- Voces não aprenderam nada com Kushina antes?

- Bem, nunca precisamos antes de... Disso! – Yoshino reclamou. Kushina revirou os olhos. Yuki e Yoshino tinham as vozes de gralhas, o andar de camelos mancos... Nada que pudessem exibir como atrativo sutil para os clientes de um bordel, do nível do Recanto Feliz. Saori bufou. Kushina abaixou a cabeca, segurando-se para não cair na gargalhada.

- Kushina, querida – Saori falou, obviamente furiosa. – como você conseguiu ser comparada a essas duas? Elas não tem talento algum!

- O talento de Yoshino e Yuki, Saori-sama está na transcendencia de suas almas. Sempre foram gentis e...

 - Eu compreendo. – ela examinou as duas a sua frente, o olhar fixo m Yoshino. – bem, eu não sei o que fazer! Se elas tivessem algum talento...

Quando a cortesã se virou, Kushina tampou rapidamente as bocas das outras mulheres. Saori saiu da sala onde estavam. Ficou segurando-as por algum tempo, antes de avisar.

- Eu apenas vou deixar voces falarem alguma coisa, se controlarem o genio, entenderam?

A torrente de palavroes que as duas soltaram fez Kushina assobiar.

- Como essa vaca tem a coragem de dizer que não temos talento algum? – Yoshino era a mais disposta a ir atras da cortesã e enfiar algumas kunais nela.

- Fazendo uma analise realmente critica de voces. – Kushina declarou, antes de ter a raiva das duas voltada para si. – escutem, não é brigando comigo que voces duas vao conseguir ficar aqui.

- Como se fossemos querer ficar aqui para...

A porta foi suavemente aberta. Uma garota, aparentando ter uns dezoito anos entrou, carregando uma bandeja. Ela era muito palida, os olhos estavam vermelhos.

- Saori-sama mandou que vocês se alimentassem.

- Obrigada, Kaede-chan. –  a menina utilizava um quimono rosa palido, os cabelos negros estavam meio presos, a maior parte caia solta pelas costas. Distribuiu as tigelas entre o trio, que se olhou desconfiado. Kushina puxou conversa, para distrair KAede. – Saori-sama disse quais eram os planos para conosco?

Kaede olhou para Kushina, negando.

- Saori-sama... não disse nada.

- Isso engorda. – Yuki refugou o prato. Kaede olhou nervosamente para ela.

- Saori-sama disse... Disse que voces deveriam comer. – Kushina colocou o polegar, discretamente dentro do que parecia ser uma sopa. Colocou-o na boca, fazendo uma careta. Disfarcado entre os temperos fortes, aquela comida possuia o gosto de opio.

Yoshino franziu a testa. Não havia como elas jogarem aquela comida fora, sem demonstrar saber o que tinha dentro.

- Menina, você não tem alguma coisa para fazer longe daqui?

- Saori-sama... disse que eu deveria ver voces comendo.

Foi a vez de Kushina deixar escapar um palavrao. Quando kaede a fitou, surpresa, Kushina deu um sorriso sem graça.

- Me perdoe, Kaede-chan. Eu estava ansiosa para iniciar logo... Você entende, não é? A espera faz que os nossos estomagos não reajam bem a comida.

Kaede comecou a esfregar as maos, nervosamente.

- Voces precisam comer! Senao, Saori-sama vai... – a menina apertou os labios, chocada com o que quase revelara.

- Suas cicatrizes não vao aumentar. – Kushina colocou gentilmente a mao sobre os ombros de Kaede. – Você já comeu hoje? Se quiser, pode ficar com nossos pratos. – Kushina ofereceu a comida, sentindo pena da garota. Ela já estava viciada e pela demonstracao de tremor que estava, quando chegara na sala, estava sem a droga, já a algum tempo.

- Eu... não posso comer...

- Pode. – Kushina colocou sua tigela nas maos da menina, que a olhou com um olhar com gratidão. Comecou a comer vorazmente, fazendo as três mulheres sentirem nojo da mulher que havia colocado o vicio naquela menina.