Remember December escrita por Anne Masen


Capítulo 3
Terceiro Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey :3 Cheguei com mais um capítulo de RD pra vocês *---*
Espero que gostem, adorei ler os Reviews, rs.
Sem mais, boa leitura!



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Acordei meio zonza, e surpresa. O sonho, após dois anos havia mudado, mas Edward ainda sim estava presente nele. Qual era o sonho? O nosso quase beijo.

Só que no sonho, não houve o
quase.

Levantei da cama, fui tomar banho e desci para tomar café. No corredor eu ouvir Maria acordando Kevin.

— Acorda, garoto. Senão eu vou arrombar isso e vou aí te puxar pelo cabelo – ela riu, e quando me viu falou – Bom dia, seu café já está na mesa – e se virou para a porta de Kevin – Vamos!

Kevin saiu só com uma calça de moletom azul escura, com uma careta no rosto e o cabelo bagunçado.

E ao passar por Maria os dois estreitaram os olhos na direção do outro. Depois começaram a rir.

Nos dirigimos à cozinha e eu peguei minha xícara com cappuccino, tomei um gole.

Mas larguei– a quando olhei no relógio.

— Ah, droga! Vou me atrasar, e ainda tenho que passar na lavanderia para pegar meu jaleco – eu já estava correndo para o banheiro para poder escovar os dentes – Kevin, vá tirando o carro da garagem para mim – eu tentei dizer, com escova na boca enquanto penteava o cabelo.

Ouvi o barulho do carro sendo estacionado na frente da casa e saí com mais de mil porta afora. Entrei no carro e parti para a lavanderia, depois, fui para Universidade.

Estacionei o carro e entrei no prédio principal, vestido o jaleco no caminho. Cheguei na sala junto com o professor, e fiquei confusa ao ver uma garota de calça jeans, blusa branca e de jaleco sentada na cadeira do meu lado, Katherine sorriu ao me ver.

 

POV Katherine.

Vi Bella entrar na sala e se sentar ao meu lado. Sorri e ela respondeu com outro sorriso.

— O que faz aqui?- ela perguntou, colocando sua bolsa pendurada no encosto da cadeira.

— Aluna nova – respondi, e nós rimos, ganhando um olhar de advertência do professor – Pedi transferência sexta-feira passada – continuei, agora sussurrando.

— Que legal – sussurrou ela de volta, a voz animada.

Era bom saber que Bella gostava de mim assim como eu gostava dela, ela era uma de minhas poucas amigas. Não querendo relembrar meu passado, tentei prestar atenção na aula.

[...]

Saí da sala conversando com Bella, fomos para o refeitório, pegamos nosso almoço e nos sentamos em um das mesinhas dali.

Bella de repente ficou calada e ficou cutucando seu pedaço de pizza com o garfo.

— Kathe? - olhei para ela quando ela disse meu apelido.

— Sim? - respondi, nervosa, a cara dela meio que desmoronou de repente.

— Edward falou a verdade? Digo, ele realmente se arrepende do que fez? - ela baixou o olhar, envergonhada.

Fique sem saber o que dizer, eu sabia a verdade, só não sabia como dizer isso a ela. Era complicado.

— Bella, eu sei de tudo o que aconteceu – resolvi contar-lhe a verdade – Vamos por partes,ok?

Ela assentiu e se aproximou de mim.

— Conheci Edward em uma praia na Flórida, o encontrei sentado na areia, quando o vi e percebi que sua cara não era a das melhores, fiquei com medo de me aproximar pensando que ele poderia ser um maníaco esperando que sua vítima se aproximasse – eu ri com a lembrança – Mas, depois vi que ele parecia realmente triste, engoli meu medo e me sentei ao seu lado.

“Você está bem?” Perguntei dando uma espiada pelo canto do olho para ver sua reação.

Ele pareceu perceber minha presença e tentou sorrir, mas o sorriso não chegou ao seus olhos.

 

— “Na verdade, não.” Mas tarde descobri que aquilo era verdade.

Olhei para Bella, ela fez sinal para que eu continuasse.

— Bom, ficamos em silêncio, o único barulho era o das ondas ao mar. Então eu tomei um susto quando ele voltou a falar.

— “Sabe quando você sente que sua vida acabou, e que não lhe sobra uma gota de esperança dentro de si?”

Eu já sentira isso, mas aprendi a seguir em frente.

— “Por incrível que pareça, já.” eu ri sem humor algum.

Ele olhou para mim incrédulo ,querendo dizer: Uma garota tão jovem, e já se sentiu assim?

— “Pois é.” Eu suspirei. ”Sem querer ser entrometida, mas fiquei curiosa, por que você está assim?”

Ele mantinha seu olhar fixo no mar.

— “Você já se apaixonou perdidamente, e em uma hora estava tudo perfeito, mas aí você estraga tudo?”

Ele disse as cinco últimas palavras com nojo.

Fiquei assustada, ele viu minha expressão e seu rosto voltou ao normal: tristonho.

— Viu? Finalmente tenho a oportunidade de desabafar com alguém, e a assusto com meu mau gênio – ele hesitou – Eu acabo estragando tudo - continuou ele.

Relaxei, eu sabia que ele não me machucaria.

“Tudo bem” eu disse dando de ombros, queria saber o que o deixara assim, eu era muito curiosa na época.

 

Ficamos em silêncio de novo, e a minha curiosidade ali, me pertubando.

Não aguentei, e falei.

— ”Você quer por favor falar por que está com essa cara de depresivo? Quero saber, e se for o caso quero ajudá-lo! Então fale, por favor” – perdi a paciência.

Ele riu de minha atitude, mas não liguei.

— ”Você quer mesmo me ouvir falar sobre meu 'passado obscuro'?” - ele perguntou.

— O que você acha?- eu sabia que esse "passado obscuro" não era nenhum assassinato,(pelo menos eu rezava para que não fosse) pois ele havia falado em amor, paixão, essas coisas; então não fiquei com medo de querer saber.

Ele hesitou, como se se perguntasse se deveria confiar em mim.

— ”Vamos, eu não sou aquelas meninas que saem falando de tudo por aí, pode confiar. Minha boca é um túmulo.” – eu estendi meu dedo mindinho para ele, fazendo uma promessa.

Ele riu. Pode parecer loucura pelo pouco tempo que falei com ele, mas eu sabia, que se ele realmente confiasse em mim, dali, cresceria uma amizade. Em meu íntimo, alguma coisa me dizia isso.

Ele sorriu, o sorriso desta vez, chegando aos olhos. Eu sorri em resposta, e meu sorriso se alargou quando ele entrelaçou seu dedo mindinho no meu.

— Pode começar – eu brinquei, me ajeitando na areia.

Ele pareceu entrar em transe quando começou a falar.

 

— ”Eu morava em Londres com minha família, e tinha uma namorada: Isabella. Eu tinha tudo, para quem olhasse, parecia uma vida perfeita, e era, mas eu fui estúpido o bastante para ver isso. Eu e Isabella estávamos juntos há quase três meses, nosso relacionamento era intenso, lindo, de dar inveja” – ele riu, mas ficu sério de repente – “Até que Tânia chegou na cidade, ela era eu mulher bonita, não mais do que Isabella, mas era. Era também rica, e popular, tudo o que um garoto idiota, cheio de orgulho, hormônios, e ganância pode querer.”

— ”E no caso esse garoto era você” - eu comentei, ele me lançou um olhar de: Mais alguma coisa, ou posso continuar? - Ok, desculpe.

— Mas, sim. Na história o garoto sou eu. E mais, pela parte da ganância eu comecei a namorar Tânia – eu arfei – Sim, ao mesmo tempo que namorava com Isabella. Um crápula, não é?

— ”Sim, e muito” – eu concordei, ainda chocada.

— ”Passei uma semana 'ficando' com as duas, tentando ficar um pouco distante de Bella, para ela não perceber. Certo dia, eu estava em uma festa, Tânia estava comigo, e ela disse que iria se mudar, eu mencionei Isabella, mas ela disse que me amava, e que se eu fosse, ficaríamos juntos para sempre, e eu caí feito um patinho. Terminei com Isabella do pior jeito possível, fui frio e insensível, não vou entrar em detalhes” – ele franziu o rosto, fazendo uma careta – “Não quero que você saia gritando pela praia.”

“Enfim, eu viajei com Tânia para Flórida, no começo foi tudo com ela havia prometido, mas depois tudo desmoronou.”

 

Tânia começou a mostras seu verdadeiro 'eu', uma pessoa completamente fria e cruel, disse que não me amava, e que me fez viajar com ela apenas porque eu era bonito, o que aumentaria sua popularidade” - sua voz foi morrendo, mas depois continuou – “Depois, ela me deixou. Passei dias pensando, a culpa acabando comigo. Pensei no que fiz, no que estraguei, no que deixei para trás, pensei em minha família, em Bella...” - ele parou, uma lágrima desceu por seu rosto e caiu na areia quente.

Tive vontade de abraçá-lo e de lhe dizer que tudo acabaria bem; e foi o que fiz.

Ficamos ali abraçados e em silêncio, apenas a respiração acelerada dele e seus soluços quebrando o silêncio esmagador.

— ”Tudo vai acabar bem” – tentei acalmá-lo – “Você vai ver.”

Meus olhos estavam úmidos, e foi só quando percebi que também chorava. Ele foi se acalmando aos poucos, recuperou a postura, enchugou o rosto com a mão e voltou a falar.

— ”Obrigado. Mas também já cheguei a pensar nisso, e não acho que esse final feliz seja para mim, não depois de tudo que fiz, ou destruí. Talvez todo esse arrependimento seja merecido. Pensei em voltar, mas sabia que não era correto interferir na vida das pessoas novamente, e se eu voltasse encontraria Bella, e não aguentaria – por mais que fosse merecido – o ódio no seu olhar quando ela me visse.”

 

Ele me olhou, e eu sabia que o relatório acabara, ele esperava minha reação de tudo aquilo. Eu respirei fundo antes de falar.

— ”Bom, é uma história muito... “– eu comecei.

— ”Katherine! - minha irmã gritou de longe, me interrompendo – Vamos!” - meu olhar ficou entre ele e minha irmã.

— ”Desculpe, eu realmente tenho que ir” - eu disse me levantando. Olhei para uma mochila preta ao seu lado e li seu nome no cartãozinho de identificação – “Até mais, Edward” – eu saí correndo.

— ”Espere! - ele gritou e eu olhei para trás – “Qual o seu nome?”

— ”Katherine” – eu gritei de volta, a mão em volta dos olhos, por causa do sol forte. Não esperei que ele reagisse, corri na direção de minha irmã.

Olhei para Bella, ela parecia perplexa.

— Voltamos a nos encontrar no dia seguinte, conversamos bastante e tudo. Depois eu e ele começamos a morar juntos. E bem mais tarde, o convenci a voltar para Londres e encarar a realidade – eu me encolhi, esperando sua reação.

— Quando vocês moraram juntos, vocês estavam....? - ela não precisou terminar

— Não, não – eu ri de leve – Eu e Edward nunca tivemos mais do que uma grande amizade, Bella, pode ter certeza.

— Ah.

Silêncio.

— Olhe, Bella – eu disse, a voz séria – Não sei se é o mesmo que você acredita, mas, para mim, que estive lá, e vi a sinceridade nos olhos e na voz de Edward, cada palavra de dor ou de arrependimento, ou de quando ele me contava sobre os maravilhosos momentos que vocês viveram – eu parei – Não estou querendo pressionar você em nada, mas para mim: tudo foi verdadeiro.

 

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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam do POV Katherine?
Mereço reviews? *---* Espero que sim, rs.
Também espero que estejam gostando da fic, muitas emoções estão por vir ~ dança.
xoxo
Juliana.