Isabella encarou os olhos negros na sua frente, suas mãos estavam tremulas e seus batimentos cardíacos acelerados. Ela ergue a cabeça tentando não demonstrar o medo que sentia muito menos a dor que fez com que seu coração se apertasse.

O homem a sua frente levantou uma de suas mãos e retirou alguns fios de cabelo que estavam grudados em seu rosto suado. Ela afastou-se rapidamente e cambaleou dando alguns passos para trás.

- Saia daqui. – murmurou convicta.

- Não antes de pegar o que é meu. – disse pegando o braço da garota com força, sem pensar, ela direcionou o olhar até a sua mão. – Está com medo de mim? – perguntou dando um sorriso irônico. – Imagino como seria te ter agora... Lembra-se Isabella? Eu e você em meu quarto. Você estava presa em minha cama, presa a mim. Adoraria fazer tudo aquilo novamente.

O corpo de Isabella estremeceu imediatamente, mas não foi por conta do medo que se alojava dentro de si, mas sim por conta do nojo que sentia dele e dela mesma. Nojo de um dia ter tido a capacidade de ama-lo. Mais uma vez ela puxou seu braço com força.

- Tente chegar perto de mim Jacob. Apenas tente. Farei um escândalo tão grande que você nunca mais poderá aparecer aqui. – O ameaçou.

- Eu tenho direitos sobre ele... Ou será ela? Aliás, quero muito participar da vida do meu filho.

- Seu filho? – gargalhou. – Você nunca terá um filho Jacob. Você sempre será assim... Um ser nojento e repugnante. Pelo menos até encontrar alguém que tenha a coragem que eu não tive.

- Bella, Bella, Bella... – disse repetidas vezes. – Quando irá entender que sempre serei seu passado, presente e principalmente seu futuro?

- Você nunca fará parte da minha vida. – sussurrou por fim virando-se e correndo em direção ao seu carro.

A garota mexeu em sua bolsa atrás da chave do carro, ao pega-la, abriu a porta com agilidade entrando no mesmo em seguida, só então, após tranca-lo novamente e liga-lo, se permitiu liberar as lágrimas que insistiam em cair. Ela encostou a cabeça no volante. Estava derrotada e amedrontada. E se Jacob tentasse pega-la novamente? Ela teria forças para fugir?

Se ela não teve da primeira vez o que podia garantir que teria agora? Ela estava desesperada. Aproximou sua cabeça do volante a escondeu ali.

O que faria agora? Nada passava por sua cabeça, a não ser ligar para a única pessoa que talvez conseguisse se importar com ela.

Isabella buscou sua bolsa no banco do passageiro e pegou seu celular. Ela precisava falar com Emmett. Procurava em vão o número do irmão em seu celular, desesperada, encontrou primeiro o número de Edward e sem pensar duas vezes acabou colocando para discar. Com as mãos trêmulas ela levou o telefone até seu ouvido e respirou fundo ao ouvir a voz de Edward do outro lado da linha.

- Alô? – Sussurrou Edward, mas Isabella não conseguia pronunciar uma só palavra. Os únicos barulhos que ela conseguia ouvir era os da respiração de Edward e de seus soluços constantes.

- Edward, eu... eu preciso de você. – ao perceber o que havia dito, os soluços de Isabella pioraram e se transformaram em um choro alto.

- Aconteceu algo?

- Preciso de você. – choramingou novamente, mas logo após isso a bateria do celular acabou.

Isabella colocou o cinto rapidamente com uma das mãos e ligou o carro. Dirigiu pelas ruas sem saber para onde ia e quando finalmente se deu conta estava indo em direção a sua antiga casa.

Todas as luzes estavam acesas, parecia que havia alguém ali. Isabella desligou o carro e o trancou enquanto se aproximava da casa. Encostou sua cabeça contra a janela e viu ali uma pequena família. Sorriu involuntariamente ao lembrar-se dos momentos felizes que tivera ali.

[...]

- Aconteceu alguma coisa papai?

- Nada meu amor. – sussurrou Edward. – Volte para o banho, ok?

Alih assentiu e voltou correndo para o banheiro.

Ele olhou para a mesa onde estava seu celular e esticou sua mão pegando o mesmo. Buscou em sua agente telefônica o número de Bella, mas sempre que tentava falar com ela o celular dava como desligado.

- Droga. – murmurou.

Edward caminhou até o banheiro onde Alice tomava banho.

- Alih, se importa se eu chamar a tia Rose para ficar com você? Tenho que sair, mas volto logo. – suspirou.

- Tudo bem papai.

O rapaz pegou seu celular e em seguida as chaves de casa, passou na casa de Rosalie, sua irmã e pediu para que a mesma ficasse com Alih por alguns minutos. Entrei em meu carro e rumei até a casa de Isabella.

Por que será que ele estava se preocupando tanto com ela?