2013: O Recomeço escrita por Apanhador de Almas


Capítulo 10
Capítulo 9 - Queda, parte 2 (Robert)


Notas iniciais do capítulo

Essa cap demorou mais do que eu esperava, e ainda assim ficou pequeno, mas acho que tá maior que o outro.
Enjoy.



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Fui o primeiro a entrar na cabine. Sentei na cadeira e encarei os controles.

-          Alguém sabe como pilotar um avião?- perguntei, praticamente gritando em meio àquela confusão. Ninguém me respondeu- É, acho que isso é um não.

-          Já volto- avisou Kevin, que saiu da cabine.

Puxei o manche para tentar estabilizar o avião, mas não ajudou em nada, muito pelo contrário, o avião passou por uma turbulência mais forte. Soltei o manche imediatamente.

Kevin voltou.

-          Fui ver se tinha algum paraquedas.

-          E tem?- Gabriel perguntou.

-          Se tivesse eu teria trago.

-          Sai daí- Kate me empurrou da cadeira e sentou no meu lugar- eu pouso isto.

-          Podia ter pedido licença- disse enquanto me levantava.

-          Fica quieto, você esta me desconcentrando.

-          Você não faz a mínima ideia do que está fazendo. Pelo menos eu pensei que...

-          E desde quando você pensa?

-          Sua ladra- provoquei.

-          Aaah seu nerd- ela se levantou e começamos a brigar. Caímos em cima do painel de controle, e sem querer apertamos vários botões.

Uma luz vermelha começou a piscar e uma sirene soou. Isso chamou nossa atenção e paramos de brigar.

-          Gente- Spencer chamou- acho que vocês abriram o tanque de combustível- O ponteiro que indicava a quantidade de combustível foi descendo. Pulei e apertei ele novamente, e então ele se fechou.

-          Não sei se ajuda, mas... Eu tenho algumas horas jogadas em um simulador de voo, não é muito diferente do avião- disse um cara de óculos.

-          Acho que isso já ajuda- fiz sinal para que ele sentasse no banco.

Ele colocou o fone com microfone integrado e disse:

-          Senhores passageiros, vamos passar por uma pequena turbulência, apertem os cintos- ficamos parados- Desculpe, não resisti, mas é sério, apertem os cintos.

Todos foram para os acentos dos passageiros, com exceção de mim, que fiquei no banco do copiloto, onde apertei o cinto.

-          Acha que vai conseguir?- perguntei, com certo receio.

-          Bom, o avião não vai explodir, mas não vamos ter um pouso suave.

-          Isso era para ser animador?

-          Daria pra pousar, mas a traseira do avião foi danificada, estou fazendo o que posso para deixar estável, mas tá difícil.

Nosso atual piloto tentava manter o avião no ar, mas as turbulências eram inevitáveis. As mascaras de oxigênio caíram. Já estávamos dentro da área do Aeroporto de Haneda, o maior aeroporto do mundo.

-          Se segurem!- gritou o piloto, um momento antes de atingirmos de raspão uma das torres de comunicação, que danificou ainda mais o avião- Os trens de pouso não estão funcionando, se preparem para o impacto.

O barulho do metal do avião sendo arrastado pelo asfalto da pista era ensurdecedor. As faíscas faziam um show de luzes lá fora, até que o avião foi parando lentamente.

Levantei da cadeira e fui verificar a condição dos passageiros.

-          Todo mundo bem ai?-perguntei.

Eles concordaram, ainda se recompondo da aterrissagem.

Pequei minhas coisas, que a esta altura foi reduzia a apenas algumas roupas e meu notebook.

Desci do avião. A primeira coisa que fiz foi examinar a condição atual do mesmo. A qual não era nada boa. A parte de trás dele fora quase totalmente danificada. A cauda havia se soltado durante o pouso e há essa hora devia ter se perdido no mar, assim espero. Uma turbina exalava um cheiro de queima. Não era atoa, já que boa parte estava queimada.

Tentei achar alguém, mas não havia ninguém ali, pelo menos na pista.

Os outros desceram no avião. Alguns possuíam pequenas escoriações, mas no geral estavam bem.

-          E agora? Qual o próximo passo- perguntou Kate.

-          Vamos ver se tem alguém na torre de transmissão- apontei para as construções que estava a alguns metros dali.

Fomos até a torre. Um homem nos esperava na porta. Era um típico japonês usando um terno preto.

-          Boa noite... - ele foi interrompido com um soco meu, o qual acertou bem no queixo. Foi muito bom fazer aquilo.

-          Boa noite o... – me segurei- praticamente caímos com o avião e nem ajuda médica tivemos. E você tem a coragem de dar boa noite?

Ele se recompôs.

-          Ora, ora. Isso faz parte do Jogo. Temos médicos de plantão aqui, se alguém estiver precisando é só subir para o terceiro andar. Victor depositou 200 lumis na conta de cada uma para estadia nesses dois dias. Quando chegar a hora ele entrará em contato.

-          Arigatô- falei com tom sarcástico- Vamos, precisamos de um lugar pra ficar- E saímos, deixando os outros grupos para trás.


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Notas finais do capítulo

Digno de reviews?