Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 10
Capítulo 10




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Capitulo 10


 


Minato virou-se para Kunio, que estava com o semblante sério. Já estavam na casa de Hiashi, na varanda. O monge apertava uma sacola.


- Eu gostaria de lhe pedir desculpas, pela viagem tumultuada.


- Não precisa. Ágora, se eu encontrar aquele sapo novamente, vou frita-lo e depois distribui-lo na sopa para os pobres.


Minato tentou não lembrar-se da provocação que Gamabunta fizera.


- Gamabunta não costuma ser tao insolente.


Kunio deu-lhe um olhar mortal. Ele gostava de piadas. Tinha um vasto repertorio. Podia até estar usando algo parecido com um vestido. Agora que ninguém ousasse duvidar da sua masculinidade. Ele era monge e primeiro homem. Com muito orgulho.


Não nenhuma ruiva gostosinha debochada que tinha cortado os cabelos para tentar realizar uma fantasia pervertida.


- Você está avisado. – kunio bateu na porta, quase bufando. Esperou, o maxilar tenso, o punho apertado. Esperaram um pouco, Hiashi novamente abrindo a porta. agora, estava com um olho roxo, uma cara de poucos amigos.


- Esse é o pai da noiva? – Kunio virou a cara para Minato, que tinha os olhos arregalados.


- É o noivo. – Minato engoliu um sorriso, com a olhada mortal que recebeu de Hiashi. – o que aconteceu?


- Aquela mulher me expulsou do meu próprio quarto.


- Se é desse jeito, acho que a noiva não quer mais casar. Boa noite. – Kunio se virou para ir embora.


- O que? – perante a exclamação de Hiashi, Minato segurou o monge pelo braço. O ruivo e o moreno se encararam seriamente. – Minato não lhe pedi para trazer um monge com credibilidade?


- Humilha mas não ofende. – Kunio franziu a testa, meio irritado. – Eu sou tao bom quanto o ojiichan!


- Hiashi! Kunio, por favor, espere um minuto. – Minato empurrou Hiashi para dentro da casa. Kunio deu de ombros, foi até a beirada da varanda, encarando as estrelas.


- E eu que achava que ser parte da Prova dos Nove era complicado... Nessa vila só tem louco! – balançou a cabeça, enquanto suspirava. Ficou olhando para a lua, que resolvera aparecer, por um certo tempo, até Minato abrir a porta. Kunio não gostava daquele silencio. Geralmente, ele significava uma longa briga.


- Desculpe, Kunio-san. – deu espaço para o monge abrir. Minato estava espantado, com o silencio que estava naquele lugar. Parecia que uma longa batalha iria se desenrolar.


O monge não fez nenhum comentário, curvando-se antes de entrar na casa. hiashi esperava-os na sala, ao lado de Tomoe. Ambos estavam sentados, ele segurando a mao dela.


O monge ficou observando a morena, por alguns instantes. Tomoe Hyuuga tinha os cabelos compridos. Os olhos e pele tipicamente Hyuuga. Uma estrutura óssea facial, que mesmo quando fosse idosa, faria que os homens a olhassem com admiração.


Kunio teve a atenção desviada por uma loira com os maiores seios que ele já vira em uma mulher. Fechou os olhos e balançou a cabeça, ante a quantidade de pensamentos que lhe invadiram a mente.


- Bem... – ele pigarreou, quando percebeu que Tomoe estava enfaixada, nos braços, pescoço. – o hokage me chamou para realizar um casamento, suponho que você seja a noiva. – Ele deu um sorriso, inconsciente do quão charmoso ele se tornava. Tomoe assentiu, corando. – Kunio continuou falando. - Embora as circuntancias sejam um pouco impróprias, eu poderia falar com você, Tomoe-san, por cinco minutos, a sós?


- De jeito nenhum! – Hiashi exaltou-se. Tsunade ergueu uma sobrancelha, divertida.


- Em cinco minutos, eu não consigo lhe transformar em corno. – ele respirou fundo, como se buscasse paciência. Hiashi ficou furioso.


- O que? – o líder dos Hyuuga colocou-se de pé, tremendo de raiva.


Kunio revirou os olhos, cruzando os braços. Sorriu cínico.


- Bem, se eu não conversar por cinco minutos, a sós com a noiva... Eu não realizo o casamento. – piscou para Tomoe, que tragou ar, como se estivesse sufocando.


- Tomoe, você conhece esse... Esse... – Hiashi virou-se para Tomoe, que havia começado a tossir.


Se ela me conhecesse, pode ter certeza, que ela não iria querer casar com um cara feio como você. Kunio conseguiu engolir a resposta, mas não evitou de sorrir, mais largo, quando ela negou com a cabeça.


Fugindo


Fugindo


Fugindo


- Desculpe-me pelos maus modos. – Kunio curvou-se perante Tomoe. – Mas eu precisava lhe falar a sós. – Ela assentiu. Ele respirou fundo, antes de continuar. – o ojiisan, responsável pelo mosteiro, me permitiu escolher os casamentos que posso realizar. E... Escolhi que em casos como o seu, eu investigaria antes... – Kunio ficou da mesma cor do cabelo. Os olhos verdes vasculharam o rosto de Tomoe, vendo apenas compreensão. – Você ama Hiashi?


Tomoe arregalou os olhos.


- Eu... – ela riu suavemente. – me apaixonei por Hiashi-kun quando tínhamos nove anos. eu estava sentada, chorando. – ela comecou a falar, uma sombra distante no rosto dela. – naquele dia, mais cedo, meu primo Kento, nós havíamos treinado e... Eu era muito fraca.  Estava doendo muito e Hiashi sentou-se ao meu lado, ficou fitando meu rosto por um tempo.


- E? – Kunio gostava de conversar. Estava interessado na historia.


- Então, ele secou as minhas lagrimas, não permitindo que eu fizesse isso. – ela deu um sorriso triste. – e me disse que eu era mais bonita quando não chorava. Depois, ele me trouxe até aqui, pedindo para a mae me dar biscoitos. Enquanto eu comia, ele disse que tinha um assunto para resolver, que não era para sair enquanto ele não voltasse... E ele foi até Kento, avisou ele que se lutasse comigo novamente, me machucando daquela forma, ele bateria em Kento.


- Aquele bundao arrogante? – Kunio ergueu a sobrancelha. Cruzou os braços,


- Quando me levou para casa... – ela secou as lagrimas, que as lembranças provocavam. – ele me disse que eu deveria melhorar na minha luta... porque ele não queria casar com uma menina fracote. Então ele sorriu e esperou eu entrar na minha casa. e embora, ele só tenha me olhado novamente daquele jeito a pouco tempo...


- Você planejou ter vários filhos e cozinhar varias fornadas de biscoitos para ele. – Kunio brincou, sorrindo.  Tomoe assentiu.


- Ótimo. Então vou pedir para o feioso lhe levar até onde está o altar, para realizar o casamento.


- Só uma coisinha... – Tomoe pigarreou e a voz dela, que já era normalmente baixa, reduziu-se ainda mais. – quando foi que você conseguiu terminar esse jutsu de mudança de sexo? Está perfeito, Kushina! Só espero que aquele seu colega de time, que é monge nunca descubra que você usou o nome dele!


Kunio encarou Tomoe, como se não acreditasse no que ouvia.


Fugindo


Fugindo


- E espero que vocês tenham filhos fortes e que puxem a beleza da mae. – kunio sorriu, com a carranca que Hiashi fez. – Pode beijar a noiva.


Hiashi colocou as duas mãos no rosto dela, beijando-a suavemente. Não parecia importar-se com o fato dela estar toda enfaixada, pelos cuidados de Tsunade,  ou usando um quimono masculino, que Tsunade colocara nela, depois de expulsar o líder do clã do próprio quarto. Hizashi e Megume, que haviam entrado pouco antes da cerimônia começar, olharam-se emocionados, recordando o próprio casamento.


Os noivos afastaram-se, apenas quando não conseguiam respirar.


- Eu sei que é meio estranho pedir isso, mas... – Kunio comecou a esfregar as mãos. – não teria um...


Ele foi interrompido por um barulho externo.


- Ora, por favor! Quem mais alem daquela ruiva desbocada, burra e sem juízo seria capaz de fazer isso? – uma voz masculina falou alto.


Minato se virou para Hiashi, que abraçou Tomoe. Tsunade revirou os olhos.


- Bem, acho que agora é comigo. Tsunade hime, Megume, por favor cuidem de Tomoe. – ele beijou-a nos cabelos, antes de separar-se dela. Avançou até a porta, sendo seguido pelos homens.


Quando estava na porta principal, Hiashi assumiu a posicao de comando, que lhe era imposta como líder. Mesmo que Minato estivesse presente, aquela luta era dele. E todos sabiam inconscientemente que apenas se envolveriam em ultimo caso.


- Que balburdia é essa? – ele falou em um tom um pouco mais alto que o normal.


- Hiashi-sama. – o pai de Tomoe, Takezo Hyuuga estava a frente de alguns membros da Familia Principal. – Vim lhe pedir ajuda para procurar minha filha.


- Procurar sua filha? – Hiashi assumiu um tom frio.


- Sim. Ela desapareceu de minha casa. Acredito firmemente, que aquela péssima influencia, chamada Kushina  foi quem tirou ela de lá. E com...


- Não foi ela quem fez isso. – enquanto Hiashi falava, os homens saiam da casa, postando-se ao lado dele. – Fui eu.


O choque sentido pelas palavras de Hiashi refletiram-se nos rostos que não haviam acompanhado.


- É mesmo? – Takezo pareceu vacilar por um instante. – Bem, eu não...


- Sugiro, Takezo, que volte para sua casa, dormir. E isso vale para o resto de vocês. – Hiashi encarou firmemente.


- Onde está minha filha, Hiashi-sama? – Takezo perguntou.


- Minha mulher – Hiashi saboreou falar pela primeira vez essas palavras – está se preparando para dormir. E não pretendo incomoda-la com picuinhas.


- Não houve nenhuma cerimônia!


- Quem disse isso? – Hiashi então  permitiu que Kunio saísse, as roupas falando por ele.


Takezo ficou com um brilho estranho.


- Então... você seqüestrou minha menina e se casou com ela... – um sorriso estampou-se na face de Takezo. Um sorriso de escárnio, que fez o punho de Hiashi contrair-se, por entre as roupas.


- Tirei minha mulher, para que ela não morresse em suas mãos. E espero que saiba, Takezo, que o acordo comercial que estava sendo feito entre nós está acabado.


- Então Tomoe volta comigo.


- minha mulher fica comigo! Os maus-tratos que você estava dando a ela são imperdoáveis!


- TOMOE! VENHA IMEDIATAMENTE AQUI!- Takezo gritou, perdendo a paciência. Lançou um olhar gélido para o genro.    nem que eu tenha que mata-la, ela não vai ficar com você.


- Isso é o que vamos ver. – Hiashi desceu as escadas, ativando o Byakugan. O mesmo fez Takezo.  Ambos colocaram-se na posicao dos punhos leves.


kunio sorriu, quando percebeu o movimento furtivo de um dos homens que estava com Takezo. Por uma noite, voltaria a se divertir lutando.


 


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