- É um belo vestido, Levy-san - disse Wendy procurando as palavras corretas - Mas não acha que ficou um tanto... folgado.

Levy deu uma olhada receosa para a roupa que eu vestia.

- Bem... um pouquinho, mas esse é o menor número...

- Ah, mas não se preocupe, Levy-chan - disse Lucy tentando animá-la - com alguns alfinetes aqui e ali e uns ajustes mínimos, ficará ótima - Lucy notou a passagem de uma das funcionárias - Ei moça, voes vendem aqui linha de auto-reparo mágicas?

A vendedora balançou a cabeça afirmativamente.

- Sim, nós trabalhos com elas aqui, se quiser eu vou buscar algumas agora mesmo, junto com enchimentos  - disse ela, olhando Levy com um olhar medidor - Mas se vocês quiserem evitar trabalho, a roupas que já vem com isso pronto na seção juvenil.

Aquilo jogou Levy em um humor cinzento, com uma veia visivelmente pulsando em sua testa.

Lucy deu uma palmadinha em suas costas, enquanto apenas uma coisa se passava em sua mente. Aquele seria um longo dia.


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Notas finais do capítulo

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