Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 138
Capítulo 139




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/19108/chapter/138

- Que especie de hokage é voce, que nao consegue pegar uma simples gata?

Aika cruzou os braços, enquanto lançava um olhar furioso ao filho.

- Mãe... olha o meu estado! Eu estou todo arranhado... pela mãe da gata da jun! Kyuubi é pior que a Moka!

- Bem feito! Isso é para você aprender a ser mais capaz! Onde já se viu, insultar a memória daquela menina doce, sua colega de...

Minato fez questão de parar de escutar, caso contrario, no dia seguinte, ele teria que se entregar a quaisquer outra autoridade, por ter arranjado paz de espírito... com o súbito falecimento da sua mãe. Quando ela começou a lhe puxar a orelha, ele entendeu que a parte do sermão, dele ser incompetente já havia acabado.

- E aposto que nem lembrou de trazer as roupinhas da sua filha!

- É claro que eu trouxe as roupas para jun.  – ele sacudiu a sacola. – Tive que comprar varias peças, porque achei uma falta de vergonha, arrombar a porta ou janela da casa dela, só para pegar algumas roupas.

Ele não duvidava que Kushina iria lhe pagar todo o dinheiro de volta. Se um simples elogio fazia a ruiva entrar em combustão, depois do dinheiro que ele fora obrigado a gastar, duvidava que ela não insultaria no mínimo as quinze gerações seguintes de Namikaze. Isso e mais a compra da maldita maquina de escrever, haviam reduzido de maneira drástica suas economias.

O olhar surpreso de Aika, acompanhado do sorriso satisfeito, fizeram que Minato piscasse sem entender.

- Eu estou muito orgulhosa, Minato. – a mãe se aproximou e beijou-o na bochecha. – agora, só falta você criar vergonha na cara e pedir a mãe da minha netinha em casamento!

Minato suspirou. A mãe não queria entender, realmente. Ele não era o pai de jun! Ele quase tinha certeza, que se um dia a mãe resolvesse teimar que as águas do rio corriam para cima e não para baixo, iria acontecer um fenômeno raro. As águas correriam para cima e não para baixo.

- E por falar na Jun, onde ela está?

- Oras, com o ojiichan Yusuke! Ontem nasceu um bezerrinho, seu pai estava precisando de ajuda para batiza-lo... – Aika piscou para Minato, que suspirou novamente. Não duvidava que sairia um “Itachi”, muito provavelmente. Havia três porquinhos com aquele nome. – e ela foi ajudar...

Ou entao Minato... ou entao...  ele balançou a cabeça, não querendo imaginar. Minato começou a massagear a nuca.

- Aconteceu alguma coisa, bebê?

Minato parou de massagear a nuca.

- Apenas o de sempre. – ele sorriu para ela. – Espero que Jun não esteja dando trabalho.

- Trabalho? Essa menina tem a energia de um colibri! Quando penso que ela está aqui comigo, ela corre para “ajudar” Yusuke, treina com ele... ela não me dá nenhum trabalho, Minato.

- Que bom. Acho que vou...

- Ah, mas ojiichan Yusuke! – a voz protestando de jun se fez ouvir. – é um nome bonito!

- Pode ser bonito, mas é muito comprido. – Yusuke falou, enquanto abria a porta. – Minato Saito Toshiro Kuwabara Shisui Hiashi Kunio Neji Tora Haijame Hizashi Yusuke Uzumaki  Namikaze é muito cumprido!

- Não é Kunio Neji Tora Haijame! É Yusuke Neji Kunio Tora Hizashi!  - Jun falou, enquanto entrava e revirava os olhos. – e o resto está certo... PAPAIZINHO!

Sem se importar com mais nada, Jun correu pular no colo de Minato. A menina usava um par de sandálias, calções e camiseta verde escuro, que haviam pertencido a Minato. Em vários pontos da camiseta, ela estava molhada, indicando a correria que a menina tivera durante o dia. O beijou repetidas vezes nas faces, antes de começar a falar.

- Nasceu um terneirinho, papaizinho. Ele tem os olhos negros, ele tem quatro patas, duas orelhas, uma barriga...

- É mesmo? – Minato sentou-se, para escutar a historia melhor. – e como é o nome dele?

- Eu quero botar o nome de... por que o seu olho está roxo?

- Você não me disse o nome do terneiro.

- Eu quero botar o nome de Minato Saito Toshiro Kuwabara Shisui Hiashi Yusuke Neji Kunio Tora Hizashi Haijame Uzumaki Namikaze.

- É muito grande. – Yusuke deixou o facão que havia cortado pasto para o gado ao lado da porta. – Eu não consigo lembrar nem de metade dele!

- Mas daí é so dar um apelido para ele! Como a mamãe fez com a Kyuubi!

- Kyuubi não é o nome da sua gatinha?

- A gatinha é da minha mamae! Ela deixa eu brincar com ela, so isso... E cadê ela?

- Quem?

 - A Kyuubi!

- A gatinha da sua mãe... ela estava visitando a mãe dela...

- A Moka do Haijame-sensei! Bom, a Moka não deixa eu pegar a Kyuubi quando a Kyuubi-chan vai la mesmo... – Jun assentiu. – ela me arranha todinha também. – Jun beijou o rosto de Minato. – coitadinho do meu papai, brigando com a moka... – jun abraçou Minato.

- Jun, precisa de ajuda para ir tomar banho?

- Não! – a menina beijou Minato novamente, antes de pular no chao.

- Eu prendo o seu cabelo, para você não ficar com cheiro de cachorro. – Aika empurrou levemente a menina em direção ao banheiro.

- Eu já ia me esquecendo. – Minato pegou a sacola com as compras. – aqui estão as suas roupas, jun.

A menina pegou a sacola, depois de esfregar as mãos no calção. Um gesto que fez os lábios de Aika se apertarem. Jun puxou um vestido amarelo da sacola.

- Isso não é meu.

- É sim. Eu que comprei, para dar para você. assim você não precisa ficar usando as minha roupas feias...

Jun ergueu a sobrancelha, de um modo que Minato quase jurou que estava diante de Kushina.

- Eu não quero usar as minhas roupas bonitas. Elas vão estragar! Eu vou usar as suas roupas feias, que são roupas de menino, daí quando a mamae me levar para passear, eu uso as minhas!

- Tem até um certo sentido nisso. – Yusuke resmungou, enquanto tirava as botas.

- Mas hoje você vai pelo menos provar as roupas que  o seu pai trouxe. E se ele acertou no tamanho, vai ficar usando esse vestidinho lindo amarelo.

- Eu acho amarelo feio. Eu gosto de vermelho, que nem o meu cabelo...

- voce tinha dito a Minato qual a cor que você mais gosta?

- Não, mas...

- Entao não pode reclamar. E vamos tirar esse cheirinho de sujeira, antes que o cheirinho de comida venha ate na mesa.

- Mas obaachan Aika... – jun foi tentando enrolar Aika para não tomar banho.

- Graças a kami. – Yusuke sentou-se, botando a cabeça na mesa. – Nem você tinha tanta energia.

- Ela é calma, perto de Kushina.

- Minha canela ainda não conseguiu se esquecer daquela menina. – entao Yusuke endireitou-se. – esse olho roxo é por conta de ficar brincando no banheiro?

- Aqui foi um soco mesmo. – Minato deu de ombros. – basicamente, esqueci a primeira lição da mamae. Sempre tratar bem uma mulher, por mais irritante, chata e metida que ela fosse.

- Está falando de alguém em especial? Tipo aquela que você jurou que ia acabar dando uma lição?

- Kushina aceitou se casar com outro homem. E duvido que mesmo que houvesse uma chance, ela aceitaria casar comigo.

-- A sua mãe, estava de casamento marcado com outro homem quando nos conhecemos.

- Eu sei. Mas a questão, pai, é que a minha mãe se apaixonou por você. E Kushina, não dá nenhuma mostra de querer algo comigo. E se ela for mesmo neta do imperador Takayama...

- Você ainda pensa nisso?

- Você era um ninja bom, pai. Não seria idiota de acreditar apenas em palavras. E também...

- O que muda, para você, o fato de, supostamente, Kushina ser uma hime, neta daquele bode imprestável do imperador Takayama? Você simplesmente vai deixar de lutar por ela, de tentar ser feliz por causa de algo que pode correr nas veias dela ou não?

- Pai?

Yusuke balançou a cabeça.

- Essa sua conformidade me irrita. Desde a primeira vez que você me falou dela, eu as vezes, vou a konoha, para descobrir noticias dela... para saber o quanto você as vezes, não se parece nem comigo ou sua mãe.

- O senhor não sabe...

- Eu sei que você teve uma meia dúzia de namoradas, desde que ela chegou. E que essa meia dúzia, apanhou feio dela. Sei que essa menina, foi até o inferno, chamado Pais das Aguas,  que é o ultimo lugar que ela poderia estar, por confiar em você.

- Entao minhas suspeitas tem fundamento? Kushina é mesmo neta... – Minato deixou a frase no ar.

- Kushina foi criada como neta de Toshiro Uzumaki. Recebeu educação digna de um líder de estado.  Ela é filha de Eichiki Uzumaki... E disso, você não deve esquecer nunca, Minato. Não se você quiser um mínimo de proteção a ela... E a Jun.

-nPai?

- Kami-sama! – quando escutaram a exclamação irritada de Aika, Yusuke olhou para o filho.

- Essa conversa so pode ser feita, sem que a menina escute. Por mais adorável que seja, eu não quero arriscar que...

Yusuke levantou-se.

- Vou avisar sua mãe, que vou ajuda-la a preparar o jantar. E depois, filho, vamos conversar.

 

- - -

- Mas eu não quero dormir! – jun protestou.

- Amanha o nosso treino vai ser muito pesado jun. quero que você descanse bastante.

Jun encarou Yusuke por alguns momentos, antes de bufar.

- Está parecendo que vocês querem conversar e que eu não posso escutar! A mamãezinha...

- Jun, não é que você não pode escutar...

-= Jun. vá deitar-se e fique lá até eu ir chama-la. – Yusuke falou em um tom de voz que não admitia replica.

- Mas...

- Seja uma boa menina e obedeça ao seu ojiichan. – Aika falou.  Yusuke lhe avisara, que ela deveria ficar para a conversa com Minato.

Jun  fechou os dois punhos, apertando-os com força.

- Hai. – saiu sem falar mais nada, sem sequer dar boa noite. Quando Aika tentou ir atras da menina, o marido a impediu.

- Yusuke? – aika murmurou, quando o marido, sentou-se novamente na mesa.

- Eu fui um dos doze guardiões. – yusuke começou a falar. – Quando cheguei no palácio do imperador do fogo, conheci Eichiki Uzumaki... não sei, como ele foi parar lá, tambem como guardião do imperador[C1] . Ele foi quem nos apresentou, lembra Aika?

- Eu lembro que aquele depravado beliscou o meu traseiro e quando eu me virei, só você estava... levou cinco frigideiradas de bobo.

Yusuke puxou a mao da mulher, beijando-a.

- Mas eu consegui convence-la que não tinha sido eu... E dali a algumas semanas, eu consegui convencer sua mãe a namorar comigo... E não tao mais tarde, eu a pedi em casamento... Kaname e Eichiki foram meus padrinhos de casamento. Aika descobriu estar grávida, cerca de um mês  depois que nós estávamos casados...

- Minato não precisa saber dessas coisas!

- Minato, você nasceu prematuro. Quando aika estava de cinco meses, Eickichi foi chamado pelo pai, para que ele fosse trabalhar para o imperador do Pais das Aguas. Aika estava de seis meses e meio, quando recebi um bilhete de Eichiki, me convidando para ajuda-lo... Ele mandou, os dois irmãos, para que eles ajudassem na viagem, já que Aika estava quase dando a luz.  Eu pedi ajuda a eles, que a trouxeram até aqui... E um deles, se casou com Meiko Akimichi...

- A mãe do Kuwabara. – Minato disse.

- Quando cheguei ao palácio, com Kaname, fomos recebidos por Eichiki. Ele tinha o olhar mais sério que eu já tinha visto nele. Por dias, ele não fez nenhuma brincadeira. Quando eu conheci o ouji Touya, como já lhe contei, senti como se ele lesse minha alma. A imperatriz Kushina, era a mesma coisa. ouji Touya, nos chamou, nos implorou pela vida de Hinata-hime. Nos implorou pela vida da criança, que estava por nascer. E apenas, quando prometemos, quando juramos que as manteríamos a salvo, ele ficou aliviado. Uma semana depois, Hinata foi acusada de matar o marido. uma semana e meia depois, foi condenada  a morte. O imperador Takayama, apenas não a matou imediatamente, pelo fato que desejava a criança dentro do ventre de Hinata.

Minato engoliu em seco. Mesmo já tendo ouvido essa historia, sentia arrepiar-se. mas... havia uma mudança sutil agora, na maneira que a historia estava sendo dada. O pai falava de maneira até fria, como se já tivesse refletido muito no assunto, não conseguisse mais sentir as emoções.

- Eichiki teve uma atitude inesperada. Praticamente seqüestrou Hinata-hime... nós os escoltamos até a vila do redemoinho. Em algumas semanas, estavam casados. Nós fizemos um pacto, onde juramos proteger tanto a mãe, quanto a criança que ainda estava por nascer.

- Isso você já tinha me contado.

- O que eu não contei, foi que quando Eichiki morreu, ele foi assassinado pela família do imperador Takayama, mas não sob as ordens dele. era conveniente, que ele não tivesse herdeiros... A criança que nasceu, foi protegida pelo sobrenome Uzumaki.

- Yusuke... você foi...

- É. – ele apertou a mao da esposa, que não largara. – quando, seis anos depois, eu fui verificar se a criança estava bem, Minato me seguiu... e voltou dizendo que ia se casar com uma hime, lembra Aika?

- Lembro. – Aika parecia escutar uma historia que fora contada muitas vezes.  

- Eichiki contou com a ajuda de Kaname para forjar documentos, para fazer um tumulo falso... que infelizmente foi ocupado pelo único filho que ele teve com Hinata. Quando eu soube da morte de Eichiki, fui imediatamente a Vila do Redemoinho. Mas a menina não estava ali, tinha sido mandada para outro lugar...

- Kushina é neta do imperador TAkayama, não é?

- Kushina é filha de Eichiki Uzumaki e neta de Toshiro. Nunca esqueça-se disso Minato. Se você quer proteger a sua Kushina, nunca permita que ela saiba disso.

- Yusuke. – Aika chamou a atenção do marido. – penso que deveria ser  o contrario.

- Aika, eu não fui para a vila do redemoinho, para apenas olhar Kushina, depois que Eichiki morreu. Eu iria traze-la aqui, longe da vida que ela conhecia, para protege-la. Eu deixei de ser ninja, para que pudesse proteger ela e a Hinata. Mas... quando cheguei la, Hinata estava casada com outro homem e Kushina havia sido mandada para estudar fora. A verdade, é que Kaname tomou as providencias que podia, para a proteção da pequena. Mas nesse mandar ela para longe, foi que Kushina foi descoberta pela família imperial... pelo menos a parte podre da família, aquela que se juntou aos kishimoto, para matar o imperador Takayama, que descobrimos mais tarde também ter matado Eichiki... e...

Yusuke parou de falar, quando escutou um barulho. Imediatamente, os homens se levantaram e foram procurar a fonte do barulho. Quando Minato abriu a porta do quarto onde jun deveria estar dormindo, a menina estava sentada, jogando uma bola com força na parede, um enorme bico no rosto.

- Eu não vou dormir. Eu não quero dormir...

 - - -

 

- Hana! Vem para dentro!

- Ele ainda não chegou mamae! – Hana falou em um lamento.

- Onde mandou que ele fosse? – Tsume Inuzuka questionou, cenho franzido. Quando a menina abriu a boca para responder, viu seu cãozinho, Sankyoudai, aparecendo na curva do caminho, a língua de fora.

- Sankyoudai! – Hana gritou, correndo de encontro ao cãozinho. Quando ela o pegou no colo, ele a lambeu no rosto. – você fez o que eu mandei?  - a menina pediu em voz baixa.

O cãozinho latiu em resposta.

- E o hokage percebeu que você estava seguindo ele? – o cãozinho rosnou baixinho, entao latiu novamente. A menina riu. – você sentiu o cheiro da Jun?

O cãozinho latiu novamente.

- Acha que amanha, você consegue levar nós la?

O cãozinho assentiu.

- Ótimo. Entao, você merece mais que um belo bife! Vai ganhar o meu jantar inteiro!

 

 


 [C1]

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fugindo de Uma Ruiva" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.