2013: O Recomeço escrita por Apanhador de Almas
Notas iniciais do capítulo
Cap novo. Era pra eu ter postado antes de viajar, mas acabou que não deu e eu demorei mais que o esperado rpa postar, mas finalmente ta ae.
Desculpem os erros, minha beta sumiu de novo.
Fomos expulsos do restaurante. E o meu desejo de comer comida japonesa também se foi.
Spencer, ou seja lá qual for o nome dele, não largou a camisa do homem por um minuto sequer. Robert também segurava o outro homem por garantia.
– Não vou perguntar de novo. O que sabe sobre Spencer?
– Não sei muito. Só sei que ele veio para o Japão.
– Como sabe disso?
– Ouvi um sentinela dizer. Todos estão preparados e a segurança nas instalações do governo foi dobrada.
– Acho que nos deve explicações- Robert interrompeu a conversa dos dois.
– E vocês terão- ele se virou novamente para o homem- É melhor que esteja falando a verdade- então ele o soltou, em seguida Robert também soltou o outro e os dois se foram rapidamente.
– Pode ir falando- falei.
– Bom, meu nome é William. Spencer é meu pai. Ele desapareceu a alguns meses e desde então estou procurando ele. Antes de o jogo começar, recebi uma mensagem dizendo para parar de procurá-lo porque seria perigoso para mim. Então rastreei a mensagem e descobri que vinha do hotel em New York. Quando cheguei até achei o convite do jogo, foi ai que resolvi me passar pelo meu pai e começar a jogar. Alguma coisa me dizia que o jogo tinha algo a ver com ele.
– E agora que tem noticias sobre ele suponho que vai procurá-lo, estou certo?
– Sim.
– Então Kate e eu vamos ajuda-lo.
– Mas nem sabemos por onde começar.
– Que tal na instalação do governo mais próxima?
– Instalações do governo são secretas, ao contrário das instalações militares. Você sabe a localização de alguma?- perguntei.
– Eu não, mas conheço alguém que sabe. Lembram que falei do meu amigo que mora aqui. Aposto que ele sabe onde fica uma instalação do governo.
– Então vamos agora. Não sabemos quando será a próxima etapa e nem se isso vai demorar.
– Certo.
Andamos por uns 20 minutos até chegar a casa desse tal amigo de Robert.
Em meio a todo aquele cenário tecnológico de prédios e arranha-céus havia uma casa que se destacava. Ela era completamente diferente e não combinava nenhum pouco com o lugar. Com uma arquitetura grega chamativa que me fazia pensar que eu estava de frente ao Parthenon. Havia também um grande jardim que circundava a casa com longos pinheiros.
Robert se aproximou do interfone e tocou. Ouvi o barulho do toque ecoando do outro lado da linha.
Alguém atendeu falando em japonês.
– Eu gostaria de falar com Peter Banks.
– Quem deseja?- perguntou a voz, que a um segundo atrás falava japonês.
– Robert Hank.
– Um minuto.
Esperamos.
– Robert? É você mesmo?
– Sim, sou eu.
– O que faz aqui no Japão?
– Isso é uma longa história.
– Mas você sabe que eu gosto de histórias. Entre, quero ficar a par da situação.
O grande portão eletrônico se abriu. Seguimos pelo caminho de pedras que passava pelo meio do jardim.
– Peter é japonês?- perguntei.
– Americano, mas como amante de tecnologia veio morar aqui, mas isso foi antes dos cataclismos.
O mordomo de Peter já nos esperava na porta. Ele era um homem de 40 e poucos anos, usava uma camisa azul, combinando com a calça, que era da mesma cor.
– Sejam bem vindos! Peter está esperando na sala de estar. Vou guia-los até lá.
A casa de Peter por dentro parecia um grande museu. Passamos por uma coleção de vasos da dinastia Ming, placas de pedras com hieróglifos, pergaminhos antigos, quadros e etc.
Chegamos rapidamente à sala de estar. Ela era grande, e sua decoração não era muito diferente do resto da casa. Havia também uma grande lareira, onde chamas queimavam lenha lentamente. Peter estava sentado de frente a ela, de costas para nós, em uma cadeira giratória.
– Peter!- exclamou Robert.
A cadeira girou e Peter, agora de frente para nós, disse:
– Robert! Há quanto tempo.
– Ele é Peter? Sério? Não esperava que fosse uma criança- falei.
– Ei moça, não sou tão novo assim.
Ele devia ter no máximo quinze anos.
– Mas eu esperava alguém mais velho.
– Isso não vem ao caso- disse Robert- Essa é Kate e ele é William.
Nós o cumprimentamos.
– E então? O que fazem aqui?
– O Jogo.
– Não acredito. Eu sempre quis participar, mas ainda não tenho idade.
– Como assim sempre quis? Essa não é a primeira edição- Robert fez aspas no ar quando disse “primeira edição”.
– Claro que não. Ele vem acontecendo há cinco anos, e só quem sabe da existência dele são os participantes, coordenadores e gente da alta hierarquia política.
– E como você sabe?
– Há algum tempo atrás, em um trabalho, invadi o banco de dados do governo e por curiosidade acabei fazendo o download de alguns arquivos. Em um deles falava sobre a existência de um jogo mortal, o qual o ganhador ganhava uma quantia muito grande. É claro que no começo não passava de algo planejado por poucas pessoas do governo, mas depois dos cataclismos e a união dos estados governantes, o Jogo passou a ser algo de grande porte.
– Se sabe disso tudo deve saber também das resistências.
– Ah, sim. Além de o Jogo ser muito divertido para os governantes, ainda é um meio de eliminar possíveis resistências sem que o estado Ank possa interferir.
– Estado Ank?
– Vou explicar: O governo foi unificador por ser uma decisão da maioria, ainda quando eram divididos. O lado que deseja mantê-lo unificado é chamado de Estado Baran e o que deseja separa-lo é chamado de Estado Ank.
– Mas onde as resistências entram nessa história?
– O Estado Baran tem medo de que os rebeldes se juntem ao Estado Ank. Mas mudando de assunto. Sem querer ser rude, por que me procuraram?
– O pai de William está desaparecido e desconfiamos que o governo tenha alguma coisa a ver com isso, então queríamos que você nos mostrasse a localização da instalação do governo mais próxima- explicou Robert.
– Mesmo não querendo me meter em mais confusões, não posso me negar a isto, mas vou querer que me façam um favor.
– Qual o seu preço?- perguntei.
– Não é nada disso- ele se levantou, vou até a uma mesinha e pegou um aparelho, parecido com um celular- Esse é um aparelho que desenvolvi, o chamo de PeterOS. Ele vai mostrar a localização da instalação do governo, além de permitir que se comuniquem comino se precisar. Quando estiverem dentro, quero que copiem todos os dados que acharem.
– Certo. Obrigado pela ajuda.
Eu não sabia ao certo se podia confiar nesse tal de Peter, mas por hora foi a melhor coisa a se fazer.
Após isto partimos, seguindo o caminho indicado pelo PeterOS, que funcionava como um GPS, sem saber do que nos esperava.
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