Lembre-se De Mim escrita por Tsuki Hikari


Capítulo 1
Rey von Crimson


Notas iniciais do capítulo

Eu sinceramente gostei de escrever este capítulo, e espero que vocês também gostem de lê-lo. Obrigada a todos!
P.S. Sim, sim, editei esse capítulo e vou editar o próximo também, mas eu não mudei nada, só tirei minhas notas do meio da história e pus nas notas finais.



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– Senhor, por favor, não se suje!

Um sorriso mal intencionado surgiu nos lábios do garotinho de cabelos roxos quando propositalmente pisou numa grande poça de lama, sujando todo o sapato novo. A criada suspirou frustrada.

- Erzsébet, eu não entendo. Você sabe que se pedir para eu não me sujar, ficarei tentado a sujar-me, então porque pediu, mesmo assim? – Ele perguntou, virando-se para ela, seu sorriso se transformando numa expressão de confusão. Mas, antes que ela pudesse responder, ele se virou novamente e avistou uma grande e familiar mansão. – Ahá! – O menino disparou a correr em direção ao casarão, feliz por estar chegando e fazendo pouco caso para a acompanhante, que começou a correr atrás dele inutilmente, por ele ser bem mais rápido.

Ele passou por diversas construções, correndo sem parar até chegar à que ele queria. Atravessou o jardim e subiu as escadas do alpendre* sem nunca diminuir o ritmo, motivo pelo qual quase teve um encontro desagradável com a porta de entrada, porém brecou uns centímetros antes de um impacto. Virou-se para trás e viu que a sua criada Erzsébet ainda havia acabado de chegar à esquina.

O garoto suspirou e começou a batucar a porta com força. Uma coisa sobre ele é que ele era muito impaciente. Após alguns instantes a porta se abriu e atrás dela apareceu um homem de cabelos grisalhos e terno, muito sério, que olhou para ele e anunciou bem alto para os moradores da casa:

– O jovem Dio está aqui.

Foram-se ouvidos barulhos de passos, vindos do andar de cima, e em pouco tempo uma garotinha de cabelo rosa claro, da mesma idade do menino, Dio, estava descendo a escada principal. Dio, ao ver a amiga, entrou mesmo sem convite e foi em direção a ela.

– Dio, vá embora. Eu estou brava com você. – A menina disse, quando eles se encontraram no meio da escada, cruzando os braços estranhamente magros e fazendo uma expressão mal-humorada.

– Porque isso, Rey? – Dio perguntou com o aborrecimento claro na voz.

Rey era uma garota bonita, tirando por algumas coisas estranhas como: Sua magreza, que chegava a dar aflição em alguém desacostumado a vê-la. Ela era muito pálida, o que na verdade não era tão estranho por causa da terceira coisa, que era que ela nunca saía de casa. E “nunca” não é um exagero. Por isso que ela não tinha amigos com exceção de Dio, que a conhecera numa vez em que seus pais foram visitar os pais dela, e o trouxeram junto. Desde então ele costumava visitá-la em sua casa com certa freqüência. Mas uma coisa sobre ela era certa: Quando ela punha algo na cabeça, não havia quem tirasse.

– Você sabe muito bem o porquê, Dio. - Insistiu ela, com sua melhor voz superior.

– Olha, Rey, se é só porque eu quebrei sua boneca de porcelana e escondi, na última vez em que estive aqui, eu...

– VOCÊ O QUE?! – Ela gritou instantaneamente antes mesmo de ele acabar a frase, fechando as mãos em punho e arregalando os olhos, parecendo irritadíssima.

–... Brincadeirinha! – Dio deu um sorriso maroto e, sabendo que ela ia querer descontar o ódio nele, saiu correndo pelo primeiro andar, com a menina atrás dele, gritando: “Volte aqui!”. Mas Rey também era muito lenta e se cansava de qualquer coisa física com facilidade. Sua única vantagem contra Dio naquele momento era sua habilidade de se teletransportar para um pouco mais a sua frente, deixando-a na mesma velocidade que estaria se estivesse correndo. Mesmo assim, após pouco tempo ela estava parada e gritando:

– James! Pegue Dio por mim que eu já estou enjoada!

James, o seu mordomo que atendera a porta, não teve outra opção a não ser ir atrás de Dio, que por sua vez queria brincar com Rey, não com ele, então deixou que ele o alcançasse e levasse-o para a menina.

– Dio, seu bobo! Como você pôde fazer algo desconforme dessa forma?! Primeiro, há alguns dias você me prometeu que passaria aqui para brincarmos ontem. Você falta e hoje chega aqui já causando algazarra e... – Rey começou a passar sermão com a voz mais alta do que deveria, mas foi interrompida por Dio.

– Aah! Então é por isso que você está brava! E, espere... O que quis dizer com “desconforme dessa forma”? – Ele começou a rir alto e com gosto.

– Ahn... Eu... Ah! Eu me confundi, tá bom?! – Rey ficou vermelha ao perceber o erro.

– Sim, sim, entendo, Srta. Desconforme dessa forma. – Dio não parava de rir e Rey estava ficando cada vez mais vermelha, então o garoto resolveu parar e segurou bruscamente a mão dela. – Me desculpa por ontem, tá? Eu tinha me esquecido. Mas... Você não quer ser mais minha “melhor amiga para sempre”? – Ele fingiu estar magoado, olhando para Rey de uma maneira tão ridiculamente suplicante que a fez rir.

– Para todo o sempre, Dio!


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Notas finais do capítulo

(*Nota da escritora - Alpendre é um tipo de varando que fica antes da porta de entrada de uma casa.)
Por favor, comentem! E me esperem o próximo capítulo, hein? Valeu!



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