Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 61
Capítulo 61




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Kushina respirou fundo, inalando a brisa que balançava seus cabelos. Os olhos fechados, nao mostravam a falta de brilho. Quando começou a falar, obrigou-se a ser

- Obrigada. – apesar de sua voz soar tremula, ela não demonstraria o quanto passar dois dias na prisão a havia afetado, em especial depois  do que passara lá. – obrigada por...

- Kushina, voce é um membro de konoha. Que espécie de hokage eu seria, se permitisse alguém inocente, que faz parte da minha equipe, permanecesse preso, sem ter feito algo?

Ela apertou os punhos, assentindo.

- Obrigada mais uma vez. – ela se virou, olhando pela janela. – eu também gostaria de pedir, se for possível... – Ela clareou a garganta, com um pigarro. – Se for possível o meu afastamento dessa missão.

Um pequeno pássaro começou a pular na arvore ao lado, ela acompanhou-o com o olhar.

- Quero fazer um questionamento. – minato aproximou-se dela, o bastante que ela sentisse a sua presença, mas não a tocando. – E espero que você seja realmente sincera.

Kushina acompanhou o pássaro marrom abandonando a arvore. Então voltou a olhar o hokage, que tinha um olhar muito compenetrado.

- Faça. – os olhos dela, encheram-se de dor com a pergunta de Minato.

- Jun Uzumaki. É sua irma ou sua filha?

Kushina estremeceu, mas não desviou o olhar. Umedeceu levemente os lábios, antes de começar a falar, devagar, como se cada palavra lhe custasse muito.

- Legalmente... Legalmente Jun é minha irma.  Algumas horas depois que ela nasceu, minha mãe saiu... E ao voltar, tinha uma certidão de nascimento, que afirmava que ela era sua filha. Junto com aquele desgracado. Mas essa não é a verdade. – apesar de tremer e estar pálida, ela continuou falando. – Jun nasceu no dia 25 de junho, as cinco horas da manhã.  Ela saiu daqui. – kushina abraçou o ventre. – É minha filha, a criança mais preciosa que eu algum dia poderia imaginar em conseguir fazer.  E aquele desgracado... Que o diabo lhe tenha no fogo do inferno... morreu quando... – Ela desviou o rosto, um suor frio cobrindo-lhe a face.

Minato ficou a fitando sem dizer nenhuma palavra, por alguns minutos. Então ele se virou e foi ate a porta. Antes de sair, respondeu a pergunta dela.

- Você pode se afastar da missão. Espero lhe encontrar novamente em Konoha.

Fechou a porta suavemente, sem perceber que kushina começou a chorar, pelas mentiras que já havia contado. Pelo  sonho  destruído. Pois ela não esperava que Minato lhe perdoasse.

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- Você não manda em nós. – Ebisu ergueu o queixo, extremamente arrogante.

- Acho que a sensei tem razão. – Gai murmurou para Iruka que concordou com a cabeça.

A arrogância dos dois é muito parecida mesmo. – Iruka jamais deixaria eles escutarem o que falou.

- Bem, não me interessa o que vocês pensam ou não. Espero que saibam que... – Hiashi foi interrompido, por uma batida suave na porta. Deu permissão para entrar, ao mesmo tempo que encarava Ebisu.

Quando kushina entrou no quarto do hotel onde estavam, todos os presentes perceberam que  a ruiva havia chorado. Antes que Gai abrisse a boca, ela ergueu a mao.

- Eu vou dizer apenas uma vez. Estou partindo e os três vão permanecer para ajudar. Se eu souber que se comportaram algo menos como ninjas, arranco o couro de vocês com a tesourinha de cortar unhas. Alguma duvida?

- Quem é a desgraca que vamos ter que aturar? – Ebisu não poupou a língua para a afirmação.

- Aquele que vos fita emocionado. – Kushina foi extremamente irônica, ao apontar para Hiashi. – já sabem que se ele mandar vocês andarem descalços sobre o fogo, é isso que irão fazer não é?

- Fora daqui. Voltem apenas se forem chamados. – Hiashi mandou, encarando ainda Kushina. – E quanto a você, Uzumaki, precisamos conversar.

- Se for o que eu estou imaginando... – ela começou. Os três gennins haviam cruzado os braços, fazendo uma carranca para Hiashi. – Não escutaram o que Hiashi mandou fazer?

- Se esse ogro, sensei, lhe ofender, grite que nós viremos lhe defender. – Gai falou, pomposo.

- Vamos ficar no corredor. Qualquer coisa, sensei, é só chamar. – Iruka sorriu para ela, carinhosamente.

Ebisu não falou nada, apenas ainda encarando Hiashi, com uma mao aberta, deu um soco com a outra. Ao passarem por Kushina, os pupilos lhe acariciaram os braços, sorrindo confiantes.

Kushina mordeu o lábio, para evitar o sorriso.

- Bem, Hyuuga, aqui estamos. O que você quer?

- Aquilo que você falou, na sala do imperador... – Ele pigarreou. Antes que continuasse, Kushina falou.

- Vai a merda, Hiashi! – Ela não tinha forças, mas a raiva que sentia a fez reagir. – Acha o que? Que por descobrir uma coisa do meu passado, uma coisa que eu quero esquecer, todos os dias,  eu vou ficar me lastimando, chorando como uma incapaz?

- Eu não disse isso!

- Eu não preciso dessa pena que você esta mostrando nos olhos! – Kushina se aproximou dele.  – Não preciso e não quero! Sabe porque eu gosto tanto de Tomoe?  EU era como ela! EU! Sabe porque eu virei essa coisa que até mesmo tenho vergonha de pensar, as vezes que sou? Por conta de um desgracado como você! Ele tinha o mesmo tipo de ser! Senhor Iori Uzumaki... um grande filho da mãe, cretino que não aceitava, que sequer lhe olhassem  o questionando! Levei varias surras, até que comecei a agir como uma demonia. Sabe, - ela não conseguia parar. Talvez que depois que tivesse dito tudo, ela conseguisse respirar novamente. – quando eu tinha nove anos, ele me acertou no rosto, com toda a força que tinha. Eu cheguei ate mesmo a cair no chão! Seria apenas mais uma coisa de nada, se aquele vagabundo não tivesse pegado uma kunai. Se ele não tivesse tentado acertar com ela o meu rosto. Minha mãe, se jogou contra ele, ele cortou um pouco do meu cabelo. Então, ela me mandou sair dali... quando voltei, mais tarde, ele tinha... O quimono dela estava cheio de sangue, cortado.

Kushina não conteve novas lagrimas.

- Naquele dia eu decidi me tornar ninja... para acabar com a vida daquele inútil. Jurei que teria esse prazer,quando ficasse adulta. Mas infelizmente, alguém fez isso primeiro.

- Eu não sou o seu padrasto!

- Não. Suas atitudes agora são diferentes. Agora. Mas duvido que você, com o passar do tempo, não se tornasse um canalha como ele. Tomoe pode não concordar comigo, mas eu sei que eu estou certa.


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