Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 156
Capítulo 157


Notas iniciais do capítulo

angel... brigada por ajudar! beijos miga!!



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Mikoto fitou o seu filho, não pela primeira vez naquela manha. Ele estava muito estranho, nos últimos dias. A proibição de sair de dentro do clã uchiha parecia não incomoda-lo... afinal, sequer de casa ele saia! Mesmo quando Shisui vinha chama-lo para brincar, ele recusava.

 

- Mamae?

 

- Hai? - mikoto secava um prato, enquanto se aproximava do menino, que estava sentado a mesa, muito concentrado.

 

- Por que as meninas são tao irritantes?

 

- Como?

 

- Por que as meninas são tao irritantes?

 

- Você quer saber... se as meninas são tao irritantes... ou uma menina em especial é irritante?

 

Itachi resmungou, algo que a mãe não entendeu, mas ficou vermelho.

 

- Itachi? – Mikoto colocou o prato na pia. Sentou-se ao lado do filho. – você não tem para contar nada para a mamae?

 

- Não. – o garoto fez uma cara emburrada, muito parecida com a do pai. Cruzou os braços e colocou a cabeça na mesa.

 

- Não minta para a sua mãe, Itachi! – apesar de ser uma repreensão, o tom era de carinho.

 

- Eu não estou mentindo. – Itachi sentou-se direito.

 

- Certo. Entao – mikoto uchiha, sorrindo, cruzou os braços. – diga isso olhando nos meus olhos.

 

- Você não respondeu porque as meninas são irritantes.

 

- Nem todas são irritantes, só aquelas que gostamos, o que me leva a minha pergunta anterior, você acha todas as meninas irritantes ou só uma em especifico? – Mikoto sorriu para o filho, que ficou ainda mais vermelho.

 

- Eu não gosto de nenhuma garota irritante.

 

- Se você diz! - Mikoto segurou o sorriso por um momento, então olhou para a cara emburrada do filho e teve a ideia - Mas então Itachi a mamãe vai a cidade para comprar algguns mantimentos, e eu não poderei carregar tudo sozinha, então o que acha de vir comigo?

 

- Hunf.

 

Mikoto riu.

- Está certo. Eu vou apenas terminar de guardar a louça. Enquanto isso, que tal..

- Itachi! Itachi! Você não sabe quem esta la na pracinha!

Shisui entrou como uma flecha.

- Ohayo, Shuisui.

- Ohayo, tia Mikoto. – entao ele voltou sua atenção para o amigo. – você nunca que vai adivinhar!

- Não sei.

- A senhora Kushina!

- Nem bem Shisui tinha terminado de falar, itachi já saltava e corria desembestado porta afora.

- E depois ele diz que não gosta de nenhuma uma menina irritante - Mikoto resmungou pouco antes de sorrir e balançar a cabeça em negação. - Quero só ver como serem os filhos desses dois. - ela riu suavemente. Uma onda de curiosidade fez mikoto ir atras do filho.

Não surpreendeu-se ao vê-lo na pracinha, conversando com a jovem ruiva, Kushina Uzumaki, que estava acompanhada pela mãe e por uma senhora de idade. Ela não entendia o porque, mas Fugaku não gostava nem um pouco dela. Como as raras vezes que a jovem pisava no clã, eram quase sempre pelo mesmo motivo – pegara Obito a espiando nas termas – ela se surpreendera, ao saber que a ruiva tinha uma menina, da idade do seu itachi.

As mulheres pareciam estar se divertindo, em especial com a carranca de itachi. Quando Mikoto chegou perto, Kushina curvou-se levemente.

- Ohyao, senhora Uchiha.

- Senhorita Uzumaki. – ela retribuiu o cumprimento.

- Mamãe. A senhora Kushina é a mãe da Jun, entao você tem que chamar ela de senhora. – ante a recriminação de Itachi, Kushina soltou uma breve risadinha.

- Itachi, sua mãe pode me chamar de Kushina, que não me importo. – ela e Mikoto trocaram um breve olhar.

- Apenas se me chamar por Mikoto...

Kushina ergueu uma sobrancelha, antes de assentir.

- A senhora não disse onde ela foi. – Itachi reclamou, encarando Kushina.

- Foi entregar uma coisa para... – Kushina interrompeu-se, visualizando Ryuuji que corria desesperado. Apenas parou, bastante ofegante, enquanto se agarrava nas pernas da madrinha.

- O que aconteceu? – Kushina ignorou o fato de estar usando calcas brancas e ajoelhou-se para ficar na altura do menino.

- Ela está furiosa! Deu um sopapo mais forte que o da minha mamae!

- Do que você está falando Ryuuji?

- A jun... – ele olhou para onde tinha vindo, em seguida escondeu-se atras de Kushina. Jun vinha com os dois punhos fechados, o corpo todo tenso, pisando duro. Kushina não precisava ser adivinha, para saber que a filha estava bastante irritada.

Mikoto ficou surpresa, ao perceber que o rosto do filho havia se suavizado. Ele continha, até mesmo um certo brilho, ao observar a filha de Kushina Uzumaki se aproximando.

- Bobão, chato... eu vou contar tudo para a Akiko! E tomara que ela de um par de tabefes na orelha dele! E se ela não der, eu conto para o Haijame-sensei!

- Jun, o que aconteceu? Te chamaram de irritante? – Kushina questionou preocupada.

- Não! o namorado da Akiko disse que quando eu crescer, ele quer CASAR comigo! Eu disse que ele tinha que casar era com a Akiko daí, ele disse, que ela é uma bobona irritante, que eu sou mais esperta que a Akiko. Eu gosto da Akiko e a Akiko não é nenhuma bobona irritante!

- A Akiko é irritante. – Itachi falou, como quem não quer nada.

- Não é não! – Jun botou as mãos na cintura, enfrentando Itachi com o olhar. -  A Akiko é irma do Haijame-sensei e ela é tao legal quanto ele!

- O Haijame-sensei é um chato e é bastante irritante!

- Não é não! Diz desculpa agora mesmo!

- Erg..Jun... – Kushina tentou chamar a atenção da filha, mas sabia que ela não lhe daria ouvidos.

- Diz desculpa!

- Eu não vou dizer desculpa! – Itachi desviou de um soco da menina, começando

a correr. Jun a poucos passos atras dele, prometia um belo par de tabefes quando o pegasse. Shisui, sentou-se no chao, observando mais uma das inúmeras brigas do pequeno casal de amigos.

Mikoto arregalou os olhos negros. Nunca... nunca seu filho provocara alguem daquela forma, para em seguida fugir. Se bem que... ele parecia estar se divertindo!

 

- - - -

Tomoe quase precisou fazer bushins para recolocar os papeis em ordem. Vários documentos importantes haviam sido colocado noutros lugares... A vontade que ela tinha, era de sumir de vez, apenas reaparecer quando os documentos estivessem organizados... por pura mágica!

Se ela tivesse metade da autoconfiança de Kushina, ela provavelmente já teria saído do esconderijo a um pouco mais de tempo... Tomoe gemeu, quando viu a pilha de papelada esperando para ser levada até Minato.

O loiro chegara naquele dia com um humor de cão e Tomoe evitara a todo custo permanecer perto do loiro. Ela não conseguiaa entender como alguém tao calmo como Minato, podia ficar tao irritadiço... E dessa vez, ela tinha certeza que Kushina não era a culpada, pelo simples fato que a amiga, chegara em casa, na noite anterior com o filho de Moka e Jun, eles estavam tao ocupados fazendo chocolates, que elas nem haviam conseguido conversar.

Apesar dos chocolates estarem muito bons, Kushina e as crianças haviam solicitado que ela ajudasse a enfeita-los... quando perguntara a Kushina, se ela daria os chocolates a Minato, Kushina a encarara estranhamente.

- A única vez que eu me aventurei a fazer chocolate para alguém, Kunio ficou três dias trancado no banheiro... Entao, sabe que é uma boa ideia para sumir com o Minato...

- Minato?

- Você entendeu que é com o ero-hokage. Agora chega de papo. Que você acha que devemos fazer para...

Tomoe sorriu divertida, quando lembrou-se que mais da metade dos chocolates, havia sido devorada pelas crianças. E na hora do jantar, quase não havia sobrado um bife de fígado para ela... as crianças, novamente haviam atacado com fome total.

Não que ela gostasse daquilo. Mesmo com as mães bronqueando, moka chegara um pouco antes do jantar, eles haviam ignorado e comido com vontade. Quando faltavam quinze minutos para as seis, Kushina, Jun e Kuwabara haviam saído.

Agora Tomoe virou o olhar pela pilha de papeis. Quando ficara em casa, em decorrência do aborto espontâneo, Minato, Yuki haviam guardado todos os documentos de uma maneira que ela levara cerca de uma semana inteira para organizar. Ela havia praticamente proibido Minato de mandar arquivar os documentos.

Minato-sama. – ela entrou na sala do hokage, ficando atônita com a cena que estava se desenrolando. Minato e uma mulher que ela não conheciam estavam se beijando.

Tomoe deu meia volta, saindo antes que pudesse ser vista. Pelo visto, Kushina ia ter que esquecer o chocolate, que ela achava que Tomoe não vira ela guardar em uma caixa vermelha, que enfeitara com uma fita da mesma cor.

Lançou um olhar zangado a porta. Minato estava se superando. E ela iria contar, com todas as letras a sem vergonhice do hokage pra Kushina.

- - -

Quando a porta foi fechada, Minato deu um suspiro de alivio. Por que as mulheres achavam que um pouco de cortesia queria dizer, “pode vir quente que eu estou fervendo”? melhor dizendo... quase todas as mulheres, porque uma certa ruiva...

Quando contratara Tomoyo Aono, baseara-se nas excelentes recomendacoes da mulher no ensino da luta do kendo. O último ano era disciplinado pela habilidade dela. So que no quesito pessoal...

A mulher havia decidido que ele estava disponivel no mercado. Não fora a primeira vez, que ela invadira seu apartamento, quase não usando roupas... mas fora a ultima.

Depois que Kushina saira, a mais pura raiva estampada no rosto, ele fora até o apartamento dela... Por azar, a desgracenta não estava em casa. Entao, o hokage deixara um bilhete, pedindo que ela fosse até a sua sala, no dia seguinte... apenas para receber uma caixa de chocolates, que fora jogada no lixo na frente de Tomoyo, meia dúzia de palavras gentis, que mal interpretadas, acabaram fazendo que ele fosse agarrado, no susto. Se Kushina resolvesse fazer isso, ele jurava que não iria se zangar.

Depois do dia anterior, ele tinha certeza de uma coisa. Se desse um ou dois empurraozinhos...  o irmãozinho que Jun tanto queria estaria garantido. So esperava que a pequena não percebesse a habilidade, que também herdara da mãe, de fazer o que quisesse com ele...

 


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