Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger
Notas iniciais do capítulo
Kushina olhou Minato uma ultima vez, antes de dar-lhe as costas. Sentou-se ao lado da mãe, segurando a mao dela, virada propositalmente de maneira que ela não olhasse o loiro.
Minato sentiu vontade de sacudi-la, mas ao invés de se aproximar dela, saiu, fechando a porta com uma certa suavidade. Kushina colocou o rosto ao lado do corpo de Hinata, como se pedisse um pouco de colo. Quando a mãe começou a acariciar a cabeça da filha, Kushina deixou as lagrimas correrem livres.
Hinata sentou-se e puxou Kushina para o mais perto de si que conseguiu. Quando olhou os olhos da jovem, encontrou a toda a dor que ela, Hinata, sofrera aumentada.
Minato abriu o livro que continha as reservas de campos de treinamento. Franziu o cenho, ao ver que Kushina havia reservado três... para o mesmo horário, no mesmo dia. As reservas haviam sido feitas com Yuki, juntamente com o pedido de dispensa para Anko Mitarashi e Haijame Go.
- Desculpe, Yoshino. Mas os três últimos campos estão ocupados.
- Aff... – ela revirou os olhos. – quem eu vou ter que ir esperar acabar o treino?
- Uzumaki.
- Ah, bom... UZUMAKI? O QUE DIABOS AQUELE TARADO CRETINO ESTÁ FAZENDO NA VILA?
Os alunos De Yoshino deram um pulo, com a frase berrada da sensei. Eles já deviam estar acostumados, mas... não conseguiam.
- Como assim tarado cretino? Estou me referindo a Kushina.
- Minato, eu acabei de passar pela Kushina puxando a orelha de um garotão, muito gatinho sarado, que estava brigando com ela. Duvido que ela iria usar TRES campos de treinamento, para fazer o que quer que fosse com ele.
Minato virou o livro para mostrar a Yoshino, que fez uma expressão pensativa.
- A Yuki deve ter se enganado. Eu vou ir catar aquele que está liberado pra treinar. Vamos... Ate mais... Ah, e Minato? – Yoshino chamou depois que seus alunos já estavam saindo. – Sabia que já inventaram tapetes antiderrapantes?
Minato lançou-lhe um olhar meio zangado.
- Alguma razão especifica por isso?
- Bom... eu lembro que você era um tanto desengoçado na academia, que vivia caindo com o olho na maçaneta da porta... mas cair duas vezes em dois dias seguidos... é muita falta de sorte. Se você ainda tivesse batido o mesmo olho dua...
- Yoshino, vá ver o maldito campo e desapareça! – Minato não se importou em gritar.
A morena arregalou os olhos antes de sair, fechando a porta. Praguejando, o hokage passou a mao nos cabelos. Se Kushina tivesse lhe socado o olho que já estava roxo, ele no momento não pareceria um urso panda...
Mas quem poderia dizer que a ruiva tinha piedade de alguém? Ele com certeza não!
Kushina sentou-se em uma pedra, a postura altiva.
- Bem, meus preciosos alunos, espero que a chama da juventude de vocês esteja bastante acesa. Eu os convoquei aqui, para lhes dizer que...
- Devolva o meu dinheiro! – Gai e Iruka seguraram Ebisu, que estava prestes a avançar em Kushina.
- qSe você merecer talvez faça isso. – Kushina espirrou. – Bem, o motivo é simples. Daqui a algumas semanas, é o Torneio Chunnin. E o que irão fazer hoje, é um teste para eu avaliar se vocês tem condições de entrar no torneio. Se sim, vou ficar muito feliz se vocês passarem. Caso contrario, iremos treinar mais para que no próximo...
- Sensei, você está bem? – Iruka perguntou com cuidado. Os três não eram cegos a ponto de não perceber o rosto inchado de Kushina, nem a voz rouca. Bem, se nem quando passara um dia inteiro gritando com eles, ela ficara rouca... Alguma coisa seria acontecera. Ebisu pareceu se acalmar, enquanto ela falava.
- O teste basicamente vai ser uma luta... um contra um. Pedi a três pessoas para esperar em um ponto de cada campo de treinamento. – jogou um pergaminho para cada aluno. – Aí estão as instruções para vocês acharem seus adversários de luta. Caso não os achem em dez minutos, vocês já perderam. Devem lutar e ganhar, então eu avaliarei como vocês se comportaram na luta. Caso me sinta satisfeita, vocês estão no torneio. Caso contrario, vocês vão ter que esperar o outro torneio. E eu não vou treina-los como agora.
Kushina olhou a posição das nuvens. Tirou um relógio masculino de dentro da calca que usava.
- Quando eu disser já, sugiro que vão.
Os três se viraram e saíram correndo. Kushina virou-se e encarou os alunos de Minato.
- Nós também deveríamos estar treinando e...
- Venham comigo, por favor. – Kushina levantou-se e começou a caminhar devagar. O tom era de alguém bastante ferido, mas a postura... Essa Kushina não havia perdido. Obito e Kakashi consultaram-se com o olhar. Valeria a pena fugir do demônio ruivo e depois enfrentar a irritação do sensei?
Minato apenas parou, quando um kunai perdida caiu a seus pés. Uma gargalhada insana ecoou em seus ouvidos. Deu alguns passos para encontrar um dos alunos de Kushina, preso por cordas, formando uma rede. A torrente de palavrões que escapava da boca de Iruka, daria para encher um dicionário.
- Ei, iruka, o que você...
- HOKAGE-SAMA!
- Não precisa...
- SE PEDIR AJUDA, PODE SE CONSIDERAR DERROTADO! – De alguma parte se escutou o grito de Haijame. – VOCE ESCUTOU BEM, GOLFINHO? A RUIVA DOIDA DEIXOU BEM CLARO ISSO PARA MIM!
Iruka parou de se debater, então num golpe de fumaça, desapareceu.
- Kage bus...
Minato nem teve tempo de terminar de falar o nome da técnica, pois em questão de segundos, uma nova explosão se deu. Haijame soltou um grito e seguindo o chakra de iruka e Haijame, os encontrou em uma luta de Taijutsu. Iruka conseguiu dar um chute em haijame, que apesar de mais velho, habilidoso e forte, o fez dar um passo para trás. Uma enorme nuvem de fumaça fez iruka desaparecer, novamente.
- Tá achando que eu vou... – haijame comecou a coçar o pescoço – deixar você fugir assim moleque?
- Haijame, que diabos você está fazendo?
Minato apertou os lábios para não rir, quando o jounnin abriu o colete, ergueu a camiseta marrom que usava, exibindo o torso e começou a se coçar.
- - O obvio, hokage-sama. ME COÇANDO! DIABO DE MOLEQUE! – Haijame gritou tirando as calças. – QUANDO EU TE PEGAR, SUA CRIA DE RUIVA, PODE TER CERTEZA QUE EU VOU TE ARRANCAR O COURO!
Minato sorriu largamente. Era a primeira vez, que via Haijame provando do próprio veneno.
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