Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 12
Capítulo 12




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Havia tres criancas, de mesma idade. Eram dois meninos, uma menina. Os três ruivos.

A menina usava um quimomo rosa simples, onde apenas o símbolo do seu clã, era visto como enfeite. Os meninos usavam roupas que os permitiam correr, pular, sem problemas. A menina, estava a beira das lagrimas.

- Kuwabara você é muito mal!

- Mal? Eu sou teu amigo, Ina! O seu papai disse claramente isso, não disse, Kunio?

- Ina, olha pelo lado positivo. – Kunio, o ruivo de maior idade, de olhos verdes, tentou apaziguar a situação. – Você vai ir morar numa vila ninja...

- Nossa vila já é ninja! E eu não quero ser ninja! Eu quero crescer, casar com você e ser mamãe dos seus filhos! - ELA afirmou com decisão.

- Mas Ina, você sabe que tem que obedecer o seu pai, não sabe? – Kuwabara, era o mais levado do grupo. Mas não mentiria, por maldade para a sua melhor amiga.

- Eu não vou obedecer! Eu vou casar com o Kunio! – ela comecou a chorar. Os dois se olharam, preocupados. Eles detestavam que Ina chorasse. A flor ruiva, que era a única menina que conseguia se igualar a eles, somente chorava quando ficava com medo. Então Kuwabara passou a mao no cabelo dela, tao ruivo quanto o seu.

- Como vamos fazer então que o cara de Konoha va embora sem acertar o casamento de Ina?

- O tio sempre diz que a Ina pode escolher com quem vai se casar. Vamos lá falar com ele.

Ao escutar a idéia de Kunio, Ina aos poucos, parou de chorar. Kunio e Kuwabara eram seus melhores amigos... Jamais deixariam que seu pai casasse ela com um ninja qualquer.

- Mas Ina, você pode pensar um pouco no assunto. – Kuwabara ficou com a sombra de sorriso, que fazia todas as mulheres mais velhas da vila se derreterem com ele. – já imaginou que coisa legal, você casar com uma minhoca anêmica e daí...

- NÃO! – ela saiu correndo, deixando os meninos a encarar o protótipo de mulher que seria.  Quando chegou em sua casa, largou os tamancos de qualquer jeito. Precisava dizer a seu pai, que a idéia absurda que Kuwabara lhe contara que ele tivera, não podia ir adiante. Ela queria se casar com Kunio!

Quando chegou no local onde seu pai estava, descobriu que ele não estava sozinho. Havia um loiro de olhos azuis, que ao vê-la sorriu. Ina arrepiou-se, não gostara nem um pouco dele!

- Papai! – chamou, e quando o ruivo se virou para encara-la, ela já corria para se atirar nos braços dele. apertou o pescoço dele como se sua vida dependesse disso.

- Essa é minha filha Ina. – ele apresentou, com  orgulho.

- Sua beleza equivale a uma rosa desabrochando. – o loiro cumprimentou-a de maneira galante.

- O que o senhor veio fazer na minha casa?  - Ina precisava ter a confirmação das suspeitas de Kuwabara. Já ficara de castigo algumas vezes, por ter seguido a idéia de Kuwabara sem pestanejar. Ela colocou-se no chão, as mãos na cintura, encarando-o firmemente.

- Kushina! – seu pai não reconheceu o doce que ela geralmente era. Quando ela o ignorou, ele teve certeza de onde a pequena estivera. O homem meneou a cabeça, encantado com a pequena ruiva.

Se Ina fosse mais velha, perceberia que o brilho de surpresa nos olhos dele era genuíno. E que rapidamente, foi substituído por outro, que o pequeno trio já tivera, muitas vezes. Que sempre resultara em castigos que os três encaravam como terríveis.

- Bem... como direi isso? – ele fingiu-se pensativo. – na minha vila, não existem garotinhas que sejam bonitas e inteligentes... Entao, para garantir que o meu filho se case com...

- EU NÃO VOU ME CASAR COM NENHUMA MINHOCA ANEMICA! – o grito escapou antes que ela tivesse consciência disso. O chute na canela foi reflexo da raiva sentida no momento. – EU VOU ME CASAR COM O KUNIO! – saiu correndo da sala, antes que seu pai pensasse em para-la.

- INA! Ina! – a voz dele ecoou novamente em seus ouvidos, fazendo Kushina abrir lentamente os olhos. Ao reconhecer os olhos azuis e o rosto envelhecido de Kuwabara, Kushina gemeu. Algumas coisas não mudavam jamais. – Ate que enfim você acordou! Achei que ia ter que tomar essa térmica de café sozinho!

- Duas coisas que você sempre pode me chamar para dividir. Café e lamem. – ela levantou-se, o corpo meio dolorido. Mexeu o pescoço varias vezes, antes de se encaminhar para perto da fogueira. Observou o antigo amigo de infância, que lhe passou uma caneca, com o segundo melhor cheiro do mundo. Lamem ficava em terceiro.

- Estava roncando pesado, Ina. Sonhando com o ero-hokage? – ele a provocou, esperando levar no mínimo um soco. Não mencionara nada sobre seus sentimentos sobre Minato a ele, mas se havia uma coisa que Kuwabara era bom, era para detectar coisas escondidas. Graças a isso, ela ainda estava... Kushina bloqueou os pensamentos. Devia sua vida aquele idiota a sua frente. Poderia beija-lo por isso, mas não o faria... Afinal, ele se considerava um presente de Deus. E ela não queria mata-lo por ele pensar que ela queria... o longo minuto de silencio, onde ela estava tendo essas reflexões, fizeram que ele caísse na gargalhada.

- Minato não é tao pervertido assim. – ela defendeu o hokage, instintivamente.

- Ahan. O cara toma banho pelado, onde crianças e senhoras de idade podem passar... E não é pervertido.

- Se fosse, ele teria se aproveitado de mim a muito tempo. – ela rebateu, começando a se irritar.

- Não se ele fosse um retardado... o que estou começando a achar.

- Ah, cala a boca. – Kushina virou a caneca, tomando o café.

- Tsc, se eu fizesse o que ele fez, você no mínimo esconderia minhas roupas.

- Eu escondi. Agora dá para nos focarmos no presente?

- O seu futuro é tao mais divertido...

- Vou me divertir no seu velorio, se você continuar com esse ritmo de conversa. – falou secamente.

Ele a encarou, antes de gargalhar.

- Continue assim e ate os mortos vão saber que estamos aqui.

= Aqueles cornos já sabem que nós vamos ir falar com eles.

- Aqueles... – Kushina ergueu as sobrancelhas. –  como você tem certeza que eles são cornos?

O sorriso dele dispensou explicações.

- Por que eu ainda pergunto? – ela murmurou, meio se xingando, então, falou, pra ele escutar. - Um dia desses, você vai encontrar um cara que vai te...

- Não amaldiçoa, que acontece!

- Como tem certeza que eles não vão fugir?

- Não com Nikame espiando eles.

- Eu já disse que acho você doido? – ela estendeu a caneca, pedindo mais café.

Algumas milhares de vezes. – ele sorriu, tao largamente, que ela sentiu dor nos olhos.

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- Ou você responde ou apanha! – Kushina ergueu o punho. O homem arregalou o olho que ainda conseguia abrir, pois o outro estava inchado.

- Ei, cara... sugiro a primeira opção. Sabe, a Kyuubi versão feminina ai, tem mais algumas milhares de kunais, milhões de xingamentos e bilhões de estratégias para fazer você falar. Teve uma vez, no País do Mel, que... – kuwabara esticou o enorme corpo, se espreguicando. – quer a versão completa, a melhor parte ou resumo?

- Eu conto! – ele gritou, ante o olhar que surgiu em Kushina. – mas tira essa ruiva de cima de mim!

- Só depois que você contar o que sabe. – os dois ruivos falaram juntos, como se tivessem combinado.

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- Patético. Entende agora porque eu nem preciso me ESFORCAR? Caras como aquele, nascem com o símbolo “corno” na testa. Eu apenas realço isso...

Eles andavam juntos, o ruivo gesticulando. Kushina ia calada. Novamente. Novamente ela recebia uma informação falsa...

- Eu não vou chorar! – falou, tentando se encher de coragem.

Kuwabara parou.

- Acho bom mesmo, porque eu não sei lidar com mulherzinha chorona. – ele falou, fingindo-se de irritado. – bom, só com mulherzinha chorona casada... Solteira é muita complicação, se é que você me entende. – piscou o olho, quase implorando por um soco... que foi dado.

Kushina não perdeu tempo, se lamentando. Pontapés e socos foi o que mais se ouviu por um longo tempo...

- E Kyuubi versão feminina é a tua vó!

- É a tua também! Esqueceu que somos primos, sua burra?

= Eu to dizendo que é a tua vó que não é minha! E se eu tenho burrice é de tanto andar contigo!

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- Você está andando com a Tsunade-peituda de Konoha? – muito tempo mais tarde, Kuwabara perguntou, ambos estavam cansados de tanto brigar. Deitados no chão, observavam o vôo de um pássaro qualquer.

- De vez em quando vou visita-la para ela consertar algum osso.

- Os idiotas da vila ainda não aprenderam que o ero-hokage tem preferência?

Kushina suspirou.

= Quanto você quer apanhar para parar?

- Hum... nem um pouco. – ele riu enquanto se sentava. – Sabe, eu estava pensando.

- Lá vem besteira da grande.

- É serio. Bom, como ainda eu não me filiei a nenhuma vila, ao contrario de você...

- Vai tentar Suna? Sabe, eu vou gostar de enfiar a kunai no seu traseiro.

= Não tem muita mulher bonita. – ele negou. – vou continuar te mandando as informações através da Ninkame.

- Tem como se manter? – ela questionou, sem encara-lo.

= Não se estressa. – ele corou, quando ela sentou-se e tirou de dentro do bolso uma carteira.

- Certo. – ela esvaziou a carteira, botando o dinheiro na mao dele. – Considere uma missão ranking S. E quando quiser se filiar a uma vila, pensa primeiro em konoha.

- Ina, você me deu todo o seu dinheiro! – ele tentou devolver, mas ela não aceitou.

- Você acha mesmo que eu seria estúpida, de vir,sem ter pagado minhas contas primeiro? – ela ergueu a sobrancelha, obrigando-o a aceitar. – Kuwabara, se você precisar de mais dinheiro, quero que me avise. Escutou bem?

= Como se você fosse a minha mae. – levou mais um soco, antes de gemer. – que foi que eu disse?

- Você não escuta sua mae desde que tinha seis anos!

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- Eu não ganho um beijinho de despedida? – kuwabara fez um bico, fechando os olhos, indo em direção a Kushina... que desviou no ultimo segundo. Ele bateu com a cara numa arvore. – magoei. – resmungou esfregando o nariz.

- Até mais. – ela acenou, iniciando sua caminhada até konoha. Kuwabara se virou e fez o mesmo, noutra direção.

Logo, ela comecou a correr. Nos últimos dias, se dividira entre o que estava fazendo e a preocupacao com Tomoe. Ela cortaria o pescoço fora antes de achar que o bundao arrogante... Cegueta idiota... Como ela podia chamar Hiashi mesmo agora? Bom, não importava.

Ela duvidava que Takezo não iria bater em Tomoe. Aquele desgracado tinha o mesmo olhar... gênio... que Iori.  E se arrancaria o coração, antes de sequer pensar que Hiashi permitiria que isso continuasse. Os olhos de Hiashi brilhavam ao ver Tomoe... e mesmo que ele passasse a imagem de um bastardo filho da mae, ele ficava olhando para Tomoe com necessidade... Do mesmo modo que ela para aquele ero-hokage.

Chegou em konoha, quase no final do sétimo dia. Nunca um portão fora tao benquisto por ela. Minato, Tomoe, Megume... Ate mesmo Hiashi e os ero-mirins do Hokage. Pessoas que ela gostava. Que confiava... pelo menos ate que pegasse espiando nas termas, uma conversa que Minato jamais deveria saber...

Entrou calmamente. Embora se sentisse triste pela falta de informações, estava aliviada por ter chegado. Ter encontrado um novo lugar. Aoshi era novamente o ninja responsável pelo portão. Não querer deixar ela passar, tinha sido um grande erro para ele.

- Ohayo, ruiva... muitas novidades?

- Aoshi... – ela se virou para ele, olhou fixamente para ele, enquanto colocava o cabelo ruivo atrás da orelha. – me faça um favor, sim?

- Favor... para você? – Aoshi colocou no rosto a expressão que Kuwabara e Kunio usavam para conquistar os rabos de saia. – posso pensar no assunto.

- Ótimo. Quando você for para casa, hoje, abraça a sua filha. Abraça ela com todo o sentimento que você tiver por ela... todo o carinho que você tiver por ela.

- O que? – ele arregalou os olhos.

- Pelo uma vez na sua vida faz isso. Crianças merecem saber que são amadas, acima de tudo... -  ela acenou, antes de continuar o caminho.

Sentia lagrimas nos olhos, comecou a seca-las para que não caíssem em publico. Quando achou que tinha conseguido se controlar, não conseguiu deixar de rir, quando viu duas figuras andando lado a lado.

- CANINO BRANCO! – gritou, antes de começar a correr na direção de pai e filho.

 

 


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