Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 77
Capítulo 77


Notas iniciais do capítulo

mil beijos para a mimila e para o willian, que me ajudaram - escreveram quase todo - com o capitulo.. ...



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- Você não tem uma única gota de sangue, que seja Uzumaki... Mas em compensação, todos seus gestos, suas vontades, sua coragem, demonstram merecer  portar meu sobrenome.

 

 

Uma chuva de Kunais acertou Kushina, mas era um Bushin. A explosão que se seguiu, mais a fumaça, serviram de distração na mulher que segurava Jun, que aproveitou o momento para morder a mao dela.

-Fuja Jun, agora!! -  gritou Kushina antes de aparecer atrás da tia, agarrando seus braços para facilitar a fuga da menina. Em seguida, foi atacada por um dos guardas. Ela tentou desviar-se, mas foi jogada para trás, batendo em uma arvore. Tsuko Kishimoto afastou-se o suficiente para

 Sentiu o ar fugir dos pulmões, antes um grupo de ninjas surgir do meio das arvores.

Hinata coloca um genjutsu em alguns ninjas, mas ficou exposta a alguns ataques. Jun foi ajudar sua avó, mas a encontrou no chão, coberta de sangue...

 Jun soltou um grito distraindo Kushina, que foi atingida por um golpe certeiro, em cheio no rosto.

Kushina caiu aparentemente inconsciente, sua filha muito assustada simplesmente observa chorando, um dos ninjas caminha lentamente ate Kushina que passa a tentar se levantar com muita dificuldade e é pisoteada varias vezes com brutalidade, mas se recusar a cair.

- Porque você não desiste e morre de uma vez!? - um sorriso maligno e demente crescia na cara do ninja, a cada chute, cada vez mais violentos até que de repente ele foi agarrado pelo calcanhar e arremessado com violência espantosa, caindo no desfiladeiro. Nesse meio tempo, Jun havia fugido dali, indo se esconder em algum lugar.

Kushina se ergueu, batendo a poeira da roupa.

- Se eu morrer, não vou poder voltar a Konoha... e eu vou voltar a Konoha, porque vou me casar com o meu ero-hokage... e vagabundo nenhum vai impedir isso!

Ela abre cinco portões e com uma velocidade espantosa, Kushina derruba três caras sem nem dar tempo deles pensarem em escaparem. Não conseguia avistar Jun, mas a mãe estava inerte no chão ensangüentada, e ao que parece sua tia viu a mesma coisa, pois um segundo depois e ela estava lá do lado dela.

A quantidade de caras lutando com ela aumentou drasticamente. A quantidade de homens voando pra longe dela também.

No momento que se virou para ver a mãe de novo, não a viu mais e se desesperou. Ela estava machucada demais para ter conseguido fugir.

De repente o chão começou a tremer e do meio das arvores ela avistou uma mão gigante de terra, um doton espetacular...

-Quem...?

Ja estava se preparando para um contra ataque quando a mão gigante se fechou em seu punho e esmurrou o nada, naquele ponto ouviu uma explosão de energia. Um grito de dor ecoou no vale.

-O que foi isso?

Gai virou o rosto em direção ao grito, evitando levar um soco do seu adversário, notou que outro oponente vinha em sua direção e com uma guinada de corpo, livrou-se do ataque de suiton que atingiu o primeiro.

-Gai!  - Iruka estava com problemas, dez caras lhe atacando ao mesmo tempo.

Gai tomou um atalho pelas arvores até ele, pulou da ultima dando um salto mortal, caindo feito uma pluma no meio da disputa, bloqueando os ataques que sobravam pra ele

-Iruka, tem dez homens querendo lutar com você! Meu amigo! Você está se tornando um grande ninja.

-GAI, EU NÃO VOU VIVER NEM PRA VIRAR NINJA MÉDIO... – Disse Iruka que estava bloqueando sozinho a passagem do que parecia ser os reforços do inimigo, já estava todo arrebentado.

-Não diga isso você tem a força da juventude!

-PARA DE BRINCAR E ME AJUDA A MATAR ESSES DESGRAÇADOS SENÃO É A GENTE QUE VAI MORRER!!!

-Eu seu mais escuta... Topa treinar comigo aquela técnica...?

- GAII!!!

-Quê? – Gai levou um ataque futon, mas conseguiu bloquear. Ia dar o troco, quando metade dos inimigos foi atingida por Kunais com tarjas explosiva. Ebisu surgiu do outro lado de Iruka.

-Por que demorou tanto?! - disse Iruka irritado.

-Foi mal, dá trabalho fazer essas tarjas ainda! – Retrucou Ebisu, respirando com dificuldade.

-E agora qual é o plano? Se a situação, tá feia aqui imagine pra sensei! – disse Gai, olhava em volta, ansioso.

-Melhor a gente se preocupar em ficar vivo, para pegar os ossos dela depois.

Gai e Iruka olharam para ele, as expressões atravessadas.

-Poxa, mas vocês levam tudo a serio...

Ebisu puxou um fio invisível quando os bandidos começaram a se recuperar e mais umas dez explosões se espalharam pelo campo de batalha. Porém uma fumaça estranha se espalhou pelo ambiente deixando todos sufocados e com os olhos ardendo, os três juntaram as costas fazendo retaguarda um do outro.

-O que diabos você fez Ebisu?! – Iruka questionou, meio assustado.

-Não fui eu! Eu mal aprendi a fazer tarja explosiva, vou fazer de gás como?

Os três foram atacados por mais de cem kunais, conseguiram livrar os pontos vitais, mas não sabiam quanto tempo agüentariam.

-Iruka! – Gai começou a tossir. – Você estava treinado aquela tecnica avançada de futon!

-Era uma técnica – Iruka tossiu também, lagrimas em seus olhos irritados -  de corte! E eu  estou indo mal para caramba.

Mais uma leva de ataques, e Ebisu decidiu atacar pra todos os lados, o resto das kunais que tinha.

- Baka! Isso só vai acabar com o nosso arsenal!

 De repente ouviu o som de gente sendo atacada no meio da fumaça, Ebisu sorriu presunçosamente. Bom, ao que parece ele havia acertado algo, alias,  um bom número.

-Bem se você conseguiu a certar isso tudo no escuro vou tentar... Fuuton! Jutsu da lamina serpente!

E na mesma hora a fumaça começou a desaparecer. Olharam-se abismados, Gai estava com um bico enorme. Desenvolvendo em sua mente uma serie de exercícios extremamente pesados para acompanhar os amigos quando, no meio dos restos de fumaça ele apareceu.

O Hokage da vila da folha.

-Preciso dizer quem fez tudo aquilo? – Foi a vez de Gai sorrir convencidamente

Se a casa cair… deixa que caia… hoje vou me acabar na gandaia!

~

A fumaça de poeira lhe impediu de enxergar de imediato, mas aos poucos as formas de duas mulheres se mostraram a frente. Uma caída no chão segurando o pulso da outra em vão, pois essa tinha um punhal atravessado em seu peito. Era a pura visão da dor que se estampava nos olhos das duas.

-Você... finalmente conseguiu...

A que estava deitada no chão tossiu sangue e desesperadamente tentou sugar ar para os pulmões mortalmente avariados. A mão que segurava o punho apertou mais forte.

-Acabou... com o resto da família que tinha... Minha irmã... – Tsuko murmurou, o sangue escorrendo de seu peito com uma velocidade espantosa.

-Nós nunca fomos uma família... Tsuko... Apenas mais um clã de ninjas assassinos treinados.

Kushina tentou se aproximar da mãe, mas algo a repeliu, uma barreira de força grande e bastante poderosa, tentou chamá-la, mas ela não deveria estar ouvindo.

- Vocês mataram toda a família que eu tinha. – Uma lagrima surgiu nos olhos de Hinata.

- Se fosse assim você não teria se apresentado diante de mim pra proteger sua filha e neta...

- Kushina...  – ela olhou ao redor e avistou sua filha ao longe com as mãos estranhamente erguidas, mas bem, sorriu – Eu consegui...Ina-chan, eu consegui.

-Sim... eu também! – Tsuko deu um sorriso triunfante, erguendo-se do chão,  o punho da irmã seguro no meio de seu peito, Hinata lutava para se soltar, mas Tsuko parece não sentir nenhum golpe.

- Não adianta, não sinto mais nada, destrui as minhas ligações nervosas. Não vou sentir a dor de um único osso quebrado, ou órgão perfurado quando cairmos desse desfiladeiro, ao contrario de você – continuou a arrastando. – Por que ainda está lutando? Por que acha que só você merece ter o que quiser? Sua filha e neta não precisam de uma velha louca como você está agora!

 

 Na cabeça de Hinata um genjutsu muito poderoso agia. Nela ela e sua irmã, vestiam kimonos enfeitados com pétalas de suas flores favoritas e andavam em um campo de trigo

- Vem Hina-chan!  Nossa família está nos esperando, vem! – As duas se deram as mãos e andaram em direção a uma multidão de gente.

 

-MÃÃÃEEE!!!!  – Gritava Kushina em quanto tentava desfazer o Justo – KAI!!KAI!! Desfaça logo!! Barreira estúpida!! MÃE!! – Gritava enquanto via impotente sua mãe e tia andando até o desfiladeiro.

 

- Seus pretendentes  são muito bonitos nee-sama!- ela riu. – Qualquer um que escolher, terá um marido gentil.

Hinata sorriu, para a imagem de sua irmã, tão doce e infantil, sempre amável e alegre, o ódio e o orgulho do clã ainda não a tinham pervertido, e se dependesse dela nunca o faria.

- Quando eu me casar você vem morar comigo, Tsuko? Vou precisar de companhia. Se eu escolher o futuro filho do sol, não poderei  ter amigas de outras posições... você será a única. E se for Eikichi, ele vai estar sempre em missões ninjas com o pai...

- Você logo vai ter filhos... nee-sama... vai ter sua própria família e me deixar de lado.

- Não, Tsu-chan eu não quero isso!

- Você fez suas próprias escolhas sem se importar com o que deixou pra traz... você me abandonou no meio deles, e com isso eu tive que me tornar o pior deles pra conseguir sobreviver

- Tsuko-chan...

-A culpa é sua Hinata – Um rosto saiu do meio da multidão, e ela viu o rosto de seu amado Eikichi - a culpa é sua por Kushina não ser mais uma mulher digna, você deixou aquele animal abusar da minha Hime! E ter uma filha bastarda!

-Não fale assim de Jun... por favor Eikichi... eu não tive escolha...

-Foi você que me matou Hinata – O punho de Hinata apareceu no cravado no peito de seu amado marido. – Foi você...

-NÃO! NÃO FIZ ISSO!!!

-Você se descontrolou minha irmã - Tsuko agora com o kimono branco inundado de sangue, com um buraco enorme no peito.

-Você nunca foi muito boa da cabeça, sua vadia inútil! – O padrasto de Kushina, Inori, apareceu a sua frente vivo com o sorriso sádico que tinha quando lhe batia ou a tomava a força.

Então, quando olhou em volta de se todos os fantasmas de seu clã a estavam rodeando. Eram cadáveres podres, sujos de sangue velho e preto, todos a lhe agarravam e tentavam arrancar sua pele e carne, destroçá-la a mordidas. Inori rasgava suas roupas mostrando pra todos a cadela que ele tinha em casa, ela conseguiu se desprender então se viu diante de um abismo. Ela não tinha escolha... simplesmente não tinha.

Ela se jogou.

 

Kushina correu ensandecida quando viu as duas mulheres se jogando no abismo, nem se tocou que a barreira havia se extinguido. Muito menos sentiu as kunais perfurando suas pernas braços e costas, alguns ninjas abatidos recobraram a consciência e atacaram num ultimo esforço.

Jogou-se diante do abismo.

-Mãe?! Mãe me de sua mão! MÃE!

As roupas de Hinata se enroscaram eu um pedaço de rocha pontudo. Hinata não respondeu os chamados, parecia estar em estado de choque.

Ela escutou uma movimentação, mais reforços.

-O inferno vai ficar super lotado – Disse Kushina, fechando os olhos por um segundo,  mas a única coisa que poderia fazer, com o pouco chakra que tinha, era uma barreira pra segura-los, no tempo em que salvaria sua mãe, depois só um milagre para as duas saírem vivas.

 - Mãe olha pra mim! Mãe! Por favor, olha pra mim, sou eu, a sua Ina! Por favor, mãe me ajuda a te salvar!

Hinata devagar olhou para cima e seus olhos nublados denunciavam angustia e medo, ela olhou para Kushina, mas não a viu, ela ergueu a mão até onde a pedra a segurava e tentou se desprender, mas nesse momento Kushina conseguiu alcançá-la

-Segura mãe. É uma ordem! – O tom não admitia recusas. - Se você tentar se jogar  eu me jogo junto!

Ela não tinha mais energia pra puxar, estava concentrando toda a sua força de vontade pra não deixá-la cair, nesse momento sua barreira se extinguiu e os ninjas que sobraram fizeram o ataque final deles...

Segundos mais tarde, não havia mais nenhum ninja do clã Kishimoto. Todos haviam sido mortos pelo relâmpago dourado de Konoha, que se debruçara ao seu lado, puxando sua mãe para cima. Quando já não havia perigo, Kushina o encarou por vários minutos, antes que ele se sentisse incomodado.

- O que aconteceu?

Kushina apenas balançou a cabeça, levemente, antes de se debruçar sobre a mãe.

Kami-sama sempre manda anjos protegerem os loucos. – ela murmurou, beijando-a no rosto, ignorando os ferimentos, de ambas. Uma prece de agradecimento estava em sua mente, quando o vermelho do  sangue a fez lembrar-se de alguém, extremamente importante. Endireitou-se com dificuldade, ao olhar para os lados, sentiu o peito apertado, pois minato desaparecera.

Ela forçou-se a levantar, embora tremula. Precisava arranjar forças, não sabia de onde as tiraria, para ir atrás da pequena menina. Quando conseguiu ficar em pé, seus alunos, com uma aparência tão péssima quanto a dela,apareceram, apoiados uns nos outros.

EI, SENSEI, NÓS ARREBENTAMOS COM ELES!– Gai socou o ar, uma expressão alegre no seu rosto. – Está certo que o Hokage-sama deu uma ajudinha no final... mas... TEMOS O FOGO DA JUVENTUDE QUEIMANDO DENTRO DE NOSSOS PEITOS!

CALA A BOCA GAI! – Iruka e Ebisu protestaram juntos.

Kushina deu uma pequena risada, que fez suas costelas doerem. Seus joelhos cederam e ela ficou ali, de quatro por alguns momentos. O mais rápido que conseguiram, o time nove veio até ela.

Uma movimentação paralela fez kushina erguer o rosto. A ultima coisa que viu, antes de desmaiar, completamente sem forças, foi a visão que jamais esqueceria.

Minato trazia em seus braços a pequena jun.


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