2013: O Recomeço escrita por Apanhador de Almas


Capítulo 2
Capítulo 1 - O Jogo(Robert)


Notas iniciais do capítulo

Ta ai o capitulo 1. Resolvi fazer assim: cada capitulo vai ser um personagem que conta, revezando entre os três principais. O primeiro é Robert.



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O contador estava quase em 100%. Mais alguns minutos e meu objetivo seria alcançado.

Meu quarto estava quase totalmente apagado, apenas a luz do monitor iluminava o teclado, porém isso era mais que o suficiente. Olhei novamente para a contagem-92%- estiquei a mão peguei uma lata de Coca-Cola que estava ali do lado da impressora, que por sinal estava suja de batata Rufles.
-98%- Já estava quase concluído. Levantei e fui pegar mais uma lata de refrigerante na geladeira, era a sexta lata da noite. Eram 03h00min da manhã e eu não havia dormido ainda. Esse trabalho estava demorando mais do que eu pensava.

Voltei para o computador, 99% restante e trinta incontáveis segundos, que foram passando uma a um. Eu estava a ponto de ter um ataque do coração. Aquele suspense era mesmo de matar.
O contador sumiu e deu lugar a uma mensagem, comecei a ler em voz alta:

-Parabéns. Você foi escolhido para participar de O Jogo. A primeira etapa será realizada em New York. Você receberá uma correspondência com mais informações e sua passagem. O premio será de 1 milhão de lumis. Aguardo sua presença. De: Victor Bennert.

Eu não fazia a mínima ideia de o que se trava esse Jogo, mas por essa quantia de dinheiro oferecida eu fazia qualquer coisa. Eu não sou tão pobre, esses trabalhos de hacker até me rende bem, mas eu não gosto de ficar me metendo com o governo, e com 1 milhão de lumis eu poderia parar de infligir a lei(mesmo que não concordasse com ela).

A mensagem desapareceu do monitor e eu voltei a ver minha área de trabalho. Estava morto de sono e fui dormir. Mal deitei na cama e já apaguei.

O som da campainha me fez acordar. Levantei correndo, tropeçando pelos objetos espalhado pelo chão e cheguei à porta. Abri e não vi ninguém. Coloquei a cabeça para fora e olhei para os lados: nada. Observei que no chão havia um envelope amarelo. Peguei no mesmo momento e procurei o remetente. Estava escrito somente Victor Bennert, sem nenhum endereço.

Voltei para a cama e abri o envelope. Retirei de dentro um pequeno pedaço de algo que parecia vidro, mas que tinha dos lados uma espécie de chip eletrônico, bem fino. Então o vidro ascendeu e o rosto de um homem apareceu.

-    Parabéns. Como já sabe, você foi escolhido para participar do Jogo. O Jogo é uma espécie de torneio realizado nas principais cidades do mundo e contará com a participação de pessoas de todo o globo. A primeira etapa será realizada em New York, lá, darei instruções detalhadas sobre as regras e quem sair vivo será encaminhado para a segunda etapa, ainda sem destino específico. Você deverá chegar a New York até as 19 horas de hoje. Use sua passagem para ter acesso à base militar do governo – procurei dentro do envelope e achei uma passagem militar. Em hipótese alguma poderá haver desistência de um jogador. – Boa sorte.

Não gostei da ideia de “quem sair vivo” e menos ainda da ideia de não poder haver desistência. Olhei para o relógio e estava marcado exato meio dia. Eu dormir tanto assim? Troquei de roupa e arrumei uma pequena mala. Lembrei-me do meu pequeno revolver o coloquei no cinto, caso haja algum imprevisto.

A base militar não ficava muito longe. Em menos de 20 minutos já estava lá. Na minha aproximação um militar usando os típicos trajes camuflados veio andando até mim.

-    Identifique-se – ele disse sério e apontando uma metralhadora pra mim.

-    Meu nome é Robert Hank e, humm- tirei a passagem do bolso e a mostrei- sou convidado de Victor Bennert.

Ele levou um walkie-talkie a boca e falou algumas palavras que não consegui ouvir. Então o portão abriu.
-    Sua entrada está autorizada. Siga-me.

Passamos por várias construções, tais como alojamentos e hangares.

Ele me dirigiu até uma área de helicópteros. Todos eram verdes, menos um, que se destacada em meio aos outros. Este, por sua vez, era completamente branco, sem nenhuma inscrição. O militar me acompanhou até ele e disse:

-    Me dê sua passagem e espere aqui.
Assenti e entreguei minha passagem. Ele entrou em um hangar após alguns segundos saiu, agora acompanhado de um homem, que usava um uniforme todo azul e mantinha um óculos na cabeça.

-    Este é David Rubick. Ele irá ser seu piloto- disse.
Cumprimentei David e o militar continuou:

-    Tome- ele me entregou um cartão branco, sem nenhuma escrita ou desenho, apenas um chip de leitura- Use-o se precisar para alguma finalidade do Jogo- e então saiu.
David abriu a porta do helicóptero.

-    Entre.
Entrei no veículo aéreo e me acomodei no bando ao lado do piloto. David deu a volta e entrou logo em seguida.

-    Acho melhor usar isto- e me entregou uma espécie de fone de ouvidos, aqueles usados para diminuir o barulho das hélices.
Depois de fazer uma verificação nos painéis e apertar alguns botões as hélices finalmente começaram a girar. Decolamos e em poucos minutos já não conseguia ver a base militar.

-    Você trabalha para Victor Bennert há muito tempo?- perguntei, a fim de conseguir mais informações.

-    Sim, uns 6 anos. Antes eu era piloto do governo- respondeu David, pelo menos ele parecia mais amigável que o sargento de antes.

-    E porque não é mais? Victor paga melhor?- Tentei disfarçar a pergunta um uma risada.

-    Na verdade ele me contratou pelo governo e me transferiu. Não foi só eu, uns amigos meus também foram. E ele paga melhor- ele riu. Pelo menos tinha dado certo. Agora sei que Victor tem alguma ligação com o governo.

-    E por que ele precisa de tantos pilotos assim?

-    Nem eu sei, somente transporto algumas pessoas uma hora ou outra. Geralmente fico em casa vários dias. Ai aparece algum trabalho como esse. Mas não tenho nenhuma informação sobre ele, nunca nem o vi pessoalmente- explicou.

-    Entendo- era melhor parar com as perguntas. Não queria parecer obvio demais e além disso o piloto já disse que não possuía nenhuma informação.

O restante da viagem foi quase completamente em silêncio. Uma vez ou outra David explicava por onde estávamos passando.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews.