Remember December escrita por Anne Masen


Capítulo 19
Décimo Oitavo Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas! Ou meninos, nunca se sabe, haha. *-*
Cá estou eu com mais um capítulo, espero que gostem ;)
Boa leitura!



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PONTO DE VISTA: ISABELLA SWAN.

— E... dormiu. — sussurrou Edward, fazendo-me levantar os olhos do livro que lia para olhá-lo. Com uma mão, ele alcançou o controle remoto e desligou a televisão. Pegou cuidadosamente Amanda no colo. — Vou colocar essa pequena na cama.

Assenti, sorrindo para ele.

Fiz um coque desajeitado em meu cabelo e deixei meu livro de lado. Ao olhar em volta, soltei um suspiro. Como os dias poderiam ter passado tão rápido?

Já se passou duas semanas desde o dia que ganhamos a guarda de Amanda. Estamos morando no nosso apartamento — agora mobiliado e muito bem decorado por Esme — e eu me sentia outra pessoa. De uma forma boa, é claro.

Esses últimos dias haviam sido os melhores de toda minha vida. Fiquei muito satisfeita — um pouco orgulhosa até — por conseguir lidar com minha nova vida tão bem. Meu trabalho no hospital — por mais que exija tempo e atenção — não me privou de estar com Edward, Amanda, minha família e amigos, então sempre que um deles precisava de mim, eu estava lá para eles.

E ah! O tempo que eu passava com cada um deles era extremamente maravilhoso. Era tão bom ver Amanda se adaptando bem agora que vivia conosco. E tinha Edward. Se algum dia eu pensei que ele não poderia ser mais perfeito, estava enganada. Um Edward pai era a coisa mais linda de se ver, ele era incrivelmente carinho, atencioso, prestativo, doce, gentil e todos os elogios que se pode fazer a um pai como Edward. Eu duvidava que houvesse alguém melhor.

Há alguns dias, Amanda tem estado meio indecisa de como se dirigir a mim e a Edward. Um dia, quando fomos buscá-la em sua nova escola e enquanto olhava pela janela do carro ela murmurou sem perceber:

— A cidade fica tão linda durante o inverno, não acha papai? — Edward ficou tão surpreso que pisou no freio com uma força um pouco maior do que era realmente necessário. Ele tinha os olhos arregalados quando virou o rosto na minha direção, com certeza ele não esperava que Amanda o chamasse de papai em tão pouco tempo de convivência, não fazia nem um ano que ela perdera os pais, era surpreendente que Amanda confiasse tanto em nós para chamar-nos de papai e mamãe. Inevitavelmente, me perguntei quando ela me chamaria de mãe.

— Sim, querida. Londres é encantadora nessa época do anos. — Edward respondeu, sorridente.

Horas mais tarde, foi a minha vez. Na hora de dormir, e quando Amanda estava confortável e aquecida entre as cobertas ela sussurrou-me um Boa noite, mamãe.

Não é toda vez que ela nos chama assim, na maioria das vezes ainda somos Edward e Bella.

— Por quanto você me vende seus pensamentos? — perguntou Edward, de repente em pé na minha frente.

— Não vale a pena, não era nada de interessante — respondi, peguei sua mão que me era oferecida e deixei que Edward me guiasse até a cama.

— Tudo que vem de você é interessante, srta. Swan — Edward riu levemente contra meu pescoço, fazendo com que os pelos de meu braço se arrepiassem.

Edward manteve o rosto em meu pescoço, distribuindo beijos por ali. Minhas mão fecharam-se em seu cabelo para manter ele ali, fechei os olhos e suspirei quando uma de suas mãos acariciou minha coxa.

— É muito difícil falar meus pensamentos quando você está fazendo isso — esforcei-me para dizer, e depois acrescentei: — É difícil pensar quando você está fazendo isso.

E por mais que eu não pudesse ver seu rosto sabia que ele estava sorrindo, eu podia sentir.

— Quer que eu pare? — sussurrou Edward com a voz rouca e sedutora em meu ouvido. Sua mão subiu até minha cintura.

Eu não ficaria surpresa se Edward pudesse sentir meu coração bater descontroladamente devido a nossa proximidade, principalmente após sua pergunta, quando meu coração — incrivelmente — bateu mais forte, dessa vez temendo que ele se afastasse. Meus olhos se abriram bruscamente, e eu franzi o cenho para ele, o gesto dizia: Mas que pergunta idiota!

Em um movimento rápido eu girei para ficar por cima dele, uma perna de cada lado de sua cintura. Depositei um beijo em seus lábios.

— Acho que isso responde a sua pergunta — eu disse suavemente para ele, agora eu me concentrava em desabotoar os botões da sua camisa. Um sorriso brincava em meus lábios quando Edward apertou as mãos em volta de meu quadril.

— Tem certeza? Eu estou muito curioso em saber o que você pensava, tem andado muito pensativa esses dias, Bella. — replicou ele, ficando por cima de mim. Mas eu soube que ele estava só brincando comigo quando suas mãos infiltraram-se por debaixo de minha blusa.

— Cale a boca, Edward — rosnei, finalmente me livrando de sua camisa, atirei a peça em algum lugar do quarto.

Ele jogou a cabeça para trás e riu, depois esticou o braço para pegar um preservativo na gaveta do criado-mudo.

X

— Quando é que eu vou poder usar um igual a esse, mamãe? — disse Amanda saindo de meu closset em cima de um dos meus sapatos de salto alto.

Eu ri, olhando ela andar desajeitadamente pelo quarto, o sapato era enorme para uma criança de cinco anos. Amanda teve sorte de perder o equilíbrio quando estava perto da cama, porque foi em cima dela que ela caiu.

— Quando isso não acontecer mais, e seus pés couberem no sapato — respondeu Katherine por mim, ela se levantou da cadeira onde estava para abrir a porta do quarto. — Qual é a senha?

— Vamos criança, me deixe entrar, sou eu. — respondeu Maria do lado de fora.

Katherine destrancou a porta e deixou Maria entrar.

— A propósito, a senha é: “C.F.E” — disse Katherine. — “Caia Fora Edward.”

Maria riu, e depois, quando seus olhos focaram em mim, ela parou no lugar, observando-me de forma quase emocionada. Ela tinha uma pequena caixa preta nas mãos.

— Você está tão linda, criança — disse Maria vindo me abraçar. — Sua mãe vai ter um ataque do coração quando lhe ver.

— Obrigada, Maria. — sorri.

Girei o corpo para me olhar no espelho. Aquele vestido era incrível, isso eu não poderia negar. Era de cetim branco e longo, a costa até o final de minha cintura estaria nua se não fosse a fina camada de renda detalhadamente trabalhada. Ele tinha mangas compridas que iam até meus pulsos, e a base de minha clavícula estava a mostra. Meu cabelo estava solto, os cachos castanhos caiam perfeitamente por meus ombros e costas, em meu pescoço estava o fino cordão que Edward me dera quando ainda éramos adolescentes. A maquiagem que Katherine havia feito em mim não era pesada, era o suficiente para realçar meus olhos e deixar meus lábios levemente rosados.

— Espero que Edward goste — murmurei ainda olhando o meu reflexo.

— Ora, é claro que ele irá gostar — Maria abanou a mão, como para dizer que aquilo era óbvio. — Agora venha aqui, deixe-me colocar isto em você e então estará perfeita.

Levantei a barra do vestido de noiva e andei até ela, virei de costas para Maria e sentia ela colocar algo em meu cabelo, era um pequeno e brilhante broche em formato de laço, nele havia pequeninas pedrinhas na cor azul.

— Edward adora essa cor em você — comentou Katherine, sorrindo enquanto observava o broche.

— Papai vai gostar muito, mamãe. Você está linda — disse Amanda me rodeando para ver de todos os ângulos. Ela usava um vestido azul-marinho e sapatilhas da mesma cor, e seus cabelos pretos estavam presos em um rabo de cavalo. Mais adorável impossível.

— Você também está muito bonita, Amanda — elogiei com um sorriso no rosto. Aquele momento parecia tão feliz e perfeito que senti meus olhos encherem de lágrimas. Pigarreei uma vez, respirando fundo, não podia chorar — pelos menos não ainda —, eu não estragaria minha maquiagem.

— Quando eu vou poder me casar? Espero ficar tão bonita quanto você no dia, mamãe. — a pergunta de Amanda me fez rir, ou melhor, a resposta que Maria lhe deu:

— Se depender de seu pai, quando você estiver com 30 ou 40 anos poderá começar a se preocupar com isso.

Amanda fez uma careta.

— Mas vai demorar muito! — retrucou ela jogando os bracinhos para o alto.

— Acredite, essa é a intenção dele — disse Katherine.

— Uau, Bells. Você está linda.

Nossos olhos se arregalaram ao ouvir a voz masculina. No segundo seguinte, Maria tinha arrancado o lençol de minha cama e o colocava na frente de meu corpo, ao mesmo tempo que Katherine jogava quantos travesseiros pudesse pegar no rosto do recém-chegado no quarto.

— Ai, meu Deus, é você! — ouvi Katherine exclamar. — Me desculpe, Kevin, — ela começou a rir. — pensamos que fosse Edward.

Lentamente, Maria abaixou o lençol, descobrindo meu corpo.

— É só o Kevin, não vai dar azar se ele a ver de noiva antes da hora — Maria me disse.

Sorri e caminhei até Kevin.

— Tenho que admitir, você fica incrível de smoking — comentei dando um soco de brincadeira em seu ombro.

Kevin riu.

— É, tá legal. — ele pegou minha mão e me fez girar. — Eu repito, você está linda. Mas elogios a parte, está na hora, os convidados estão esperando pela noiva.

Foi então que eu senti meu estômago se revirar. Tava demorando, gemi em pensamento. Minha respiração tornou-se descompassada, e o nervosismo me atingiu em cheio. Comecei a me preocupar sobre como estava aparentando, tive de dar uma conferida para ver se o vestido estava bom, se não estava abarrotado ou qualquer outra coisa. Um fio solto talvez.

Não tinha nada, mas do mesmo jeito não fiquei mais tranquila. Acabei por admitir que não era o vestido que me deixava nervosa.

Só o fato de estar casando fazia meu coração ir a mil. Sabia que Edward estava me esperando lá fora, no altar construído no grande jardim dos Cullen, e sabia que tinha de tudo para aquele momento ser perfeito. Isso se você não tropeçar em seus próprios pés, uma voz em minha cabeça provocou.

Tentando controlar as batidas de meu coração, passei meu braço pelo o de Kevin. Katherine me ajudou a colocar meu sapato e fui guiada até a porta. Kevin acompanhou meu ritmo lento enquanto descíamos as escadas, minha mão apertavam seu braço como se minha vida dependesse disso. Só esperava não estar machucando-o.

Kevin me levou até Charlie, e com um sorriso meu pai me recebeu, disse que eu estava linda e eu agradeci, sentindo meu rosto corar. Kevin era uma pessoa muito especial para mim, o melhor amigo que alguém pode ter, e eu sentia-me privilegiada tê-lo ao meu lado, então ele e Katherine eram meus padrinhos e Larissa e Logan eram os de Edward. Respirei fundo e levantei o olhar do chão, meus olhos automaticamente procuraram por Edward.

E ele estava ali, me observando como se me visse pela primeira vez, um — perfeito — sorriso estava estampado em seu rosto. Os convidados ficaram de pé, podia ver minha mãe de pé em frente a primeira fileira de cadeiras, junto com Maria. Do outro lado do altar estavam Esme e Carlisle, todos eles sorriam para mim.

A marcha nupcial começou a tocar, e Amanda andou pelo caminho que me levaria até Edward, ela jogava algumas pétalas de rosas brancas pelo chão.

Senti meu nervosismo diminuir e ser substituído pela ansiedade a cada passo que dava na direção de Edward, se não fosse por Charlie segurando meu braço, acho que já teria corrido para os braços do Cullen.

Cullen. Sorri, em poucos minutos, eu também seria uma.

Dizem que quando estamos perto da morte nossa vida toda passa diante dos nossos olhos. Comigo não foi bem assim, porque ali, caminhando até meu noivo e no dia do meu casamento, eu tive um flashback de tudo que vivi.

As imagens passaram rápidas e nitidamente. Minha infância com Kevin, a chegada de Edward. O dia em que começamos a namorar e o dia em que tudo desmoronou, cada dia dos dois anos em que eu não soube lidar com a dor da ausência de Edward, e Kevin estava lá por mim, a qualquer momento — nos piores momentos. O dia em que Edward voltou para Londres, fazendo uma batalha começar dentro de mim. Lutar contra ou se render?

A chegada de Caroline e logo em seguida a de Larissa. O dia em que Edward se mostrou disposto a recomeçar tudo, quando encontramos Amanda, quando Edward me pediu em casamento...

Eram tantas coisas que eu me senti aliviada por ter conseguido passar por tudo.

Charlie beijou minha mão antes de colocá-la junto a de Edward. Uma corrente elétrica percorreu todo meu corpo quando nos tocamos, era uma sensação boa, e por isso não pude evitar um sorriso.

— Me prometa que cuidará de Isabella, Edward. — disse Charlie.

— Cuidarei dela, Charlie, confie em mim. — prometeu Edward, com a voz firme.

Meu pai assentiu, com um sorriso no rosto. Sabia que Edward cumpriria sua palavra.

Os minutos seguintes foram como se tudo a minha volta não tivesse importância, a não ser por mim e Edward, estávamos em algum tipo de bolha particular. De repente, o mundo pareceu ser perfeito, e a razão de tudo era Edward. Seu amor, sua presença, sua voz, seu abraço, só conseguia pensar nisso até o momento em que fomos obrigados a repetir as falas do padre.

— Eu, Edward Cullen... Recebo você Isabella Swan, como minha esposa...

— Na alegria e na tristeza...

— Na riqueza e na pobreza...

— Na saúde e na doença...

— Para amá-la,

— Respeitá-lo,

— Até que a morte nos separe.

— Eu aceito.

— Eu aceito.

Amanda veio até nós e nos entregou as alianças, Edward deslizou a minha por meu dedo e eu fiz o mesmo com a dele.

Percebi que estava chorando no momento em que Edward se aproximou de mim para me beijar, antes de fazer isso, ele carinhosamente limpou uma lágrima que descia por meu rosto. Quando ele me beijou, eu novamente esqueci do mundo e passei meus braços pelo seu pescoço, trazendo-o para o mais perto possível. Aos poucos — quando Edward teve de interromper o beijos, uma vez que eu não queria parar de beijá-lo — eu fui ouvindo os convidados vibrarem e baterem palmas.

— Eu amo você — sussurrei para ele.

— Amo você também, sempre amei e sempre irei — respondeu.

X

Houve uma festa após a cerimônia. Agradecia a todos pela presença e pelos votos de felicidades, fotos foram tiradas, muita coisa foi dita durante as conversas, risadas preenchiam o lugar. Edward se manteve ao meu lado o tempo todo, o braço em volta de minha cintura, parecia mais feliz do que nunca. Ele me convenceu a dançar mais de cinco vezes. Kevin ficou impressionado com isso, ele sabia que eu não era muito de dançar, só dançava quando não tinha escolha, mas nesse caso foi porque Edward era meu acompanhante na maioria das danças, e com ele tudo parecia tão fácil.

Eu estava em seus braços e a música lenta que tocava chegava ao final, Edward olhou sobre minha cabeça e assentiu para alguém.

— O que foi? — perguntei.

Senti meu rosto corar devido a intensidade de seu olhar sobre mim. Ele sorriu, presunçoso.

— Eu espero que esteja pronta, sra. Cullen. — sussurrou-me. Edward inclinou o corpo para frente, fazendo um arco com nossos corpos, e após depositar um beijo em meu pescoço, continuou. — Está na hora da nossa lua-de-mel.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? *O*
Não esqueçam de me dizer a opinião de vocês nos comentários, até a próxima, beijos!