Remember December escrita por Anne Masen


Capítulo 12
Décimo Segundo Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas :3 Tudo bem com vocês? Espero que sim *-* Bom, obrigada pelos comentários do capítulo anterior, viu? Bem vindos leitores novos ♥
Boa leitura!



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O lugar foi tomado pelas viaturas de polícia, Isabella conversava com um policial, contando tudo o que havíamos visto após chegarmos no local do crime. Eu estava com Amanda no colo, ela lutava para não dormir.

– Tio Edward? - Amanda passara a me chamar assim a poucos minutos, quando soube meu nome. Eu olhei para seu pequeno rosto sonolento. - Se eu dormir, você e a tia Bella ainda estarão aqui quando eu acordar?

Senti meus olhos ficarem úmidos, eu sentia tanto pelo que tinha acontecido naquela noite, os policiais disseram que se tratava de um assalto, e os pais haviam reagido tentando proteger a filha, e por consequência foram baleados. Por sorte Amanda não vira tal cena, pois fechara os olhos ao pedido da mãe segundos antes dos pais morrerem. Soube desses detalhes pois a menina que estava em meu colo me contara assim que entramos na viatura de polícia. E agora, se não encontrássemos nem um parente, Amanda seria levada a um orfanato. Quer dizer, ela praticamente não tinha ninguém.

– Claro, querida. Estaremos aqui. - Prometi aos sussurros, sentindo uma lágrima descer por meu rosto.

POV ISABELLA.

– Bella? - A voz doce de Edward chamou - Você está bem?

Respondi no mesmo tom baixo para não acordar Amanda que agora dormia em seus braços.

– Estou sim, só sinto muito por ela - Passei levemente as mãos na costa de Amanda, sentido sua respiração uniforme.

Edward baixou o olhar, ele sentia tanto quanto eu.

– Estamos tentando ligar para um dos contatos do celular que achamos na bolsa da mãe - Anunciou a policial no banco da frente da viatura. - Tenho que voltar a dirigir, você pode continuar tentando para mim, senhorita? - Pediu ela, me dando o pequeno e prateado aparelho. O sinal ficou verde e o carro voltou a andar.

Vasculhei a lista de contatos atrás de um nome que poderia me ajudar, algo como "Mãe", "Casa", ou até mesmo "Em caso de emergência". Minha ansiedade era tanta que eu não estranharia se alguém tivesse um número de contato assim.

Até desisti e liguei para o primeiro que vi na frente: Julia Roberts.

Chamou umas três vezes antes de que uma moça atendesse.

– Asilo de Londres, telefone de Julia Roberts, quem gostaria? - Recepcionou.

– Aqui é Isabella Swan, eu gostaria de falar com a dona do telefone, por favor - Respondi nervosa.

Asilo? Pra quem será que eu ligara?

–Só um momento – Pediu a moça. Eu esperei pacientemente.

Uns trinta segundos depois, um voz baixa e gentil assumiu a outra linha do telefone.

–Julia Roberts falando – disse.

–Olá, sou Isabella Swan, você conhece uma garotinha chamada Amanda, que tem quatro anos? - perguntei indo direto ao ponto.

–Claro, Amanda é minha neta – Julia tossiu – Algo de errado? Onde está minha filha, não está com Amanda?

Lancei um olhar angustiado para Edward, sabendo não conseguiria relatar o ocorrido sem chorar, o que provavelmente deixaria a senhora inquieta. E por ser uma pessoa de idade, poderia ter um ataque cardíaco quando soubesse que sua filha estava morta.

–Deixe comigo – sussurrou Edward, ele parecia mais controlado, então lhe passei o telefone.

–Senhora Roberts? Aqui é Edward Cullen...

Edward com toda calma do mundo explicou toda a situação a avó de Amanda, e lhe assegurou que sua neta estava bem apesar de tudo. Eu fiquei olhando pela janela do carro, Amanda seria levada para um orfanato para passar aquela noite uma vez que não poderia dormir em um asilo com a avó. Que, aliás, era seu único parente em Londres. Na manhã seguinte, ela seria levada para a avó. Era difícil ter que deixar Amanda depois de tudo, qualquer um iria querer levá-la para casa e cuidar da mesma. Como se fosse assim tão fácil, pensei. Chegamos em um acordo de que Amanda não deveria ficar sozinha no orfanato, então foi chamada uma pscóloga conhecida minha e de confiança para ficar com a pequena. Amanda a conheçeu e pareceu ser dar bem.

Mas ainda foi muito difícil convencer Amanda a se afastar de mim e de Edward.


– Eu não quero ficar sozinha! - chorava a pequena - Eu não conheço ninguém aqui, por favor, não me deixem!


Suas mãozinhas se prenderam na camisa de Edward, impedindo que ele se afastasse. Ela me olhava com os olhos suplicantes, e eu vi meu rosto pálido no reflexo de seus olhos, quase me rendendo a vontade de pegá-la nos braços e dizer que tudo iria ficar bem.


– Amanda - disse Edward gentilmente - Entenda, temos que ir, amanhã voltamos para pegá-la, lembra? Vamos ver a vovó. Não, anjo, não chore, por favor. A dr. Ness ficará com você.


Amanda soluçava, olhou em volta, ansiosa por encontrar a dr. Ness, sendo ela sua psicóloga e a única que ela conhecia, e que conseguiu autorização para ficar com Amanda enquanto ela estava no orfanato. Foi mais que preciso a dr. Ness ficar com ela, depois de um dia desses, acho que até eu precisaria conversar com uma psicóloga, quem dirá uma criança de 4 anos que acabara de perder os pais.


– Estou aqui - a dr. Ness se aproximou de nós. Amanda hesitou em soltar Edward, ela sussurrou para ele:


– Você prometeu que ficaria comigo.


Edward fechou os olhos, uma lágrima desceu por seu rosto, Amanda a pegou no meio do caminho. Segurei sua mão e ele me agradeceu com um olhar apaixonado.


– Eu sei, anjo, eu sei. Mas só por essa noite, vou ter que ir, amanhã eu [i]vou[/i] estar aqui. Eu e a tia Bella estaremos aqui. - ele beijou a testa de Amanda.


Amanda sorria, aliviada.


– Não demorem a voltar, voltem e fiquem comigo, como o papai e a mamãe voltavam depois de trabalhar!


Amanda andou até estar do lado da dr. Ness, depois se virou para nós a acenou.


Acenamos e as portas do orfanato se fecharam. Edward viu que eu segurava o choro novamente, e me puxou para os seus braços, me senti segura de imediato, a tranquilidade me preenchendo aos poucos.


– Amo você, Isabella - sussurrou me beijando.


– Amo você, Edward.


XXX


– Isabella?


Me mexi na cama, sonolenta e sentindo meus músculos rígidos e olhei para o rosto de Edward ao meu lado. Comecei a me lembrar do dia anterior: a tarde que passamos, havíamos combinado de encontrar com Katherine e Kevin em minha casa, depois encontramos Amanda e seus pais mortos, a polícia foi chamada, ligamos para Katherine e dissemos o por que de não termos chegado no horário combinado em casa, levamos Amanda para o orfanato da cidade onde ela passou a noite, a dr. Ness ficou com ela. E depois de voltarmos pra casa, eu pedi para que Edward passasse a noite aqui. Claro, ele concordou. Ele e Katherine passaram a noite em minha casa, Katherine dormiu com Kevin, e Edward comigo.


– Como se sente? - perguntei.


– Ainda estou um pouco cansado, mas acho que vou sobreviver - respondeu ele. Edward me puxou para o círculo de seus braços. - Vamos descer, os outros já estão acordados, não quero que pensem que estou me aproveitando de você, srta. Swan - ele riu.


Eu me levantei da cama.


– Claro, claro, é pavoroso a ideia de ficar trancada em um quarto com meu namorado por muito tempo. Maria poderia arrombar essa porta com uma arma carregada nas mãos a qualquer momento - eu ri e dei a volta em minha cama, sentei em sua frente e lhe puxei para um beijo.


– Que namorada dramática a minha - murmurou entre meus lábios.


As mãos de Edward seguraram meu rosto, e eu passei os meus braços por seu pescoço para aprofundar o beijo. Fui descendo as mãos por seus ombros, seu peito, tentando gravar tudo aquilo. Quando minha mão passou por sua barriga, Edward se mexeu inquieto. Eu sorri.


– Tem cócegas aqui, Edward? - perguntei rindo.


Ele me olhou por um minuto.


– Não.


Passei minha mão novamente no mesmo lugar. Edward pulou.


– Mentiroso. - acusei.


Edward segurou minha mão, e riu. Tentei lhe fazer cócegas com a outra mão, mas ele me impediu novamente, colocando minhas mãos no alto de minha cabeça em uma velocidade extrema.


– Não me provoque, Bella - sussurrou em meu ouvido. Senti um arrepio descer por minha coluna. - Sei seu ponto fraco desde 2009 e nunca me esqueci.


Eu estreitei os olhos na sua direção.


Dei um pulo quando Edward cutucou minha cintura uma vez.


– Edward, pare! Desculpe, agora pare! - eu comecei a gargalhar alto enquanto uma de suas mãos me fazia cócegas, e a outra segurava minhas mãos, me deixando indefesa.


– Edward Cullen, o que você está fazendo com a minha criança aí dentro? - gritou Maria do outro lado da porta de meu quarto, eu percebi que ela segurava o riso.


– Nada, Maria, nada - gritei de volta, conseguindo me livrar das mãos de Edward por fim e lhe beijando. - Agora vamos, uma pequena garotinha nos espera, lembra?


Enquanto tomávamos café, fiquei pensando em como foi bom rir novamente, uma boa parte da tristeza que havia se instalado em mim ontem, havia desaparecido naquela manhã ao lado de Edward. Não demoramos muito para sair de casa, por volta de nove da manhã, Edward estacionava o volvo na frente do orfanato.


Respirei fundo uma, duas, três vezes. Abri os olhos e saí do carro, em poucos segundos Edward já estava ao meu lado segurando minha mão.


Sorri quando ouvi a voz infantil exclamar:


– Ah, tia Bella! Tio Edward! - Amanda estava em uma janela no segundo andar do orfanato. Depois que nos viu, saiu correndo e logo logo chegou na porta para nos receber. - Vocês vieram!


Edward se abaixou para pegá-la no colo, e ela se atracou nele como um macaquinho. Depois de abraçá-lo ela se virou na minha direção e se jogou em meus braços.


– Olá, pequena, também senti sua falta! - falei. Percebi que ela não usava mais seu vestido branco da noite passada, ao que parecia ela usava uma espécie de uniforme do orfanato, um vestido xadrez com uma blusa branca por baixo. - Gostei da roupa - elogiei sorrindo para ela.


– Foi a dr. Ness que trouxe para mim - contou Amanda.


– Moças, o que acham de irmos? A vovó Julia nos espera - disse Edward.


– Faz muito tempo que não vejo a vovó - refletiu Amanda quando a coloquei no chão - Sinto sua falta.


– Então espero que você aproveite seu passeio.


Olhei sobre o ombro e avistei a dr. Ness sorrindo na nossa direção. Deixei Amanda com Edward e fui falar com ela.

–Olá – cumprimentei – Você falou com a direção? - empinei o queixo para o orfanato.


A dr. Ness assentiu.


–Podem levá-la para o asilo, falei com todas as autoridades necessárias – ela sorriu – Só pediram para que ela não chegue muito tarde, eles tem hora de recolher.


–Pode deixar. E obrigada – eu lhe abracei.


Amanda parecia muito animada para ver a avó. Ela não demonstrava abatimento pelo ocorrido de ontem, era tudo tão recente, digo, a perda dos pais. Claro, ela chorou muito, mas depois que eu e Edward chegamos, ela parecia ter se acalmado bastante. Ela era uma menina forte. Me inpressionava também a confiança que ela tinha em mim e em Edward, ela ficava bem a vontade, como se fóssemos velhos amigos e bom, fiquei bem feliz com isso.


–Vovó vai ficar bem feliz em conhecer vocês – disse Amanda quando estávamos no asilo, esperando o horário de visitas começar. Amanda quicava na cadeira de anciedade.


Nos identificamos e a recepcionista disse que estava tudo pronto e que já poderíamos entrar no quarto em que Julia estava. Procuramos pelo corredor pelo quarto dela, até que eu encontrei uma porta onde tinha uma placa dizendo: Julia Roberts.


Olhei para Edward e ele assentiu, bati na porta três vezes e a abri. Julia estava perto de uma janela ao sul do quarto bem iluminado e arrumado, sentanda em uma cadeira de balanço vestindo um vestido branco, o cabelo era branco e a pele enrrugada. Ela sorriu ao ver a neta e estendeu os braços. Amanda correu em sua direção e a abraçou forte. Edward e eu pemanecemos na porta, não querendo atrapalhar o momento das duas.


Mas Amanda logo sentiu nossa falta.


–Vovó, esses são Edward e Bella, eles que me acharam ontem depois de... de... - Amanda suspirou e baixou os olhos. Franzi o cenho e dei um passo para frente, querendo confortá-la, mas Edward me manteve no lugar vendo que Julia já fazia isso. Edward passou o braço em minha cintura e beijou o topo de minha cabeça, [i]me[/i] confortando.


Nos aproximamos para cumprimentar Julia, e ao meu olhar era parecia bem frágil. Me perguntei se Edward também percebeu isso, era como se a avó de Amanda estivesse doente. Foi quando me lembrei de que ela tossia quando falei com ela ao telefone noite passada.


–Fico feliz em ver vocês – disse Julia – Obrigada por se preocuparem com minha neta, sou eternalmente grata a vocês.


–Disponha – disse Edward com sua educação impecável – Foi um prazer cuidar de tal criança encantadora como Amanda.


Amanda sorriu para nós. Passamos bom tempo do dia conversando – Amanda meio que brincando com a escrivaninha da avó – e Julia nos contou coisas sobre sua pequena família, nos falou que eles moravam em uma casa no centro da cidade, e que a mãe de Amanda era filha única, assim como o pai, e os pais do pai de Amanda já haviam falecido. No final das contas, Julia era o único parente de Amanda.


–Tio Edward! - chamou Amanda – Olhe, é uma concha – ela riu.


Edward atravessou o quarto e foi para o seu lado, se abaixando e pegou a pequena concha que ela brincava nas mãos, e começou brincar com ela.


–Isabella, venha aqui – pediu Julia – Quero conversar com você.


Me sentei em uma cadeira ao seu lado e esperei que ela começasse a falar. Ela pegou minhas mãos e pôs nas suas.


–Acho que você já deve ter percebido que eu não estou em condições de cuidar de Amanda agora que minha filha e genro vieram a falecer – ela sorriu timidamente. - E você parece ser bem feliz com este rapaz, formam um lindo casal – ela apontou na direção de Edward – Pode ser um pouco ousado da minha parte, mas, uma vez que Amanda gosta e confia em vocês, eu...

Eu lhe olhei nos olhos, curiosa. Julia olhou em meus olhos ao dizer.

–Gostaria que vocês cuidassem de Amanda.




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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Comentem ok? xoxo



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