Lembre-se De Mim escrita por Tsuki Hikari


Capítulo 5
Se ainda valer alguma coisa...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mesmo pela demora para postar, mas é que eu sai de viagem e só consegui agora entrar em uma Lan House... Ainda vou estar longe de casa por seis dias, mas o capitulo seis está quase pronto (e, devo dizer, bem melhor) então se eu conseguir ir a Lan House nesse tempo eu o posto. Divirtam-se!



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– Basta, Zero.

O garoto de cabelos cinzentos olhou para a espada que estava apoiada em uma pedra. Os olhos dele estavam vermelhos e inchados e seu rosto estava manchado por lágrimas.

– M-Me desculpe, Grandark... – Ele falou com a voz trêmula, esfregando os olhos com a costa das mãos e recolocando sua máscara – Mas eu tenho tanta coisa para pensar...

– Pode até ser, mas espero que não tenha nada para considerar. – A espada respondeu, fitando o menino.

– Não devo considerar absolutamente nada. Estou tão pensativo porque hoje é aniversário de cinqüenta e cinco anos de Oz... E ele sempre foi bondoso comigo. Será que se um dia eu resolvesse voltar para o laboratório ele me aceitaria...?

– Não gostei de suas palavras. Perdi minha confiança em você. E não pense com bondade nesse Oz. Ele é apenas o homem que te deu vida, não para ser um menino, mas sim um experimento de laboratório. Eu sei que você é igual aos outros garotos asmodianos. E igual demais; não tem nada de especial. Nada que me agrade. – A voz de Grandark era fria e sem vida; cruel.

– Não diga isso, por favor! – Zero correu até a espada e se ajoelhou diante dela.

Eles haviam parado numa clareira em meio a um bosque que geralmente ninguém ia, o Bosque da Eternidade, depois de Grandark fazer Zero andar durante horas e mais horas. Ela, apesar de poder ouvir, falar e ver continuava sendo uma espada e não podia andar.

– Então pare de chorar como um fraco imbecil e falar naquele homem! Zero, quantas vezes terei de lhe dizer que tudo isso é passado e que você tem de parar de pensar no passado e começar a pensar no presente?!

– Perdoe-me, perdoe-me... A partir de hoje minha única preocupação será proteger você e treinar dia após dia até o dia em que poderei enfrentar Eclipse! – Ele finalmente conseguiu normalizar sua voz e sua expressão, que agora estavam sem emoção. Assim como ele queria.

– Sim, Zero. Darei-lhe outra chance, então. Por que gosto de você. – Grandark respondeu, e o menino ficou alegre. Mas continuou sem deixar nenhuma emoção lhe transparecer a face. Sentimentos eram bobeira.

Então um barulho foi-se ouvido de entre as árvores atrás de Zero. Ele pegou a espada e se virou, apontando-a para o lugar de onde vinha o barulho.

– Desculpe por isso – Sussurrou para Grandark – Quem está aí?! – Perguntou com a voz mais alta para as árvores.

Uma mulher de aparentemente pouco mais de vinte anos, cabelos rosa claros e olhos azuis apareceu exatamente na mesma direção em que Grandark estava apontada. Ela estava armada com uma espada, também, mas uma espada comum. E uma expressão vitoriosa no rosto.

– Você deve ser Grandark. E você deve ser Zero. – Ela olhou de um para o outro - Quantos anos você tem, Zero?

Ele estava totalmente confuso. Quem era aquela mulher? Como conhecia Grandark? Como o conhecia? Como sabia onde estavam? E porque queria saber sua idade?

– Tenho onze anos. – Zero não conseguiu encontrar motivos para não responder – QUEM É VOCÊ?

– Você é muito novo! Não devia obedecer a essa espada. Vai estragar sua vida. E meu nome é Edna. Conheço Eclipse.

Zero pensou em ameaçá-la com Grandark, mas de nada ia adiantar. Dava pra ler nos olhos da tal Edna que ela estava a séculos juntando conhecimento de duelos. Grandark estava silenciosa, apesar de ele desejar profundamente que ela lhe dissesse o que fazer.

– Vou-me embora – Edna prosseguiu, se virando e começando a sair pelo mesmo caminho por onde tinha vindo.

– Espere! Quem é você exatamente?! Que relação tem com
Eclipse?! Quero dizer... Cadê Eclipse?! – Zero fez as primeiras perguntas que lhe vieram à mente.

– Você vai descobrir tudo na hora certa, Zero. E, garanto-lhe: Essa hora vai chegar. – Ela respondeu sem se virar. E foi-se embora.

– Acho melhor recomeçarmos a andar. – Disse Grandark pela primeira vez em muito tempo, ignorando o acontecido.

– Hm? Certo, como quiser... – Zero respondeu. Se ela queria que fingissem que Edna jamais tinha aparecido, assim seria. E assim, eles retomaram a caminhada.

Grandark sabia que Edna fora enviada por alguém e que sua missão não havia acabado. Queria saber para onde iam. Por isso, eles iam prosseguir com caminhadas sem rumos por enquanto, mas precisava passar pistas falsas.

– Vamos para Calnat. – Ela disse.

– Calnat?! Mas... Calnat nem é nesse mundo! É em Erna!

– Sei disso.

Edna, escondida entre as árvores, sorriu. Eles iam para o mesmo lugar em que a 1ª Guerra Mágica seria travada um dia. Perfeito. Duel ia achar perfeito também.

Então, Grandark e Zero continuaram sua jornada e Edna começou a correr para fora do bosque. Mal podia esperar para chegar ao QG.



*********

– Droga! Droga! Droga! Vou passar a minha vida inteira aqui e não vou descobrir para que serve essa chave! – Resmungou Dio.

Ele já estava a quase duas horas pesquisando em livros de objetos mágicos sobre chaves. Chaves de portais, de teletransporte, de proteção, chaves que se transformam em espadas e sabres e por aí vai. Mas nenhuma chave em nenhuma descrição, nenhuma ilustração, parecia
a que Rey tinha lhe dado. Estava claro que era algo exclusivo dos Von Crimson, que ela havia herdado.

Dio odiava ler e sua paciência não era das maiores, então duas horas de pesquisa para ele era igual a vinte pra outra pessoa. Por isso, ele estava totalmente mal-humorado. Ele pegou a chave mais uma vez e a examinou.

- Eu não vou desistir. Não vou desistir por você, Rey. Se a palavra “promessa” ainda vale alguma coisa, isso é uma.




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Notas finais do capítulo

Atenção: Toda vez que eu disse uma idade estou dizendo em anos asmodianos, pois se fossem humanos eu diria "902.878.877.654.987...",okay?
Próximo capítulo tem BEM mais Rey e Dio!



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