O Despertar de Um Anjo escrita por Mara S, Kelly S Cabrera


Capítulo 13
Capítulo VIII - O Plano




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Dante já estava distante correndo pelas ruas junto com Vergil, que já estava curado, apesar da aparência péssima. Era estranho imaginar os dois andando juntos assim, ainda mais depois de tudo que já tinham passado juntos, mas a situação era diferente, algo maior os esperava.

Vergil virou uma ruela à esquerda sem avisar Dante, que assustado segue o irmão.

Apesar de andar normalmente sentia-se extremamente fraco, como um humano após correr quilômetros. Apóia-se em um muro, sua respiração é ofegante.

- Acho melhor irmos para Devil May Cry.

- Eu não preciso de você – Vergil levantou-se ainda ofegante querendo mostrar-se forte para o irmão, mas na verdade, estava fraco e precisa recuperar sua energia sugada pelo demônio.

- Ah! Você VAI, nem que precise te arrastar irmãozinho... – Dante já havia barrado o caminho de Vergil e sacado Ivory. Atiraria em Vergil se fosse preciso, tudo para impedi-lo de caminhar sozinho pelas ruas.

Vergil reflete por alguns segundos. Era necessária a trégua temporária, tudo para poder estabelecer sua força e recuperar seu amuleto.

- Para derrotar Noesis – Vergil encara Dante e faz um sinal para prosseguirem. Queria falar o mínimo possível com o irmão odiado.

O caminho para a loja de Dante foi silencioso. Tanto Dante quanto Vergil pensavam em inúmeras coisas. Vergil preocupado com seu amuleto e com a falha de seu plano. Dante preocupado em enfrentar Lara, ou melhor... Noesis.

Ao acender as luzes de sua casa e loja Vergil sussurrou:

- Irresponsável... – como seu irmão poderia possuir tanta responsabilidade assim com a jóia?

- Você vem aqui na minha casa e ainda reclama? Tenha bons modos.

- Como se precisasse de qualquer coisa vinda de você...

- Pra falar a verdade você precisa sim, você precisa de... AJUDA – Dante ironiza.

Vergil segura sua espada com mais força do que o costume, fazendo o máximo de esforço para não se descontrolar.

- Eu não me lembro de ter pedido a sua ajuda, Dante?

- Nem precisava, estava estampado na sua cara.

- Você continua não medindo suas palavras. Cuidado.

- Medir palavras? Não vejo porque disso. Se você tivesse me deixado cuidar da Lara no templo, nada disso estaria acontecendo, o demônio talvez estivesse mais fraco, sem o seu amuleto! Agora graças a seu ato de heroísmo estamos quase sem chance de ganhar essa batalha. – Dante apontava seu dedo para o irmão, o ódio aumentava a cada frase.

- Vai pro inferno Dante, você não sabe do que está falando! Não teve heroísmo nenhum, seu idiota!

- Claro! Você estava querendo algo, isso eu sempre imaginei!

-Com o demônio e não com a mortal! – Vergil esnobou.

-Como você pôde ter coragem de fazer isso! Você é repugnante... – Dante já havia refletido sobre toda a reação de Vergil ao levar Lara com ele, mas ouvir do próprio irmão era muito pior.

-Obviamente não sabia que o demônio era tão antigo e poderoso, mas... – Vergil parou e encarou Dante.

- Mas o quê, Vergil? – Dante se aproximou do irmão. Pensando seriamente em puxar sua Rebellion e retalhar ele ali mesmo, estando debilitado daquele jeito, demoraria horas para conseguir voltar ao normal.

-Era um preço a se pagar para ter a posse do poder de nosso pai, Dante. Infelizmente eu falhei dessa vez - Vergil sorria maliciosamente para Dante, o provocando. Gostava e ver o irmão daquele jeito e se ele tentasse cometer qualquer estupidez ele já estava segurando Yamoto com tanta força...

- Do SEU pai, eu não tenho pai!

- Você é um tolo por não aceitar sua origem e seu poder.

-Eu não preciso me tornar um monstro – sussurra.

Antes que Vergil pudesse replicar, Dante empurra Vergil para a parede e diz com um tom ameaçador:

- Se qualquer coisa, eu repito, qualquer coisa acontecer com Lara você vai se arrepender - solta o irmão, estava a ponto a explodir, Vergil ainda estava com aquele olhar zombeteiro.

O telefone tocou na hora exata. Dante agradeceu por não precisar ficar olhando para o irmão por mais tempo.

- Devil May Cry – Dante fala ao atender.

-Lady tenha calma! Não precisa gritar comigo! Olha... – disse abaixando sua voz – você vai fazer exatamente o que eu te pedir certo? Sem reclamar, o assunto é sério, e não quero que você se envolva com isso. Por favor.

Houve uma pausa longa. Lady estava irada com Dante, ele simplesmente não havia mandado notícias suas e de Lara.

- Lady, você pode procurar algum jeito da Lara sair daqui? Eu digo pra voltar da onde ela veio... É importante! Eu sei que pode ser difícil encontrar, mas é preciso. Tá! Você simplesmente não esquece isso!Faça pela Lara! – Dante riu – Até mais.

Dante desligou o telefone e ficou fitando a mesa por um tempo, pesando em como salvaria Lara disso. Caminhou até Vergil lentamente e suspirou.

- Agora ao plano.

- Desde quando você tem planos? – Vergil levantou uma das sobrancelhas.

- Desde quando uma pessoa idiota fez questão de levar um humano para a morte, sendo que essa pessoa foi suficiente estúpida ao acreditar que poderia “domar” um demônio. – Dante zombou - Vergil você perdeu seu amuleto. Você não pode resmungar de nada.

Vergil levantou-se e apontou Yamoto para Dante. Já havia agüentado muito... muito mais que o necessário.

-Eu não tenho tempo para isso Vergil. Quer fazer o favor de me escutar e fingir que é um irmão legal?

- Estou cansado de suas graçinhas Dante. Fale logo o que você quer. – Vergil tirou a espada do rosto de Dante.

- Bem, o plano é simples. Nós vamos enganar Noesis.

Vergil permanecia calado, ouvindo atentamente qual seria o delírio do irmão.

- Nós vamos o enganar com isso – Abriu a gaveta da mesa e tirou uma pedra vermelha muito parecida com a do seu medalhão.

Vergil continua mudo, sem entender muito bem o que o irmão estava planejando.

- Essa pedra exorciza demônios, dentro dela vou colocar um pouco de meu poder e um pouco do seu também, ou o que sobrou dele, assim a pedra vai ficar carregada de energia e o Noesis não vai perceber até ser tarde demais... – Dante sorriu.

- Você é maluco. É quase impossível que o demônio caia nessa, ainda sendo tão forte, não se esqueça Dante, que ele não é um dos demônios que você costuma caçar.

- Você prefere arriscar ou virar comida daquela coisa?

- Nós podemos nos arriscar, mas se esse plano falhar Dante acho bom estar preparado para o pior – Vergil estreitou os olhos prevendo o pior.

- Sabia que você iria concordar comigo!

- Sabe qual o seu ponto fraco? Você conta com a vitória. Eu vejo falhas em seu plano.

 - Acho melhor você ficar quietinho, porque o que sempre se da mal aqui é você.

Vergil preferiu ignorar o irmão, se era seu plano irritá-lo ele não conseguiria.

Dante joga a pedra em direção a Vergil que ao pegar reclama para si. “Não acredito que esteja participando de um plano medíocre como esse”. Vergil toca a pedra com suas mãos e liberta um feixe de luz azul que em poucos segundos desaparece. Em seguida, joga a pedra para Dante.

- Eu jurava que você teria mais do que isso, irmão.

Dante repete o mesmo ato de Vergil, mas em vez da luz azul, de suas mãos sai um clarão púrpuro, mais forte que o de Vergil e mais longo também. Assim que termina o ritual Vergil começa:

            - Aparentemente eu sobrevivi de um ataque de Noesis, coisa que você ainda não fez.

            - Sobreviveu porque eu estava lá pra te tirar daquelas estacas – Dante gabou-se.

                                                        - Não vou perder meu tempo com suas brincadeiras infantis. Preciso me preparar para o ataque

                                                        - Faça como quiser irmãozinho.

 

 


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