A Bella E A Fera escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 9
Inverno


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas :D
eu tava ficando louca já, preocupa pq eu não conseguia achar um tempo pra escrever OO' tive que fazer de madrugada --' mas valeu a pena, pq recebi reviews LINDOS e uma indicação LINDA!
Então só tenho a dizer MUUUUITO OBRIGADA MENINAS :D
O cap de hoje é dedicado à Joicee por sua linda indicação, obrigada fofa amei :D
OBRIGADA TAMBÉM ÀS GASPARZINHAS CAMARADAS QUE APARECERAM :D
Espero que não sumam, adoram a presença de vocês :) me faz até escrever de madrugada ç.ç estou com olheiras enormes, falando nisso u.u mas faz parte.
Indo ao que interessa... o nosso príncipe está mudado... hummm, mas será que isso permanece? oh, tantas coisas para acontecer no proximo cap *o* beijos, aproveitem.



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Semanas haviam se passado desde o dia em que eu vim parar aqui neste castelo. Eu e Edward nos aproximamos, ouso dizer que nos tornamos amigos. Estamos sempre na biblioteca, entretidos em alguma história, ou na sala de música, onde ele tenta me ensinar piano. Edward sempre acha algo novo para fazermos, afim de que eu não fique entediada, e a cada dia que passa eu aprendo mais sobre ele e mais eu fico deslumbrada. Às vezes ele voltava a ser rude e sarcástico, mas logo eu o fazia rir e tudo ficava bem de novo. Aos poucos eu estava tirando a couraça que cobria Edward e eu não podia ficar mais feliz, pois eu via que isso estava fazendo bem para todos, principalmente Edward.

Às vezes tínhamos alguma inconveniência, como os olhares enciumados da empregada desfrutável, mas Edward sempre levava tudo na brincadeira e era bom ver que ele tinha senso de humor. Aconteceu de algumas vezes ele ter me beijado, mas nada urgente ou violento, era sempre calmo e doce, apenas o tocar dos lábios. Era estranho o modo como eu me sentia em relação a ele, só de pensar em seu nome meu coração acelerava e uma ansiedade surgia. Sempre quis saber por que ele me roubava beijos, mas a vergonha nunca me deixou pronunciar algo.

A verdade era que eu estava me sentindo bem ali, o clima no castelo não parecia mais tão sombrio. No entanto algo faltava, faltava a presença de meu pai. Estaria ele bem? Gostaria tanto de saber.

– Já está acordada? – Edward disse entrando em meu quarto.

– Edward! Já lhe disse que isso não se faz! – eu disse me cobrindo com o lençol.

Ultimamente Edward estava com a mania irritante de entrar em meu quarto sem bater. Já havia acontecido dele quase me pegar apenas de camisola. Eu senti minhas bochechas arderem com esse pensamento. A camisola é branca, quase transparente, seria um total desastre se ele me visse nessas condições. Imagine? Seria uma situação embaraçosa a qual todos iriam nos julgar mal. Não seria nada bom. Se bem que, quem iria julgar? Ninguém estaria presente. Não importa, eu iria me julgar.

– Eu sei, eu sei. Os modos. – Edward disse revirando os olhos. –Não preciso disso com você. – ele disse dando um sorriso torto e sentando-se na beirada da cama.

– O que está querendo dizer meu senhor? – eu disse o olhando irritada e me cobrindo melhor com os lençóis.

– Que tenho intimidade o suficiente com a senhorita para entrar sem bater. Além do que, a senhorita é mestre em entrar no meu quarto do mesmo modo. – ele falou zombeteiro, claramente para me irritar.

– Ora essa, não seja pretensioso. Nem se fosse meu noivo teria intimidade comigo. E sabe que é diferente, eu posso fazer isso. – falei empinando o nariz e ele riu.

– Será mesmo que nunca teria intimidade comigo? Nunca se sabe. – ele disse dando de ombros e rindo da minha cara indignada. – Vamos lá Bella, apronte-se. Tenho algo para lhe mostrar.

– E o que é?

– Não seja curiosa, não cai bem em uma dama. – ele disse me olhando com falsa reprovação e eu bufei.

– Tudo bem, saia então. Ficarei pronta em alguns minutos.

– Tudo bem, eu espero. – ele falou se acomodando mais em minha cama.

– Eu disse para sair.

– E por quê? Eu posso esperar aqui. – ele falou sorrindo torto.

– Edward... – eu falei o repreendendo.

– Tudo bem, estava apenas brincando. – ele falou sorrindo e se levantando. – Te espero no corredor. Ah! E pegue um casaco, está um dia frio. – ele depositou um beijo demorado em minha testa e logo depois se retirou.

O lugar aonde ele havia beijado parecia estar queimando e eu sentia que estava enrubescida. Deus! Por que sinto tantas sensações estranhas quando estou perto dele? Levantei-me e pus-me logo a me arrumar. Lavei meu rosto e penteei meus cabelos com pressa. Coloquei um vestido vermelho com detalhes dourados, peguei um sobretudo preto e fui para o corredor. Edward estava parado, escorado em uma das tantas esculturas macabras do castelo. Estava esplêndido, como sempre. Definitivamente a criatura mais bela de todas. Ele sorriu ao me ver e meu coração se aqueceu, adorava vê-lo sorrir.

– Você demorou. – ele falou tentando me repreender.

– Uma dama nunca se atrasa meu caro senhor, ela chega precisamente na hora em que deseja. – falei petulante e ele riu.

– Tenho que parar de conviver com você, está ficando boa em me dar respostas. – ele falou me dando o braço para que eu segurasse.

– Você não ousaria, sabe que não pode viver sem mim. – falei divertida.

– Realmente. – ele falou e me olhou com um brilho tão intenso no olhar que tive que desviar.

Ele me levou até um dos vários jardins do castelo. Para ser mais precisa, ele estava me levando para o maior deles. O que ele queria lá? Espere, e o sol?

– Espere, ainda é dia, não podemos sair. – eu falei exasperada antes dele abrir a porta.

– Não se preocupe, no momento podemos. Venha, venha antes que não dê mais.

Ele abriu a porta e entrou no jardim. Eu fui atrás, preocupada com o que poderia lhe ocorrer. O que ele tinha na cabeça para se expor ao sol desta maneira? Ele só poderia estar louco.

– Edward, você... Meu Deus! – eu exclamei quando vi o que me aguardava.

O jardim estava coberto de neve. As rosas estavam congeladas, assim como a agua da fonte, e os galhos das árvores estavam cheios de cristais de gelo. O inverno havia finalmente chegado, deve ter nevado a noite inteira, pois a neve chegava em meus joelhos. Eu tremi de frio e me apressei em colocar o sobretudo. Assim que eu terminei de fazê-lo uma bola de neve me atingiu no ombro.

– Ei! – eu exclamei e vi um vapor saindo de minha boca.

– Não fique aí parada, não viemos aqui para ficar só olhando. – Edward disse rindo e tacando outra bola de neve em mim.

– Mas o senhor é realmente um atrevido. – eu disse pegando um punhado de neve e jogando nele.

Infelizmente ele era ágil e eu não o acertei, o que me deixou irritada.

– A senhorita precisa melhorar essa pontaria. – ele falou rindo e tacando mais bolas de neve.

Eu me pus a correr dali, caso contrário seria bombardeada. Fui até uma árvore e a usei de escudo. Edward ria, se divertindo, e eu comecei a rir também. Preparei uma bola de neve e fiquei à espreita para a hora certa. Ele veio em minha direção, e quando estava se aproximando eu tive uma ideia. Havia um pouco de neve aglomerada em alguns galhos daquela árvore, e seria a revanche perfeita. Mirei em um dos galhos e atingi em cheio. Na mesma hora, Edward passava por baixo e uma grande quantidade de neve caiu em cima dele o levando ao chão. Eu não aguentei, e logo soltei uma estrondosa gargalhada.

– Acho que a minha mira está muito boa, meu senhor. – eu disse zombando de Edward que me olhava ultrajado.

Sua aparência era a mais cômica. Ele estava com a metade do corpo coberto pela neve, seus cabelos estavam esbranquiçados, assim como seus cílios e sobrancelhas.

– Minha querida Bellla.. reze para que eu não a pegue. – ele disse me dando um de seus adoráveis sorrisos tortos e me olhando como se eu fosse uma preza.

Oh, oh. Era nessas horas em que eu saia correndo. E foi o que eu fiz, me pus a correr, tropeçando algumas vezes por causa das dificuldades proporcionadas pela neve. Olhei para trás e vi que Edward quase me alcançava, comecei a soltar alguns gritinhos misturados com algumas risadas diante da ansiedade da caçada. Edward apenas gargalhava atrás de mim, e não demorou muito para ele me alcançar.

– PEGUEI! – ele gritou me segurando em seus braços.

Eu me debati um pouco para me soltar dele e acabamos desequilibrando e caindo na neve. Gargalhávamos tanto diante de nosso comportamento infantil que podia apostar que todo o castelo ouvia. Aos poucos nossas gargalhadas foram sessando para simples risadas. Foi então que percebi que Edward estava com o seu corpo sobre o meu e ele me olhava de forma carinhosa. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas e Edward sorriu, acariciando-as. Suas mãos estavam tão geladas quanto a neve que estávamos deitados, mas eu não me importava. O frio era irrelevante neste momento.

– Não está com frio? – ele perguntou me olhando preocupadamente.

– Não. – respondi sincera. – O sol não o afeta agora?

– Não há sol, minha querida. – foi então que eu notei que ele tinha razão, não havia sol, o dia estava nublado.

– Oh, isso é bom. – eu disse sorrindo e ele sorriu junto.

O olhar de Edward ficou mais intenso, e percebi que ele olhava para meus lábios. Ele iria me beijar? Oh, eu queria tanto. Há dias ele não me beijava e eu sentia como se precisasse disso agora, como se sentisse uma carência por seus lábios.

– Acho melhor entrarmos, ou vai congelar. – ele disse sem jeito já se levantando.

Espera, ele não ia me beijar? Ele não quer me beijar? Será que ele não gosta dos meus beijos? Ah, mas eu queria tanto. Sem perceber eu leve minhas mãos aos seus cabelos o prendendo no lugar. Ele me olhou confuso e eu logo percebi o que estava fazendo. Afastei minhas mãos um pouco nervosa e um sorriso surgiu em seus lábios perfeitos. O que? Ele ria da minha irracionalidade? Antes que eu pudesse completar o raciocínio, seus lábios estavam nos meus. Doce, calmo, terno. Deus, como eu senti falta destes lábios. Sua boca, ao contrário de seu corpo, parecia quente. Seu hálito me inebriava cada vez mais e, quando vi, eu o estava puxando para mim segurando firmemente em seus cabelos.

O beijo aumentou a intensidade, se tornou aquele beijo urgente que ele me roubava no início. Eu também gostava desses beijos, e muito. Senti sua língua explorar minha boca e soltei um suspiro de satisfação. Edward de repente separou nossos lábios. Sua pupila estava dilatada e ele respirava ofegante.

– Vamos para dentro. Aqui está frio. – ele falou e eu assenti.

Ele me ajudou a me levantar e entramos no castelo. Eu não olhei para ele por estar ainda envergonhada, mas vi que ele me guiava para algum lugar. Olhei para os lados para saber aonde íamos e vi que estávamos na ala oeste, perto de seus aposentos. Olhei para Edward inquisitiva, ele ainda parecia estar ofegante e pareceu andar com mais pressa. Os cabelos dele estavam húmidos por conta da neve e deduzi que os meus não estariam diferentes.

Entramos em seus aposentos e Edward fechou a porta. Seguimos em silêncio até estarmos em seu quarto, agora, totalmente limpo e organizado.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntei curiosa.

– Não quer tirar o casaco? Ele está molhado, pode adoecer assim. – Edward disse se aproximando e tirando o casaco por mim.

Me senti sem graça, ele parecia estar analisando cada parte de mim enquanto tirava o casaco.

– Obrigada. – falei ainda sem graça.

De repente o quarto parecia menor e abafado. Edward me olhava de uma maneira estranha, quase felina.

– Edward, está tudo bem? – eu disse sentindo a tensão aumentar no ar a medida que ele se aproximava.

– Sim, minha querida e doce Bella. – ele falou acariciando minhas bochechas.

Logo em seguida suas mãos foram para os meus cabelos e me puxavam para um beijo. As mãos de Edward desceram para as minhas costas, me segurando fortemente de encontro ao seu corpo. Sem ver eu já estava com as mãos em seus cabelos, os puxando fortemente. Edward soltou um gemido abafado por nosso beijo e senti suas mãos mexendo em minhas costas. Espasmos percorreram meu corpo quando ele cheirou e começou a beijar meu pescoço e clavícula. Senti-me tonta, inebriada.

Senti que meus ombros estavam nus, e que algo era puxado para baixo, passando por meus braços. Pulei sobressaltada ao notar que era meu vestido e que agora eu estava apenas de camisola na frente de Edward.

– Edward! Que diabos! O que está fazendo? Ficou maluco? Eu sou uma donzela! – eu exclamei nervosa e tentando colocar meu vestido, sendo impedida por Edward.

– Não, Bella, eu quero e você também. – ele falou me olhando com algo que entendi ser desejo.

Senti um tremor passar por meu corpo quando constatei isso.

– Não Edward. É errado! Nós nem mesmo somos casados. Eu...eu sou uma donzela, e devo me entregar apenas ao meu marido.

– Então case-se comigo.

– O que disse?

– Case-se comigo. – ele repetiu me olhando intensamente, entendi que falava sério.

– Edward... – eu tentei argumentar mas fui silenciada por seus lábios.

– Seja minha Bella. – ele falou voltando a me beijar.

Senti que era depositada na cama, e que seu peso estava sobre mim. Eu não consegui pensar em mais nada, não conseguia raciocinar, apenas sentia as mãos de Edward percorreram ávidas o meu corpo.

– Edward, eu estava pensando... OH, DEUS! – exclamou alto uma Alice em choque.

– Alice? – Edward falou e eu aproveitei para sair debaixo dele.

Corri para onde estava meu vestido e pus-me a vesti-lo. Alice olhava indignada para Edward que a olhava com ódio.

– Não sabe bater? – Edward falou ríspido.

– Não achei que fosse necessário, agora vejo que sim. – Alice o olhou com raiva agora.

– O que veio fazer aqui? – Edward perguntou raivoso e eu já saia quando Alice me impediu.

– Fique Bella, eu iria dar esse recado para você também. – Alice falou sem tirar o seu olhar acusador de Edward.

Eu apenas assenti e continuei aonde estava de cabeça baixa, ansiando para poder sair logo daquele lugar.

– Que recado? – Edward falou se levantando e a olhando com desprezo.

– Bem, hoje, se bem me lembro, é seu aniversário. Pensei que poderíamos comemorar com um jantar especial esta noite. Seria uma pequena comemoração, com um pouco de valsa e música. Bella seria sua companhia, claro.

– Acho uma bobagem. – ele falou voltando a se sentar na cama.

– Mas, é seu aniversário. Deveríamos celebrar. – eu disse em um fio de voz.

– Bella tem razão Edward, não seja desagradável. – Alice falou ríspida.

– Continuo achando uma bobagem. – Edward falou com desdém fazendo Alice suspirar.

– Bella, vá para seus aposentos. Tome um banho, desça para o almoço e depois se apronte para o jantar. Ele vai acontecer você querendo ou não Edward. – Alice falou e vi Edward se levantando para enfrenta-la.

Vi ali o inicio de uma batalha e me pus logo a sair dali. Estava tão embaraçada pela situação, que nem ao menos olhei para trás ou disse algo. Caminhei pelos corredores inconformada. Eu realmente iria me entregar a ele? Deus, sim! Eu me sentia tão desfrutável e vulgar por isso.

p.d.v autora

– Não preciso de um jantar, Alice. – Edward disse irritado com a irmã.

– Oh, sim, precisa. Essa é uma grande oportunidade, não vê? E aonde estava com a cabeça de ter liberdades com Bella? Ela é uma donzela, sabia? Merece mais do que isso seu irresponsável.

– Sim, eu sei Alice, por isso mesmo pedi sua mão.

– Fez o quê? – Alice disse incrédula.

– Pedi sua mão em casamento.

– E o que ela disse?

– Não sei, não consegui deixar que ela respondesse. – Edward falou com um sorriso divertido.

A verdade era que o rapaz temia em ouvir um não, pensou que se a seduzisse talvez tivesse algo ao seu favor e pudesse transformar um não em sim. Mas logo se arrependeu do que fez, sentindo o peso das palavras de sua irmã sobre si. Sim, Bella era uma donzela, e merecia mais do que isso.

Ele queria lhe dar tudo o que ela merecia e mais um pouco. Estava apaixonado, não era nenhuma surpresa, e a queria para si assim como queria ser humano outra vez, podendo assim lhe dar o que era dela de direito: a felicidade. Ela nunca seria feliz ao lado de um monstro, por mais que a bondade da jovem o dissesse o contrário, ele estava convicto de que era sim um monstro. Teria que agir com calma, ter certeza das coisas, continuar com o plano original para assim, talvez, se ver livre da maldição e poder viver uma vida plena, feliz e humana ao lado de Bella.

Sim, ela merecia mais. Ele faria isso por ela, trancaria seus instintos primitivos que teimavam em sair. Ah, mas a ideia de que quase a teve o atormentava. Seu corpo macio e quente sob o seu era uma sensação esplêndida.  Como queria ter essa sensação novamente, sentir sua pela sedosa sob seus dedos e escutar seus gemidos inconscientes. Ela era uma perdição, mas também sua possível salvação. Sim, ele faria isso por ela, ela merecia mais.

– Tudo bem Alice, organize o jantar. – Edward falou sorrindo para a caçula que retribuiu o sorriso.

Hoje teriam uma grande noite, seguiriam o plano original. Edward, talvez, nesta noite, descobrisse o que havia guardado para ele no coração da doce e linda Isabella.  


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Notas finais do capítulo

E ai reviews? Indicações? Já provei que recompenso :) obrigada a todas que comentam, às fiéis, às novatas e as gasparzinhas camaradas :D