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Capitulo dois

- Como vocês dois podem ser tão incompetentes a ponto de deixarem elas perceber que estavam lá?

Jiraya ralhou com os dois adolescentes a sua frente, que bufaram ao escutar a reprimenda. Estavam na floresta, alguns dias após Obito e KAkashi terem sido pegos em flagrante por Kushina Uzumaki, espiando ela e Tomoe Hyuuga nas termas.

- Culpa do Obito.

- Nem vem tirar o seu da reta, seu... – Jiraya foi obrigado a segurar Obito, pois o gennin tentara partir para cima do colega de time, que apenas o olhou desinteressado.

- Ocupem essa energia para não serem pegos. Agora vocês vão me dar os detalhes ou não? – Jiraya quase jogou Obito no chão, que levantou-se fazendo uma careta para ele. – Kakashi?

- Usamos suas instruções iniciais... Conseguindo chegar no telhado das termas.

- So que estávamos na parte masculina. – Obito balançou a cabeça, desconsolado. Jiraya ficou frustrado, fazendo sua cara enfiar-se em uma pedra no chão. – Que visão do inferno era aquilo? Eu nunca imaginei que o Ibikki tivesse as costas tão peludas em comparação a cabeça dele!

- Adiante, adiante! – Jiraya fez movimentos circulares, quando conseguiu recuperar-se. Pouco lhe importava se existia algum cabeludo careca estivesse nas termas. Ele queria saber outras coisas!

- Bem... então fomos ate a parte feminina das termas, percebendo que Kushina-san e Tomoe-san...

- A dona dos olhos mais lindos da vila! – Obito pareceu entrar em transe. – Do sorriso mais carinhoso... Dos lábios mais doces... Dos seios mais...

- Ele ainda não superou essa paixonite? – Jiraiya perguntou a Kakashi, lembrando-se que no verão anterior Obito já suspirava pela Hyuuga. Kakashi negou com a cabeça.

- E a coisa mais feia, sem graça e mal-humorada que ela tem é o noivo! – Obito concluiu uns dez minutos depois, fazendo Jiraya imaginar de onde o garoto tirava tanta inspiração apenas descrever uma mulher... Os olhos do sannin brilharam, calculistas.

- Obito... Será que seus pais permitiriam que você viajasse comigo, por uns tempos?

- Sensei, estamos nos desviando do assunto. – Kakashi fez o comentário, tentando trocar o assunto Tomoe Hyuuga.

- Tem razão, caro Kakashi. E daí? – a mente do sannin já estava envolta em brumas, com os mais diversos tipos de pensamentos.

- Bem... Kushina-san estava sentada, conversando com Tomoe-san. – Kakashi retomou seu relato, tentando ser impassível perante o entusiasmo de Obito. – A respeito dos prováveis candidatos a namorados.

Obito caiu na gargalhada.

- Ate você foi citado! – O Uchiha colocou as mãos na cabeça, relembrando a resposta afiada da Uzumaki, quando Tomoe dissera o nome de Jiraya.

- É mesmo? – os olhos de Jiraya ficaram em chamas. –  O que aquela deusa ruiva disse  a meu respeito?

- Que preferia beijar um bode a ficar perto de um pervertido como você.

Kakashi sufocou o riso, com o desapontamento que surgiu no rosto de Jiraya.

- Ela esta andando muito com a Tsunade.- abanou com a mao, dando pouca importância a informação. - Bem o que mais? So ficaram escutando a conversa ao invés de olhar?

Obito e Kakashi o fuzilaram com o olhar.

- Não vem ao caso, sensei Jiraya. Vai escutar o resto ou fazer como sensei Minato, que quase nos ameaçou de morte? – Obito o repreendeu.

- Hum... a conversa estava tão interessante assim?

- Bom, estava. – Kakashi respondeu. – Kushina-san dava respostas azedas a cada pretendente que Tomoe-san citava.

- Segundo Kushina, Aburame era muito estranho. E ela não iria enfiar a boca em uma colméia de abelhas. – Obito engoliu o riso, para continuar. - O Yamanaka, era muito florzinha para ela.

- Não iria querer ter sempre dois prazeres com o Achimiki... – Kakashi ergueu uma sobrancelha. - E pediu se era necessário explicar para Tomoe-san, se precisava explicar.

- Tomoe-san é tão fofinha vermelha... – Obito pareceu estar em nuvens, enquanto apertava as próprias bochechas. – Se ela não me aceitar, eu caso com uma filha dela!

- Como se Hiashi-sama fosse aceitar um retardado na família. – Kakashi provocou  o colega, que dessa vez caiu no chão sozinho, pois o colega desviara-se no ultimo momento do golpe.

- BAKA! – Obito foi parado por Jiraya.

- Chega! Terminem de contar logo! – o super pervertido já pensava seriamente no final da historia.

- Bem... Kushina-san, disse também que não iria namorar nenhuma criatura feia, mandona e chata, como é Hiashi-sama, ou algum problemático, como o Nara.

- Fofinha... – Obito tinha os olhos brilhantes. – Tomoe-san defendeu a porcaria do noivo, dizendo que como ele era o líder dos Hyuuga, ele tinha que dar ordens e se manter firme para que ninguém o controlasse.

Os dois colegas se olharam e riram.

- Ei, qual a graça nisso?

- A graça, sensei Jiraya, foi a resposta que a Kushina-san deu a respeito do sensei Minato.

- E qual foi?

- Calcule que fez  o retardado do Obito dizer em voz alta, que se o sensei fizesse aquilo, ele era louco, cego e sem um pingo de juízo! Praticamente, dando nossa localização para aquela ruiva enlouquecida nos achar, pegar pela orelha e voar pela cidade, procurando o sensei.

 - E no meio de uma discussão que sinceramente, eu achei que ia sair um Namikaze Junior, ela nos soltou.

- Tratamos de fugir, ficando o mais distante possível da discussão.

- Mas acho que o senhor pode imaginar o final dela, não é?

- Como eu não podia imaginar, vendo o olho roxo do Minato? – Jiraya sentiu  um pouco de pena do aluno. Sinceramente, ele não o ensinara direito. Olhou para Obito, que parecia um pouco distante. – E você?

- Eu o que?

- Vai continuar dizendo aquelas coisas sobre Hiashi? Ele pode escutar e...

- Bah! Os Hyuuga tem supervisão, não superaudição. E depois, o inferno vai congelar o dia que o noivo da Tomoe-chan-san parar de ser feio, chato, mal-humorado, mandão e... – franziu a testa, quando levou um cutucão de Kakashi, encarando o colega com raiva. – Porque você fez isso?

- Por que eu acho que o mundo ainda precisa de imprestáveis como você. – Kakashi fez um sinal com a cabeça. Quando Obito se virou, Hiashi Hyuuga o encarava, os olhos perolados faiscantes de ódio.

De Jiraya, não existia sinal que estivera ali.