Entre Saltos E All Stars escrita por


Capítulo 29
Eu aguento a distância


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee pessoalzinho!!
Amanhã é segunda !!! =D As pessoas fazer buling contra a segunda-feira, coisa mais preconceituosa! kkk
Maaas, aqui vai um cap. fresquinho!
Boa leitura ^.^



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POV Percy

-Percy, já tá na hora de parar com isso, não acha? - Thalia tira a garrafa de minhas mãos e deixa sobre a pia.

-Faz o favor de me devolver? - reclamo.

-Não. - ela diz autoritária. - Já chega de ressaca todo dia.

Reviro os olhos e subo as escadas. Bato a porta do meu quarto as minhas costas e me jogo na cama de cara no travesseiro.

Fazem duas semanas que a Annie está em Nova Iorque. As meninas tem falado com ela,  e ela não parece estar tão ruim assim lá. Pena que eu não possa dizer o mesmo.

Meu celular começa a vibrar sobre o criado mudo. 

-Droga. - resmungo me arrastando pelo lençol para alcançá-lo. - Alô. - digo mal-humorado.

-Nossa, piso no prego filhão? - ouvi a voz brincalhona de Poseidon.

-Hum. - fiz algum barulho só para indicar que tinha escutado a piadinha, muito sem graça resaltemos.

-Bom, não vou ficar cutucando a onça. - ele para um minuto de falar e posso ouvir ua voz feminina que estava falando com ele. - Ei Percy, então, acontece uma coisa por aqui.

-Fala.

-Bem, Annabeth desapareceu.

-O quê?!?! - dou um pulo da cama.

-Annabeth. Ela saiu de casa ontem de manhã e... Atena não consegue encontrá-la em lugar algum.

-Como assim não consegue encontrá-la??? É a filha dela! - explodo.

-Acalma-se Perseu. - meu pai disse com uma voz firme dooutro lado da linha. Respiro fundo passando o peso do meu corpo de um pé para o outro.

-Eu estou indo pra Nova Iorque. - digo.

-Perseu, não... - desligo o celular antes que ele terminasse de falar.

Corro para minhas coisas. Pego documentos uma muda de roupas e dinheiro suficiente. Apago as luzes do meu quarto e desço os degraus aos pulos.

-Onde vai Perseu? - Thalia se levanta abruptamente entrando na minha frente antes que eu chegasse a porta da frente.

-Nova Iorque. - respondo e logo em seguida tento passar por ela.

-O quê? - Tá louco? Amanhã tem aula peixinho. Pode dar meia volta. - Luke, Nico e Megan que estavam sentados nos sofás vem até o hall de entrada.

-Você não está entendendo. - começo tentando ficar calmo. – Eu tenhoque ir pra Nova Iorque. 

-Por quê? - Nico franzi as sobrancelhas.

-Annabeth desapareceu. - engulo em seco obervando as expressões dos quatro. - Desde ontem de manhã.

Todos ficam paralisados, então passo por eles e corro para meu carro estacionado na frente da casa. Voo pelas ruas até o aeroporto e compro uma passagem para daqui uma hora.

Sento em uma das poltrona enfileiradas e fico esperando impacientemente. Minha perna balança e reveza com meus pés batendo no chão em ritmo acelerado.

-Percy! - ouço a voz de Megan as minhas costas. Viro-me para trás e os encontro vindo na minha direção. - Nós vamos com você.

Sorrio levemente para eles. Todos com mochilas nas costas preparados para viajar do nada.

Luke e Thalia vão comprar as passagens enquanto eu fico com os outros dois esperando.

Eles ficam tentando me distrair durante a hora inteira. Até que finalmente a moça chama os passageiros do nosso voo e posso entrar no avião.

Fico a viagem toda pensando. Pensando e pensando. Ok, isso não é da minha natureza, ficar pensando. Mas, a possibilidade de estar acontecendo alguma coisa com Annabeth faz meu coração ficar apertado.

Minha cabeça me força a pensar em inumeras tragédias que poderiam ter acontecido. E confesso que ela não é exatamente generosa com relação a gravidade de tais tragédias.

Quando finalmente o avião pousa e disparo a frente saindo rapidamente de lá. Meus amigos se apressam para acompanhar meu passo. Nós pegamos um taxi e os quatro se apertam no banco de trás. Eu indico o endereço da casa de Atena, que Annie tinha me dito meses antes, e pago uma quantia a mais para ele ir o mais rápido possível.

Toco o interfone e logo nós entramos na casa e somos recebidos por uma Atena preocupada, ou melhor, a ponto de ter um ataque de nervos.

-Garotas. – ela corre para Megan e Thalia. – Você tem notícias de Annabeth? – ela olha esperançosa para ambas. Elas negam com expressões de desculpas. A mulher de olhos cinzentos com os de Annabeth balança a cabeça e pisca com força, parecendo colocar os pensamentos em ordem. – Vocês, vocês não deveriam ter vindo. – ela suspira.

-Tínhamos que vir, pelo menos, eu tinha. – respondo.

-Não. – ela nega com a cabeça. – Vocês estão estudando, e tem aulas, e não deveriam ter vindo.

-Bem, tarde demais. Nós já estamos aqui. – Nico coloca um ponto final nesse assunto.

-E já que estamos aqui, vamos ajudar a procurá-la. – Megan entrega um copo d’água que tinha pego na cozinha e entrega à Atena.

-A polícia começou a procurar hoje de manhã, estão procurando pelas delegacias da região. – comunicou ela.

-Bom, são onze horas. – Thalia diz olhando o relógio. – Luke e eu podemos dar uma olhada nas fichas de entrada dos hospitais daqui.

-E Nico e eu podemos ver se ela está na casa de algum amigo ou conhecido. Talvez alguém que estudou conosco.

-Obrigada. – ela sorri para as meninas e seus namorados. Os quatro saem da casa em questão de minutos me deixam com Atena e meu pai na sala de estar.

-Bem... Acho que vou indo também... Para algum lugar. – franzo as sobrancelhas.

-Ok filho. – meu pai assente.

-Er Percy... – chama Atena. – Obrigada por vir, você não é o surfista irresponsável que eu pensai que fosse. Pelo menos não totalmente. – um sorrisinho ameaça nascer em seus lábios.

-Não há de que. – respondo saindo rapidamente dali.

Pego o carro de Poseidon e saio pelas ruas de Nova Iorque. Onde diabos Annabeth pode ter se enfiado?

A polícia está cuidando da hipótese de ela ter sido sequestrada ou qualquer coisa assim. Luke e Thalia com a hipótese de ela ter sofrido algum acidente e Megan e Nico com a de ela estar na casa de alguém.

E eu? Fico parado esperando que eles a encontrem? Cruzo os dedos? Começo a fazer macumba na encruzilhada? Isso não é exatamente a minha cara.

Minha mente começa a vasculhar minha memória sobre todos os lugares dos quais Annabeth já havia comentado comigo. Colégio, clube de campo, casa dos avós, cafés, livrarias, museus de arte, galerias de arquitetura...

Rodei pela cidade toda visitando cada um deles. Perguntando da garota de cabelos louros e olhos cinzentos. Ela não esteve na escola, nem no clube de campo, tão pouco na casa dos avós. Mas, as pessoas de um ou dois cafés, da sua livraria favorita, da galeria de arquitetura, disseram que ela passara por lá ontem.

Até que eu paro em uma lanchonete que ela costumava almoçar depois das aulas. Uma mulher de rede no cabelo está atendendo alguns alunos do ensino médio que estão no horário do almoço.

Eu passo pela fila chegando até ela. Algumas das pessoas me xingam por “corta a frente” na fila, mas eu só quero ter um rápido papo com a mulher da redinha.

-Ei. – chamo parando na frente do balcão. – Eu sou Percy Jackson. – estendo minha mão a cumprimentando.

-Sra. Rodrigues. – ela me cumprimenta mal-humoradamente.

-Er... Eu preciso de uma pequena ajuda sua. – digo tentando ser simpático. – Eu estou procurando uma garota. Ela está desaparecida há dois dias.

-Quer saber se eu a vi?

-Sim. – assinto com a cabeça. – Ela se chama Annabeth. Loira, cabelos encaracolados, olhos cinzentos. – a mulher franze as sobrancelhas grossas.

-Se eu me lembro bem, ela passou por aqui. – ela pensa por alguns momentos. – Ah sim! Annabeth Chase! – ela exclama me fazendo abrir um sorriso do tamanho da mundo. – Costumava vir aqui quando estava no colegial.

-Sim essa mesmo. – digo rápido. – Você a viu por aqui recentemente.

-Claro! Ela esteve aqui há mais ou menos uma hora. Almoçou e foi embora. Mal pudemos conversar.

-Esteve aqui? Uma hora atrás? – pergunto atropelando as palavras.

-Não ou viu direito menino? Sim, esteve.

-Para onde ela foi?

-Hum... – começa a pensar novamente me deixando curioso. A adrenalina pulsava em minhas veias fazendo meus dedos e meus pés ficarem se mexendo a todo momento. – Não faço ideia. – diz ela. – Agora você pode me deixar atender aos clientes, a nãos er que vá pedir alguma coisa.

-Não. – respondo decepcionado.

Saio da lanchonete rapidamente olhando para os lados, quem sabe ela ainda está por aqui... Nada de garota loira de olhos cinzentos.

Entro no carro batendo a porta. Pra onde diabos ela foi??? Soco o volante com força machucando meus dedos.

-Onde você está Annabeth? – pergunto olhando para a rua, onde dezenas de adolescentes andam de um lado para o outro, conversando entre si e com celulares nos ouvidos. – Celulares!

Pego o meu e disco o número dela. É óbvio que Atena já deve ter tentando isso milhares de vezes, e muitas outras pessoas também, mas alguma coisa me diz que ser encontrada é a última coisa que ela quer agora.

“O número encontrasse indisponível no momento, deixe seu recado após o sinal.” Tuuu.

-Ei Annie, é o Percy. – suspiro pensando no que dizer. – Er... Todos mundo está louco atrás de você. – faço uma pausa. – A mulher da lanchonete disse que você esteve lá há mais ou menos uma hora. Não sabe como é bom saber que você está bem. – um sorriso idiota se abre em meus lábios. – Mas, eu só queria dizer que... seja lá por que você está assim, pode contar comigo. – fico em silêncio por um momento esperando ouvir a voz dela do outro lado da linha. – An... Se você quiser, eu... Estarei no Empire State. – desligo o celular e acelero até o prédio.

Subo até o último andar, de onde eu podia ver a cidade toda. O vendo bate contra meu rosto e o sol queima minha pele sem pena.

Sento no chão de cimento e fico encostado na parede esperando, na esperança de ver ela saindo do elevador e vindo na minha direção. Para eu poder pegá-la nos braços e dizer que eu a amo e que não quero vê-la partir nunca mais.

Bem, isso pelo jeito vai esperar um pouco. Minha cabeça pende para o lado e vejo a imagem do céu claro sobre mim ficar escura até que minha pálpebras de fechem totalmente.

***

Um plano negro com pequenos pontos de luz surge em meu campo de visão assim que abro os olhos. Oh não, já é noite? Parece que sim né Percy seu idiota.

-Você baba enquanto dorme. – ouvi uma voz melodiosa ao meu lado. Aí eu percebo que minha cabeça não está mais encostada na parede gelada, e sim numa blusa vermelha de moletom.

Viro o rosto para a voz e vislumbro seu rosto brincalhão me observando. Ela sorri com os cantos dos lábios, seus cabelos estão presos numa trança lateral e seus olhos estão brilhantes, até mais que o normal. Acho que nunca a vi tão feliz.

-Annabeth. – sorrio largamente para ela. – E... Eu não babo enquanto durmo. – me defendo. Ela levanta as sobrancelhas como quem diz “Sério?”, e aponta para a manga da blusa. – Oh, desculpe. – rio.

-Sem problemas. – ela tira o moletom vermelho e o deixa ao seu lado. – Com tanto que você me faça o favor de lavá-lo depois.

-Er... Garanto que eu farei isso. – confirmo. – Assim que eu descobrir qual daquele monte de potes é o sabão em pó. – brinco.

-Bobo. – ela dá um tapinha em meu braço rindo.

-Er... Annie... Por que você...?

-Sumi?

-Isso.

-Eu não sumi. – diz ela. – Só estava correndo atrás de alguns assuntos. – franzo as sobrancelhas, confuso. – Ontem de manhã eu sai de manhã e fiquei perambulando por Nova Iorque, eu precisava de um tempo sozinha. Um tempo para me acostumar com a ideia de estar de volta.

Balanço a cabeça em concordância.

-Aí quando eu estava na galeria de arquitetura ontem à tarde comecei a desenhar algumas coisas. Um homem viu os desenhos, e ele é majoritário em uma faculdade de arquitetura aqui de Nova Iorque. Ele me ofereceu uma bolsa de estudos.

-Isso é... – sorrio largamente. – Isso é ótimo Annabeth!

-Sim, é ótimo! – ela sorri. - Ele me entregou o cartão dele e disse pra eu procurá-lo hoje de manhã.

-E, pra onde você foi a noite passada toda?

-Eu estava com alguns amigos aqui de Nova Iorque. Logo depois que eu sai da galeria eu precisava contar pra alguém sobre aquilo, aí eu liguei pra uma amiga e assim que ela ficou sabendo disso que precisávamos comemorar. Fomos pra uma balada e depois fiquei na casa dela.

Sorrio pensando em toda a preocupação de Atena e de todos os outros. Rio internamente de mim mesmo que pensei coisa trágicas e absurdas, enquanto ela estava tão bem.

-Aí, hoje de manhã eu procurei o cara da faculdade, nós acertamos uns papéis. Na verdade fiquei a manhã toda colocando alguns documentos em ordem, precisei de uma carta da faculdade de Los Angeles, blá blá blá. – ela se levanta e fica observando as luzes da noite da cidade que nunca dorme.

-Sabe que sua mãe está morrendo de preocupação, não é? – levanto do chão e fico ao seu lado.

-Eu imagino. – ela reprime um sorrisinho.

-Só eu estou prevendo uma lindo castigo pra princesinha? – brinco.

-Não ria. – adverte ela.

-Bem feito. – rio da sua cara.

Ela abaixa os olhos para as unhas pintadas de branco e sorri. Ela fica linda quando faz isso. Fico a observando por uns momentos, até que ela encontra meus olhos.

-E nós? – pergunto depois de alguns minutos de silêncio.

-Nós?

-Nós. Você e eu. Não me lembro de ter resolvido isso em Los Angeles.

-Não resolvemos. – admite ela.

-Essa não seria uma má hora para resolver. – ela concorda assentindo. – Eu quero continuar com você. – digo.

-Sabe que vai ser um pouco difícil, não é? Eu aqui, você lá.

-Eu aguento a distância. – respondo me aproximando. Pego seu rosto em minhas mãos e a beijo.


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Notas finais do capítulo

Awwwww, seus lindos! Só eu amo Percabeth? Humpf claro que não. - pergunta idiota.
Alguém mais ta sentindo cheirinho de final aqui??? Eu to ):
Pois é, a fic está no finalzinho. O próximo vai ser o último cap. gente ):
I cry#
Mas, se vocês quiserem dar uma olhadinha na minha fanfic nova, que eu só fiz o prólogo por enquanto, ta aqui o link:
https://www.fanfiction.com.br/historia/223223/Bring_Me_Out_Of_The_Death
Bom, até mais o/
Beijinhos sabor barrinhas de cereal (só eu lembro de Deméter quando falam em cereal?)