Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 123
Capítulo 124




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A viagem fora muito  difícil. Mais pelo fato dela não conseguir locomover-se, tendo que ser carregada pelo ruivo. Hinata suspirou, encostando o rosto nas costas largas. Eichiki Uzumaki era o homem mais imprevisível que ela conhecera.

Varias vezes, quando sairá ao terraço, a noite, apenas para tomar um ar, ela fora seguida sem nenhuma sutileza pelo ruivo.

- Ei, dá para fazermos uma pequena pausa? Se continuarmos nesse ritmo, é capaz dela ter o filho antes do tempo!

A preocupação de Yusuke Namikaze tinha um ponto de fundamento. Embora a princípio apenas Eichiki fora contratado, logo depois,  mais dois membros haviam sido acrescentados a escolta particular de Hinata. Yusuke Namikaze, da distante Konoha e também o primo de Eichiki,  Kaname.

Ela sentia-se um pouco incomodada perante os olhos do homem de cabelos castanhos, mas, com o passar dos meses, descobrira-o ser tão amistoso quanto os companheiros. No inicio da fuga, já um tanto distante do castelo, Eichiki estacara. Ajoelhara-se, fazendo-a descer de suas costas.

- Hime-sama, quero que você saia correndo.

- Por que?

- Por nossa causa. – o loiro Namikaze e o homem de cabelos castanhos apareceram.-

- Ela não matou o marido!

- Também achamos isso. – Kaname a encarou com atenção. – Mas fugir não vai adiantar.

- Eu não me importo. – Eichiki falou. – Nós sabemos que as provas foram forjadas com maestria.

- E o que você pretende fazer, Eichiki? – Yusuke questionou, olhando com o mesmo respeito que sempre encarara Hinata, para o ruivo. – simplesmente levá-la embora e esquecer de tudo?

- Levá-la embora e quando ela estiver protegida, voltar para descobrir o real assassino.

Kaname bateu a mão na testa.

- É claro! E não se esqueça de dizer um “Imperador Takayama, a sua norinha só precisava de novos ares, para...”

Yusuke, conhecendo o que provavelmente sairia da boca de Kaname, tampou a boca dele.

- Nós também achamos que hime-sama não matou o marido. – Yusuke repetiu.

- Então não vão me impedir de levá-la daqui, não é?

Kaname desvencilhou-se de Yusuke.

- Na verdade... viemos para ajudá-lo.

- Onde pretende esconde-la?

- Perto da mamãe.

Kaname arregalou os olhos.

- Você está pensando em deixar a hime Hinata com a sua mãe?

- Qual o problema? – Yusuke pediu, recebendo uma gargalhada de Kaname. O homem começou a rir, até se dobrar.

- A mãe do Eichiki é pior que um demônio. Com que roupa você quer ser enterrado, primo?

 

Hinata balançou a cabeça, quando o jovem a sua frente a olhou preocupado.

- Está bem, senhora Hinata?

- Sim... – ela curvou a cabeça levemente. – eu apenas...

- Prefere sentar-se? – Minato ofereceu o braço à mulher, que o encarou, antes de negar.

- Eu estou bem... só por um momento, achei... que você fosse o Yusuke Namikaze.

Minato franziu a testa.

- Eu sou Minato Namikaze.  Filho dele.

Hinata  franziu a testa.

- Vocês são... parecidos mesmo.

- A senhora não está muito bem. – Minato a pegou no braço, sendo que ela se desvencilhou.

- Estou bem... só... – ela balançou a cabeça. – você é realmente parecido com o senhor Yusuke.

Ela abaixou-se, pegando a cesta que carregava as compras que havia acabado de fazer.

 - Por um momento...  – ela encarou os olhos de Minato. – foi como se eu estivesse diante dele... E me assustei. Só isso.

 - Vocês se conheceram há muito tempo?

- Há muito tempo... – Hinata confirmou. – antes de a minha Kushina nascer.  - Ela sorriu docemente. – Se não fosse a coragem dele, de Kaname e do meu Eichiki, eu não sei se eu teria...

- Hokage-sama!

Minato suspirou, virando para o lado. Pelo visto o Hokage não tinha direito a dar uma fugidinha para pegar algumas coisas na feira,  sem ser interrompido...

- Como vai senhora Umino?

- Um pouco preocupada, Hokage-sama. – Iruka devia ter herdado a expressão cativante da mãe. – o senhor não acha... desculpe o meu intrometimento... que o meu filho é um pouco novo para fazer missões ranking-S?

- Desculpe, senhora Umino, mas... – Minato ficou sem entender. – Iruka não está em nenhuma missão  ranking-S!

- Hoje, pela hora do almoço, ele arrumou as coisas dele... E disse que o senhor tinha-os enviado com a Uzumaki, para o Pais da Cegonha, onde  iriam fazer uma missão ranking-S.

- Eu realmente enviei a Uzumaki para o País da Cegonha, mas...

Quando a compreensão do que poderia ter acontecido chegou a Minato, até mesmo seu rosto foi transformado pela fúria. Kushina não teria a coragem de... Ao lembrar-se do brilho travesso em seus olhos, do sorriso malandro de sua boca, da atitudes ousadas...

- Está preocupada pelo que? – ao escutar a pergunta da mulher a seu lado, a mãe de Iruka, virou-se. – Eles estão com a Demônia Ruiva, como diz o meu bebê.

- Você não viu o estado do meu filho, Hana. – A Umino rebateu.

- Eles estavam tão animados quanto o meu Gai? – A aproximação de uma mulher miúda, de feições delicadas e sorriso franco, fez que Minato erguesse as sobrancelhas. Kushina Uzumaki era a sua versão particular de inferno!

- Senhora Maito. – Minato curvou a cabeça, sendo cumprimentado de igual forma.

- Hokage-sama... Eu gostaria de agradecer. – ela curvou-se novamente.

- Me agradecer?

- Por ter colocado Kushina Uzumaki como sensei de Gai. Ela fez que o meu pequeno preguiçoso, descobrisse dentro de si uma energia que nunca imaginei que ele tivesse.

- A senhora está mesmo chamando Gai Maito de preguiçoso?

- O senhor não tem idéia de quantas vezes eu tive que arrastar Gai até a academia, praticamente pela orelha... Ele não queria estudar de maneira alguma! E hoje... – ela riu novamente. – Todas as manhãs, sou acordada pelo meu menino, me trazendo uma xícara de café... E dizendo, até logo, mamãezinha, que vou ir treinar com a minha sensei!

- E eu? Nunca vi Ebisu sendo tão bem educado. E tento fazer que o meu menino diga: por favor e obrigado, desde que nasceu. – Hana remexeu nos óculos escuros que usava. – E nos últimos meses, ele não sai sem se despedir, não chega sem dizer, ohayo, mãe. Olha para a roupa que estou vestindo e independente do que seja, a elogia.

- Iruka fugia de me ajudar com os trabalhos domésticos como o diabo da cruz! Mas... Depois que ele começou a ser aluno da Uzumaki, nunca mais lavei um copo, sem que tenha negado a ajuda dele.

Minato piscou.

- Bem... Então as senhoras estão satisfeitas com a escolha que eu fiz?

- Na verdade... – a mãe de Ebisu começou a falar. – Eu tenho uma pequena queixa.

- Qual é?

- Após o torneio Chunnin, se passarem, eles vão deixar de serem alunos da Uzumaki, não é?

- É o procedimento padrão. – Minato respondeu, tentando imaginar onde ela queria chegar.

As mulheres olharam-se entre si, então, deram um passo a frente, como se fossem falar algo confidencial. Minato quase recuou, mas a curiosidade levou a melhor.

- Existiria, alguma forma...

- De... manipular é uma palavra feia...

- Alterar um pouco... os resultados?

- Como assim? – Minato franziu o cenho. Não queria entender o que elas falavam.

- Fazer que eles continuem gennins. E obviamente, a Uzumaki sensei deles! – a mãe de Ebisu falou, as outras duas encarando ao redor, com um certo receio que o pessoal ao redor escutasse. O queixo de Minato caiu, ao escutar a afirmação.

- -

Kushina sorriu de maneira que os alunos não percebessem. Tinha o plano perfeito para os três projetos de pervertidos! Se ela não os curasse, daquela vez, lavaria as mãos com relação ao assunto com eles.

Tomoe ficara bastante desconfiada, quando Kushina lhe pedira emprestados, alguns elementos que compunham sua frasqueira. Ela mesma, não gostava de maquiagem, tinha apenas um leve batom cor-de-rosa, que Jun havia se apropriado... E gastado sem piedade juntamente com a filha de Tsume.

A ruiva e a Inuzuka ainda não se suportavam, mas, uma trégua muda fora feita, quando perceberam que as meninas eram extremamente amigas.

Quando Ebisu percebeu o olhar que a sensei lhes lançava, uma mescla de diversão, maldade e zombaria, em um breve momento de descanso, sentiu o pelo da nuca arrepiar-se.

- Sensei... você não nos disse qual o nível dessa missão.

- Não? Que falha a minha... – ela balançou a cabeça. – Eu disse para o Umino, achei que ele tivesse repassado a vocês...

Iruka estava mais branco que a camiseta que usava.

- Eu... esqueci.

- E então, sensei? – Gai murchou, quando ela levantou-se.

- Fiquem aqui. Eu já volto.

- Vai nos deixar sozinhos?

Kushina começou a caminhar, sem se virar.

- O dia que eu for mijar e levar três patetas para olhar, o ero-sennin vai ser viado!

Os três adolescentes coraram, meio que virando o rosto.

- Ei, Iruka? Qual o nível da missão? – Gai perguntou, enquanto Iruka ficava mais branco, se era possível.

- Ranking-S... – ele falou num tom de voz baixo.  – De suicida...

- Andou tomando água da privada? – Ebisu questionou, sem entender. Minato jamais os mandaria em qualquer missão de ranking tão alto...

 

***  capelinha de melão é de são João ***

 

Hinata finalmente pegou as ultimas compras que tinha que fazer. Kushina lhe deixara dinheiro e o aviso que Tomoe iria verificar se ela estava tomando os remédios no horário. Por mais que gostasse da preocupação da filha, Hinata não conseguia deixar de observar o quanto ela era controladora, pelo menos em relação às pessoas que amava, quanto o avô.

- Então, senhor Gans eu não lhe devo nada? – ela sorriu para o vendedor, que negou.

- Claro que não, senhora Uzumaki. A conta está toda paga. – o homem na faixa dos trinta anos, levemente acima do peso, sorriu. Depois que ela afastou-se da pequena banca de frutas, começou a ir para casa. Havia dado cerca de dez passos, quando sentiu um arrepio na espinha. Olhando para o lado, viu um jovem, cabelos castanhos, encostado na parede de um prédio branco. Ele a fitava de maneira insolente.

O rapaz sorriu e então aproximou-se dela.

- Eu não digo que você não está devendo nada... Hinata Kishimoto. Mas não se preocupe. Quem irá pagar será Kushina e a pequena Jun...

- Não! – Hinata gritou, jogando a sacola nele. – Vocês não vão encostar um dedo nelas!

Automaticamente, Hinata disparou em direção a Academia. Kushina estava fora da vila... Se a missão dada pelo jovem Hokage, fosse uma cilada dissimulada, armada pelo clã que ela abandonara a tempos, Kushina saberia onde encontrar a mãe.

Ela não havia ido ate o monastério, no outro ataque, pois temia ser mal recebida por Toshiro... O sogro jamais escondera não gostar dela. Então, ela fizera o que achara mais sensato. Procurar sempre vilas pequenas, usando o jutsu de idade, onde ela poderia passar=se facilmente por mãe da neta.

Ela não esperaria a vila ser atacada. Ela protegeria.... Hinata estacou, do nada. Nenhum músculo seu a obedecia. O pânico que sentia apenas agravou-se.

Senhora Hinata... – Minato aproximou-se dela, com uma certa cautela. – eu não acho...

Eu não vou permitir que matem a minha Ina e nem Jun! – Minato estava a dois passos, quando ela percebeu que mais dois homens, se aproximavam. Lembrou-se de uma conversa entre Kushina e um homem de cabelos negros, que ela não lembrava o nome, sobre aquela técnica... o tempo para sua utilizacao...

Eu também não quero que Kushina nem Jun morram. – Minato olhava meio incrédulo os olhos de Hinata. Desesperados, não havia uma palavra para melhor definir o que estava neles.

Olhou sobre o ombro de Hinata, para Kojiro. O amigo havia se aproximado, a expressão de incredulidade, de não entendimento, de preocupação no rosto.

Você não sabe como eles agem. – Hinata murmurou. – Kushina e Jun vão ser as primeiras... mas não serão as unicas que vao cair... – ela começou a respirar com dificuldade.

Os olhares de Minato e Shikaku se cruzaram e o hokage fez um sinal com a cabeça. Imediatamente, o Nara começou a desfazer o jutsu, aproximando-se de maneira rápida de Hinata, que caiu no chao, antes que Minato conseguisse alcança-la.

Quando Minato começou a erguer Hinata, não percebeu a mulher lhe tirando uma kunai do estojo. Apenas quando o sangue começou a jorrar do rosto de Shikaku, que havia pego no braço dela, para ajudar o hokage, foi que o loiro tomou uma difícil decisão.


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