Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 147
Capítulo 148




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Kushina parou com os hashis, a alguns centímetros da boca. olhou para Aika, incrédula.

- Como é que é?

- Isso que você escutou, querida! Aquele pervertido do Eichiki Uzumaki, me beliscou no...

Kushina olhou de canto de olho para a mulher então virou-se para Yusuke, que soltou um risinho abafado.

- Eichiki gostava de irritar Aika. Ele sempre dizia que o inferno viria a terra quando...

- Pervertido estúpido. – Aika resmungou, apertando os hashis. – mas que ele não escapou da minha frigideira, aquele desgracado não escapou! – o brilho de raiva estava tao acentuado, que os outros membros da mesa afastaram-se um pouco. Do nada, Aika balançou a cabeça e entao sorriu para Kushina. – eu não imaginava que você conhecia aquele idiota.

- Bem, Eichiki Uzumaki é a razão de eu existir. – Kushina olhou Aika com o canto dos olhos. – Senhora Aika, posso pedir uma coisa?

- Claro, querida, o que é?

-  Se a senhora encontrasse um cara como veio ao mundo, as duas horas da tarde, tomando banho, num lugar publico, onde crianças e senhoras de idade passam distraídas, o que a senhora faria? – Kushina perguntou, numa voz inocente. Minato que estava tomando um pouco de água, engasgou-se.

- Primeiro... bateria tanto que o depravado viraria uma bola de carne. Depois, eu contaria a sem vergonhice do pervertido para toda a vila. E o primeiro lugar que eu iria ir, para contar, seria para a mãe do desgraçado, para que ela soubesse a porcaria de filho que ela tinha... mas por que a pergunta, Kushina? Você andou pegando algum calhorda andando... Minato! – o hokage, que estava de cabeça baixa, com as bochechas extremamente vermelha, empalideceu, quando a mãe o chamou. – como você, como hokage, permite que alguém se comporte desse jeito? Tem que pegar esse cafajeste e no mínimo...

Minato encarou Kushina pelo canto de olho. Ela no momento, estava colocando um pouco mais de comida na tigela da filha. Ele não queria nem imaginar o que a sua mãe faria, se soubesse que o canalha era ele...

 

- - - -

- Está uma noite bonita. – Kushina pulou, quando escutou a voz de Yusuke, atras de si.

- Há-hai. – ela assentiu. – Eu apenas não conseguia dormir, entao, ao invés de ficar dentro de casa, atrapalhando o sono do meu bebe ou entao, fazendo barulho para acordar vocês, eu resolvi vir para fora.

Uma brisa começou a soprar. Kushina ergueu o rosto, para sentir o vento diretamente em sua face.

- Deve ter sido uma missao bastante difícil, para que você esteja obrigada a usar um apoio para conseguir caminhar.

- Algumas contas, apenas podem ser pagas, com sangue inocente. – Kushina olhou para Yusuke com intensidade. – Sabe... quando eu era criança, todos, com exceção dos meus pais, insistiam para que eu tivesse treinamento ninja. Eu também não queria. Mas quando o papaizinho morreu... Eu não me interessei por nada disso. Os tios, meio que obrigavam Kunio e Kuwabara a treinarem, direto. Eles odiavam essa parte. E entao, quando minha mãe se casou, novamente, eu senti o ódio pela primeira vez.

Kushina começou a chutar algumas pedrinhas. Yusuke a havia surpreendido perto do lago, ela apoiada no bastão.

- Foi por ódio que eu me tornei ninja... Eu nunca quis o cargo de Uzukage. a única coisa que eu sonhava, era ficar forte o bastante para matar o meu padrasto... Eu não sei quantas vezes, minha mãe foi espancada por ele. Ele tentou rasgar o meu rosto com uma kunai... A minha mãe não deixou, ganhando um corte daqui até aqui. – Kushina mostrou no próprio corpo a extensão do ferimento. – A algumas semanas atras, eu parei para analisar, como era o comportamento da minha mãe... Ela nunca se importou em se defender. Acho, que ela aceitava as surras do meu padrasto, como punição por algo que ela tinha feito no passado... Agora, quando ele se voltava para me bater, para me machucar, ela pulava sempre na minha frente. Eu nunca levei um tapa que ela conseguisse evitar.

Yusuke encarou Kushina com seriedade.

- Tem certeza que é para mim que deve contar isso?

- Acho que sim. – Kushina suspirou. – quando eu tinha treze anos, o meu padrinho, Kaname, conseguiu, junto com o meu avo, me enviar até o Pais do Barro Vermelho, para estudar para ser gueixa. Eu não queria aquilo... Devo ter feito a minha pobre onee-sama pagar alguns pecados da humanidade. E la, conheci Zariesk... sobrinho do imperador Takayama. Quinto na sucessão ao trono. Ele se interessou por mim... Se naquela época, houvesse me pedido em casamento, eu não teria hesitado em aceitar... Eu achava que o amava. Minha obaachan morreu... E me deu na louca de voltar a vila do redemoinho... para falar a verdade, eu já tava de saco cheio daquilo tudo. Eu queria a minha mãe, queria o meu ojiichan, queria os meus irmãos do coração...Queria a minha vida, onde eu não precisava fingir ser uma coisa que eu não era.

- Se você contasse isso para Minato, talvez...

= Se a minhoca anêmica do seu filho fosse menos cabecudo e me deixasse falar, eu já teria contado! – Kushina bateu com impaciência o bastão no chao. – aquele cabeça dura, quando eu tento falar, e já foi isso umas trinta vezes, ele diz que não é da conta dele e me manda sair de perto...

- Você reduziu o ego do meu filho a praticamente lixo. Queria que ele fizesse o que, para...

- Senhor Yusuke... Quando eu cheguei em konoha, eu estava ainda bastante machucada, com o meu orgulho e o meu ego praticamente destruídos. Ao conhecer seu filho, toda a raiva, todo o ressentimento por ter pegado o homem com o qual eu ia casar, com uma vagabunda, na cama, acabaram sendo direcionados a Minato... Não me orgulho muito disso, mas...

- Mas... por favor, continue. – Yusuke franziu a testa.

- Mas também não me arrependo. Essa situação toda, demonstrou a verdadeira natureza de Minato... Eu acabei por me apaixonar por ele... Eu amo aquele idiota, mais que seria recomendável.

- Se você o ama, porque sempre o tratou dessa maneira? – o pai de Minato cruzou os brazou, escutando atentamente a explicação de Kushina.

- Por um motivo simples. Se eu chegasse perto, suspirando, olhinhos brilhando apaixonados, como metade da população feminina de Konoha... – Kushina suspirou, abaixando a cabeca. – Ele iria me ignorar, como faz com todas as mulheres... Entao,-  Kushina ergueu a cabeça, piscando para Yusuke. – eu fiz e tratei de botar em pratica um plano para botar aquele homem nos meus braços... Mas eu não podia impor Jun, a minha mãe a ele, do nada, sem aviso. Eu fui... preparando terreno, digamos assim... E hoje que eu sei, que ele ama a minha filha, que até gosta um pouco da minha mãe, eu não consigo chegar perto desse minhoca anemica para so dizer: Eu te amo!

- Entao... foi um plano para que ele se apaixonasse por você?- yusuke não conseguia acreditar.

- Acho que deu certo, ne? – Kushina soltou uma risadinha. Kushina entao sentou-se no chao, olhando para o lago.

- E o que pretende fazer agora?

- Acho que eu vou bater nele com o bastão, fazer ele parar para me escutar. O que o senhor acha da idéia?

Yusuke começou a rir.

- Definitivamente, você é filha do seu pai!

- Disso eu sempre soube. A dúvida que me devora, agora, é saber de qual pai eu herdei isso.

- Como assim? – Yusuke sentou-se ao lado dela.

- Se eu sou mais parecida com o papaizinho Eichiki ou com o ouiji Touya.

Yusuke a olhou, ligeiramente assustado.

- O que... você quer dizer com isso?

- Senhor Namikaze... O meu ojiichan me contou tudo. Já a alguns meses. Quando Zariesk apareceu na vila, embora as minhas pernas tremessem, com o charme dele, eu consegui ver, o quanto uma criatura pode agir por ambição.

- Minato escutou você aceitando o pedido de casamento desse homem. E isso depois de beijar ele.

- Correção. Ele me beijou. Eu aproveitei para realmente  descobrir se o meu coração podia sentir algo por ele... Afinal, de certa forma, ele me balançava.

- E o que foi que você descobriu?

- Que ele sabe beijar muito bem. que me deixa com as pernas bambas... Mas eu não sinto a mínima vontade de arrancar a roupa dele, como acontece quando Minato me beija e...

Quando percebeu o que tinha falado, para quem, Kushina estacou. Apenas moveu os olhos em direção ao loiro, que riu, com o extremo rubor que tinha a ruiva no rosto.

- O senhor pode esquecer que ouviu uma mãe de família falar esse tipo de coisa?

- Por mim, não tem problema. Mas não é para mim que você tem que falar.

- Quando o senhor escutar que o prédio hokage foi demolido, pode ter certeza que foi com a cabeça do seu filho. – Kushina resmungou, antes de sorrir. – é claro, que antes de arrancar a cabeça dele, eu pretendo dizer a ele que o amo... E fazer ele me escutar, nem que eu tenha que... sei la...amarrar ele numa cama e... – Kushina riu novamente. – berrar com aquele loiro cabeçudo!

- Você falando assim, juro que me lembro dos problemas que enfrentei para convencer a Aika que  a amava. Alias... no quesito teimosia,ele é a  mãe, sem tirar nem por.

- Senhor Yusuke? – Kushina mexia com o pé. – eu... o senhor se importa...

- O que?

-- Eu... nós podemos estar brincando... mas... o senhor se importa... – Kushina mordeu o lábio inferior.

- Me importo do que? Jamais contar essa conversa para o meu filho? não precisa se preocupar.

- Eu não me preocupo. Mesmo que ele estivesse escutando, ele não acreditaria. – Kushina deu de ombros. – O senhor... poderia... – Kushina encheu os pulmões, soltando o ar devagar. – o senhor conheceu um pouco o ouji Touya, não foi?

- Muito pouco... Você quer...

- Hai. – Kushina o encarou com firmeza. – o ojiichan Toshiro não sabia me contar nada dele... so que ele amava tanto a minha mãe, que praticamente preferiu entregar ela a outro homem, a segurar ela, arriscando que ela morresse.

Yusuke assentiu.

- O ouji Toyua era um homem calmo, extremamente inteligente, que era louco pela sua mãe. Ele tinha cabelos loiros, olhos que pareciam ler a minha alma... – Yusuke começou a falar, enquanto Kushina bebia cada palavra proferida por ele como se fosse a água mais pura e cristalina que houvesse no mundo.


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Notas finais do capítulo

mimila... acho que aquilo que conversamos, daqui uns tres capitulos... E prepare-se. versao censurada para maiores no msn daquela outra!



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