Remember December escrita por Anne Masen


Capítulo 17
Décimo Sexto Capítulo — parte 2.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/192724/chapter/17

<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->

Estou exausta! — exclamei ao passar pela porta do apartamento mais tarde naquela noite.

 

Edward deu um risinho e me ajudou ao tirar o sobretudo preto que eu vestia. Quase gemi de alívio ao tirar os sapatos, passar praticamente o dia inteiro andando de salto não seria uma coisa na qual eu estava disposta a repetir tão em breve. Principalmente quando Amanda me chamasse para brincar novamente no parque do orfanato.

 

Me arrastei até a cozinha e comecei a tirar da sacola as caixinhas com comida chinesa que havíamos comprado no caminho para casa. Olhei em volta, para o apartamento semi vazio, caixas estavam espalhadas pela sala, algumas vazias outras cheias de DVDs e livros.

 

Edward seguiu meu olhar.

 

Isso está uma bagunça, não é?

 

Com certeza. — eu ri. — Mas eu acho que gosto assim. É confortável, temos livros, um sofá e um ao outro. É o suficiente para mim.

 

E comida chinesa. Não esqueça disso. — completou ele.

 

Nossas risadas ecoaram no cômodo. A minha caixinha de comida e me dirigi até o sofá.

 

Sabe de uma coisa, Edward? — eu disse — Eu não consigo deixar de me sentir mal por James.

 

James? — Edward arqueou uma sobrancelha.

 

James King. É esse é o nome dele, segundo Larissa. — expliquei e dei de ombros. — O que quero dizer é, o cara perdeu a filha e a esposa em um acidente de carro. Ele era o motorista e estava bêbado. E acho que ele ainda se sente culpado por isso, talvez ele queira adotar Amanda para substituir o lugar das duas. Uma criança é mais acessível do que uma mulher.

 

Deixei a frase no ar, como se para que Edward sentisse o “drama” da situação.

 

Falando assim parece que você estudou a vida do cara — Edward estreitou os olhos para mim.

 

Eu abaixei o olhar para minha comida.

 

Larissa me ajudou — confessei. Edward soltou uma risada e eu suspirei. – Eu tenho ficado muito paranoica com toda essa história. Uma parte de mim tem medo de perder esse caso, apenas quis saber sobre o cara que pode ganhar a guarda de Amanda no nosso lugar. Saber em que mãos ela estaria caso a perdêssemos.

 

Edward sorriu torto e deixou a caixinha com comida chinesa de lado. Veio até mim e tirou a minha quase vazia de minhas mãos. Se aproximou de meu ouvido para sussurrar:

 

Eu acho que você está se preocupando demais — ele riu de leve, fazendo meu coração falhar. Seu dedo acompanhou o caminho de meu pescoço até minha clavícula — você precisa relaxar, Bella.

 

Edward envolveu minha cintura com os braços e depositou um beijo em meus lábios. O pequeno e rápido contato não foi o suficiente para mim, como sempre, então meus braços estavam em volta de seu pescoço antes que ele pudesse considerar a ideia de se afastar.

 

Aprofundei o beijo e o puxei pra mais perto de mim. Quando o ar se recusou a entrar em nossos pulmões Edward passou a beijar meu pescoço. Os movimentos tornaram-se urgentes, e as respiração já eram descompassadas quando Edward infiltrou suas mão por debaixo de meu vestido, um gemido escapou por meus lábios enquanto eu sentia as mão de Edward serpenteando por meu corpo.

 

Meu corpo clamava pelo dele, e eu soube que Edward sentia o mesmo por mim quando seus braços me ergueram e ele me deitou no sofá. Minha cabeça girava sob o efeito das carícias de Edward, e eu estava quase para morrer de antecipação.

 

Nunca havíamos nos beijado de forma tão íntima. O mais próximo disso fora na campina.

 

Este lugar não é exclusivamente nosso, e se alguém chegasse aqui e nos encontrasse desse jeito, bom, não seria a coisa mais confortável do mundo (…) e está mesmo ficando frio.



Eu sorri. Ali, em nosso apartamento, não havia nada que pudesse nos atrapalhar desta vez. O que poderia dar errado?



E foi com esse pensamento em mente que eu ajudei Edward a se livrar de sua camisa. Meu coração falhou e depois bateu forte demais, eu tive a impressão que ele poderia saltar de meu peito a qualquer momento. Eu suspirei, depois de tanto tempo eu não havia me acostumado com a beleza de Edward, e acho que nunca me acostumaria.



O tempo pareceu parar quando os braços de Edward se apertaram a minha volta. Eu estremeci quando ele me colocou de frente para ele em seu colo, e voltou a explorar meu pescoço.

 

Não entendo – sussurrou com a voz rouca. — por que você ainda está usando isso.

 

Então suas mãos lentamente abaixaram as alças do meu vestido.

 

Seu olhar não deixou o meu corpo nem por um segundo enquanto eu me livrava do vestido. Os olhos de Edward brilhavam de desejo, e eu sabia que seu olhar era o reflexo do que meus olhos estavam deixando transparecer. Minhas mãos acompanharam seu peito definido até pararem no cós de seu jeans, e aquilo o fez arfar.

 

Quando finalmente não havia uma única peça de roupa em nossos corpos as carícias tornaram-se mais ousadas, os beijos mais urgentes. Eu mal podia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Cheguei a pensar que iria desmaiar nos braços dele, cada toque de Edward era quase alucinante, porém quando achei que não poderia haver coisa melhor, Edward me deitou no sofá preto e se posicionou entre minhas pernas.

Ele segurou meu rosto para que pusesse ver meus olhos, e então nos tornou um só.

 

Intensas sensações de prazer invadiram meu corpo no segundo seguinte. Os únicos sons no apartamento eram de nossas respirações descompassadas, nossos gemidos e suspiros.

 

Eu te amo – sussurrou Edward quando ambos chegamos ao ápice.

 

Eu sorri, me aproximei e fiquei deitada em seu peito, tentando controlar a respiração. Seus braços me envolveram e ele me deu um último beijo antes que eu tivesse a chance de sussurrar.

 

Eu te amo.

 

Então meus olhos foram se fechando, e eu adormeci nos braços de Edward, tendo em mente que eu era sua de corpo e alma.

***

Bom dia — sussurrou Edward.

Eu me virei preguiçosamente no sofá até ficar de barriga para cima. Imaginei o quão desgrenhada eu deveria estar, meu cabelo estaria no mínimo parecendo um monte de feno. Mas a noite passada valera a pena, então ignorei a preocupação sobre minha aparência.

A noite passada.

Corri rapidamente os olhos por meu corpo desnudo e dei graças por ter uma manta me cobrindo quase até o pescoço. Senti as mãos de Edward virarem meu rosto para que eu o olhasse.

Como você ainda consegue ficar com vergonha depois de tudo o que aconteceu ontem? — perguntou suavemente.

Eu ri nervosamente e cobri o rosto com as mãos. Ouvi a risada de Edward enquanto ele me puxava para cima de seu corpo, eu encostei a cabeça em seu peito e apreciei o carinho que ele fazia em minhas costas.

Foi uma noite perfeita — murmurei de olhos fechados.

A melhor da minha vida — levantou meu rosto para me beijar.

O som de um celular vibrando em cima do balcão nos fez levantar. Edward vestiu sua calça e foi pegar o aparelho.

Alô? — Edward falou. Ouviu por um tempo e com um suspiro completou: — Tudo bem, em meia hora estarei aí.

Não foi preciso que ele me dissesse o que havia acontecido, eu sabia que era alguém do hospital que precisava dele. O aparelho em suas mãos era o reservado para alguma emergência no trabalho. Somente Carmem, sua secretária, e outras pessoas mais íntimas tinham aquele número.

Observei ele voltar para o sofá em silêncio.

Eles precisam de mim — contou Edward — Um paciente que dei alta na semana passada voltou a se sentir mal, tem dores no corpo e febre.

Eu suspirei.

Tudo bem — respondi. Por mais que o meu lado egoísta gritasse: Não! Não vá, fique aqui, por favor!

Edward tomou meu rosto nas mãos e me beijou. Se o seu objetivo era me deixar mais calma por causa de sua partida, não funcionou. O beijos fora profundo e apaixonado demais e só me fez querer amarrá-lo naquele sofá e não deixá-lo ir.

Eu tenho que ir — sussurrou ele, a testa encostada na minha.

Eu sei — suspirei. — Eu também tenho que ir, pretendo falar com Katherine antes de ir para o hospital.

Nos preparamos para sair, utilizando algumas roupas que havíamos deixado naquele apartamento caso dormíssemos aqui, como fora o caso. Edward disse que teríamos que comer algo, então eu o assegurei de que compraria algo quando saíssemos. Sendo assim, em questão de vinte minutos estávamos no estacionamento do prédio.

Nos vemos no almoço? — disse ele destrancando as portas do Volvo.

Claro — respondi.

Soltei um gritinho de surpresa quando ele me puxou pela cintura, impedindo que eu entrasse no meu carro.

Ele me beijou.

Vai ser um longo dia sem você, srta. Swan. — murmurou. — Já sinto a sua falta.

Acariciei seu rosto, um sorriso brincava em meu lábios. Sussurrei antes de me obrigar a entrar no carro:

Eu também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Digam o que acharam, ok? Beijos.