O Despertar de Um Anjo escrita por Mara S, Kelly S Cabrera


Capítulo 14
Capítulo IX - Alguém tem que Partir




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            Noesis havia chegado a uma região descampada, alguns matos brotavam do chão, a única coisa que chamava à atenção desse local era uma estrutura alta de pedras escuras, aparentava ser, para um simples mortal, apenas um vestígio de algum castelo ou templo em ruínas. Mas Noesis e outros demônios sabiam o que era aquilo. Era o portal para o Inferno, posto em um local fora do alcance dos curiosos habitantes da cidade, em uma região desabitada. Poucos tinham chegado tão perto do portal, muitos ao aproximarem-se sentiam uma força que os impediam de voltar. Apenas os mais fortes e antigos demônios tinham permissão para tocar aquela estrutura. Noesis era um desses, Sparda também.

            Noesis contraiu o rosto lembrando-se do maldito.

            - Traidor. – respirou profundamente e gritou – Agora vou retornar o trabalho perdido há séculos. Séculos de esquecimento. Noesis retornou irmãos!!! – Tocou a estrutura e iniciou um mantra em uma língua desconhecida.

            Houve um clarão. O interior do portal ganhou uma coloração acinzentada, muito fraca, o que não passou despercebido pelo demônio.

            - Tenham calma! Logo vocês poderão caminhar pelo mundo dos humanos novamente. Poderão zombar de Sparda! Mas preciso recuperar minha força total, roubada pelo maldito. – Noesis sussurrou – Essa fresta será suficiente para atrair os gêmeos, assim poderei pegar o que é meu.

            O demônio desapareceu para dentro do portal.

 

            Noesis chegou ao outro lado com um sorriso de satisfação. Estava de volta e ainda por cima, com um corpo! Não era mais uma massa disforme, sem poder. A mortal havia lhe cedido seu corpo, com certa resistência, mas era seu agora.

            A noite eterna sorriu para ele, seus olhos brilharam ao olhar o local. Ao longe via o Desfiladeiro do Desespero, tantos companheiros haviam sido mortos ali, condenados ao sofrimento eterno. Era difícil notar, mais no fim do desfiladeiro encontrava-se um rio, quase seco, de aparência lodosa. Algumas árvores mortas enfeitavam o local. Noesis caminhou até o desfiladeiro e olhou a diante. Lá estava o grande portão do Inferno, muitos demônios nunca tinham visto aquela visão, espetacular. Mesmo de longe, era notável toda a extensão do portão, talvez chegasse a 10 metros de altura.

            Correu para ganhar impulso e voou para o portão infernal. A presença de Noesis foi percebida pelos habitantes do local. A terra tremeu levemente ao Noesis tocar o chão. Sua aparência mudava lentamente. Era a influência do Inferno sob ele.

            Noesis soltou um grito tão alto que faria um simples mortal morrer de agonia. Estava incitando seus companheiros.

            - Não tenham pressa – gritou – Logo retornarei e aqueles que foram fieis serão os meus escolhidos! Os traidores deverão tremer, pois sinto a sua presença!Os fracos demônios serão meus. – Noesis finalizou. Apesar de estar apenas no portão do Inferno, ele sabia que muitos dos cruéis habitantes o ouviriam.

            Chamou em pensamento o Semeador de Discórdia, era esse seu nome, fora rebatizado por Noesis.

            O demônio o aguardou pacientemente. Em pouco tempo o demônio estava em sua frente. Carregava a cabeça na frente, como uma lanterna. Seu corpo era cheio de chagas e exalava um péssimo odor.

            - Mestre. – o demônio mutilado tentou uma reverência.

            - Poupe-me de bajulações, verme. Tenho algo para você. Pela primeira vez em séculos, você retornará ao mundo dos homens. Encontre os gêmeos Dante e Vergil, filhos de Sparda, eu sei que você os sentirá. Diga-os para me encontrar no Inferno. Faça-os passar pelo Portal que está aberto pela minha magia. Não demore a encontrá-los, não quero você vagando por aquele mundo.

            - Filhos de Sparda, meu senhor? – o demônio com corpo de homem perguntou.

            - Vá! Sem perguntas. Logo você entenderá tudo. – Noesis desapareceu.

 

            Semeador de Discórdias caminhou para o portal, sentindo a presença do mundo dos tolos homens. Noesis estranhamente havia aberto o portal. E agora podia caminhar pela terra dos mortais, agradecia Noesis por isso, pois sabia que o antigo demônio conseguira o que queria, apesar de não entender totalmente porque precisava dos gêmeos.

            O sentimento do Semeador por seu mestre era um misto de agradecimento e rancor. Era por causa dele que caminhava mutilado pelo Inferno, sendo motivo de zombaria por outros demônios superiores, ele mesmo era um desses demônios, amaldiçoado por Noesis por tê-lo traído. Seu nome havia sido apagado dos registros infernais e agora era conhecido apenas como Semeador de Discórdias, para que todos nunca esquecessem sua infidelidade. Gostava de sua forma física, exatamente por parecer um humano, assim era mais fácil caminhar entre eles, a mando de Noesis, para levar a morte. Entretanto, agora parecia um monstro. Constantemente, quando ficava nervoso, de sua cabeça caiam gotas de sangue, marcando seu caminho. Toda essa transformação era culpa de Noesis. Mas mesmo assim ele não o havia matado e ele era grato por isso. De guerreiro o tornara mensageiro. Mensageiro do grande Noesis.

            Noesis havia sido derrotado por Sparda, e apesar de continuar vivo, tinha perdido sua forma física. Semeador aguardou pacientemente seu retorno, aliás, diversos demônios aguardavam esse dia chegar. O dia que poderiam voltar ao Mundo dos Homens, sem medo.

 

            Dante estava sentado do mesmo modo de sempre em sua mesa, esperando o momento certo, Vergil também esperava cada segundo pacientemente. Ao contrario de seu irmão, Vergil queria sua vingança. Não admitia que um demônio o derrotasse daquele jeito.  Suspirou se acalmando, muitas coisas ainda estavam por vir e ainda tinha o plano insano de seu irmão e ele teria que aceitar isso até a hora que seu amuleto estivesse em suas mãos. 

            Dante levantou se de sua mesa e olhou para porta fixamente;

            -Temos visitas – sorriu

            -Eu sei disso – Vergil respondeu se virando pra porta, já segurando no cabo da Yamoto com força

            -Porque a pressa Vergil? Ele está longe ainda. – Dante andou até o lado do irmão.

            Caminharam até a rua. Dante nunca imaginou uma cena daquelas, apesar de já ter passado por uma parecida.

            -Ah, o sangue de Sparda corre em suas veias – Dante e Vergil retiraram suas espadas e se deparam com, na mente de Dante, o demônio mais bizarro que ele viu em todos os anos como Devil Hunter. Vergil ao seu lado apenas fechou mais a cara.

            O demônio a frente tinha o corpo de um humano nu, havia varias feridas que deformavam seu corpo. O que mais chamou atenção nele foi o motivo de sua cabeça vir em frente ao corpo mutilado, como se iluminasse o caminho a frente do demônio. Dante e Vergil deram um passo para trás. O cheiro que aquela criatura emanava era terrível, tão terrível que Dante ficou pensando se conseguiria agüentar aquilo.

            -Esse precisa de um banho – Dante soltou, sem se importar com Vergil ao seu lado, ou como demônio logo a sua frente.

            Semeador de Discórdia soltou um urro, forçando seu pulmão que também parecia dilacerado pelas úlceras.

            - Cuidado com as palavras filho de Sparda. Você não tem idéia de quem eu seja.  - o demônio aproximou-se mais, seus olhos encaravam Dante.

            -Heh, cuidado? Essa palavra não se aplica a mim – Dante respondeu com um sorriso .

            -Dante calado! - gritou Vergil - Esse demônio não merece nossa atenção. Fale logo que você quer aberração!

            -Audaciosos não? Seu pai também era muito audacioso. Nós lutamos diversas vezes. Ele nunca conseguiu me destruir, então cuidado com o que dizem tolos!

            -Ah, mas ele te deixou bem detonado ehn? - Dante zombava

            Algumas gotas de sangue começaram a cair da cabeça do demônio que caminhou mais próximo de ambos, talvez fosse apenas impressão, mais parecia que ele estava despedaçando, Não era um espetáculo muito bonito de se ver.

            - Eu estou aqui para lhes enviar a mensagem de Noesis. Ele quer encontrá-los no Portal do Inferno. Chegando lá vocês saberão o que fazer. - a figura abaixou um pouco a cabeça, como se ela estivesse pesando muito - Vocês sabem aonde é, não sabem? Se o sangue de Sparda realmente corre nessas veias, se vocês não foram poluídos pelo mundo dos medíocres mortais, vocês vão saber aonde é o Portal.

            - Então seu trabalho está feito – respondeu Vergil dando um sorriso cruel. Com extrema agilidade pulou sobre o demônio o cortando ao meio. Dante assoviou impressionado. Apesar de seu irmão ainda não estar 100% recuperado ele ainda tinha uma grande habilidade com sua espada.

            -Pelo visto irmãozinho, você nem vai precisar do seu poder de volta – Dante disse passando a frente do irmão – Se ficar ai parado feito uma estátua vai perder toda a diversão.

            -Há! O doidão achou que ia se safar. - Dante riu enquanto caminhava.

 

            O grande portal feito de pedra residia bem afastado da cidade.  Dante e Vergil conseguiam vê-lo a uma distancia razoável.  Correram por mais algum tempo até verem a base daquele grande portal.  Nele havia uma fresta, uma fresta para o mundo dos demônios.

            -A nossa diversão vai começar agora – Dante sorriu caminhando até a entrada – Espero que você não passe mal enquanto volta pra casa Vergil! – Disse sumindo dentro do portal. Vergil o seguiu.

            Dante e Vergil caminharam lentamente pelo ambiente infernal, já conheciam aquele local, era proibida a entrada de humanos. Eles ainda não haviam desvendado todos os segredos que ficavam além do Portão infernal, mas sabiam que estavam em solo maldito, e que deveriam ficar o mínimo necessário. De longe avistaram uma figura, aparentemente feminina.

            - Vamos ver se é Lara ou... Noesis. - Dante vacilou.

            Vergil percebeu o receio do irmão e sorriu.

            - Você está com medo Dante?

            - Medo Vergil? Só não quero que as pessoas erradas morram nessa empreitada. - Dante finalizou sombriamente.

            Quando chegaram perto da figura o demônio se virou. A transformação que começara a ocorrer a Noesis ao adentrar o Inferno já estava finalizada. As mãos agora não pareciam mais humanas, no lugar de dedos femininos estavam garras afiadas de uma tonalidade escura, quase preta. De um dos braços era visível um bracelete com uma pedra azulada. O corpo ainda era feminino, mas os longos cabelos escuros de Lara tinham dado lugar a uma massa acinzentada e esfumaçada. Em todo o rosto e corpo eram visíveis cortes e veias avermelhadas. O demônio só não estava totalmente mudado porque havia usado como hospedeiro um humano.

            -Não... - Dante sussurrou ao ver que Noesis estava totalmente regenerado, precisava apenas do poder de seu amuleto para ganhar a força necessária para mover os demônios do submundo.

            - Fico feliz de vê-los aqui. Por um instante pensei que não viriam. Infelizmente meu mensageiro não teve tanta sorte assim. - Noesis fingiu tristeza - Vergil! Você está andando novamente!Fico feliz em ver você assim, ainda tentando salvar a honra da família! - riu da provocação feita.

            - Onde está o amuleto? – Vergil perguntou irritado, queria terminar logo com aquela palhaçada, sem dar muito tempo para aquele demônio, quanto mais tempo ele tivesse pior para eles.

            - Noesis... Você tem tanta certeza que a Lara vai perder assim a batalha? – Dante perguntou provocando o demônio.

            - O que você vê da humana é apenas um vestígio, pois perdi meu corpo verdadeiro na batalha com Sparda. Obviamente, ele achou que tinha me vencido, mas aqui estou eu, com o poder de Vergil - Noesis levantou o braço aonde o amuleto com a pedra azulada estava. - E logo, logo, com o seu poder, Dante.

            - Foi Sparda que te fez sucumbir demônio? - Vergil perguntou.

            Dante dá um pequeno sorriso e corta o irmão, não estava interessado em saber se seu pai tinha derrotado o demônio, isso era passado.

            - Você está enganado. Lara tem algo que vocês demônios não tem.

            - Alma? Quem precisa disso. Bobeira supersticiosa. E respondendo sua pergunta Vergil... Ele pensou que havia me derrotado, mas claro, Sparda era um demônio, tão forte quanto eu, agora vocês, há sangue mortal correndo em suas veias, ha fraqueza. Vou destruir vocês e fazer com que os demônios tenham poder novamente, o poder roubado pelo maldito. – Noesis repugnava tanto Sparda que preferia nem citar seu nome.

            Vergil não esperou nenhum segundo a mais para atacar Noesis, mas foi impedido por Dante.

            - Você enlouqueceu? A Lara ainda está lá! Você não está vendo?!

            - Dane-se a mortal!

            -Não precisam lutar por mim garotos, todos terão sua vez! - Noesis riu satisfeito de ver a discórdia entre os irmãos.

            - Você não vai tocar nela, Vergil! E você Noesis, desta vez não vai ser só seu corpo físico que vai sumir – seus olhos cheios de ódio encararam Noesis.

            - Dê-me o amuleto e poupe-se de lutas!

            -Dante caminha para frente do irmão e com um sorriso diz:

            - Vem pegar se você for capaz, é claro.

            O demônio voou em direção aos irmãos, com suas garras fez Dante tombar ao chão ainda segurando sua espada. No mesmo instante, com outro golpe, atacou Vergil.

            - Me dê o amuleto!

            -O desgraçado é rápido demais - Dante murmurou.

            Vergil levanta-se e com rapidez corta a barriga de seu oponente! Escuta um grito de dor e logo em seguida vê que o demônio havia segurado seu pescoço e tentava enforcá-lo. Com um golpe só Vergil consegue decepar o braço de Noesis. Dessa vez o grito é ainda maior, o demônio solta Vergil e com um forte movimento no braço amputado faz com que gotas de sangue sujem Vergil que ainda estava no chão. Em poucos segundos seu braço está regenerado.

            - Pare Vergil! - Dante corre em direção ao irmão e o derruba. O demônio para frente a frente à Dante e diz irado:

            - E você Dante, não vai ter coragem de me atacar, como seu irmão fez? Quando vocês morrerem irei falar como o grande filho de Sparda fugiu assustado, temendo o pior.

            Dante estava com tanto ódio que faz a Rebellion atravessar o corpo de Noesis. Ele sabia que seria necessário mais que um simples ataque da sua Rebellion para neutralizar o demônio.

            - O poder preciso para me matar está além do conhecimento daqueles que habitam o mundo dos homens. Agora, vou pegar o que me pertence. – Tira da corrente de Dante seu amuleto e com um forte empurrão o derruba. Retira a Rebellion de seu corpo e a joga ao chão.

            - Agora... Observem.

            Noesis pega a pedra e a coloca delicadamente em volta do outro braço. Rapidamente é formado um bracelete, igual ao da outra mão, mas com uma pedra púrpura. O poder dos gêmeos estava retido no corpo de Noesis, que olhou encantado por alguns segundos as duas pedras.

            Dante ainda caído no chão observava atentamente os efeitos da pedra enfeitiçada no demônio. Quando Noesis começou a caminhar lentamente para Vergil, que estava mais próximo dele, Dante começou a se preocupar, aliás, não só ele como Vergil também que o olhou com um ar de irritação. Parecia que a pedra não havia surtido nenhum efeito.

            - Eu sinto em meu corpo a força de Sparda! – o demônio falou encarando os irmãos. Vergil levantou-se e pegou Yamoto, já em posição de ataque. O plano de Dante havia falhado, agora, quando o demônio soubesse que não possuía a pedra de Dante estariam com um grande problema.

            Dante correu para perto do irmão e sussurrou:

            - Calma, talvez ela demore a fazer efeito já que Noesis é poderosíssimo.

            - Talvez ela nunca faça, exatamente por esse motivo.

            - Os irmãos já estão se despedindo? Achei que vocês fossem me dar mais trabalho e iriam resistir mais. Enganei-me. – Noesis formou em uma das mãos um grande chicote.

            - Opa! Agora que a ação vai começar! – Dante provocou.

            “Precisamos ganhar tempo” Vergil pensou.

            Dante sacou suas amigas Ebony e Ivory e iniciou o tiroteio, quando o demônio tentou atingi-lo com o chicote, Vergil, com muita agilidade, fez o chicote amarrar-se em sua espada, entretanto Noesis conseguiu livrar-se da Yamoto.

            Foi então que a mudança começou. O demônio paralisou encarando seus braços que estavam mudando de forma, como se as garras diminuíssem.  O chicote dissolveu-se.

            - O que? – Noesis gaguejou enquanto perdia seu tamanho. A massa esfumaçada deu lugar aos poucos a cabelos castanhos. – A pedra? Não era a sua pedra, Dante?

            Dante e Vergil observavam a mudança do demônio, Dante com um ar vitorioso.

            - Não acredito... – Vergil sussurrou.

            - Eu sabia que ia dar certo! Agora fica tudo muito mais fácil.

            O demônio ajoelhou-se e gritou de dor. Parecia prestes a vomitar.

            Uma massa acinzentada impediu os irmãos de observarem mais nitidamente a situação, mas logo em seguida a massa tomou uma forma disforme, como fumaça. Lara estava caída ao chão, sem sinal de vida.

            O demônio disse com uma voz grave:

            - Se não posso libertar os demônios de sua clausura, pelo menos não vão desistir da luta! – Rapidamente ele pega um dos braços de Lara e antes que qualquer um tivesse chance de reagir a joga para o precipício.

            A sombra desliza em direção aos irmãos. Dante corre para o precipício enquanto Vergil empunha sua espada de forma ameaçadora.

            Dante mergulha para alcançar Lara que ainda estava desacordada. Consegue pegá-la pela mão e finca a espada no rochedo. Com um grande impulso consegue voltar à planície. Vê ao longe Vergil duelando com o que havia sobrado de Noesis.

            - Agora tudo vai ficar mais fácil – sorri e coloca Lara no chão. Queria ajudar o irmão a derrotar o demônio, claro! Ele precisava também receber os créditos por essa batalha, quando nota que nos pulsos de Lara estavam presas por braceletes as pedras dos descendentes de Sparda, dele e do irmão. Com um movimento brusco retira as pedras.

            Vergil nota a presença do irmão e grita ao longe:

            - Dante ache as pedras e retire ela daqui, eu consigo destruir esse demônio sozinho.

            - O que? Tá maluco? Você vai ficar com a diversão sozinho?

            - Só faça o que eu estou te pedindo... Não se esqueça que conheço esse lugar, era aqui que estava e é aqui que ficarei. – Vergil lutava com destreza, desviando-se dos ataques do Noesis enfraquecido.

            Dante suspirou e olhou para Lara, ela estava mal, talvez não conseguisse sobreviver, ele sentiu que estava viva, mas não sabia as conseqüências da possessão de Noesis sobre ela. Decidiu tirá-la de lá. A pegou pelos braços e correu em direção ao portal, antes de alcançá-lo disse para Vergil:

            Tome o seu amuleto – lançou em direção ao irmão – Cuide melhor dele.

            Vergil sorriu ao pegar o amuleto, parecia que sua força havia aumentado, agora, mais que nunca sabia que iria derrotar o demônio.

            - Sele o portal Dante.

            - Adeus Vergil – Dante sussurra antes de cruzar o portal.


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