Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 67
Capítulo 67




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Capítulo 67

 

Todos os monges estavam reunidos, observando a luta que se desencadeava no pátio.  Gai dava o melhor de si, mas era obvio que a vitoria seria de Saito. Quando o mais velho começou a preparar-se para dar um golpe, Kushina pulou na frente de Gai, chutando Saito. Os monges que estavam na direção que o garoto foi jogado, deram um passo para o lado, fazendo que o garoto batesse na parede.

- Eu disse para testar Gai, não para matá-lo. – ela virou-se preocupada para Gai. – está bem?

- Ele está no ponto certo, Ina. – seu avô interrompeu o fluxo de pensamentos da neta.

- Acha que eu não percebi isso? – passou a mão pelo cabelo do aluno. – agora você vai descansar, pelo menos até o pôr do sol.  O treino vai ser muito duro.

- Eu vou cuidar para que ele se recupere o mais rápido possível. – Kunio se aproximou. Com facilidade, ergueu o garoto, que o seguiu cambaleante e resmungando. – acho que o sabão que é feito com cinzas, que usamos aqui, deve servir bem para lavar essa boca suja. Nem o Kuwabara falaria palavrões tão feios.

- Você não deve ter visto a sensei irritada com o Hokage-sama.

- Saito! – Toshiro chamou o jovem, que havia se levantado e no momento exibia um bico enorme. – Prepare suas coisas. Você ira com meus netos.

- Me de um motivo realmente bom pra isso.

- Eu preciso de três pares de braços. E no momento, você é mais útil que Gai.

Kushina falou, passando a mão nos cabelos. O olhar distante estava desaprendendo a ser esperançoso.

- Humf. Só porque vou ser útil a Ina-sama. – Saito curvou-se. – Serei o melhor piolho que você poderia querer Ina-sama!

- Por que será que já sinto meus ossos tremerem de medo perante essa perspectiva? – Toshiro murmurou, vendo o adolescente afastar-se correndo.

- Kushina apenas encarou o avo, dando de ombros.

 

8

 

- Algum plano especifico em mente?

- Primeira coisa. Você vai trocar de roupas. – Kuwabara entregou uma pequena sacola a Kushina. – E se pensar discutir, lembre-se que sou o mais velho. Mesmo que sejam só dois dias.

- Qual o problema com minhas roupas? – A ruiva olhou para o próprio vestuário, sem compreender. A camiseta vermelha, com um enorme gato estampado, as calças azuis, a sandália ninja.  – Elas até estão limpas com um cheirinho peculiar de...

- Vamos encontrar com Katsuo em um lugar mais sofisticado que um bordel.

- Quem é o figurão que eu vou ter que impressionar, trocando em miúdos?

- Ele é um dos chefões do País do Barro Vermelho. Zariesk alguma...

- Zariesk? Do País onde fui estudar para ser gueixa?

- Conhece esse cara?

- Se for quem eu estou pensando... – Kushina deu uma risadinha. – ele merece não apenas uma troca de roupa! – sacudiu a sacola no ar, antes de se esconder para trocar de roupa.

- Eu estou começando a não gostar desse cara... – Kuwabara apertou o punho, imaginando ele na cara do desconhecido.

 

--

- Eu não entendi. – Iruka pegou mais um prato para lavar. – Como é que nós conseguimos sermos tão rapidamente aceitos para trabalhar aqui.

- Fácil. O primo de Ina-sama, Katsuo, veio aqui por ordem dela, pedindo um emprego para nós, enquanto ela ficasse na vila.

- E por que isso não foi para ela? – Ebisu bateu com impaciência a vassoura que tinha nas mãos no chão.

- Ela está trabalhando, apenas de maneira diferente de vocês. E depois... – Saito parou de descascar a batata que tinha na mão. – Acho que Ina-sama não quis que vocês fossem prejudicados, sem receber nada na empreitada que ela se designou. Assim é uma forma de vocês terem um dinheirinho para levarem as suas namoradinhas para tomar um sorvete. – ele piscou para Iruka, que imediatamente ficou vermelho.

- Eu... Eu não tenho nenhuma namoradinha! – o gennin protestou, deixando um prato cair no chão, quebrando-se.

- Não tem... mas queria ter! – Saito começou a rir.

- Se é dessa forma, porque Gai então não está aqui, e sim lá no monastério?

- Por que o pagamento dele é muito mais difícil de conseguir, que o de vocês. – Saito ficou observando Iruka recolher os cacos do prato, jogando-os em um saco plástico. – Leve logo esse lixo para fora, antes que aquela bruxa reclamona volte e desconte do nosso salário.

- Nosso salário? Nos três estamos fazendo o serviço de seis e vamos receber apenas por um! – Ebisu reclamou.

- E a comida é grátis, fora as informações que vocês escutaram La dentro, ou isso não conta nada?

- Kushina sensei pensaria dessa mesma forma. – Iruka jogou o ultimo caco maior dentro do saco.  Ebisu o ajudara, varrendo os cacos menores para dentro do saco.

- Devo muito a Ina-sama. O que estiver a meu alcance para puder ajudá-la... Eu vou fazer.

- Saito os olhou, os olhos possuindo uma enorme determinação. Iruka sorriu, antes de amarrar o saco.

- Bem, então está certo. Vou levar o prato lá para fora.

- Se alguma garota bonita estiver passando, manda ela aqui para dentro para eu poder dar uns beijinhos nela.  – Saito riu com os olhares perplexos dos gennins. – que foi? Vão me dizer que em Konoha vocês não fazem isso?

- Você é um idiota.  – Iruka falou, antes de sair.

- Aprendi a ser com Kuwabara-sama! – Saito começou a rir. Iruka balançou a cabeça, saindo pelos fundos. Já havia colocado o saco plástico no lixeiro, voltava para dentro, quando uma menina passou correndo. Ela tropeçou e Iruka foi ajudá-la.

Chorando, a menina permitiu que ele a levantasse. Ele afastou o cabelo ruivo do rosto da menina, percebendo que um leve machucado produzido pela queda.

- Está tudo... – ele ficou paralisado, quando conseguiu estudar o rosto da menina direito. Olhos azuis, um cabelo ruivo mais claro... Mas de maneira geral, a menina possuía a delicadeza dos traços de Kushina. A boca pequena, o nariz arrebitado, as bochechas levemente rosadas.  – Bem? – ela tentou se soltar, mas ele não permitiu.

- OLHA LÁ A RUIVINHA! –dois garotos começaram a se aproximar deles. Por instinto, Iruka fez a menina ficar atrás dele.  A menina soltou um grito abafado, tentando soltar, mais uma vez, com mais força

- Não saia dali. – então encarou os dois que se aproximavam. – EBISU, SAITO!

- Não é homem para enfrentar a gente sozinho?

- Ser homem é uma coisa. Ser burro é outra! – Ebisu retrucou, cruzando os braços, enquanto se colocava ao lado de Iruka. – eu pego um, você o outro?

- Nada disso! – Saito foi para frente deles, um pau de macarrão nas mãos. – eu tenho mais direito a diversão! Sabem quantas vezes por ano eu saio do monastério?

- Com certeza é mais que a sanidade das pessoas em geral consegue agüentar. – Ebisu não agüentou em dizer.

Saito ignorou a frase do garoto de óculos.

- Então? Quem vai ser a mocinha que vai provar o meu pau primeiro?

- Que indecente. – Iruka virou-se, tampando os ouvidos da menina ruivinha. Ebisu mexeu nos óculos, antes de dar um passo em direção a Saito.

- Iruka, leve a sua namoradinha lá para dentro.

- Ela não é minha... – Iruka abaixou-se no nível dela, que tinha recomeçado a chorar. Engolira o choro com a aparição de Ebisu e Saito. Ela do nada, passou as mãos nos ombros de Iruka, abraçando-o com força.

- Não podem brigar. – ela murmurou, tremendo. – é feio brigar!

- Está tudo bem, menininha. – Iruka passou a mão nos cabelos dela, tentando acalmá-la. – Eu não vou deixar que briguem com você, entendeu?

Ela moveu a cabeça assentindo. Saito e Ebisu botaram os moleques para correr. Quando voltaram sua atenção novamente para Iruka, ele não havia se mexido.

- Iruka, o que foi que... – As palavras de Ebisu morreram, quando a menina olhou-o diretamente. – o que...

- CHIBI INA! – Saito gritou indo até ela. A tirou de perto de Iruka, abraçando-a e ajoelhando-se perante a menina. – Kami, você está uma mocinha!

- Eu não sou a chibi Ina! Eu sou a Jun! – Jun falou, fazendo um bico enorme.

- Hai, hai... – ele sorriu, passando a mão nos cabelos dela. – Sabe quem está aqui, procurando por você?

Ela negou os olhos muito abertos.

- A Ina-sama!

- A mamãe? – os olhos dela brilharam. – A mamãe Kushina está aqui? – ela olhou para os lados, procurando por ela.

- Hai. – Saito assentiu, sorrindo. – Agora, Jun, eu quero que você venha comigo, com o Ebisu e com o Iruka ali na cozinha, esperar por ela, está bem?

- A mamãe vai vir aqui? – o brilho nos olhos azuis da menina era pura esperança.

- É claro que sim! Ou você acha que a Ina-sama iria deixar os piolhos dela soltos por ai, sem supervisão dela?

Jun olhou para Iruka, que olhava de cara feia para Saito.

- Você vai precisar levar uma sova, para...

- KUSHINA! INA, ONDE VOCE ESTÁ?

Os três olharam para o inicio da rua, onde uma ruiva andava, gritando. Vestia roupas semelhantes as da menina, que eram uma túnica chinesa, calça comprida e sapatilhas. O que as diferiam eram as cores. Enquanto Jun usava tons claros de rosa, com a estampa de sakuras brancas a mulher ruiva, usava roupas negras, com um enorme dragão estampado em vermelho.

- Kushina-sensei! – Iruka acenou para a mulher, que ao ver que a menina estava rodeada, veio imediatamente perto deles.

- Iruka, leve Jun para dentro. – Saito ordenou, apertando o rolo de macarrão. – não é a Ina-sama.

- Mamãe... – Jun murmurou, recuando alguns passos. Bateu em Iruka. Quando se olharam, ela pegou na mão dele, como se buscasse proteção.

- Kushina, venha logo! – ela se aproximou com passos rápidos. Havia em seu rosto uma expressão decidida. – Vamos sair já...

- Tia Hinata como vai? – Saito sorriu, jogando o corpo, para esconder a menina. – Sabia que olhando como estou para a senhora, não lhe dou mais que vinte e dois anos... Que é a idade de Ina-sama?

- Quem... – Iruka e Ebisu encararam melhor a mulher. Embora nenhum traço do rosto fosse diferente do de Kushina, havia alguns detalhes, que se eles prestassem real atenção, tirariam duvidas sobre não ser aquela mulher a sensei deles. Os cabelos estavam mais curtos. Kushina os mantinha longos, abaixo da linha da cintura. Aquela mulher tinha-os na metade das costas. Os olhos de Kushina eram dourados, as pestanas longas. Os dessa mulher eram azuis, extremamente límpidos. Iguais aos da menina. – Saito... – ela ficou mais branca que qualquer pessoa que eles pudessem imaginar. – então ela... está aqui... – murmurou, enquanto olhava ao redor de si, como se esperasse que alguém saltasse na sua frente.

 Embora não tentasse demonstrar, os olhos demonstraram um pânico que os garotos demorariam a perceber em outra pessoa.

- Senhora?

- Se ela está aqui... – ela colocou as mãos no peito, os punhos fechados. Falava com ninguém em particular, os olhos distantes, os sussurros como se tivesse contando um segredo ou pensando alto. – Se ela está aqui, eles podem ter seguido ela... Eles podem... ninguém vai conseguir deter-los... Eichiki vai ficar irritado... mas eu não vou... deixar eles pegarem a minha filhinha. Não vou... – ela começou a andar devagar. Quando chegou perto de Saito, lagrimas corriam de seus olhos. – Eu vou levar a minha filhinha. Ela é minha.

- Jun não é sua filha. Kushina-sama agora tem vinte... – Saito levou um soco de Hinata, que fez bater na parede oposta, caindo desacordado. Ela fez o mesmo com Ebisu e Iruka, que não conseguiram esboçar reação. Iruka foi o ultimo a desmaiar, mas antes, chegou a perceber ela se ajoelhando perante jun.

- Não se preocupe Ina. A mamãe não vai deixar nenhum homem malvado pegar você... Eu vou proteger você, amorzinho... – A ruiva falou, abraçando a menina. Jun lançou um olhar sobre os ombros da avó, que era ao mesmo tempo um pedido de desculpas e ajuda.

 

 


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Notas finais do capítulo

oi pessoal tudo bem?

Estou vindo aqui, com um convite. Dia 16 de outubro, havera na cidade de Palmitos, SC, no clube Mocrepal, a segunda noite cultural, onde sera apresentado duas peças de teatro.
eu inclusive, irei participar. mico nacional, ne"?

bom, convite feito... Espero que alguem queira ir... e se divirta!


tina



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