Tormenta De Máquinas escrita por davifmayer


Capítulo 9
Capítulo 8 O Trono de Máquina 1° Parte


Notas iniciais do capítulo

Agora sim o homem de ferro aparece e segue para o embate!!!!!!!!!! Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190800/chapter/9

“Nenhuma decisão sensata pode ser tomada sem que se leve em conta o mundo não apenas como ele é, mas como ele virá a ser.” Isaac Asimov



Jabez e Melissandra estavam do lado de fora do hangar do Tridente. As duas naves Ghost-Hunter´s estavam estacionadas numa velha pista de pouso. Três meses se passaram, era chegado o dia D.


O jovem de pele escura encarou a mulher ao seu lado e deu um sorriso curto e rápido.


- Espero que se lembre de tudo o que aprendeu quando estiver lá em cima, cabelo de alga.


- Estou preparada, Caçador Noturno.


- É bom estar. – ele voltou a rir e estendeu a mão, ao que ela apertou.


Estavam vestidos de negro, de capacetes na mão. Um grupo de soldados estava na entrada do hangar. Uma mulher alta e de uniforme militar verde correu até Jabez. Eles se abraçaram longamente.


- Não vou pedir que prometa voltar vivo. – ela sussurrou.


Ele fez que sim com a cabeça. Jabez não pensava em voltar. Acreditava ser uma viagem só de ida.


- Se não voltarmos... Sabe o fim que levamos. Partam imediatamente daqui. – ele respondeu virando o rosto para não chorar.


- Seu filho saberá que lutou bravamente.


Ele se espantou. Não sabia que sua mulher esperava um filho.


- Por que não...?


Ela pôs um dedo na sua boca.


- Volte para vê-lo crescer.


Ele a beijou ternamente e se encaminhou para a sua Ghost-Hunter. Entrou e baixou o vidro. Colocou o capacete e fez um sinal positivo com o polegar para Melissandra. Logo, o caça noturno taxiou pela pista e partiu sem fazer quase barulho algum. No céu, sua velocidade aumentou monstruosamente, ficando apenas um ponto preto no horizonte.


Melissandra olhou em volta. Desde ontem não tinha visto Tony. Dormira apreensiva... Queria tanto ter feito amor... Mas onde ele se encontrava agora? Seu coração se comprimiu no peito e sua expressão era de desolação.


A princípio pensou ter escutado um ronco distante de um missel a se aproximar velozmente. Olhou para o horizonte azul da manhã e viu um ponto distante, a refletir a luz do sol.


Aproximava-se rápido, levantando poeira da terra oceânica por onde passava. Diminuiu a velocidade e de longe a mulher e os soldados no hangar sentiram as ondulações do ar, como um golpe sem contato físico. Mel deu uns passos para trás, espantada. Não poderia ser Jabez. Era pequeno e vermelho o objeto que estava a dois quilômetros deles.


Parecia ser feito de metal, parecia ser bípede. O coração de Melissandra se terrificou. Será que é uma máquina diferente do Usurpador? Pensou ela pronta para correr para a Ghost-Hunter. Mas o ser se aproximava lentamente, voando baixo. Um zunido chegou ao ouvido de todos quando ele levitou sobre eles e aterrissou lentamente.


Todos olharam para o robô de metal... Ou era de ferro? Ele deixou os pés tocarem o solo da pista. Melissandra arregalou os olhos de surpresa e deu alguns passos na direção da misteriosa aparição. Os soldados, cautelosos, fizeram o mesmo.


Era grande. Quase dois metros de altura. Um vermelho polido e reluzente sobre uma couraça de metal também polida por baixo. Titânio vermelho sobre titânio prateado. Seus olhos eram dois faróis azuis e pálidos a encarar os refugiados. Do peito, um círculo pequeno e perfeito, de onde uma pedra semelhante a um diamante brilhava um branco puro e forte. Moveu a cabeça e um som mecânico acompanhou, para ver Melissandra com mais intensidade.


- Veja... Parece um homem de ferro. – comentou um.


- É um robô...


- Será que é o próprio Usurpador?


- Não... Se fosse já estaríamos todos mortos...


Melissandra ficou a uns três passos do “homem de ferro”. Com cuidado, ela perguntou num sussurro:


- Quem é você?


A máscara se retraiu para os lados e para cima, de forma automática soando destravas metálicas. Um rosto conhecido apareceu. Era Antônio, com um sorriso radiante nos lábios.


- Amor...? – Mel fez uma careta de incompreensão e felicidade.


- Em carne, ossos e ferro.


- Mas... O que é tudo isso...? – falou ela apontando para a armadura que vestia.


- Não vou ficar aqui sentado enquanto o meu amor reconquista o planeta sem mim.


Ela riu do gracejo e o beijou.


Os soldados olhavam atônitos e perplexos. Em seguida, urraram de felicidades. Tony sorriu olhando para eles e sentiu-se grato e esperançoso.


- Cabelo de alga, onde está você? Estamos perdendo um tempo valioso. Eu ainda quero voltar a ver meu filho quando ele nascer. Será que dá pra apressar?


Melissandra escutou saindo do fone do capacete. Ela o colocou na cabeça com um sorriso feliz.


- Calma, caçador. Estamos chegando. E com reforços.


- O que quer dizer?


– Estamos chegando...


- Ei.


Ela desligou e virou-se para Tony.


- Essa roupa vai agüentar a pressão?


- Vamos ver. Quem projetou tudo foi meu pai e ele era o gênio da ciência.




***


Jabez olhava admirado para o homem de ferro a voar ao seu lado. Um sorriso débil e de espanto que parecia dizer i-na-cre-di-tá-vel.


Nuvens à frente, um sol reluzente à esquerda, uma paisagem desértica de montanhas e planaltos a correr velozmente abaixo deles. Iam a trezentos por hora. Três pontos a cruzar a imensidão do ar, a imensidão do deserto marrom e a imensidão do céu azul.


Mel não tinha conseguido tirar o sorriso da boca. Estar com o seu amado a deixava mais confortável e segura. Olhou mais uma vez para Tony, com medo que ele desaparecesse a qualquer momento e tudo isso não passasse de um sonho.


Mas ele estava lá. Sua armadura refletindo os raios solares e parecendo o próprio sol. Parecia nadar sobre o céu, a cabeça para frente a mergulhar contra o vento. Da sola jatos azuis reluzentes emitiam impulsos que o fazia avançar num vôo rasante. Concentrado, ele encarava o infinito.


­- Consegue me ouvir, amor?


Melissandra se surpreendeu com a voz estática do seu amado. Ela sorriu mais uma vez.


- Claro que sim.


Ele inclinou a cabeça de lado, vendo-a dentro da Ghost-Hunter, parecendo sorrir sobre a face de metal. Deu um tchauzinho com a mão e impulsionou o vôo, ganhando distância deles num curto espaço de tempo.


Logo, nem Melissandra nem Jabez conseguiam ver o homem de ferro.


- Cabelo de alga... – falou Jabez pelo fone.


– Sim...? – sussurrou Mel, ainda espantada ao ver a velocidade inigualável do homem de ferro.


- Já disse que acho o Tony um cara legal?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tormenta De Máquinas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.