O Sequestro escrita por Lívia Black


Capítulo 4
Capítulo 3 -Cada Murmúrio É Uma Explosão.


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaah, to tão feliz! Meus olhinhos ficaram brilhando de forma incessável ao ler os reviews e ganhar novos leitores! Obrigada mesmo, vocês são o máximo! Se continuarem assim, vou continuar escrevendo feito uma pseudo-maníaca! hahaha
Atena e Poseidon são tão lindinhos! AMO ver os dois brigando...
Mas também amo quando outras coisas acontecem... Coisas que talvez não estejam TÃO TÃO distantes... hahaha Melhor parar por aqui!
Mari, como sempre, obrigada por betar com sua divarosidade! :)



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Capítulo 3. -Cada Murmúrio É Uma Explosão.



Duas horas depois...


Poseidon estava irritado. Muito irritado, mais precisamente falando.

Ele tinha dito a Atena para que ela fosse rápida em seu precioso banho, mas já fazia horas que a maldita estava trancafiada naquele banheiro. E estava começando a suspeitar que era de propósito.

Seu estomago roncava de fome, e ele se recusava a jantar sem a companhia dela. Quer dizer, não fazia muito sentido dar tanto importância a isso, já que essa companhia, era evidentemente algo desprezível, contudo, ele odiava ficar longos períodos de tempo sozinho e sem conversar com ninguém. E era simplesmente impossível uma pessoa demorar 2 horas no chuveiro. Nem mesmo uma criatura problemática como Atena faria isso.

Depois de um pequeno blábláblá mental, que envolvia uma dose de coragem e uma análise de consequências, resolveu brincar com fogo. Se ela estava fazendo aquilo somente para provoca-lo, e ir contra as suas ordens, então ela teria uma recompensa.

Poseidon achou que Atena seria um pouco mais inteligente (afinal, ela o cérebro pensante do Olimpo), e fecharia a porta do banheiro, mas o mais surpreendente de tudo, é que ao girar a maçaneta em seu plano maléfico de deixa-la “p” da vida invadindo o banheiro, nem precisou ser muito estruturado, pois a porta imediatamente se abriu com seu toque.

A deusa estava confortavelmente acomodada dentro da banheira, com, (in)felizmente, uma porção de espuma espessa até o pescoço. Os olhos dela estavam fechados gentilmente, como se ela estivesse relaxando ao ponto de dormir durante o banho, até que com o barulho das dobradiças rangendo, ela sentiu a necessidade desesperadora de abrí-los.

Teve de abrir seus lábios também, porque assim que mirou a imagem à sua esquerda, na direção da porta, teve de gritar para não morrer engasgada ou desmaiar.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!  -Seu grito foi tão alto, agudo e histérico que poderia ter ensurdecido a ambos, se não fossem deuses. Ela arfava e seu coração acelerava de forma frenética após o grito.- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, SEU TARADO ORDINÁRIO??!!!!

Tornava-se difícil processar todos os fatos, mas ela se viu berrando aquelas palavras, de repente. Teve sua esperança de estar tendo uma ilusão destruída,mutilada e quebrada em pedacinhos ao ver que a criatura abominável começara rir, no batente da porta, de sua reação nada mais que automática.

Quer dizer, como poderia lidar com aquilo? Era potencialmente irracional, ela, numa banheira, pelada, com ele há apenas alguns metros, olhando-a atentamente e gargalhando.

Como ele tivera a ousadia de....Grrrrr, se seus olhos ficassem um pouco mais arregalados saltariam das órbitas! Dizer que estava furiosa seria minimizar os fatos em 100%! Ela nunca agradeceu tanto por ter despejado muitos sais de banho e ter uma porção gigantesca de espuma por seu pescoço e além...Se não fosse por isso...Aquele pervertido realmente estaria vendo...TUDO. Mas se ele achava que o fato de ela estar mais ou menos coberta pela sagrada espuma branca, o ajudaria a não ser dilacerado depois que ela saísse daquelas situações drásticas, estava MUITO enganado.

-Eu...- nessa hora,o ar já tinha certa dificuldade para chegar aos pulmões do deus,de tanto que ele ria - ...Me desculpe, Atena... – e aí a barriga começou a doer,e ele teve que se apoiar na parede para não cair no chão - ...Eu realmente achei que você já tinha terminado e.... –Mas antes que ele pudesse continuar, ou rir mais um pouco da cara de pânico, e ódio da inimiga, percebeu um fato (muito óbvio aliás). – Ei, porque diabos você foi se meter na banheira? Eu disse para você ir rápido!

-E POR QUE INFERNO DE RAZÃO VOCÊ NÃO BATEU NA PORTA ANTES DE ENTRAR? Eu não acredito que você...Argh, seu pervertido imundo! Saia daqui, AGORA!!! Não percebe que eu estou... sem roupas!???

Ele voltou a dar um risinho perverso da expressão dela, enquanto ela ia se afundando ainda mais na banheira, com... medo. Ele olhou para o chão do banheiro, e constatou a verdade...O horrível pijama amarelo dela estava ali, assim como suas roupas... íntimas, as quais ele teve que direcionar os olhos por alguns segundos antes de voltar a rir e olhar para a cara dela...Não só porque era engraçado vê-la assim assustada, mas porque ele se sentia um retardado risonho por tê-la colocado naquela situação.

-Ah,jura?Porque eu quase cheguei a pensar que você era a única criatura problemática o suficiente para chegar ao ponto de tomar banho vestida.Mas relaxa, eu não estou vendo nada...Eu nem quero ver nada...-Fez questão de acentuar, com um dar de ombros que parecia significar indiferença. - Estou só falando pra você ir logo! Essa demora está me deixando irritado! E aposto que você não quer me ver irritado, sabendo que eu posso fazer toda essa água e espuma desaparecerem se eu quiser...

Isso teve sua reação esperada. A deusa ficou vermelha, mas ele não sabia se era por ódio ou por vergonha.

-Grrr...Ouse fazer isso e então descobrirá porque me chamam de Deusa da Guerra! Agora saia daqui, seu tarado repugnante, antes que eu... –Ela não conseguiu finalizar a frase. Não só pelo ódio explosivo que estava sentindo, mas porque percebera que ele estava sutilmente inclinando a cabeça, como se tivesse...A esperança de ver alguma coisa. Colérica, agarrou um dos frascos de shampoo da prateleirinha a seu lado e arremessou ao ar, atingindo em cheio a testa dele, que inconscientemente não tivera os reflexos para pegá-la.

Ele a fitou com a mesma cólera, agora desistindo da safadeza de enxergar alguma coisa, e fuzilando os olhos cinzentos da deusa.

-NÃO DOEU! -Fez a mensura de provocá-la.

-Não era para doer! Era para você se tocar e sair daqui! SAIA AGORA,SEU TARADO RIDÍCULO!!!

-Tá bom, tá bom...Mas saia logo você daí! Faz séculos que eu tô te esperando pra jantar! –Fez uma última expressão rabugenta, antes de voltar a fechar a porta, para o grande alívio da deusa, que nunca passara por uma situação tão horrivelmente...Constrangedora.

Mas logo que fechou a porta, o que tinha de rabugento em sua expressão logo se dissolveu. Teve que voltar a rir enquanto acariciava o lugar em sua testa onde o frasco de shampoo havia sido arremessado. Apesar disso, seu plano maléfico tinha sido muito hilário. Estava sendo hilário.

Além disso...Ele tinha de admitir, mesmo que a contragosto. Ao contrário do que afirmava persistentemente nos próprios pensamentos, sua inimiga não era uma pata desajeitada, nem nada do tipo. Ela tinha curvas. E quadris. E pernas. E seios. E...Ugh, que diabos estava pensando? Ela continuava sendo Atena!A maldita Atena,responsável por todas as suas ideias rechaçadas nos Conselhos Olimpianos.Atena,a abominável e metida filhinha do papai,que ousava enfrentá-lo e,pior,humilhá-lo na frente do Olimpo inteiro.

Era apenas uma verdadeira merda que tivesse de adicionar a testosterona a sua lista de grandes inimigas presentes naquele local. Porque, ok, ok, ela podia ser atraente, com seus cachos dourados parcialmente molhados e com os ombros macios e torneados cobertos por espuma, e todos os seus atributos físicos que de alguma maneira paradoxal haviam surgido da cabeça do imbecil do seu irmão...Mas ela ainda era aquela deusa petulante, arrogante e metida que ele mais odiava em todo o Olimpo, e que estava ali por motivos unicamente de vingança e cólera. Tudo bem, este podia ser até uma espécie de sequestro diferente...Ele não a manteria em condições desconfortáveis, nem a privaria de comida e conforto, mas somente o fato de escondê-la em uma redoma, completamente inofensiva, minimizar seus poderes e irritá-la profundamente com sua companhia, além de afastá-la de todo o Olimpo...Era mais do que o suficiente para ela ter sua merecida lição. E ele faria questão de deixa-la louca nesses dias em que ela estaria sob seu sequestro. Até ela aprender a respeitá-lo.

Nada, nem mesmo o fato de ela ser...ahn...atraente, alteraria seus planos iniciais. Nada.

x-xx-x

Atena se sentia muito furiosa. Não duvidaria se lhe dissessem que estava saindo fumacinha de suas orelhas. E isso não era só porque havia sido sequestrada, e estava a dois mil metros de profundidade com poderes limitados, presa com seu declarado inimigo, que acabara de dar uma de tarado numa tentativa de espioná-la durante o banho... Não, não só por isso.

O que a deixava espumando de ódio, é que esquecera-se de se levar uma roupa para vestir depois do banho, e agora tudo que estava usando era uma toalha branca que deixava suas pernas praticamente inteiras descobertas.

Droga.

Como iria se vestir?

Quer dizer, como iria pegar uma daquelas malas cor-de-rosa idiotas e procurar algo decente para usar quando estava apenas de toalha?

Poseidon, aquele platelminto desprezível, acéfalo, mentecapto, egocêntrico, orgulhoso, metido, prepotente, troglodita, convencido, sarcástico, arrogante, repugnante e pervertido, com certeza, estava do lado de fora daquela porta.

Grr...Que situação mais equivalente a...ainda estava com tanta raiva que não conseguia pensar numa analogia decente.A única coisa que vinha à sua cabeça no momento eram modos lentos e excruciantes de matar um certo deus dos mares,não sem antes torturá-lo até que ele implorasse pela mamãe.

Tentando arrumar uma dose de resignação, a deusa abriu a porta com vagarosidade, apertando a toalha ao redor do corpo, com medo de que aquele tarado a abordasse mais uma vez.

Logo o viu. Estava deitado relaxadamente na cama, e por um segundo de felicidade suprema Atena pensou que ele estivesse dormindo, antes que ele virasse a cabeça e os olhos verdes intimidantes em sua direção, de uma forma tão fixa que ela corou completamente e quase perdeu o controle da toalha em seu corpo.

-Vire-se para lá, criatura abjeta! Preciso procurar algo para vestir e não estou em condições vestiarias de receber seus desencaminhados olhos.

A deusa apontou com o indicador em direção a sacada, e tinha uma faísca de esperança que ele pudesse obedecê-la.

Poseidon apenas passou a mão na testa e suspirou. Nem mais um movimento adicional.

-Atena, querida, quantas vezes preciso repetir que você não tem nada que eu queira ver? E, por favor, tente domar seu cérebro para falar em língua de gente. Porque sabe, essas palavras que você pronuncia são tão práticas que é mais fácil conversar com um espírito do vento. Caso você ainda não saiba, já estamos no século XXI – ele deu uma piscadela para ela, adorando o fato de suas narinas se inflarem de ódio.

A loira grunhiu.

-Você precisa repetir o número de vezes suficiente para me convencer dessa sua mentira deslavada. Ou seja, o infinito vezes o interminável. E eu falo como eu bem quiser, e não é problema meu se seus neurônios não conseguem fazer as associações necessárias. Agora vire-se, antes que eu perca a minha paciência!

Ele estava decidido a contra-argumentar, quando de repente mudou de ideia. Quanto mais ficavam discutindo, mais longe ficava seu jantar.

Virou-se para sacada, mas não sem antes resmungar um pouco.

-Você é muito insuportável.

Cada murmúrio é uma explosão.

-POSSO DIZER O MESMO e acrescentar mais alguns adjetivos que com certeza preencheriam uma folha do tamanho da superfície da Terra!

-E paranoica. – Acrescentou.

-O que tem de paranoico no que eu disse?! – Ele conseguiu captar um leve tom de indignação na voz dela, e não evitou de sorrir para suas cortinas azuladas.

-Só quero dizer que não é o fim do mundo ver alguém com uma toalha. Na verdade, no meu mundo, isso chega a ser normal.

-Ok, mas considerando que o seu mundo deve ser uma praia de nudismo, prefiro recusar a oferta de me adaptar a ele.

-O meu mundo não é uma praia de nudismo... O seu que deve ser uma Convenção de Caçadoras de Ártemis.

Ele ficou esperando alguma réplica mal-educada, mas Atena estava preocupada demais analisando o conteúdo da mala rosa-shocking, para se importar em responder alguma coisa para as babaquices de Poseidon. Quer dizer, ela estava praticamente perplexa diante do que via, pegava, e analisava.

Horrorizada, a deusa começou a perceber que ali, o único lugar que tinha roupas para vestir, só havia peças...Curtas, vulgares e descomedidamente impróprias. Aquele era o tipo de roupa que apenas Afrodite teria coragem de usar...Na verdade...Ela não conseguia pensar em ninguém mais para ter escolhido aquelas roupas como suas roupas de sequestro.

-Poseidon!??

-Hã?

-Quem foi o energúmeno que foi encarregado por você para preparar essa mala?!

Ele deu uma breve gargalhada.

-O que foi? Não gostou das roupas?

-Elas são...Horrendas. – Disse Atena, sem conseguir imaginar qualquer outro adjetivo para descrever aquelas peças.

-Hm, sinto muito minha cara, mas é só isso que você tem para usar. A não ser que queira uma camisa havaiana emprestada.

Por um momento, a deusa até se sentiu tentada a aceitar essa proposta, de tão horripilante que parecia ser a ideia de ter que usar aquelas coisas finas e curtas, mas pensando melhor, qualquer coisa seria melhor do que usar algo que Poseidon já tivesse encostado em seu... HORROROSO corpo.

-Não. Parece que...eu vou ter que usar isso aqui. –Ela usou o tom de voz mais triste e apavorado que conseguiu.- Mas será que pode me dizer quem fez isso???

Ele pareceu pensar por alguns segundos, e então deu de ombros.

-Uma amiga.

Atena revirou os olhos, embora ele não pudesse vê-la, por estar fitando a sacada em seu próprio pedido.

-Uma vadia você quis dizer.

-Hmm...Talvez.

Grr...ótimo! Era tudo que ela precisava! Roupas de prostituta, esquematizadas por uma prostituta, para ficar andando na companhia de seu inimigo. Que maravilha!

Atena vasculhou mais um pouco mais a terrível mala, e Graças aos Céus a “moça” tivera pelo menos um pouco de semancol e colocara roupas compridas. Achou uma calça jeans (que pelo visto iria ficar muito justa no quadril, mas ainda assim uma calça jeans) e uma blusa cinza de babados e mangas compridas (que infelizmente tinha um decote em v exagerado, mas o melhor que ela conseguiu). Abriu a outra mala rosa gigante, na esperança de ter uma surpresa, mas ali ela só enxergava mais roupas do tipo vadia, maquiagens, uma sacola com diversos sapatos e uma sacola de...lingeries. Engoliu em seco antes de abri-la, mas tinha que encarar os fatos. Como previra, todas aquelas peças íntimas eram micro-minusculas e incrivelmente lascivas! Ela não conseguia ter ideia de como aqueles tecidos nano-micro-minúsculos caberiam em suas regiões inferiores, mas acabou que teve de pegar uma calcinha preta de rendinhas e um sutiã com brilhinhos, que pareciam ser os mais aceitáveis.

Ah,titica! Ela ainda iria descobrir um jeito de acabar com a imortalidade e matar Poseidon. Com sorte, arrancaria dele antes de matá-lo o nome da criatura que escolhera aquelas vestes indecentes e também a mandaria para o Tártaro. Por fim, acabou pegando uma simples sapatilha bege com um mínimo de salto, uma presilha de cabelos cor-de-rosa, e uma máscara de cílios.Sem dizer mais nada para Poseidon, voltou para o banheiro para se trocar, batendo a porta com muita força, e dessa vez não se esquecendo de trancá-la.

Atena se vestiu, tentando não pensar no quanto a calça estava colada em suas pernas e no quanto aquela blusa conseguia ser aberta frontalmente. Achou uma escova de cabelos na bancada da pia, e ajeitou seus cachos parcialmente molhados, que estavam com um aroma diferente de shampoo de cereja. Prendeu apenas uma parte deles, deixando a outra parte tocando-lhe os ombros. Olhava-se com dificuldade no espelho, por notar alguém que não tinha nada haver com o que ela era, naquelas roupas ousadas e cheias de detalhes. E tentava não pensar no fato de que teria de ser assim, dali pra frente, a não quer que ela quisesse ficar eternamente de pijamas amarelos, o que decididamente  não era uma opção. Argh.

Passou de leve o rímel e respirou bem fundo três vezes, oxigenando seu cérebro antes de voltar a encará-lo. Abriu a porta, e ao invés de encontra-lo na cama, deu de cara com ele a esperando em pé.

Perdeu o fôlego (por causa do susto, óbvio) e o encarou com os olhos arregalados e os lábios entreabertos por alguns momentos. Ele não deixou esse fato passar despercebido, já que a deusa não era exatamente do tipo que fica encarando sem nenhum motivo

-O que foi, Atena? –Questionou, com a sobrancelha erguida de uma forma sexy.–Nunca me viu não?

-Não, eu infelizmente não tive essa sorte.

-Mas você não estava com uma cara de que acha um azar me ver.

Enquanto lhe concedia um sorriso cheio de terceiras intenções, seus olhos foram instintivamente rolando pelo corpo dela. Teve que morder os lábios para não fazer nenhum comentário que provavelmente a faria ficar muito vermelha (não só de fúria) sobre estar usando aquela blusa, com aquele decote tentador. Agradeceu aos céus por ela ser muito virgem e muito puritana para reparar que, num ato involuntário, ele estava fazendo sua análise completa.

-Ah, é mesmo? Eu estava com cara de que então? –Ele se recuperou dos efeitos dela com um pouco de dificuldade, mas o deboche voltou logo para que pudesse responder as perguntas.

-Hmmm...Não sei. Parecia sem ar por causa da minha beleza...

Ele passou a mão nos cabelos escuros, bagunçando-os de um jeito despojado, não se dando nem ao trabalho de fingir que era modesto.

-Sem ar? –Atena repetiu as palavras, como se elas fossem uma piada infame. –Ah, é, você tem razão, deve ser mesmo. Não consigo respirar porque seu ego está roubando todo o oxigênio improvisado que tem nessa bolha. –Ela sorriu, satisfeita com sua própria criatividade. - E ah, antes que eu me esqueça... –Ela se aproximou dele, de repente. Um gesto tão rápido que ele mal conseguiu captar.

Um brilho estranho invadiu a cor cinza dos olhos dela. De repente, eles estavam fazendo lembrar seus próprios oceanos.

Ela definitivamente, estava muito perto.


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Notas finais do capítulo

Muito suspense?? haha
Quero reviews *ooo*