A Filha De Ártemis escrita por Carol C


Capítulo 24
Finalmente - p.1




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Bom... Estamos no começo do mês! E no dia trinta e um desse mês, se não me engano, A Filha de Ártemis completará 2 anos!!!

Dois anos que estou escrevendo ela, isso é emocionante.

Bom... Esse cap está bem curto, porque eu NÃO CONSEGUI escrever. Sem criatividade, fiquei um tempo sem poder entrar no computador, etc.

Mas agora estou com muita criatividade! Eu vou fazer um cap bônus, para postar no aniversário de 2 anos, e também, a parte dois vai sair rapidinho, só para vocês terem ideia, eu escrevi pedaços. Mas não tive como colocar aqui.

Mas vamos parar de enrolação e ler o cap!

POV: Helen

Acordei num quarto que não era conhecido para mim. Pisquei, lembrando-me dos ocorridos do dia anterior. O que me fez colocar a cabeça contra o travesseiro novamente. Fechei os olhos tentando dormir novamente.

Senti o cheiro de comida e minha fome despertou. Sentei, me espreguiçando e levantei. Passei pelo corredor e cheguei na sala.

Havia um garoto sentado na mesa, descansando a cabeça nos braços, ele parecia estar dormindo. Dei um leve sorriso. O cabelo dele era razoavelmente longo e castanho, seu rosto estava pálido, apesar disso, as bochechas estavam vermelhas. Coloquei a mão em seu ombro levemente, para não assustá-lo.

- Por que não volta para o quarto? É melhor que dormir em cima da mesa. - sussurrei ao seu ouvido.

Seus cílios estremeceram, e ele assentiu levemente, suspirando em seguida.

Segui para a cozinha e encontrei a tia preparando algo no fogão.

- Bom dia. - a cumprimentei.

- Bom dia querida. - ela disse me olhando por cima do ombro - Teve uma boa noite?

- Sim, senhora.

- Tia Laguna, ou apenas Laguna. Não sou senhora.

Assenti. Ela se virou com uma xícara em mãos.

- O que é?

- Chá. Fiz com uma erva que ajuda a tirar a dor no estômago.

- É para o... - sinalizei com a cabeça para a sala.

- Sim. Ele acordou e veio para cá, estava reclamando da dor.

- Ele dormiu.

- Presumi que isso aconteceria. - o canto de seu lábio levantou em um sorriso.

Fui atrás dela, de volta para a sala. Ela se sentou ao lado do menino e começou a fazer carinho em sua cabeça.

- Querido... Acorde, você tem que tomar o chá.

O menino abriu os olhos lentamente, seus olhos estavam cansados e com pouco brilho, ele parecia realmente arrasado.

Partindo do princípio que ele havia enfrentado a crizira, acho que ele não poderia estar de outro modo.

Ele pegou a caneca e tomou devagar, Laguna ficou acariciando-lhe a cabeça enquanto ele bebia.

- Acho que a febre está mais baixa que ontem. - disse colocando a mão na testa dele - Você devia voltar para o quarto e descansar.

Ele negou.

- Eu posso ficar aqui. - sua voz estava falha e rouca.

- Ainda são seis horas.

Ouvi uma porta se abrir e Will apareceu poucos segundos depois.

- Bom dia, Esperanza. - ele deu um beijo em sua bochecha. - Bom dia, Helena.

Ele olhou para o primo e seus olhos ficaram com um brilho o qual não tive certeza do que era, parecia... Culpa.

Eles pareceram conversar pelo olhar por alguns instantes. Olhei para a 'sogra' de Lily curiosa.

- Eles sempre se falam assim. - formou as palavras com os lábios assim sem emitir um som.

'O que estariam conversando?', pensei.

POV: Vitória

O dia havia passado muito rápido.

Claro, a maioria dormiu até a hora do almoço. E eu não fui exceção. (Stephen me mataria se soubesse que isso aconteceu) Apesar disso, tivemos tempo para discutir vários pontos importantes da missão, e um deles foi a saída de alguns integrantes. Cléo estava neurótica nesse assunto, todos os seus irmãos, com exceção de Nico, estavam lá. E ela não queria que eles se machucassem, então foi combinado que ela levaria alguns de volta para o acampamento.

Seria até melhor, porque havia muita gente e eu estava confundindo todos os nomes. Então, Laguna falou que o namorado dela voltaria para casa amanhã, então ele poderia levá-los até Nova York.

Além de termos discutido isso, 'conhecemos' o garoto que havia salvado nossa vida.

Eu já o tinha visto no acampamento protetor, apesar de tudo. E quase tive um ataque quando o vi. Nunca falei com ele, nem me interessei, mas, agora, percebo que isso pode ter sido um erro.

Annie não o largou por um instante, perguntando a cada cinco minutos se ele estava bem. Ele assentia, apesar de parecer exausto.

No final da tarde (agora), sentamos nos sofás da sala, ao redor da lareira acesa para nos aquecer e conversar.

Sentei ao lado do garoto, apesar da casa estar quente, o suficiente para ficarmos de manga curta, ele estava enrolado em uma coberta de lã. Ele estava com a raiz do cabelo escura, como se estivesse molhada, e de olhos fechados. Respirando lenta e profundamente.

- Você está bem? - sussurrei. Todos os outros estavam entretidos em sua próprias conversas, e não prestavam atenção nele.

Ele assentiu, sua cabeça tombou para o meu ombro. Levantei a mão para empurrá-lo, quando o ouvi suspirar. Fiquei quieta, deixando ele descansar. Pouco tempo depois Annie chegou saltitante.

- Onde você estava? - questionei com um sussurro.

- A tia estava me mostrando o álbum de fotos. De quando eles eram crianças.

- Que legal! E eles eram fofos?

- Muito! Os dois loirinhos de olhos castanhos claros! Se bem que o Will tinha os olhos cor de mel, não castanho...

O menino no meu ombro se mexeu. Antes que pudesse falar algo, ele levantou e saiu correndo. Ann arregalou os olhos assustada e foi atrás dele.

Parou no corredor, e acenou para eu ir também. Levantei e a segui, correndo.

Ouvi um barulho no banheiro, mas antes que pudesse entrar nele, o loiro que não largava Lily passou na minha frente, para não dizer que me empurrou, e se adiantou.

Ele segurou o primo, tirando o cabelo que caía em seu rosto. Esse ato me surpreendeu, fazendo-me arregalar os olhos.

- O que está acontecendo? - Annie estava atrás de mim e perguntou, querendo ver.

- Volte para a sala! Você não pode ver. - empurrei ela em direção a sala, quando cheguei sinalizei para Maia cuidar dela.

Antes que chegasse onde eles estavam, vi eles saindo de lá. E o estado de ambos me fez prender a respiração e voltar para a sala.

- Derek... - ele levantou os olhos quando o chamei - Ele definitivamente não está bem.

POV: Lily

Depois que Derek saiu, Annie começou a se debater para tentar segui-los.

- Eu tenho que ir! É importante!

- Se a Vitória te trouxe aqui é porque não é para você ver! - Maia disse, enquanto a segurava com mais força.

- Solte! Eu preciso ver ele! Você não sabe o que é sentir isso! Largue-me!

Levantei, um pouco tonta e fui até ela.

- Eu posso te levar, desde que você não saia correndo.

Os olhos dela brilharam esperançosos, estiquei a mão e ela a pegou. Maia a soltou hesitante, assenti mostrando estava tudo bem.

Andamos devagar até o quarto, meu coração se apertava a cada passo. Chegamos no último quarto do corredor, onde tinham levado ele da outra vez. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Ann soltou minha mão e foi correndo para a cama do quarto. Se deitando em seguida.

Derek estava debruçado sobre Juan, e murmurava alguma coisa. Vitória se sentou ao lado da pequena filha de Atena, falando palavras de conforto. Aproximei-me, vi Will no canto do quarto, ele olhava para o primo, e seus olhos estavam tristes.

O primo dele estava com o cabelo escuro grudado na testa, o rosto pálido com um rubor febril, sua pele brilhava por causa do suor. Sua respiração era rápida, podia as íris castanhas por baixo dos cílios espessos. Seus lábios tremiam.

- Por favor... Me escuta. Você não pode dormir, não pode fechar os olhos. - ouvi Anne sussurrar para ele. - Você prometeu ficar comigo. No meu aniversário, lembra?

Fiquei em pé ao lado de meu irmão, toquei seu ombro levemente, ele se virou.

'O que aconteceu?' perguntei sem emitir som.

'O veneno está mais forte.' respondeu 'A febre aumentou tanto quanto estava ontem.'

Arregalei os olhos, pelo que Helena me disse, ontem a febre dele estava tão alta que ele estava a ponto de delirar.

Juan começou a tossir, e sangue sujou seus lábios. Derek traçou algumas linhas em cima de seu coração sussurrando um feitiço. Prendi a respiração e fechei os olhos, sentindo-me tonta. Senti o ombro de Derek se enrijecer sob meus dedos, fazendo com que abrisse os olhos.

- O que foi? - perguntei, Will levantou a cabeça olhando para ele também.

- Em menos de meia hora o veneno vai chegar ao coração. - ele sussurrou.

Esse final acaba comigo.

Bom... Acho que em menos de dez dias vou estar postando a segunda parte, de qualquer modo, por favor, comentem.


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