Prisioneira Dos Desejos escrita por RafaM


Capítulo 4
O preço da fuga


Notas iniciais do capítulo

Gente não me mata pelo Jiraya ser tão cruel T-T não vou deixar que ele passe do limite com a Hina prometo! enfim leim esse precioso cap :)



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Estava prestes a acontecer. Pedi a Deus que acontecesse alguma coisa e interrompesse esse momento. Ele se afastou de mim e eu o encarei confusa, mas logo entendi quando ele começou a abaixar a roupa.

Gemi de pavor assim que vi seu corpo nu. Uma cena deprimente e que nunca na minha vida eu imaginei que veria e agora que vi, gostaria de esquecer. Ele foi se aproximando de mim e seu rosto estava a centímetros do meu.

Seu rosto mostrava o quanto estava satisfeito com a situação enquanto o meu não esboçava nenhuma emoção, estava completamente chocada no quanto as coisas estavam acontecendo rápidamente.

Ele começou a levantar a minha blusa e eu ainda estava parada. Foi quando a porta se abriu revelando Kabuto com uma cara de que tinha visto um fantasma. Agradeci mentalmente a ele, pois sempre que estava acontecendo algo ele interrompia.

Sorri quando Jiraya bufou irritado e olhou com uma cara nada boa para Kabuto.

– Por que interrompeu dessa vez?! – ele gritou.

– Jiraya-sama, nossos planos deram errados. – ele disse com a voz falhando e Jiraya arregalou os olhos.

– C-como a-assim? – perguntou desesperado.

Novamente eu sorri, era bom ver o desespero dele.

– Não conseguimos evitar que descobrissem onde estávamos, como planejamos durante a nossa viagem. – ele deu uma pausa e depois continuou - A polícia está invadindo tudo! – ele gritou e Jiraya ficou espantado – se correr, da tempo de sair pelas portas do fundo antes que ninguém note. – disse Kabuto e não precisou dizer duas vezes e Jiraya passou correndo pela porta mesmo estando pelado. Sorri. Finalmente livre. Kabuto olhou para mim

– Não devia está sorrindo. – ele disse e eu fiquei confusa e ele logo continuou – se te pegam aqui vão achar que está metida no negócio. – disse saindo do quarto me deixando preocupada.

Como eu não tinha nada que eu possuísse além da roupa do corpo naquele lugar sai correndo. Fui para o primeiro lugar que me veio à mente. A cozinha. Eu não podia abandonar Ino. Logo agora que eu tenho uma amiga não quero perder isso.

Entrei na cozinha e me assustei com a cena que vi. Ino estava deitada no chão com a blusa completamente ensangüentada. Fui correndo até ela e ajoelhei-me ao seu lado com as lágrimas já caindo pelo meu rosto.

– Ino?! – gritei, mas em resposta só ouvi um sussurro.

– Pegue a carta no meu bolso e a chave. – ela disse e eu obedeci, assim que já estava com tudo em mãos ela continuou – a chave abre a porta no fim do corredor, vá e fuja. Quando achar que está longe o bastante leia a carta. – disse e era notável que ela fazia um esforço enorme para falar e que estava respirando com dificuldades.

– Eu não vou deixar você aqui! – murmurei, mas minha voz saiu estranha por causa do choro.

– Eu não arrisquei minha vida para no fim você não ir. – ela disse e eu fiquei surpresa e também confusa. – eu sabia dos riscos que corria. Minha vida já acabou, por favor vá de uma vez. – ela fechou os olhos e depois de um tempo abriu. – só peço um favor.

– Qualquer coisa. – concordei imediatamente.

– Viva por mim. – disse me abraçando – foi bem legal te conhecer. – ela riu e acabou saindo sangue pela sua boca. Depois de um tempo senti que o abraço dela estava ficando cada vez mais fraco e quando vi ela já estava mole em meus braços e seus olhos já não havia mais a vida de quando a vi de manhã.

A deitei delicadamente no chão. Limpei as minhas lágrimas e levantei do chão frio. Peguei a carta e a chave e sai correndo em direção ao corredor.

Ia tão rápido que quase tropecei. Assim que cheguei ao fim do corredor me deparei com a porta. Como não havia mais tempo para ficar parada, peguei a chave e a abri nas pressas. Precisava sair dali o mais rápido possível.

Quando sai, nem prestei atenção para onde ia. Comecei a correr para o mais longe possível desse lugar. Ia para onde minha pernas me guiavam mesmo sem ter a menor ideia de para onde ir.

Assim que decidi que já estava longe o bastante, me sentei na calçada. Meu coração estava acelerado por causa da corrida e eu estava ofegante, mas valeu a pena. Observei ao redor e vi que estava em uma feirinha.

Sorri satisfeita. Eu estava livre! Nunca pensei que sentiria falta de andar na rua sem ter para onde ir. De olhar para o lado e ver pessoas passando, cada uma vivendo de um jeito diferente. São essas pequenas coisa que a gente só sente falta quando perde. Só então notamos que na verdade são grandes coisas e que em nossas vidas, são os pequenos detalhes que fazem a diferença.

Comecei a chorar. Pela primeira vez desde que fui presa chorei, não porque estava triste e sim de felicidade.

O mundo nunca pareceu tão fascinante sob o meu ponto de vista como está sendo agora. Cada coisa em que eu reclamava e que antes odiava fazer agora parecia ser a melhor coisa do mundo. Era bom descobrir tudo que eu posso fazer novamente e admirar um mundo novo. Um mundo que eu nunca pensei que existisse, mas minha alegria se acabou quando comecei a pensar como seria minha vida agora. Onde eu vou morar? Do que eu vou viver? Parece que eu nunca vou está totalmente livre. Sorri forçadamente. Mas isso é o que menos importa no momento. O que será que houve com Ino? Estava tão distraída pensando nessas novas possibilidades que quase me esqueci de ler a carta que ela me fez.

Peguei o envelope que eu tinha colocado no meu bolso.

Tomei cuidado para abri-lo sem rasgar. Assim que abri comecei a ler.


Hina,

Se você está lendo isso uma parte de meu plano falhou e eu agora estou morta. O plano era simples... Ta... Nem tãaoo simples assim. Eu planejei uma fuga com a ajuda do meu irmão... Você deve está se perguntando por que eu nunca disse que tinha um irmão ou porque nunca o viu, mas ele odeia o Jiraya e fugiu de lá faz algum tempo, por isso é impossível vê-lo por lá. Meu plano pode até ter falhado, mas uma parte deu certo. Você agora já deve está longe e segura.

Não se culpe pela minha morte. Fui eu que escolhi me arriscar, sabia das conseqüências. Tanto é que escrevi essa carta para caso eu morresse. Sabe por que eu escolhi me ariscar? Porque eu nunca tive uma amiga e quando começamos a conversar eu fiquei feliz e como nunca havia tido um laço desses antes... Considerei você mais que uma simples amiga... Uma irmã.

Eu descrevi você ao meu irmão. Acho que vai ser fácil ele saber que é você, pois vai ser difícil achar outra pessoa no mundo fora você que tem cabelo azul e olhos cor perola rsrs. E quanto a você saber quem é ele... Só precisa saber isso: loiro, olhos azuis, bronzeado, três marquinhas em cada lado da bochecha... Ok, confesso que meu irmão é um gato e se não fosse meu irmão, eu namoraria com ele rsrs. Voltando ao assunto, ele vai ajudar você no que precisar então não se preocupe. Seu nome é Uzumaki Naruto.

Beijos. Sinto muito não poder falar essas coisas pessoalmente e sim em uma carta, mas não foi possível.

Ino


Mas afinal onde eu vou achar esse tal de Naruto? O mundo é enorme. Duvido que eu vá achá-lo, mas também não vou desistir antes de tentar.



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Notas finais do capítulo

gente desculpa por isso que eu fiz a Ino, mas é necessário para a fic T-T Gomen... vocês talvez entendam a razão lendo os próximos capítulos^^
PS: Naruto-kun aparece pela primeira vez no cap 8 eu sei que ta longe, mas ainda tem coisas para acontecer com a Hina antes dela conhecer o Naruto e como eu to postando um cap por dia nem vai demorar tanto, ok?
kissus ja ne o/