Prisioneira Dos Desejos escrita por RafaM


Capítulo 1
Novo "lar"




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Estava chegando da escola. Estava muito feliz, pois tinha tirado a melhor nota da classe e com certeza meu pai ficaria orgulhoso. Sorri satisfeita assim que entrei em casa. Apesar de morar em um lugar pobre eu sou feliz porque tenho o meu pai que sempre cuidou de mim e é isso que realmente importa.

Cheguei na sala e vejo a figura do meu pai com uma mala cheia de notas de cem reais em seu colo. Aonde ele conseguiu todo esse dinheiro? Isso é muito estranho, pois nós sempre tivemos dificuldades financeiras.

– Pai?! – gritei.

Ele virou o rosto para mim sorridente.

– Está vendo esse dinheiro? – ele riu e eu afirmei com a cabeça – eu estou rico.

– Mas pai onde o senhor arranjou tudo isso? – perguntei.

Ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo:

– Vendi mercadoria de boa qualidade a pessoa certa. Apenas isso. – ele riu e eu fiquei chocada. Com certeza ele esta envolvido com algo ilegal. Fiquei preocupada por que se a polícia descobrisse meu pai poderia ser preso e eu perderia e única pessoa que eu posso contar.

– Mas pai que mercadoria é essa? – perguntei. Era possível notar o desespero no meu tom de voz.

Ele sorriu e me encarou. Nessa hora eu tive medo, pois já desconfiava do que poderia ser. Minhas suspeitas se confirmaram quando ele disse:

– Você.

Foi tudo que escutei. Nem pude nem reagir. Braços fortes me envolveram por trás e senti a tal pessoa que me prendia colocou um amontoado de panos contra minha boca e nariz.

Eu estava chocada. Tentei espernear, mas a pessoa que me prendia era muito mais forte e logo me senti sufocada por um cheiro enjoativo e me deixei levar pela escuridão.


..........................................

Abri os olhos e me senti estranha. Estava enjoada.

Rapidamente lembrei de tudo eu aconteceu e quis gritar, mas algo estava sobre sua boca não permitia.

Tentei me mexer, mas também não conseguia. As minhas mãos estavam presas às minhas costas e não conseguia soltá-las.

Definitivamente eu estou perdida. De repente a família perfeita que eu achei em que vivia não existe. Era tudo uma ilusão. Meu pai não se importa comigo tanto é que acaba de me vender só para ele ter uma vida melhor. O maior problema é que mesmo fazendo isso eu não consigo o odiar. Eu o amo mesmo sendo um velho nojento. Esse velho nojento que não se importa comigo e com o meu bem-estar. Toda minha vida eu me dediquei a ele, a fazer ele se orgulhar de mim e prometi que ia livrá-lo da pobreza e ia dar a ele uma vida melhor, mas é assim que ele me retribui.

Meu corpo tremia. Eu estava com frio, sentia dores por todo o corpo e sentia medo. Medo do que me espera e como será minha vida agora, mas acima de tudo eu tinha raiva. Raiva de ter todo o esforço da minha vida jogado fora. Depois de pensar em tudo o que passei e no que poderei passar, senti um novo sentimento nascendo em mim em relação ao meu pai. Ódio.

Uma lagrima solitária escorreu pelo meu rosto.

Será esse o meu destino? Sofrer na escuridão?

Sinto que estou sendo sacudida, provavelmente estou em um veículo e deve ter muitos buracos na estrada. A cada salto brusco que o veículo dava se formava uma nova pergunta em minha mente. Para onde estão me levando? Quem está me levando? O que vão fazer comigo? Quanto tempo fiquei desacordada?

Perguntas que sei que vai demorar até eu saber a resposta.

– A gente chegou. Pega a menina lá atrás. - uma voz estranha disse.

– Pega você! Eu sou a autoridade máxima depois do Jiraya ta ouvindo? – ameaçou outra voz.

– Certo eu pego. - se conformou a primeira voz.

De repente os raios de sol invadem a minha prisão e eu escuto a traseira do veículo sendo aberta. Fico aliviada por poder enxergar alguma coisa novamente, mas como eu estava com medo de que me botassem para dormir de novo, fingi que estava inconsciente.

Senti o chão frio que estava abaixo de mim sumir e notei que estava sendo carregada por alguém.

Continuei quieta esperando o que estava por vim, mas um movimento que eu fiz com a mão me denunciou.

– Ela já esta acordada, Orochimaru-sama. – informou o homem e eu abri meus olhos que se arregalaram por ser descoberta tão rápido. O homem que me carregava tinha cabelos prateados presos em um rabo de cavalo e usava óculos. Não me atrevi a olhar o outro homem, pois ainda estava com medo.

– Ótimo Kabuto. – disse o tal de Orochimaru – assim o Jiraya já pode dar um jeito nessa garota. – disse rindo e logo o homem que estava me carregando começou a rir junto com ele.

Novamente eu queria gritar, mas a mordaça me impedia. Estava com ainda mais medo. O que será que esse Jiraya fará comigo? Eu sou muito nova para morrer! Não acredito que meu pai fez isso comigo.

Fechei os olhos assustada, apertei as pálpebras como se com isso eu fosse acordar na minha cama e ver que tudo isso não passou de um pesadelo, mas infelizmente é real e só me resta esperar.

Notei que os passos do homem que me carregava cessarem e eu me perguntei se havia chegado. Senti que estava sendo colocada sobre algo macio.

Tentei pensar em outra coisa que não fosse o que estava prestes a acontecer, mas era impossível. E como eu era muito curiosa abri os olhos.

Vi um senhor que aparentava ter cinquenta anos a minha frente. Seus cabelos brancos eram enormes e ele tinha umas estranhas marcas vermelhas embaixo do olho.

Olhei ao redor e vi que estávamos sozinhos.

À medida que ele se aproximava de mim meu coração se acelerava. Meus olhos estavam arregalados.

– Por que está chorando menina? – disse ele com uma voz grossa.

Só então eu notei que lágrimas escorriam pelo meu rosto. Tentei segurar as lágrimas que insistem em cair, mas era impossível não chorar, então me rendi ao choro.

– Não sei por que está chorando. Eu não vou fazer nada que você não queira. – ele disse.

Como ele pode não entender o motivo pelo qual eu choro? A única pessoa em que eu confiava me traiu. Isso já é motivo suficiente. E como ele tem a cara de pau de dizer que eu quero o que ele vai fazer? Mas afinal o que ele vai fazer? Só as possibilidades me assustam.

O homem se aproximou ainda mais de mim e acariciou minha face. Ele retirou o pano da minha boca que antes me impedia de gritar, mas só então eu notei... Gritar não vai me salvar. Ele foi se aproximando seus lábios dos meus só que quando estavam prestes a se tocar eu virei o rosto com nojo.

– Hum – ele murmurou e eu me virei para encará-lo.

Esse foi meu erro. Ele se aproveitou que eu baixei a guarda e me beijou. Ele assim que juntou seus lábios aos meus, ele pediu passagem e eu não deixei. Tentei de todo jeito me livrar dele mais era impossível, pois minhas mãos estavam amarradas. Notando que eu estava parada e não ia fazer nada ele se afastou e abriu os olhos sorrindo.

– Gosto de garotas difíceis. – ele disse sorrindo.

– Que pena que eu não gosto de velhos tarados! – gritei cuspindo na sua cara.

Ele ficou vermelho de raiva e me puxou pelos cabelos. Aquilo estava doendo demais. Comecei a soltar gemidos de dor e eu já estava chorando novamente.

– O que foi sua vadia?! – ele gritou e me jogou.

Bati na parede e fui escorregando até cair no chão frio. Levantei a cabeça desesperada. Meu corpo tremia de frio, protegido apenas por farrapos. O medo me preencheu novamente quando ele começou a caminhar na minha direção.

– Vou fazer você engolir o que disse. Hyuuga Hinata. – sussurrou friamente o que causou um arrepio de medo percorrer o meu corpo, pois sei do que esse tipo de gente é capaz de fazer.

Ele se deitou por cima de mim e começou a colocar a mão por dentro da minha blusa. Senti a mão dele percorrer pela minha pele e o que deveria ser prazer era substituído pelo nojo que eu sentia desse homem.

Quando chegou na pior parte e ele começou a abaixar as calças eu perdi todas as esperanças de que poderia escapar dessa, mas para minha surpresa a porta se abriu revelando o homem que me carregou do carro até aqui.

– Jiraya-sama desculpe interromper, mas... – antes que o homem falasse algo, foi interrompido por Jiraya que estava muito irritado.

– Eu disse para não me interromperem, Kabuto. – ele disse.

– Mas é urgente. – disse Kabuto com uma expressão séria o que fez Jiraya ceder.

– Certo! Diga de uma vez!- gritou Jiraya.

Kabuto foi até ele e cochichou algo em seu ouvido e ele arregalou os olhos assim que ouviu e Kabuto foi embora.

– Garota, você tem sorte. – disse o Jiraya indo embora e eu sorri.

Assim que ele abriu a porta virou-se e me encarou.

– Mas não por muito tempo. – ele disse – depois de amanhã eu voltarei e você será minha. – ele completou.

E do mesmo jeito que minha animação chegou ela se foi. Rápido. É só uma questão de tempo para ele voltar. Eu só espero conseguir dar um jeito nisso antes que ele volte.




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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado da minha nova fic... por favor deixem reviews se não eu nunca posto continuação hahaha