Minato pegou o corpo da ruiva delicadamente. Aquela estranha tatuagem brilhava, em um tom azulado turquesa. A pulsação normal, nenhum indicio de corte... felizmente, havia apenas os hematomas, de quando Sanae enfiara a cabeça de Kushina na arvore.

Levara Kushina em um instante para o hospital, deixando-a aos cuidados de Tsunade, que parecera extremamente impressionada com o estado da ruiva. Minato, partiu entao, em busca das crianças. Hiashi seria mais útil como guerreiro que como babá.

Akiko não gostaria nenhum pouco da nova atribuição a qual seria designada, mas... Ela que aturasse a gratidao de Kushina quando a ruiva voltasse a ativa.

- - - - - + =+ --= ==

Kushina abriu os olhos, sentindo-se zonza e a cabeça explodindo de dor. Se aquela vaca chamada Sanae não tivesse morrido, ela cataria aquela vagabunda até no quinto dos infernos para matar.

A visão de paredes brancas, mexendo um pouco a cabeça, percebeu uma janela que tinha como vista o monumento hokage, fez que um breve sorriso surgisse na face da ruiva. Olhar para os rostos do primeiro, segundo, terceiro hokages, fez que suspirasse, antes de mover seus olhos para fitar o rosto do quarto.

Do seu ero-hokage, minhoca anêmica pervertida e idiota. Do homem que assim que ela saísse daquela porcaria de hospital, teria uma bela explicação, um pedido de desculpas... E talvez... Kushina abriu os olhos, os arregalando quando percebeu a quinta face esculpida. Ela conhecia perfeitamente aquele rosto.

Já havia ganho muito dinheiro, apostando com Tsunade... Kami, que diabos o rosto da médica responsável... Kushina sentou-se, não conseguindo evitar um grito de dor. Ela curvou-se, sentindo como nas se uma explosão de fogo estourasse dentro do seu tronco. Começou a respirar largamente, tentando imaginar o que acontecia.

A porta foi aberta e entrou uma garota, de cabelos rosa. Imediatamente, a garota colocou a bandeja que tinha nas mãos na mesa ao lado da cama.

- A senhora está bem? – questionou, meio que obrigando Kushina a deitar-se.

- Está explodindo... queimando por dentro. – Kushina falou num sussurro. A garota concentrou chakra nas mãos examinando o  tórax de Kushina, que tinha fechado os olhos. Franzindo a testa, a jovem concentrou o chakra, até que do nada, a luz verde começou a extinguir-se. entao, ela virou-se hesitante para a ruiva.

- Eu não estou entendendo... as suas células parecem.... parece estar havendo uma explosão celular no seu corpo!

Kushina olhou para os olhos verdes da jovem de cabelos rosas, antes de revirar os olhos.

- Eu disse que estava explodindo alguma coisa por dentro.

- Não precisa ser grossa. – Kushina voltou a sentar-se enquanto a jovem falava.

- Tem água? – Kushina pediu fracamente. A garganta seca era sua prioridade no momento. Depois que a jovem lhe deu um copo, que Kushina virou quase todo de uma vez, antes de respirar e tomar o resto. Pediu mais água e depois que tomou, olhou fixamente para a garota. Tinha olhos verdes, usava um calção cinza, um colete bordo e tinha uma tiara nos cabelos. – quem é você? quanto tempo eu estive em coma, desmaiada, dormindo, seja la qual for o termo medico que usem agora.

- Sakura Haruno. A senhora dormiu por três dias. Tsunade-sama, me deu ordens, juntamente com Shizune-sempai, para que lhe cuidássemos vinte e quatro horas. E...

- Shizune, a sobrinha do ex noivo da tia Tsu? – Kushina ergueu as duas sobrancelhas.

- Hai. E...

- Onde estão minhas roupas? – a ruiva questionou, percebendo que usava uma bata de hospital.

- Hinata lavou e costurou o que estava estragado. Ela trouxe hoje de manha e elas foram colocadas no armário.

- Hinata? Hinata Uzumaki?

- Não. – Sakura franziu a testa. – Hinata Hyuuga.

- Hyuuga? Hinata? eu não me lembro de nenhuma Hyuuga com esse nome...

= Hinata vai assumir a lideranca do clã daqui a alguns anos.  E...

- Sakura, não é? Eu... – Kushina a olhou com um brilho nos olhos. – Eu estou com uma baita fome. Você poderia arranjar alguma coisa para eu comer? Algo tipo uma tigela extra dupla de lamem... Eu juro que me comporto se você conseguir isso. E eu morro antes de contar para a tia Tsu que você me arranjou comida decente.

- Eu vou ver o que eu consigo, mas não prometo nada. Você vai ficar aqui?

- Você acabou de me examinar. Acha que eu estou em condições de fazer jus ao meu apelido de Kyuubi?

Sakura a olhou, espantada, por alguns segundos. Embora as células estivessem se multiplicando rapidamente, ela definitivamente ainda não estava muito bem.

- Eu vou ver o que acho para a senhora comer. Mas por favor, não saia daqui.

- Eu não consigo nem me levantar de tanta fome... – Kushina se deitou novamente. – se voltar com uma tigela  extra grande  dupla de lamem, não saio daqui até ter botado os pingos nos is com a tia Tsu.

- Você deveria se dirigir com mais respeito a Tsunade-sama. a hokage não gosta que lhe... – Sakura parou de falar, ao perceber que Kushina tinha fechado os olhos e aparentemente, tinha voltado a dormir... até roncando.

Bate o sino pequenino sino de Belém já nasceu deus menino para o nosso bem paz na terra pede o sino...

Kushina esperou por varios minutos, até ter certeza que Sakura havia saído, para sentar-se e secar a baba que escorria pelo seu queixo. Arrancou o soro que estava no seu braço e fez uma serie de selos com a mao. símbolos diferentes daqueles do selo supremo do poder, surgiram em sua face, em especial na testa.

- Jutsu de renovacao celular! – uma luz brilhou por alguns segundos e entao, sem hesitar, a ruiva colocou-se de pé. Com passos firmes, mas vagarosos, ela foi até o armário, abrindo-o. tirou pela cabeça a bata, jogando-a de qualquer maneira pelo quarto. Colocou a bata, que parecia a parte superior de um quimono laranja e o calção azul escuro, que chegava a metade de suas coxas. As longas mangas, que aumentavam a largura da boca, parecendo um sino, serviam como o esconderijo de kunais, que haviam sido removidas.

Ela praguejou. Quem quer que fosse a tal Hinata Hyuuga, ia escutar umas poucas e boas por não ter botado seu equipamento de volta no lugar. Kushina pegou o calçado, pensando em amenizar a bronca. A garota Hyuuga havia lavado, passado, dobrado sua roupa com capricho... os inúmeros buracos que havia na bata, haviam sido removidos por pontos minúsculos. Ate um cheiro de lavanda sua roupa exalava!

Enfiou o sapato e estava prestes a sair, quando seu olhar bateu em uma coisa, que estava dentro do banheiro. Um sorriso mais que traquinas surgiu no rosto da ruiva.

As serventes do hospital, definitivamente, continuavam a serem omissas com relação ao seu trabalho... Kushina pensou, enquanto entrava no banheiro. Um risinho maldoso foi solto, quando o balde de água terminou de ser enchido. Se Sakura tivesse prometido uma tigela de lamem, ela se comportaria como um anjo...