Choices escrita por Wendy


Capítulo 1
Choices I




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Lá estava eu, indo passar o natal com meus pais, pela primeira vez, desde que eu assinei o contrato com a gravadora. Sentia-me estranho e agora era inevitável não lembrar o passado e sentir nostalgia. Faltava mais cinco horas pra chegar ao Japão, na primeira classe do avião, estava completo silencio e isso era bom, eu vivia dela, mas não queria naquele momento nenhuma musica na minha cabeça, apenas me lembrar dela.

Encostei minha cabeça no banco e me afundei mais ali, aconchegando meu corpo e relaxando. Sorriso perfeito, olho verdes e cabelos rosados invadiram minha mente. Há seis anos eu não a via, como será que ela estaria agora?

No colegial eu era apaixonado por, Sakura Haruno, a garota mais perfeita e linda que eu já conheci. Sabe aquela garota que é pra casar, que toda sua família adora perfeita mesmo? Bom eu tinha essa garota em minhas mãos, mas a deixei e até hoje eu me lamurio por isso.  Namorávamos a dois anos e eu estava feliz, tinha a família perfeita, amigos ótimos, namorada perfeita e nada a reclamar. Meu sonho era de ser cantor, poder mostra as pessoas minha musica, meus pensamentos, nunca fui do tipo que ama atenção, mas tinha consciência que essa profissão exigia isso. Prestes a termina o ensino médio, um empresário ouviu minha fita, a única que eu havia mandado para uma gravadora e por sorte ou azar eu fui convidado a assinar um contrato.

A principio eu estava em êxtase, já que esse era meu grande sonho, meus planos profissionais eram bem mais realistas e concretos, ser cantor realmente era um sonho, um desejo. Depois que me acalmei, coloquei apesar a balança, de quantas coisas eu teria que abrir mão, minha família, meus amigos e minha namorada.

Meu pai sempre quis que eu continuasse com os negócios da família, ele quando veio da pequena fazenda no interior do Japão, junto de minha mãe, sofreu muito para se manter na vida. Com o tempo conseguiu abrir um pequeno negocio, abriu um pequeno restaurante e logo esse foi ficando conhecido, depois expandiu com pequenos mercados, farmácias, marcenarias. Logo meu pai virou um empresário bem sucedido, as pessoas na pequena cidade romântica “como Konoha era conhecida” idolatravam e adoravam o grande Fugaku Uchiha. Konoha é uma linda e simples cidadezinha aconchegante, belas praças, ruas bem cuidadas, casas que mais pareciam belas cabanas natalinas, algumas casas mais grandiosas e ricas. A cidade perfeita para romances.

Fugaku nunca deu importância por não ter outro filho alem de mim, mas esperava que eu seguisse seus passos e levasse adiante os negócios da família. Sempre achou que um dia eu desistiria do meu sonho de ser cantor e um dia voltaria pra casa, mas as coisas não estavam indo pra esse lado e a cada dia eu me distanciava cada vez mais dessa possibilidade.

Meus amigos sempre me apoiaram, juntamente com minha mãe. Infelizmente não mantínhamos mais contato, falava freqüentemente com meus pais, mas meus amigos durante um tempo foi difícil nos comunicarmos, mas só posso culpar a mim por isso, muitas vezes deixei de ligar ou de atendê-los.

Sakura, ela sempre foi o motivo de tudo em minha vida naquela época, tudo era baseado nela, no nosso futuro juntos. Estávamos prestes a termina o ensino médio, falávamos de casar, ter nossa casa e filhos. Sakura sempre sonhou em ser professora, nunca quis coisas grandiosas e não se imaginava fora de Konoha. A imagem de vida perfeita para ela era: Lecionar, casar com a pessoa que amava, ter filhos, cuidar de sua casa, filhos e marido. Sempre perto da família, pra ela na época isso era a coisa mais valiosa e importante da vida. 

Nossos planos mudaram quando recebi um telefonema para assinar um contrato de dois anos com a gravadora, eu fiquei muito feliz e minha mente ficou voltada somente para minha vida de cantor. Sakura ficou muito feliz por mim, me apoiava totalmente, eu pensava que ela iria comigo, mas logo depois percebi que ela jamais largaria Konoha e ela tinha mais consciência do que me esperava do que eu mesmo, Sakura nunca gostou de ser o centro das atenções e eu viveria a parti daquele momento daquele jeito. Conversamos e por fim ela decidiu por mim, optando por me deixar seguir meu sonho e ser feliz, disse-me na espoca que se sentiria feliz somente em saber que eu estava o realizando, então eu fui pra New York e a deixei no Japão.

Em pouco tempo gravei um CD e fiquei famoso, eram sempre festas, shows, viagens pelo mundo, mas eu sentia que faltava algo, como se aquilo não fosse completo sem ela. Nunca neguei que a amava e ainda amo, também não nego que conheci outras mulheres, mas elas não passavam de passa tempo e nenhuma me fazia sentir como Sakura fazia, somente de imaginar que iria estar perto dela novamente, depois de longos seis anos sem a ver ou ouvir sua linda voz, me sentia nervoso.

- Com licença senhor – ouvi, uma voz baixa me chamar e abri os olhos, sonolento ainda, nem havia percebido que tinha caído no sono – o avião já pousou – informou-me a comissária de vôo, assenti uma vez – é...o senhor poderia me dar um autografo? – perguntou envergonhada, eu suspirei, mas ela não percebeu meu desanimo, peguei o papel e caneta de suas mãos e assinei, ela agradeceu e logo depois, estava eu, descendo as escadas e chegando ao aeroporto. Eu estava vestido com uma calça jeans, camisa branca e casaco de couro, minha mochila estava em um dos meus ombros, enquanto o outro carregava meu violão, meu tênis AllStar, bem simples, nunca gostei de coisas de marca, bom nunca liguei pra esse tipo de coisa na verdade, coloquei meu boné e meus óculos, mas não adiantou muito, na tentativa de passar despercebido. Logo que passei pela porta de desembarque, fotógrafos me cercaram, alguns fãs pediam autógrafos e eu atendi alguns, mas não estava com muito animo pra enfrentar aquilo, logo ali. 

A gravadora alugou um carro para me levar até a casa de meus pais e esse já me esperava do lado de fora. Ao passar pelas ruas cheias de neve, casas enfeitadas para o natal, me sentia a seis anos atrás, como se nada tivesse acontecido, como se eu nunca tivesse saído dali algum dia. Konoha, continuava linda, pacifica e perfeita. Chegando em “minha” casa, agradeci ao motorista e lhe desejei um feliz natal, ele agradeceu e me desejou o mesmo. Caminhei até a porta da frente a apertei a campainha, me sentia ansioso e nervoso, há muito tempo não via meus pais, a ultima vez, foi quando eles foram ao meu show em Paris, meu pai aproveitou que estava em uma viagem de lua de mel com minha mãe, que sonhava em conhecer, Paris, então juntaram o útil à consciência pesada. Meu pai não aceitava muito a vida que eu levava, mas para não contrariar minha mãe fez sua vontade em me ver “trabalhando”. Confesso que fiquei feliz em vê-los, mas sabia que meu pai fazia aquilo mais por obrigação do que por vontade ou orgulho.

A porta foi aberta e de lá saiu uma Mikoto escandalosa e chorosa, que me agarrou, abraçando de forma sufocante. Não havia dito aos meus pais que iria passar o natal com eles, achei que seria melhor fazer uma surpresa. Eu sorria para minha mãe, estava feliz em fazê-la feliz, ela beijava todo meu rosto e não parava de me apertar, me senti com cinco anos de idade novamente. 


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