Remember December escrita por Anne Masen


Capítulo 25
Vigésimo Quarto Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que ia postar na quarta, mas nem deu, rs. Aqui estou eu com o penúltimo capítulo de Remember December. Simm, é isso mesmo, tá no fim =( Eu ainda não sei como me sinto sobre isso, vdd. Espero que gostem, e eu agradeço àquelas que vem comentando nos capítulos anteriores e peço a quem não comenta, que o faça, porque é muito importante pra mim saber o que vocês estão achando. ♥



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Eu me recusei a sair do lado de Edward durante todo o tempo que ele ficou no hospital. Eu dispensava todo e qualquer pedido para que eu fosse para casa descansar, apesar de estar precisando muito. Agora que eu estava completamente limpa, não usando mais as roupas manchadas com o sangue de Edward e que no meu pequeno e insignificante corte no lábio havia sido feito um curativo, eu estava dedicando cada segundo meu à Edward.

A cirurgia para a remoção da bala que atingira Edward havia acabado a algumas horas e eu agora velava seu sono tranquilo causado pelos sedativos. Ainda não havia tido a oportunidade de falar com Edward, uma vez que quando minha entrada no quarto fora permitida, ele estava inconsciente e até agora não acordara.

Esme, Carlisle, Kevin, Katherine, e meus pais também estavam aqui, não no quarto, mas lá fora na sala de espera. Amanda também quis ficar com Edward, e depois que Esme a fez comer alguma coisa, ela veio se juntar a mim no quarto. Ela agora estava deitada em um dos sofás que havia no local, cercada por travesseiros e dormindo.

Kevin havia trazido uma bandeja com comida para mim e eu fiquei grata por isso, porém não consegui comer nada e a bandeja continuava intocada na cadeira ao meu lado. Eu mantive os olhos no rosto de Edward o tempo todo, esperando o momento em que ele acordaria.

O cansaço foi ficando mais forte depois de algum tempo, e eu me vi obrigada a fechar os olhos e então apoiar a cabeça na beirada da cama. Com a mão de Edward na minha, eu chorei pela terceira vez naquela noite.

Era doloroso demais, cada segundo que o relógio marcava era mais um segundo de agonia para mim. Pensar em Edward e em toda a dor que ele sentiu ao ser baleado era quase insuportável. Tudo o que eu queria era que ele abrisse os olhos e que dissesse que tudo estava bem, como ele sempre fazia quando eu me sentia triste por algum motivo.

Carlisle e Esme em nenhum momento me censuraram ou me culparam pelo o que tinha acontecido ao seu filho, apesar de eu achar que merecia isso. Talvez eles não quisessem me magoar mais do que eu já estava, ou estavam deixando essa tarefa para Edward. Eu sabia que iria ouvir dele sobre a minha decisão de ir atrás de James, e eu o deixaria falar o que quisesse, deixaria até que ele me xingasse — apesar de saber que Edward nunca faria a última parte, por mais que eu merecesse.

Eu só queria que ele acordasse, queria ter a certeza de que ele estava bem, porque era isso que importava. Se Edward me xingaria, eu podia me preocupar com isso depois.

— Bella.

Meus olhos se abriram imediatamente e todo o meu corpo reagiu a voz fraca que quebrou o silencio do quarto. Mantive a cabeça abaixada, me perguntando aquilo não se passava de um truque da minha imaginação dando voz a minha vontade. Mas então ele falou novamente, mais forte dessa vez.

— Está chorando? — Edward apertou a minha mão.

Foi o que bastou. No segundo seguinte eu observava o rosto de Edward, assim como ele observava o meu, a cabeça tombada na minha direção. Seus olhos — os seus gloriosos olhos — estavam semicerrados, mostrando que ele ainda estava grogue.

— Edward! — eu arfei, segurando sua mão com força, como se não acreditasse que ele estava ali bem na minha frente. Eu me inclinei sobre ele, abraçando-o. Eu duvidava que alguém alguma vez havia sentido tanto alívio e felicidade como eu naquele momento. Edward se remexeu, desconfortável. — Oh! Eu o machuquei? Desculpe, desculpe! — eu dei um salto para trás.

Edward riu fraquinho.

— Eu estou bem, Bella. Eu só queria poder abraçá-la do jeito que você fez comigo. — ele fez uma careta para o seu braço enfaixado.

Uma súbita onda de tristeza me atingiu, e como eu já não tinha mais nenhum controle sobre as minhas emoções, comecei a chorar.

— Isso é tudo minha culpa. — escondi meu rosto nas mãos, envergonhada. — Eu sinto tanto, Edward, se eu não tivesse ido atrás...

— Do que você está falando? Nada disso é sua culpa. — disse ele, sério, mas eu já estava esperando.

— Não tente fazer eu me sentir melhor, não vai funcionar. Fui eu que acabei pondo todos nós em risco, se eu não tivesse sido tão estúpida nenhum de nós teria ido parar naquele galpão e você não teria levando um tiro. — eu disse o mais rápido que pude para que ele não tivesse a oportunidade de me interromper de novo.

— Bella. Olhe para mim.

Eu abri uma brecha entre meus dedos e olhei seu rosto. A expressão no rosto de Edward era tão séria que me fez sentir um arrepio descer por minha espinha. Esperei que ele continuasse.

— Não ouse dizer que isso foi culpa sua mais uma vez. — disse ele, procurando meu olhar. Eu descobri meu rosto, porém desviei os olhos de seu rosto, mantendo-os presos ao lençol que cobria Edward. — O que você fez foi completamente compreensivo, muito imprudente e arriscado, mas compreensivo. Tudo o que você pretendia era ajudar, então não fique se martirizando por isso, não estou com raiva de você de maneira alguma, não há o que temer e nem porque se desculpar.

Eu limpei as lágrimas do rosto com a costa da mão e sorri tristemente para Edward.

— Você é muito bonzinho comigo. — revirei os olhos teatralmente. — Um dia, eu vou fazer você me botar pra fora de casa, pode apostar. — provoquei.

Edward riu e estendeu a mão livre para acariciar meu rosto.

— Eu fiquei tão preocupado — sussurrou com expressão angustiada. — fiquei com medo de não chegar até vocês a tempo, só de pensar em James ferindo você ou Amanda... E então quando o vi batendo em você, — Edward fechou os olhos, como para tentar manter o controle de si mesmo. — minha única reação foi pegar a arma do policial mais próximo e invadir o local. Não tenha dúvida, se James tivesse tocado em você outra vez, eu não teria pensado duas vezes antes de atirar.

Levantei o rosto e sustentei seu olhar, como se quisesse confirmar se ele estava falando sério. Ele estava, mas sério do que nunca, eu podia ver em seus olhos que não havia uma sombra de dúvida sobre aquilo. Sorri para Edward, inclinando mais o rosto na direção da sua mão e ele pôs uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— Não faz sentido você se preocupar tanto comigo, quero dizer, não sou eu quem está em uma cama de hospital. Eu não sou nada comparado a você.

— Bella — Edward disse, soando repreensivo. — Eu odeio quando você faz isso, quando começa a se desvalorizar ou colocar-se em um nível abaixo de alguém. Olhe para mim — eu havia desviado o olhar novamente. Fiz o que pediu. — Você é mais do que pensa. Mais do que qualquer um, mais do que um dia eu vou ser capaz de ser.

Eu podia sentir meu rosto ficar corado a medida que Edward o acariciava e falava ao tempo. Era inacreditável o poder que ele tinha de me trazer tranquilidade e me fazer sentir bem em questão de segundos.

— Obrigada. — sussurrei. — Eu amo você.

— Ninguém nunca amou alguém mais do que eu amo você, sra. Cullen.

Ele cuidadosamente puxou meu corpo para o seu e uniu nossos lábios. Minha mãos automaticamente tomaram o tão conhecido caminho até sua nuca e acariciaram seus cabelos, enquanto a mão livre dele mantinha meu rosto próximo. O sangue parecia enlouquecido ao correr por minhas veias e eu quis que aquele beijo durasse a eternidade, mas quando o ar tornou-se escasso fomos obrigados a nos separar. Edward abriu os olhos e sorriu gloriosamente para mim.

Um pequeno movimento no canto do quarto chamou nossa atenção, e quando olhamos para lá, Amanda sentava-se no sofá, completamente grogue e coçando um dos olhos.

— Ele acordou? — perguntou a mim no meio de um bocejo quando nossos olhos se encontraram.

— Por que não vem ver por si mesma?

Ela deixou o sofá e veio se colocar do meu lado, estava tão sonolenta que nem viu Edward a observando fazer todo o trajeto até a cama. Edward era o perfeito pai bobão e eu adorava isso. Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo estampado no rosto.

Coloquei Amanda no colo para que ela pudesse vê-lo melhor, porque apesar de ter 5 anos, ela era um tanto quanto baixinha para a idade que tinha. Ela tirou um cacho de cabelo do rosto e olhou para o corpo deitado na sua frente, e a partir daí, a cada segundo que se passava seus olhos iam se arregalando e um sorriso crescia em seu rostinho.

— Espero que tenha cuidado da sua mãe enquanto eu estive apagado. — disse Edward.

— Edward! — gritou, mas gritou mesmo. Foi tão alto que eu tive que tampar os ouvidos. Amanda cobriu a boca com a mão logo em seguida, fazendo eu e Edward rir.

— Como você está, princesa? — indagou Edward.

—Eu tô bem. — a pequena testa de Amanda se crispou, e por um momento eu pensei que ela fosse dizer a mesma coisa que eu: não sou eu quem está em uma cama de hospital. Mas ao invés disso, ela apenas se inclinou para pousar cuidadosamente o dedo minúsculo sobre o braço de Edward. — Dói?

Edward riu.

— Não. Pelo menos não com esse toque, uma borboleta pousando seria mais doloroso. — provocou.

Amanda fez uma careta para ele e acompanhou Edward quando o mesmo riu.

— Acho que eu deveria chamar os outros, eles ainda pensam que você está dormindo. — conclui. Levantei Amanda para tirá-la de meu colo e colocá-la sentada no meu lugar. — Cuide dessa criança aqui, ok? — eu disse a Amanda e ela riu ao ver a careta de Edward por eu tê-lo chamado de criança.

— Você vai voltar?perguntou-me Edward enquanto Amanda estava distraída falando algo sobre desenhar no gesso de Edward caso ele fosse precisar de um.

— Eu sempre volto para você.eu disse enquanto ia em direção a porta.

— Assim como eu.

Eu pude ouvir sua risada baixa antes de fechar a porta atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

Comentem, pfvr ♥