Acordei no dia seguinte, com a Dominique gritando no meu ouvido:

- ACORDA BELA ADORMECIDA! SEU PRINCIPE ESTÁ TE ESPERANDO NA PORTA DA SALA COMUNAL.

Olhei bem para a cara dela e mostrei a língua. Ela conseguia ser irritante.

Nina já estava acordada e estava vestindo a saia. Carol estava com o cabelo todo bagunçado, provavelmente acordou com os gritos da minha prima. Roxanne ainda estava em sono profundo, mas não por muito tempo, porque Dominique estava se dirigindo até a cama dela com um copo de água nas mãos.

- Mais forte, Roxanne. AIIIIII!

Roxanne suspirou. Isso mesmo, ela suspirou. E gemeu. E então a Dominique jogou o copo de água nela. Ela acordou assustada, olhou para Dominique e gritou:

- AI SE EU TE PEGO, SUA LOIRA.

- Nossa, nossa, assim você me mata. Ai se eu te pego, ai se eu te pego. Delicia, delicia assim você me mata, ai se eu te pego, ai ai, se ... – como conseguia estar tão animada logo no primeiro dia de aula?

- CALA A BOCA DOMINIQUE! – Carol gritou.

Me levantei, entrei no banheiro, escovei os dentes e prendi o meu cabelo em um coque bagunçado, deixando a franja solta. Voltei para o quarto, onde todas, menos Roxanne que ainda estava brigando com a Dominique, já estavam vestidas.

Tirei o meu pijama e vesti o uniforme. A saia, dois palmos e meio acima do joelho, e a camisa com o primeiro botão aberto. Coloquei meu all star branco, passei um brilho e antes de sair do quarto, disse:

- A gente se vê nas aulas?

- Ahan. Agora vai que teu namorado te espera. – Carol sorriu, enquanto ajudava a separar Dominique e Roxanne.

Desci as escadas e encontrei com Rose na sala comunal. Ela sorriu para mim.

- Os dois estão aí fora. Estava te esperando para sairmos juntas e para não deixar seu namorado preocupado.

- Fez certo. – sorrri. – Ele se preocupa bastante.

- E com razão, não é? – os olhos dela focalizaram a minha saia. – Com uma saia curta dessas.

- Para, para, para.

- Tá bom. – ela falou abrindo a porta. Lá fora, encostados na parede, estavam os dois, em posição sexy. Só para provocar, cumprimentei o Gabriel primeiro.

- Fala, Gabriel.

- E ai, pirralha. – ele sorriu. Então me virei pro meu cidadão, que estava me olhando de cima a baixo.

- Oi, meu bestinha. – dei um beijo nele, enquanto bagunçava meus cabelos.

- Olá, minha pequena polegar. – ele sorriu, me puxando pra mais perto dele. Estávamos prestes a nos beijar de novo, quando Thiago surgiu. (Esse povo brota do chão, sabe.)

- Epa, epa. Já falei, nada de beijos pelos corredores. – ele ficou entre mim e o Escórpio até o momento em que nós chegamos no salão principal. – Vou lá enfrentar a fera. – ele apontou para a Patrícia.

- Garra, fé e coragem, cara.

- Pode deixar, cunhado.

Eu ri e Escórpio me puxou para a mesa da Sonserina junto com ele.

Depois de uns cinco minutos, chegaram Carol e Pedro e, Lucas e Nina.

- Fala ae, casal. – Pedro se sentou e puxou Carol para o seu lado.

Lucas, como sempre “o diferente”, se sentou e puxou Nina para seu colo.

- Estou menstruada, Chang. Prefiro me sentar em cima da cadeira. – ela saiu do colo dele e se sentou ao lado do mesmo.

- Tá vendo o que eu aguento? É por amor mesmo. – Lucas deu um beijo no topo da cabeça dela.

- Vocês ficaram sabendo desse tal concurso de beleza? – perguntei, finalmente abrindo a boca.

- Claro. – Escórpio respondeu.

- Como assim, claro?

Ele me olhou nos olhos e respondeu:

- Somos nós que estamos organizando.

- O QUÊ? – Nina deixou cereal cair no colo do Lucas.

- Isso mesmo, nós estamos organizando. Nós iremos julgar. – Pedro disse, dando de ombros.

- Não mesmo. De jeito nenhum. – balancei a cabeça negativamente.

- Por que não Lily? – Lucas ergueu uma sobrancelha.

- Simples. Vocês não vão ficar julgando as garotas de maio. – Carol explicou.

- Não, não. O concurso vai decidir a garota mais linda, sabem? Linda mesmo. Caráter, inteligência, estilo e beleza física. – Pedro disse, olhando para a Carol,  e sorrindo.

- Nossa. Miss Universo encarnou em Hogwarts. – disse, irônica.

- Não, Lily. É só um concurso mesmo. – Escórpio sorriu para mim.

- E a vencedora ganha o quê? – perguntei erguendo uma sobrancelha.

- Um beijo meu. – Thiago chegou, se sentando entre mim e Escórpio. Ciúmes bobo.

- Não, Potter. – Patrícia se sentou ao meu lado. Daqui a pouco a Grifinória inteira ia vir se sentar aqui.

- Calma, Patty. Eu sou exclusivo seu. – Thigo sorriu, fazendo com que várias garotas perdessem o foco.

- Patty? Patty?

- É meu amor.

- Potter, me esqueça.

- Nunca, linda.

Ela corou. Por mais que ela fosse durona, cabeça dura e se fizesse de difícil, ela era completamente apaixonada pelo Thiago.

- Vem, Potter. Precisamos conversar. – ela puxou Thiago pela mão e saiu com ele do salão.

- Quando esses dois vão se resolver? – Pedro perguntou, meio exasperado.

- Quando meu irmão deixar de ser convencido, e a Patricia deixar de ser cabeça dura. – respondi.

- Ou seja, vai demorar muito. – Escórpio bufou.

- Sabe que talvez não? As vezes o amor deles vai ser maior que isso tudo. – Carol, sonhadora como sempre.

- Agora, mudando de assunto, – Nina disse, ficando séria. – Quem realmente serão os jurados desse concurso?

- Já disse, minha pequena rosa com espinhos, nós. Todos os garotos de Hogwarts que quiserem ser. – Lucas sorriu para ela.

- Isso é muito complicado. Ideia muito estranha. De repente, assim, do nada, vocês criarem um concurso. – Carol disse e eu e Nina concordamos.

- Não é não. – os três disseram juntos.

- Mas tem uma coisa. – disse.

- O quê, minha pequena polegar? – Escórpio afagou minhas bochechas.

- Qual é o prêmio?

- Bom, a garota que ganhar, terá direito a uma semana, sendo servida por que ela quiser.

- Ai, meu Deus. Muito tenso isso e ...

- Que pernas, meu Deus. – um garoto passou, olhando para as minhas pernas.

Escórpio ficou vermelho.

- Quer morrer, cidadão? Hein?

O garoto apenas riu e saiu.

- Calma, meu amor. Calma.

- Não, Lily. Não. Você é minha e ponto. Ninguém olha.

- Mas eu sou mesmo.

- O quê?

- Sua. – disse e o beijei.