O Despertar de Um Anjo escrita por Mara S, Kelly S Cabrera


Capítulo 5
Lara Croft II - O Outro Lado




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            - Eu não estava preparada para mais uma queda. Que lugar é esse? Onde está o portal que me trouxe para cá?
            Levantei-me e observei o local. Tive um instante de felicidade ao perceber que estava em um morro à noite, havia árvores por toda a parte e um caminho de pedras.

            - Eu saí da pirâmide! Que maravilha! Mas... Onde estou?

            Minha alegria desapareceu na mesma velocidade em que veio.

            - Preciso saber onde estou... Aquele portal estava em uma área supostamente proibida da pirâmide, não posso saber o que me espera.

            Estranhamente reparei que não me sentia mal, a minha cabeça não doía mais. Ainda tinha diversos cortes no corpo, mas estava me sentindo bem.

            - Acho melhor seguir este caminho, vou observar atentamente este local.

            Ao caminhar senti que não estava sozinha, era como se centenas de olhos me observassem, sentindo o meu medo diante do desconhecido. Sentia-me zonza, fraca, como se algo sugasse toda a minha energia, a sensação era horrível, gritei e caí de joelhos.  Já estava prestes a desmaiar quando tudo ficou silencioso. A tontura desapareceu. Sentia-me bem novamente. Até mesmo a sensação de estar sendo observada sumira.

            - Mas que droga está acontecendo comigo? Desse jeito vou começar a pensar que não deveria ter saído da pirâmide, pelo menos eu sabia que estava no Egito.

            Retomei a caminhar, a descida era íngreme. Ao longe notei uma espécie de templo, estava destruído e coberto de ervas. Ao me aproximar da antiga entrada do templo notei uma sombra ao longe, saquei minhas pistolas e caminhei lentamente, tentando distinguir a figura ao longe. Quando estava a poucos metros pude ver que era uma pessoa. Um homem. Vestido com um sobretudo todo azul. Seu cabelo era branco e penteado para cima, mas não aparentava ser velho. Ainda apontava minhas pistolas para o estranho e quando estava prestes a perguntar quem era o sujeito virou-se. De fato, não era um velho, seu rosto era bonito e jovem, apesar da aparentar certa frieza e até mesmo crueldade. Senti-me pesada perto dele, contudo não abaixei minhas armas.

            - Quem é você?

            - O que quer?  – o estranho olhou diretamente nos meus olhos, seu tom era indelicado e frio.

            - Você ainda não me respondeu quem é? – continuava apontando minhas armas para o estranho.

            - Eu não preciso lhe responder nada. Tire essa arma da minha frente – além da estupidez senti ódio em seus olhos.

            Antes de poder responder qualquer coisa ele tirou sua espada da bainha.

- Eu não terei medo em atirar em você se precisar. – meu olhar estava cada vez mais centrado no homem, não queria aparentar medo. Mas ele não parecia intimidado, ele estava apontando a espada na minha direção.

            - Por que o portal se abriu?

            Fiquei muda, o portal que me trouxe para cá, o que ele poderia saber sobre ele?

            - O que você sabe desse portal?Eu preciso de respostas! – falei com raiva, tudo aquilo estava começando a me irritar.

            O homem guardou sua espada, continua me fitando com o olhar intimidador e saiu, me deixando com mais dúvidas. Ao invés de segui-lo imediatamente, fiquei parada pensando.

“Tudo isso está me deixando nervosa, quem era aquele homem? Algo me chamou a atenção, me senti diferente perto dele... Esquece, vou continuar por onde ele saiu, quem sabe eu descubro mais alguma coisa, se ele quisesse me matar já teria feito isso.”

            O caminho por onde o estranho havia desaparecido era coberto por vegetação. Continue até ver ao longe uma luz, “seria uma cidade?” Talvez ele esteja me ajudando... A mata densa desapareceu repentinamente, dando lugar a um ambiente urbano. A escuridão me impedia de ver bem a cidade, mas havia diversos prédios, a aparência era de tristeza, a rua estava deserta. Senti um pouco de esperança, contudo estava em um lugar totalmente desconhecido, e deveria ter cuidado, o primeiro morador desse local não me apareceu muito amistoso.

            Caminhei lentamente pela rua suja, havia garrafas quebradas no chão, o cheiro não era agradável, deveria estar na parte mais depredada da cidade. Ao longe notei um vulto se aproximando. Era difícil perceber por causa da escuridão, mas pude notar um sobretudo, antes que o vulto pudesse se aproximar mais me escondi em um beco.

            “Será que é aquele cara? O que ele quer? Bom, ele estava vindo nessa direção, talvez ele tenha me notado... De qualquer forma vou me esconder, talvez eu tenha sorte”

            Olhei para o vulto novamente, agora era nítido o cabelo branco.

            “Ele está se aproximando, dessa vez ele não escapa”

            Quando os passos estavam próximos saquei minhas pistolas e virei para o estranho, mas antes que pudesse imaginar qualquer reação, levei um chute na barriga. Caí no chão, escutei alguém falando bem perto de mim, enquanto estava me levantando:

            “Então você é a festa? Não pensei que seria tão pouco... – o sujeito se aproximou com um ar sarcástico.

            “Que engraçadinho...” – pensei irritada.

 


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