Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 55
Capítulo 55




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/19108/chapter/55

Minato olhou para trás. A ruiva estava bastante pálida.

- O que foi que você disse?

 - Qual a parte que você quer que eu repita? – haviam concordado por uma trégua, até o momento que ele dissera já ter ido a antiga Vila do Redemoinho. Quando Minato começou a contar sobre sua aventura no passado, ela ficara bastante interessada.

- Você pediu Ina em casamento para o pai dela... E ele aceitou?

- Por que você acha que eu estou mentindo? Eichiki Uzumaki realmente aceitou que eu casasse com a Ina.

- Sem chances disso acontecer. – ela balançou a cabeça. – eu conheci muito bem Eichiki... E acho mais fácil ele lhe arrancar algumas coisas que fica feio mencionar na frente de Asuka, apenas com o dedo mindinho, que deixar a filha se casar com um pervertido como voce.

- Não me interessa, Kushina, se você acredita ou não. Só sei que quando eu pedi se podia casar com a Ina, ele disse “Hai!”.

A ruiva franziu a testa, ainda não acreditando.

- E você ainda pretende casar com uma menina que você conheceu, quando tinha seis anos de idade?

Minato sorriu.

- Por conta dela, comecei a me esforçar mais do já era. Não me importo que num primeiro momento ela não goste de mim. Afinal, vamos ter o resto de nossas vidas para que...

- Voce não vai poder casar com a Ina que voce conheceu! – Kushina perdeu a paciência.

- É mesmo? E por que?

- Aquela Ina morreu dois dias depois que completou nove anos. – estranhamente, Kushina levou a mão até a face esquerda, enquanto um brilho de ódio brilhava nos olhos dela, tornando-os levemente dourados.

 

 

Hiashi bateu a porta, ao sair. Tomoe olhou preocupada para Minato, que mantinha os olhos estreitados.

- Saiam da minha frente, antes que eu me esqueça que vocês são crianças.

- Não somos crianças! Somos pré-adolescentes, com o seu fogo da juven...

Iruka e Ebisu tamparam a boca de Gai, antes de arrasta-lo para fora. Minato suspirou, passando a mao nos cabelos.

- Consegue acreditar nisso? Gai conseguiu convencer Ebisu a infernizar qualquer um que eu arranjasse para substituir a Uzumaki.

- Minato-kun, devo lhe confessar uma coisa. Não foi Gai quem convenceu os outros a infernizarem os substitutos de kushina.

- Não? Então quem foi?

- Você não vai acreditar quando souber. Posso... ir tentar evitar que Hiashi-kun mate alguém?

Tomoe pediu timidamente.

- Claro. – Minato deu permissão, imaginando que a única coisa que ele não acreditaria seria que fosse Ebisu que tivesse tido essa idéia. Gai era o extravagante do time, não havia duvidas, Ebisu o xarope e Iruka o meio-termo, nas palavras de Kushina. Uzumaki, ele recriminou-se. Ele havia dado um ultimato, não havia? E Kushina escolhera a opção de ficar afastada dele.

As palavras de Shikaku, naquela  voltaram-lhe a mente. Também, veio-lhe a mente, aquela missão, onde levara o bebê até o avo.Quando o senhor de idade vira o neto, e olhara para o seu rosto, jamais esqueceria que até mesmo ele achara que Minato fosse o pai do garoto.

 

Kushina havia trocado de roupa, pouco antes de entrarem na vila onde o avô de Asuka residia. Embora estivesse muito mais delicada e feminina que antes, ainda assim exibia no rosto a petulância que Minato achava perturbadora. Fizera-lhe um estranho pedido, para que se a apresentasse, apenas falasse seu nome, deixando o sobrenome de lado.

Mostrara-se bastante reservada e polida, pedindo apenas um chá, por estar fatigada da viagem. Conversara o mínimo possível e quando o aparelho de chá chegara, falara sobre a origem do mesmo, como se trabalhasse com aparelhos de cha o dia inteiro.

Ficaram discorrendo por alguns minutos o assunto, como se fosse de vital importância.

- Esse jogo é maravilhoso. Quando talvez eu tiver uns vinte e cinco anos de casada, consiga ganhar um parecido... Não acha, Minato-kun?

Minato, ao ser chamado, sorriu sem jeito para o senhor de idade a sua frente.

- Acho que sim. – recebeu um olhar meio zangado de Kushina.

- Minato Namikaze, não se atreva a fazer essa cara de quem não é com você. – Kushina bufou. – se continuar nesse ritmo, vou querer esse aparelho de cha no dia que me casar!

Kushina pareceu lembrar-se de onde estava.

- Perdoe-me, senhor Akira. Mas quando Minato-kun finge não entender o que falo, me irrita profundamente.

Kushina corou furiosamente, abaixando os olhos.

- Desculpe-me... mas não estou entendendo.

“Nem eu”, Minato sorriu amarelo.

- Por que voce não explica ao senhor Akira o que quer dizer?

- O senhor Akira não deve estar interessado na nossa historia, Minato-kun. – ela virou-se novamente para o avô de Asuka, sorrindo candidamente. – Bem, senhor Akira, como Minato-kun falava...

NOSSA HISTÓRIA?, Minato gritou em pensamentos. Eles não tinham nenhuma historia juntos!

- Ao contrário, senhorita Kushina. estou interessado em saber a historia de ambos.

Kushina pestanejou, então abaixou novamente a cabeça, quando levantou, estava mais corada que antes, seus dedos polegares começaram a girar, dando uma prova de nervosismo. Minato nem precisou pensar muito, para saber a quem a ruiva imitava.

- Como o senhor deve saber, Minato-kun é de Konoha. A anos atrás, quando éramos crianças, seu pai foi em uma viagem a Vila do Redemoinho, na qual eu nasci e cresci.

- Huhum... E?

- Minato-kun era uma criança muito travessa naquela época... – ela o olhou de canto. Minato apertou os dentes, antes de fingir sorrir. Ele tinha compreendido o plano dela... Mas não gostara nem um pouco!

- Eu fui atrás de meu pai, mas pouco antes de chegar, ele já havia partido. Na chegada a vila, encontrei uma ruivinha muito linda, desenhando. Dali a pouco, os dois primos dela vieram busca-la...

- E Minato kun foi levar minha boneca, que esqueci no bando onde estava sentada... quando nos encontrou, algumas crianças mais velhas estavam nos batendo... Ele impediu que uma pedra me acertasse. – com suavidade, Kushina passou a mao na testa de Minato, exatamente onde levara a pedrada. A ruiva sorriu envergonhada. – quando descobri que meu pai havia acertado nosso casamento, fiquei extremamente constrangida, afinal, um dos motivos pelos quais me tornei ninja, foi a lembrança de um menino loirinho, um pouco escandaloso, que dizia que iria se tornar o Hokage... E que se eu fosse ninja, iria me mandar casar com ele.

- Muito conveniente. – Akira falou seco. – ninjas são conhecidos por serem mentirosos.

- Pode duvidar de minha palavra, senhor Akira. Mas saiba, que os Uzumaki não são mentirosos.

- Uzu... Maki. – Do nada, Akira empalideceu. – Voce pertence a esse clã?

- Com muita honra. – ela puxou uma corrente, de dentro de sua blusa, onde tinha o símbolo de seu clã. – Minato-kun esqueceu de me apresentar totalmente. Sou Kushina Uzumaki.

- Eu conheci um Uzumaki, que era um demônio na luta. – o homem falou pensativamente.

- Todos nós somos. – Kushina sorriu candidamente. – Ou, pelo menos, aqueles que como eu possuíram a honra de serem instruídos nos golpes de Toshiro Uzumaki.

- Voce... – Akira olhou-a novamente. Como alguém que parecia ser tão frágil, conseguia utilizar uma técnica tão violenta?

- Hai. – Kushina podia quase ver a fumacinha saindo da cabeça daquele homem. Sorriu novamente.

- Conheci Toshiro. Quase não sobrevivi depois de encontra-lo.

- Ojiichan era muito cabeça quente quando jovem, segundo minha obaachan sempre contava. Lembro-me, de antes dele ir para o monastério, fazer uma espécie de prova com os últimos pupilos que ensinou a técnica pessoalmente. – Kushina comentou, como se falasse de algo banal. – segundo ele, eu fui a única a conseguir compreender a complexidade da técnica. Afinal... Sete é e sempre foi meu o meu numero da sorte.

Foi treinada pelo próprio Toshiro?

- Acha que meu ojiichan permitiria que outra pessoa ensinasse os segredos da sua técnica, para sua neta favorita?

Ela sorriu, enquanto o homem parecia ter virado um fantasma, de tão pálido que ficou.

- Neta... Daquilo?

- Claro. E por isso e outras coisas mais, quero lhe avisar, que se continuar difamando meu noivo, irei ficar irritada com o senhor. Não existe a menor possibilidade de Asuka ser filho de Minato-kun.

- Como pode ter tanta certeza?

- Simples. Minato-kun não seria burro de envolver-se com outra mulher... estando noivo comigo.

 

Kushina começou a rir, enquanto kuwabara resmungava a seu lado.

- Tem certeza, Kushina, que eu não posso...

- Infelizmente, é absoluta.

- Certo. Por que eu tenho que ser o irmão e ele o marido? Ele sequer gosta de mulher!

Kuwabara reclamou.

- Culpe seus cabelos ruivos, maninho. Afinal de contas, somos uma pequena família, a procura de um novo local para... – Kushina começou a dar uma explicação, no que foi cortada por Katsuo.

- Ora, kuwabara-kun, não fique tão irritadinho. Só porque voce foi rebaixado a segundo traseiro mais sexy, não queira dizer que...

- Segundo traseiro mais sexy? Quem atualmente é o primeiro? – Kuwabara ao perceber o que perguntara, bufou. – esquece! Me tira dessa lista imediatamente!

- Mas de jeito nenhum! Agora, que voce não esta fugindo de mim, o que acha, kuwabara-kun de...

- Ina! – kuwabara gemeu, pedindo ajuda a ruiva.

- Katsuo-kun, deixe meu irmãozinho em paz. Voce sabe que ele irrita-se facilmente.

- Irmãozinho é o nariz da velha chupadora de…

- Kuwabara!

- Limão, oras. Seus pervertidos, pensaram que era o que? Ta, mas so uma duvida, Katsuo. Quem é a vitima que voce está perseguindo agora?

- Quem disse que eu estou perseguindo alguém? Aquele loiro infelizmente já possui dona...

Kushina beliscou Katsuo, antes de reclamar com ele.

- Eu já disse que não tenho nada com Minato!

- Hai, hai... continua dizendo isso, que daqui uns noventa anos eu acredito. Os olhos dos dois espelham todo o fogo que tem um pelo...

- Quietos. – kuwabara se adiantou, olhando com atenção o caminho a sua frente. Ao se virar para o casal, que usava roupas simples, assim como as suas, escondendo o armamento ninja, encontrou-o com  o mesmo olhar preocupado que ele exibia. – Acho que vamos ser obrigados a nos divertir.

Katsuo já tirava a mochila onde escondera a espada.

- Vai ser uma tarde muito...  – começou a falar, sendo interrompido por um barulho muito alto.

Quando escutaram uma explosão, viraram-se ao mesmo tempo para o leste, onde viram um enorme sapo surgir.

- Gamabunta... – Kushina sussurrou, amarrando na testa uma bandana que tinha em um bolso da mochila. – Sera que o ero-sennin deixa a gente brincar junto?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fugindo de Uma Ruiva" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.