A Bella E A Fera escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 12
Confronto


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, e ai joinha?
Sei que prometi postar na segunda, mas não estava bem emocionalmente e acabei não conseguindo escrever :/ hoje estou melhor e finalizei o capitulo, não está dos melhores, mas foi o que consegui. Obrigada a todas que desejaram melhoras para minha mãe, felizmente ela está melhor :D
OBRIGADA GALERINHA LINDA PELOS REVIEWS :D
Gostei de ver algumas gasparzinhas camaradas apareceram e deram um oi :D vamos das mais "ois" meninas?
E o final se aproxima, e as coisas ficam mais tensas.
NÃO ME MATEM, OU EU VOLTO PRA PUXAR O PÉ u.u
boa leitura :)



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– Onde ele está? – Jacob bradou enquanto me sacudia com força.


– Eu não sei, e mesmo se soubesse não lhe diria! – o enfrentei e ele me olhou com ódio para logo em seguida jogar meu corpo ao chão com violência.


– Gosta tanto daquela aberração que o protege? Acho melhor ficar paradinha aqui, se entrar em meu caminho não irei pensar duas vezes e mato os dois! – ele falou se afastando e começando a vasculhar os cômodos ali do corredor.


Maldição! Estávamos na ala oeste e no corredor dos aposentos de Edward. Deus, por favor, que Edward não esteja aqui, que ele esteja em algum lugar seguro. Jacob verificava cada cômodo e arrombava todas as portas que estavam fechadas. Eu me levantei e ousei me aproximar, no mesmo instante ele se aproximou da porta que levava ao quarto de Edward e a abriu.


– Não! – exclamei e logo depois levei às mãos à minha boca para tentar conter o grito.


Para a minha infelicidade, Jacob escutou, e me olhava de forma divertida e maliciosa.


– Então é aqui que ele se esconde. – ele disse entrando, a arma em punho.


Corri atrás, não poderia deixar que algo acontecesse com meu amor. Sim, amor. Percebi tarde de mais que amava Edward e queria passar o resto da minha vida ao seu lado. A ideia de perdê-lo me dilacerava. Eu o protegeria, nem que isso custasse minha vida. Mas assim que passei pela porta Jacob agarrou o meu braço com força. Ele estava fora de si, era um louco.


– O que eu lhe disse? Se entrar em meu caminho eu lhe mato, e não queremos isso não é? Futura senhora Black!


– Nunca serei sua. – falei com ódio e cuspi em sua face.


A cólera tomou conta de suas feições, o aperto em meu braço aumentou. Senti que estava sendo lançada para longe, e enquanto caia senti uma dor aguda na parte de trás da minha cabeça. Tudo ficou embaçado primeiro para depois sumir na escuridão.


Autora p.d.v

Jacob olhava para o corpo inerte de sua noiva ao chão com ódio. Como ela pôde cuspir em sua face? Menina geniosa. Um sorriso surgiu nos lábios de Jacob, seria ela geniosa na lua-de-mel? Ele esperava que sim, gostava de jovens ousadas. Segurando firme o revólver, ele voltou sua atenção para a busca. Sentiu o arrepio surgir ao observar o lugar. Estava repleto de quadros e móveis destruídos. Encontrou um corredor e seguiu por ali.


Ficou surpreso ao ver que o corredor levava a um quarto bagunçado, com pedaços de móveis espalhados e cacos de vidros pelo chão. Em uma sacada viu o corpo de um rapaz vestido de negro, ele olhava para a lua e parecia alheio ao intruso em seus aposentos. Jacob sentiu seu estômago embrulhar. Bella estivera ali? Com ele no quarto? Sozinha? Era melhor ela ainda ser donzela, ou ela encontraria sua ira quando fossem para a lua-de-mel.


Edward olhava perdido para a lua, sua visão turva por conta das lágrimas de sangue que não cessavam. Destruíra metade de seu quarto novamente, mas dessa vez não encontrou alívio nenhum para o seu tormento. Ouviu passos cautelosos atrás dele, mas ele não deu importância. Não queria mais ouvir nenhum pedido de suas irmãs e cunhados. Não suportava mais a dor que sentia. Isabella, ah, a sua doce e linda Isabella estava no castelo. Ele queria vê-la mas reprimiu esse desejo, não queria ver o desprezo em seu olhar enquanto ela realizava a sua vingança. Ele era merecedor dela, não iria lutar, ele a havia prendido, privando-a da convivência com seu pai e do mundo exterior. Quem não o odiaria por isso? No entanto, por breves momentos poderia jurar que ela estava feliz ao seu lado, que ela gostava dele. Pobre fera, pobre e coitada fera, era um iludido. A quem queria enganar? Ela nunca o iria querer ao seu lado.


Um estrondo tomou conta do quarto. Edward sentiu como se algo pegasse fogo em seu ombro, olhou para ele e encontrou um pouco de sangue. Jacob ria enquanto analisava a expressão da criatura à sua frente. A bala havia atingido o ombro da fera por trás, saindo do outro lado e formando um buraco por onde passou. O buraco feito era o bastante para fazer qualquer um gritar e ter uma hemorragia até morrer, mas, no entanto, o rapaz não esboçava dor alguma e o sangue mal escorria dali. Jacob ficou espantado, mas depois se lembrou que ele não era humano. Contrariado apontou a arma novamente, mas sentiu se paralisar quando o rapaz ferido se virou para encará-lo. Havia tristeza e algo mais profundo e perigoso em sua expressão. As manchas de sangue em sua face contratavam com a pele alva e isso assustou Jacob. Não humano, definitivamente. Não esperou mais, Jacob apontou a arma novamente para a fera à sua frente e ele não esboçou nenhuma reação.


– Seja mais eficaz desta vez senhor, e mire no coração. – a fera falou para Jacob que se surpreendeu.


– Deseja a morte?


– E porque não?


– Não prolonguemos mais, façamos sua vontade. – Jacob falou zombeteiro mirando no coração do rapaz.


– Por favor, deixe-me facilitar as coisas. – a fera falou deixando Jacob confuso.


Logo em seguida ele abriu alguns botões de sua vestimenta e a segurou para os lados, expondo seu peito nu e definido.


– Pronto, assim não haverá erros. – Edward disse sem nenhuma emoção.


Jacob se surpreendeu com seu gesto e notou que a ferida em seu ombro não estava mais aberta. Ficou horrorizado. Ele não podia morrer? Se curava tão rápido assim? Seria isso um jogo? Ah, do que lhe interessava afinal? Sua preza estava facilitando sua morte e ele não perderia essa oportunidade. Se o tiro no coração não funcionasse ele daria outro e mais outro, até a besta cair morta no chão.


Edward estava exausto, não aguentava mais aquela vida. Não valeria apena viver sem sua doce Isabella afinal. Onde estaria ela? Não presenciaria a sua morte? Sentiu um aperto no coração e desejou que o homem à sua frente atirasse logo, acabando com sua agonia.


– Não, Jacob, não. – uma voz fraca disse de dentro do quarto e ambos se viraram para ver quem era.


Era Isabella, se aproximava cambaleando até a sacada. Um filete de sangue escorria pelo seu pescoço e ombro. Ela ainda vestia as roupas da melhor, e também pior, noite que Edward já tivera na vida. Os olhos da jovem estavam marejados, olhava com desespero para os dois homens parados à sua frente.


– Ora essa, minha futura esposa veio ver a morte da fera? Sente-se querida, fique à vontade. Prometo ser rápido, logo depois partiremos e marcaremos a data do casamento. – Jacob falou divertido e aquelas palavras feriram Edward ainda mais.


Ela estava noiva, prometida a outro? Não valia à pena viver.


– Eu NUNCA me casaria com você. A morte é mais atraente. No entanto, se o deixar em paz, se o deixar vivo eu...eu me caso com você. – a jovem disse com dificuldade, tentando conter o choro.


Edward se sentiu entrar em choque. O que ela dizia? Então ela não desejava se unir a outro, mas faria para salvá-lo? Faria algo pior do que a morte só para vê-lo vivo? Então, isso significava que ela não veio se vingar, ela não veio presenciar sua morte.


– Faria isso, só para deixar esse monstro vivo? – Jacob falou raivoso, não gostava do meio que Isabella colocava as coisas, como o casamento deles sendo um grande sacrifício.


– Já lhe disse, ele não é monstro Jacob. Você é! – a jovem bradou o enfrentando, furiosa por ele estar atentando contra a vida de seu amado.


Edward sentiu uma pontada de alegria ao ouvir a frase de Isabella. Então ela falava a verdade, ela não acha que ele é um monstro. Sentiu a força voltar para os seus membros e a razão lhe dar lucidez. Ele não iria morrer, não sabendo que seu amor estava disposta a se sacrificar por ele. Não, ele se sacrificaria por ela, ela já havia feito de mais, havia voltado para ele, não para julgar, não para se vingar, mas para tentar mantê-lo a salvo. Era mais do que ele podia pedir.


Jacob sentiu a cólera tomar conta de seu corpo. Como sua noiva ousava enfrenta-lo dessa maneira?


– Vou ensiná-la a me tratar como se deve. Não se pode falar assim com seu futuro marido. – Jacob se aproximou de Isabella com ódio no olhar, a mão se levantando, pronta para lhe proferir um tapa.


– Não se atreva a tocar nela. – Edward disse segurando o pulso de Jacob com extrema força, fazendo-o gemer de dor.


Jacob mirou a arma para disparar em Edward, mas este pegou a arma com a velocidade que lhe foi dada pela maldição. Jacob nem ao menos viu o que aconteceu, apenas percebeu que seu revolver estava no chão em pedaços. Furioso, e movido também pelo medo, Jacob avançou em Edward no intuito de iniciar uma luta corporal. Edward desviou de seus ataques e empurrou Jacob para longe. Jacob foi lançado em direção à sacada, caindo logo em seguida.


Edward se aproximou da sacada e constatou que Jacob havia caído em uma das calhas e sua queda havia sido amortecida pela neve ainda fofa.


– Edward, por favor, fique aqui. Não quero que se machuque, por favor, não poderia perdê-lo. – Isabella disse em meio às lágrimas que teimavam em cair.


Edward tocou o rosto da jovem com ternura e percebeu que nos olhos de sua amada havia amor. Estaria ele enganado? Mais parecia um sonho, um sonho que poderia ser destruído por um homem louco que ainda estava vivo.


– Bella, preciso fazer isso. – ele disse se afastando. – Não se preocupe, eu volto para você. – ele completou para acalmar a jovem.


Mas o que queria mesmo era lhe tomar nos braços, e tê-la ali para sempre. Para sempre sua Isabella. Ele precisava garantir esse sonho. Agora que ela havia voltado, valia apena viver. Ele saltou a sacada, alcançando a calha em que Jacob estava caído. Ele ainda se levantava, estava atordoado pela queda. Edward resolveu surpreendê-lo, se escondendo entre as gárgulas e a escuridão.


– Ora, venha até aqui e lute! – Jacob bradou se pondo de pé, sabia que a fera estava por perto. – Está apaixonado por ela fera? E porque ela vai querer você, quando pode ter alguém como eu? – Jacob provocou, desejando que a criatura saísse das sombras para o combate.


E funcionou, aquela frase atingiu Edward no íntimo. Ele sabia que era verdade, porque Bella iria querê-lo se poderia ter qualquer homem ao seu lado? Mas ela queria, sim, ele viu isso nos olhos da jovem, ela o queria. E ele iria garantir que fosse ele a estar ao seu lado.


– Bella é minha! – Jacob gritou assim que viu a fera sair da escuridão.


Edward avançou em Jacob, jogando seu corpo para o outro lado. Quando Jacob fez menção de se levantar Edward o agarrou pelo pescoço, o deixando pendurado no ar. Cego pela fúria, Edward afrouxou o aperto no pescoço do homem, pronto para jogá-lo lá em baixo.


– Não, não, por favor, não me solte, não me deixe cair. Eu faço qualquer coisa, faço qualquer coisa! – Jacob implorou percebendo a morte iminente.


A expressão de Edward se suavizou. Ele era melhor do que isso, matá-lo o transformaria em um verdadeiro monstro. Suportaria estar ao lado de Bella sabendo disso? Aos poucos ele trouxe Jacob para a segurança da calha, olhou bem fundo nos olhos amedrontados do homem que respirava com dificuldade.


– Saia daqui, deixe-nos em paz. – Edward disse jogando o corpo do homem na neve grudada à calha.


– Edward! – lá de cima uma voz doce e angustiada o chamava. Edward olhou para cima e encontrou o rosto de sua amada.


– Bella! – ele exclamou enquanto escalava facilmente até a sacada de seu quarto. – Estou tão feliz que tenha voltado. – ele exclamou assim que chegou a sacada.


Colocou uma de suas mãos entre os cabelos de sua amada e a outra alisou o rosto manchado de lágrimas. Um sorriso se formou nos lábios de ambos, estavam juntos enfim. Jacob presenciou a cena, estava enojado com o amor que os dois exalavam um pelo outro. Isabella amava a fera, estava claro isso, nunca poderia ser dele. Ódio. Tanto tempo perdido, tanto investimento, tanta espera para nada. Se ela não fosse dele, também não seria do monstro. Tirou uma adaga que ficava presa em sua bota, subiu a sacada e a empunhou, pronto para atingir o coração de Isabella, sua amada perdida.


Edward percebeu a tempo o que estava prestes a acontecer, tirou Isabella rapidamente do caminho levando a facada por ela. A adaga atingiu em cheio seu coração, a dor era excruciante, a morte era certa.


Jacob se assustou ao ver que errara o alvo, mas não se deixou abater. Não, tudo estava em seu devido lugar agora.


– Ora, ora. Saiu melhor do que eu pensei. – ele falou gargalhando alto.


Com o resto das forças que ainda tinha, Edward se aproximou do homem que ainda se deleitava com sua gargalhada e o empurrou da sacada. Logo a gargalhada se transformou em um grito. Dessa vez Jacob não conseguiu se segurar, sua queda foi livre. A morte o recebeu em seus braços no pátio do castelo.


Na sacada, Edward estava no chão, a cabeça apoiada no colo de sua amada que chorava. O sangue escorria livre de seu ferimento, a dor dificultava Edward falar e até mesmo respirar. Ele tirou a adaga de onde estava cravada e urrou tamanha a dor. Então era esse, o seu fim.


– V-você voltou. Eu...eu pensei...que nunca mais ia vê-la o-outra vez. – Edward disse com dificuldade, tentando manter seus olhos abertos.


– É claro que voltei, não podia deixa-lo. Foi tudo minha culpa... – a jovem exclamou chorando ainda mais, seu coração doía como se ela própria tivesse levado a facada.


– Talvez, seja melhor...melhor assim.


– Não fale desse jeito. Você vai melhorar. Estamos juntos agora, tudo vai acabar bem, vai ver. – Isabella disse tentando estancar o sangue com um pedaço de seu vestido rasgado.


– Ao menos pude ver você...uma última vez. – Edward disse tentando tocar o rosto da jovem, mas a fraqueza o impedia.


Sentiu a força de seu corpo se esvair junto com o sangue de seu ferimento. Ele sabia que aquele ferimento era fatal, o único que poderia matá-lo, Tanya o havia avisado. Era engraçado como ele, que tantas vezes desejou a morte, agora desejava tanto viver. Queria viver ao lado de sua doce e linda Isabella, mesmo que fosse como amaldiçoado. Mas ele iria morrer, sentia isso a cada dificuldade em respirar. Estava feliz, no entanto, por pelo menos tê-la visto antes de sucumbir à escuridão eterna. Seus olhos pesavam, não conseguia mais mantê-los abertos. A inconsciência o abraçou e a morte já o cumprimentava antes de iniciar a sua jornada final.


– Não, não. Por favor...por favor não me deixe. – Isabella disse se jogando em cima do corpo inerte de seu amado.


Ela sentia vontade de gritar, mas a dor em seu coração era tanta que não conseguia emitir nenhum som. Então era esse, o fim de uma história de amor que nem ao menos começou.


– Eu te amo.


Isabella disse de olhos fechados, o rosto apoiado no peito daquele que uma vez fora o seu primeiro, e para sempre único, amor.


Fim.

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RÁ, É MENTIRINHA KKKKKKK NÃO SOU DOIDA DE ACABAR AQUI NÉ GENTE? SÓ MAIS DOIS CAPÍTULOS E AÍ SIM O FINAL ABSOLUTO.



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Notas finais do capítulo

E ai reviews? Indicações? Vamos lá galerinha, estamos na reta final, vcs sabem como funciona, me façam feliz que eu faço vocês felizes :D beijos lindas :*