2013: O Recomeço escrita por Apanhador de Almas


Capítulo 12
Capítulo 11 - Visita ao Peter (Kate)


Notas iniciais do capítulo

Cap novo. Era pra eu ter postado antes de viajar, mas acabou que não deu e eu demorei mais que o esperado rpa postar, mas finalmente ta ae.
Desculpem os erros, minha beta sumiu de novo.



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Fomos expulsos do restaurante. E o meu desejo de comer comida japonesa também se foi.

Spencer, ou seja lá qual for o nome dele, não largou a camisa do homem por um minuto sequer. Robert também segurava o outro homem por garantia.

– Não vou perguntar de novo. O que sabe sobre Spencer?

– Não sei muito. Só sei que ele veio para o Japão.

– Como sabe disso?

– Ouvi um sentinela dizer. Todos estão preparados e a segurança nas instalações do governo foi dobrada.

– Acho que nos deve explicações- Robert interrompeu a conversa dos dois.

– E vocês terão- ele se virou novamente para o homem- É melhor que esteja falando a verdade- então ele o soltou, em seguida Robert também soltou o outro e os dois se foram rapidamente.

– Pode ir falando- falei.

– Bom, meu nome é William. Spencer é meu pai. Ele desapareceu a alguns meses e desde então estou procurando ele. Antes de o jogo começar, recebi uma mensagem dizendo para parar de procurá-lo porque seria perigoso para mim. Então rastreei a mensagem e descobri que vinha do hotel em New York. Quando cheguei até achei o convite do jogo, foi ai que resolvi me passar pelo meu pai e começar a jogar. Alguma coisa me dizia que o jogo tinha algo a ver com ele.

– E agora que tem noticias sobre ele suponho que vai procurá-lo, estou certo?

– Sim.

– Então Kate e eu vamos ajuda-lo.

– Mas nem sabemos por onde começar.

– Que tal na instalação do governo mais próxima?

– Instalações do governo são secretas, ao contrário das instalações militares. Você sabe a localização de alguma?- perguntei.

– Eu não, mas conheço alguém que sabe. Lembram que falei do meu amigo que mora aqui. Aposto que ele sabe onde fica uma instalação do governo.

– Então vamos agora. Não sabemos quando será a próxima etapa e nem se isso vai demorar.

– Certo.

Andamos por uns 20 minutos até chegar a casa desse tal amigo de Robert.

Em meio a todo aquele cenário tecnológico de prédios e arranha-céus havia uma casa que se destacava. Ela era completamente diferente e não combinava nenhum pouco com o lugar. Com uma arquitetura grega chamativa que me fazia pensar que eu estava de frente ao Parthenon. Havia também um grande jardim que circundava a casa com longos pinheiros.

Robert se aproximou do interfone e tocou. Ouvi o barulho do toque ecoando do outro lado da linha.

Alguém atendeu falando em japonês.

– Eu gostaria de falar com Peter Banks.

– Quem deseja?- perguntou a voz, que a um segundo atrás falava japonês.

– Robert Hank.

– Um minuto.

Esperamos.

– Robert? É você mesmo?

– Sim, sou eu.

– O que faz aqui no Japão?

– Isso é uma longa história.

– Mas você sabe que eu gosto de histórias. Entre, quero ficar a par da situação.

O grande portão eletrônico se abriu. Seguimos pelo caminho de pedras que passava pelo meio do jardim.

– Peter é japonês?- perguntei.

– Americano, mas como amante de tecnologia veio morar aqui, mas isso foi antes dos cataclismos.

O mordomo de Peter já nos esperava na porta. Ele era um homem de 40 e poucos anos, usava uma camisa azul, combinando com a calça, que era da mesma cor.

– Sejam bem vindos! Peter está esperando na sala de estar. Vou guia-los até lá.

A casa de Peter por dentro parecia um grande museu. Passamos por uma coleção de vasos da dinastia Ming, placas de pedras com hieróglifos, pergaminhos antigos, quadros e etc.

Chegamos rapidamente à sala de estar. Ela era grande, e sua decoração não era muito diferente do resto da casa. Havia também uma grande lareira, onde chamas queimavam lenha lentamente. Peter estava sentado de frente a ela, de costas para nós, em uma cadeira giratória.

– Peter!- exclamou Robert.

A cadeira girou e Peter, agora de frente para nós, disse:

– Robert! Há quanto tempo.

– Ele é Peter? Sério? Não esperava que fosse uma criança- falei.

– Ei moça, não sou tão novo assim.

Ele devia ter no máximo quinze anos.

– Mas eu esperava alguém mais velho.

– Isso não vem ao caso- disse Robert- Essa é Kate e ele é William.

Nós o cumprimentamos.

– E então? O que fazem aqui?

– O Jogo.

– Não acredito. Eu sempre quis participar, mas ainda não tenho idade.

– Como assim sempre quis? Essa não é a primeira edição- Robert fez aspas no ar quando disse “primeira edição”.

– Claro que não. Ele vem acontecendo há cinco anos, e só quem sabe da existência dele são os participantes, coordenadores e gente da alta hierarquia política.

– E como você sabe?

– Há algum tempo atrás, em um trabalho, invadi o banco de dados do governo e por curiosidade acabei fazendo o download de alguns arquivos. Em um deles falava sobre a existência de um jogo mortal, o qual o ganhador ganhava uma quantia muito grande. É claro que no começo não passava de algo planejado por poucas pessoas do governo, mas depois dos cataclismos e a união dos estados governantes, o Jogo passou a ser algo de grande porte.

– Se sabe disso tudo deve saber também das resistências.

– Ah, sim. Além de o Jogo ser muito divertido para os governantes, ainda é um meio de eliminar possíveis resistências sem que o estado Ank possa interferir.

– Estado Ank?

– Vou explicar: O governo foi unificador por ser uma decisão da maioria, ainda quando eram divididos. O lado que deseja mantê-lo unificado é chamado de Estado Baran e o que deseja separa-lo é chamado de Estado Ank.

– Mas onde as resistências entram nessa história?

– O Estado Baran tem medo de que os rebeldes se juntem ao Estado Ank. Mas mudando de assunto. Sem querer ser rude, por que me procuraram?

– O pai de William está desaparecido e desconfiamos que o governo tenha alguma coisa a ver com isso, então queríamos que você nos mostrasse a localização da instalação do governo mais próxima- explicou Robert.

– Mesmo não querendo me meter em mais confusões, não posso me negar a isto, mas vou querer que me façam um favor.

– Qual o seu preço?- perguntei.

– Não é nada disso- ele se levantou, vou até a uma mesinha e pegou um aparelho, parecido com um celular- Esse é um aparelho que desenvolvi, o chamo de PeterOS. Ele vai mostrar a localização da instalação do governo, além de permitir que se comuniquem comino se precisar. Quando estiverem dentro, quero que copiem todos os dados que acharem.

– Certo. Obrigado pela ajuda.

Eu não sabia ao certo se podia confiar nesse tal de Peter, mas por hora foi a melhor coisa a se fazer.

Após isto partimos, seguindo o caminho indicado pelo PeterOS, que funcionava como um GPS, sem saber do que nos esperava.



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Notas finais do capítulo

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