- Hai-Haijame! – Yume recuou um passo, quando o moreno aproximou o rosto do dela, examinando-o com atencao. – me-meu rosto está sujo?

- Eu só estou verificando uma coisa. – ele botou a mao na testa dela. – Não está com febre.. Se sente bem?

- Ha-hai!

- Não está com  dor de barriga? Os dentes estão nos lugares?

A jovem ruiva revirou os olhos.

- Eu es-estou bem.

- Entao, pode me explicar, sua demente, por que você mandou Minato tomar...

Yume tampou a boca de Haijame.

- É muito feio falar isso...

Haijame tirou a mao dela de sua boca, segurando-a.

- Yume, você entrou na sala do hokage sem permissão, quando ele estava me repreendendo por uma coisa que eu fiz...

- Você não ensinou aos pestinhas como sair pelo poço velho!

- Mas eu deveria realmente ter prestado mais atenção neles,na hora do almoço, ainda mais com o histórico deles! E por você e a Akiko terem falado do velho poço, que tinha tuneis interligados nele, mais o fato de ter dito a ele tomar naquele lugar, ter mandado ele ficar de boca quieta, enquanto você falava... Sem contar, que o chamou de burro três vezes...

- A Uzumaki faz muito pior e a gente nunca vê ele castigando ela! Ele botou você como sensei do primeiro ano, como castigo...

- Eu quis assumir o que você e a Akiko tinham feito! Você não consegue ver isso? Na época foi punição... mas agora eu quero continuar ensinando esses pestinhas, Yume. Graças a isso, eu me descobri... entende? E com a sua boca grande, provavelmente você é quem vai acabar levando um castigo daqueles, quando o hokage... – Haijame balançou a cabeça. A cota de coragem de Yume parecia ter se esvaído, quando ela virou o rosto. – Se não fosse o quarteto terror, as aulas da academia iam ser um tédio.

- De-desculpe...

- Yume... você realmente acha que Minato não passa repreensões para a Uzumaki? Eu já vi a Kushina praticamente implorando para fazer algumas missões, que eram do seu nível, mas que foram negadas por Minato. Sabe quantas missões nível D ela já fez, em especial depois de ter chamado o hokage de pervertido?

Haijame soltou a mao de Yume.

- Minato foi escolhido hokage, não por ser um camarada que todo mundo gosta. Se fosse assim, EU seria hokage. Ele foi escolhido hokage pela sua capacidade de ver as coisas alem do que elas são. Com relação as garotas, ele pode ser meio idiota, mas quem o culpa tendo a dona Aika como mãe? Eu com certeza não! se parar para analisar a situação, a única implicância de Kushina com Minato, é por conta do incidente, onde ela pegou ele dum jeito que eu espero nunca pegar nenhum cara. Mas tirando isso, ela o respeita, admira.

O olhar incrédulo de Yume incitou Haijame a prosseguir.

- Ela mesma me respondeu isso, que ele era muito mais paciencioso que o antigo uzukage e a atual uzukage da vila dela... que não trocaria konoha pela vila do redemoinho, se tivesse essa escolha novamente.

- Ela o provoca de propósito para vê-lo furioso!

- Porque ele fica tao bonito irritado, que ela tem vontade de pegar ele pelo rosto e ficar beijando ele até desfazer o bico que ele faz... segundo ela me disse, olhando de uma maneira bem pervertida para o hokage, que naquela hora estava brigando com o Hyuuga, que tinha sido provocado por ela. – yume ficou olhando para haijame por alguns segundos, antes de dar as costas para ele e sair caminhando. – vai onde?

- Para casa. Eu fiquei a noite inteira catando aqueles pestes e quero dormir.

- Você fica uma gracinha com olheiras, sabia?

Yume se virou, o encarando com severidade.

- Vá dizer isso para alguém maior de idade. – as palavras que haijame dissera, sobre ela ser uma criança, ainda a magoavam. – ou entao espere por três anos.

Ela se virou novamente e continuou a andar. Haijame suspirou. Bem, pelo menos Yume não ficara pensando nele como um príncipe retardado... Esperou que ela dobrasse a esquina, para entao começar a segui-la, cuidando para que ela não o percebesse. Se a jovem o pegasse a seguindo, ele não duvidava que ia sentir saudades de apanhar da irma dela.

- Tio chouki? – o menino aproximou-se com decisão dele.

- O que é Ryuuji? – chouki quase suspirou. Aquele menino não calava a boca em momento algum!

- Sabia que meninos tem torneirinha para fazer xixi e as meninas não? – as bochechas do Akimichi estouraram em um vermelho intenso. Kuwabara que estava descansando ao lado, com os olhos fechados, sorriu levemente.

- Eu... não sabia.

- A mamae diz, que se eu for como o sensei dela, que é um ero-baka, ela vai cortar a minha torneirinha fora... – o menino franziu a testa.

- É mesmo?

- É sim. Mas ela não vai cortar, porque eu não vou ser nunca um ero-baka! – entao o menino, bateu uma continência, antes de sair correndo até onde Kushina estava passando batom em Ebisu. Gai e Iruka já estavam maquiados e prontos para entrar em konoha.

- Bem vindo ao circulo de confiança do Ryuuji. É desse jeito que ele diz que você esta dentro. – kuwabara falou, ainda de olhos fechados.

- Moka tem noção disso?

- Se a Yukina sonhar que o filho fala essas coisas... eu que vou apanhar e muito!

Minato afundou-se na poltrona. Assim que pusesse os pés na casa dos pais novamente, iria apanhar tanto da mãe, por ter assustado os pestinhas, que ele estava pensando na possibilidade de já ir com uma maca e uma medica junto.

Pena que ele não podia ter tudo na vida, nesse pensamento uma certa ruiva de olhos castanhos sequer passou pela sua mente. O que ele mais desejava, no momento, era que os quatro pestinhas – Tsume lhe chamara a atenção diversas vezes durante a noite, por não pensar no cão de Hana,como se tivesse mente própria – ficassem trancafiados em casa até o proximo milênio. Mas kami não atenderia o seu mais fervoroso desejo do momento. Não mesmo.

O respeito como hokage, por Yume Nagatsu, ele podia começar a esquecer. mas pelo menos, ela não ficava mais gaguejando na sua presença, não derrubava mais coisas em cima dele, não caia, tropeçava, quebrando coisas de valor... o que o levava a um certo contrato, assinado por Kushina Uzumaki, a três anos atras.

Nele, a Uzumaki recebia a ajuda do terceiro, para encontrar sobreviventes do ataque ocorrido no dia vinte e quatro de agosto. Em troca, havia uma lista de ninjas que passado o prazo de cinco anos, iriam morar em konoha, sob as ordens da líder do clã. Kushina Uzumaki, Akiko Uzumaki, Kuwabara Uzumaki... Yukina Nagatsu Uzumaki.

O nome que o fizera ir até a mãe de moka... E apenas para variar, ele acabara com os burros n’agua... fechou os olhos por um instante, antes de abri-los com rapidez, pulando. Não daria chance ao azar, chamado Kushina, de pintar seu rosto novamente. Minato saiu do prédio hokage, decidido a ir até sua casa, entrar, fechar bem as janelas, portas e quaisquer buracos que Kushina poderia inventar para entrar, tirar as roupas, tomar um banho relaxante e em seguida, despencar na cama.

Ele nunca fora baladeiro, nunca conseguira varar as noites. Entao, quando passava por uma praça, parou, arregalando os olhos. Haviam ali, três garotas, que usavam bandanas de konoha. Estavam vestidas e maquiadas com capricho, mas algo nelas... aproximou-se com decisão. Quando as três, ficaram coradas, ele estreitou os olhos. Reconhecera os chakras.

- Boa tarde, hokage-sama... – as três falaram juntas...

- Onde está a doida da sensei de vocês? – Minato questionou, em um resmungo. Kushina so podia estar tirando uma com a cara dele!

- A sensei? – a que usava roupas verdes pediu.... Iruka jogou o cabelo para trás, numa imitação de gesto perfeita de Akiko.

- Ela está um pouco atras, hokage-sama. – Ebisu respondeu, arrumando os óculos.

- Ryuuji não deixou nenhuma de nós carregar a mochila da sensei e por causa disso, ela ficou para trás, para fazer a vontade daquele anjinho.

- Daquele peste, você quer dizer. – ebisu resmungou. – agora, hokage-sama, nós estamos liberados para ir até em casa?

- Vocês pretendem andar... vestidos desse jeito por ai?

- Não é como se a gente tivesse muita escolha. – Iruka deu um sorriso envergonhado. – mas sabe, hokage-sama? Deu pra aprender uma coisa muito interessante, nessa missao.

- É? E qual foi?

- Homens são porcos. – Ebisu falou secamente. – nojentos, estúpidos e eu não quero saber de namorar com nenhum jamais!

A gargalhada de Kushina foi o que fez que Minato erguesse a cabeça. Ela estava perto do portão, apoiada em um bastão. Chouki estava ao lado dela, eles conversavam até mesmo animados. Minato esqueceu do time da ruiva, indo rapidamente na direção dela.

Quando estava a poucos metros, toda a raiva explodiu.

- Sua demente, doida, louca, estúpida, sem juízo...

- Tambem te amo. – Kushina falou, em tom de zombaria. – a vila estava muito monótona sem mim?

- Escute Kushina Uzumaki! Você tem noção do que fez?

- Somente cumpri suas ordens, Minato-sama.

- Minhas ordens? Minhas ordens foram para que você...

- Vamos ter que ficar discutindo isso, aqui? Na frente de todos? Eu não sabia, que você era tao desavergonhado assim, Minato-sa....

- UZUMAKI! – Minato deu alguns passos, arrancando o bastão das mãos da ruiva, que inesperadamente sem o apoio, caiu no chao com um grito de dor.

Em questão de segundos, Minato arrependeu-se do que fizera, ainda mais com o olhar de raiva que surgiu no rosto de Chouki. Ele abaixou-se, para ajuda-la a levantar-se. o resto do grupo, que havia ficado um pouco atras, ficou parado em extremo choque, com exceção de Ryuuji, que correu, passando pela madrinha e chutando Minato na canela.

Quando o hokage  o olhou, o menino tinha os dois punhos fechados na altura dos olhos.

- Briga comigo que sou homem e não machuca mais a minha madrinha, seu cara de minhoca anêmica!