Draco Malfoy   

Depois de ter concertado o armário sumidouro, senti como se um enorme peso houvesse sido retirado das minhas costas. Mais ainda havia um pequeno grande problema: matar Dumbledore... 

Como peguei detenção com a idiota da Minerva bem na visita à Hogsmeade, não pude ir lá supervisionar a entrega do colar por Madame Rosmerta, que havia enfeitiçado com a Maldição Impérios, à primeira aluna que primeiro entrasse no banheiro.  

Hermione disse que poderia cuidar disso pra mim, fiquei mais tranquilo, embora soubesse que Rosmerta não iria falhar. 

Depois da detenção, fui pra Sala Precisa, onde combinei encontrar Hermione depois que voltasse de Hogsmeade.  

Quando, derepente, ela entra correndo na sala, com a cara preocupada.  

- O que aconteceu amor?  

- O plano deu errado, Katie Bell que pegou o colar, não o entregou ao Dumbledore, ela o abriu, eu Harry e Rony vimos tudo... Agora ele suspeita mais de você ainda, falamos com McGonagall, ele disse que tinha certeza que fora você... 

- McGonagall não vai acreditar, calma, ela sabe que estive no castelo o tempo todo...  

- Esse não é o problema, agora Harry vai querer vir atrás de você mais ainda... Vamos ter de tomar MAIS cuidado! 

- Mais quem está me “vigiando” não é você? 

- Sim, mais, conheço o Harry, ele não vai me deixar fazer isso sozinha...  

- Tudo bem, a gente da um jeito nisso... Mais então, o colar não foi entregue ao Dumbledore? 

Não podia ser, um plano tão bem pensado, ter ido pelo cano... 

- Não, Katie não morreu por pouco, está sendo transferida para o St. Mungus agora mesmo. 

- Tudo bem, tenho outra ideia...  

Estava maquinando uma ideia, melhor talvez, que a antiga... 

- Qual? 

- Posso mandar Rosmerta entregar ao tolo do Slughorn uma garrafa de hidromel envelhecido em carvalho envenenada para ele entregar ao Dumbledore, Filch não revistaria nada vindo de Rosm... 

- Não seja bobo Draco, se arriscar por um plano que não dará certo?! Nem pensar!! 

- Porque não via dar certo? 

- É óbvio não?! Slughorn vaidoso como só, vai pegar o hidromel para ele! Não, você terá de matar Dumbledore com as próprias mãos!!! 

- Mais... Ele vai me matar se duelarmos! 

- DRACO QUANTAS MIL VEZES TEREI DE MANDAR VOCÊ NÃO SE DESMERECER DESSE JEITO?! - bradou a garota. 

- Tudo bem, tudo bem, foi mal. Mais não tem jeito, quero dizer, de ganhar...  

- Tem sim, é só querer! 

- Não é tão simples, nem Voldemort o derrota. 

- Você não é Voldemort, e vai matar Dumbledore! 

Ficamos abraçados por o que me pareceram longas e longas horas, conversando bobagens, fugindo do assunto mais amedrontador... Muito tempo depois ela foi embora. 

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Hermione Granger

Da Sala Precisa, fui direto para a sala comunal da Grifinória, encontrar com Harry e Rony, e ver o que estavam dizendo sobre o assunto Katie Bell. 

- Ei, Mione, onde esteve todo esse tempo? -perguntou Rony impaciente. 

- Na biblioteca, vendo se encontrava alguma coisa sobre aquele colar. A que conclusões chegaram?

 - Bem - começou Harry - imaginamos que isso deva ser coisa dos dois comensais da morte, Malfoy e o outro que não sabemos - bufei e comecei a falar.  

- Harry, pode até ser obra dos comensais, mais não foi Malfoy, você ouviu a McGonagall, ele estava cumprindo detenção!!! E mais, andei sim, investigando ele, e se quer saber, não vi nada suspeito. 

- Ah Hermione, corta essa vai?! 

- Porque “corta essa” Rony? Você acha que eu iria mentir?  

- Não, não acho, só penso que você não investigou o Malfoy tempo suficiente - concertou ele, corando.  

- Pois investiguei, e torno a falar, nada de suspeito. 

- Tudo bem, tudo bem, mais por precaução vamos continuar a investigar, e agora com esse ataque, prova que precisamos saber quem é o outro comensal - olhei com um olhar assassino para Harry, e ele corrigiu - ok, quem SÃO os comensais.  

- Pois bem, alguma suspeita? - me adiantei, nem que incriminasse alguém que não fosse eu ou Draco, estava disposta a nos livrar dessa.  

- Não, não imagino quem seja mestiço ou nascido trouxa que soubesse de Snape...  

- Talvez, algum amigo de Malfoy - arriscou Rony.  

- Não, Malfoy não se ladearia de alguém que não fosse puro sangue, e mais, como saberiam sobre Snape? - interpôs Harry.  

- Essa discussão não nos levara a nada, mudando de assunto, Harry, como foi sua aula com Dumbledore?  

- Bem ele está me mostrando lembranças de Voldemort...  

Harry me contou tudo sobre a lembrança da infância de Voldemort e sobre as histórias de seu passado que vira com Dumbledore.

Certamente isso era importante que o Lorde das Trevas tivesse conhecimento. 

- Bom meninos, ponham suas mentes brilhantes para trabalhar em suspeitos a comensais, que eu vou dormir, não aguento mais de sono...  

Forcei um bocejo, e sai, sem ouvir as despedidas deles, quanto mais ali ficasse, mais as suspeitas seriam levadas direto a mim. 

Acordei na manhã seguinte e fui me dirigindo para tomar meu café da manhã sozinha, quando uma mão de longos dedos me puxou para uma sala vazia, eu já conhecia aquele toque... 

- Oi meu amor - disse Draco me beijando.  

- Oi, aqui é perigoso, depois a gente se vê, tenho que te contar umas coisas... 

- Conta agora Hermione, acha que alguém vai ficar ouvindo na porta - ele riu - para de ser paranóica!- continuou rindo.  

- Ok, ok...  

Contei pra ele tudo o que Harry tinha me contado, desde suas falhas tentativas a descobrir quem eram os comensais da morte em Hogwarts e sua forte suspeita em Draco, até as lembranças sobre o passado de Voldemort.  

- Interessante, vai agradar ao Voldemort saber saber isso, no próximo chamado dele você fala isso... Agora temos uma coisa mais importante para resolver. 

Ele sorriu maroto,e veio se aproximando de mim, começando a beijar meu pescoço.  

- Para Draco, agora não - ri - vão sentir minha falta! 

- Foda-se eles, não vão morrer se passar um minuto sem você, seu namorado merece mais atenção. - ele falou num tom de fingida magoa.  

- Hm, ta bem, mais só vou ficar mais um pouco, continuo achando aqui perigoso demais...  

- Relaxa.  

Draco voltou a me beijar, ele me prendia ao seu corpo, não deixando um milímetro se quer de distancia entre nós...

Foi quando ouvimos algo batendo na porta, como se fosse alguém escorregando e batendo, então ouvimos passos correndo para longe.  Nós nos precipitamos para a porta, assustados com a ideia de alguém ter escudado alguma palavra nossa.  

Abrimos a porta com cautela, mais não tinha ninguém lá fora, mais havia um objeto, já conhecido há muito por mim... Orelhas extra-sensíveis! 

Peguei o objeto caído no chão e puxei Draco rápido para dentro da sala, trancando a porta com um feitiço.  

- Isso - apontei para o par de orelhas extra-sensíveis - é um artigo das Gemialidades Weasley, Draco! Permite que você ouça conversas perfeitamente por baixo da porta! 

- C...como?? O... O que isso quer dizer? 

- Isso mesmo que você está pensando, alguém ouviu nossa conversa, eu disse que aqui não era seguro...  

- M...mais não pode ser, estamos perdidos se a pessoa ouviu desde o começo!  

- EU SEI, EU SEI! Não me pergunte o que fazer, não faço a mínima ideia, o jeito que me parece único, é esperar pra ver o que a pessoa que estava nos ouvindo vai fazer, e o quanto ela ouviu! 

- Não podemos esperar, temos de achá-la e matá-la o quanto antes.  

- Isso é impossível,essas orelhas extra-sensíveis não deixam registrado quem as usou.  

- Pela barba de Merlin! Estamos perdidos, eu e você, completamente perdidos! 

- Calma não sabemos o quanto a pessoa ouviu, agora, vamos para as aulas, estamos em cima da hora.  

Dei um beijo e um abraço bem forte nele e fui saindo.  

- Hermione, espera ai, deixa eu te falar uma coisa... Esses meses, que eu tenho passado com você, estão sendo os melhores da minha vida, eu te amo mais do que a mim mesmo, e a coisa que eu mais me arrependo é de um dia ter te chamado de sangue-ruim, porque pra mim nada mais importa, a única coisa que me importa é você e só.  

“sabe, eu sempre senti alguma coisa mais forte por você, e talvez seja esse o motivo de ter te xingado todos esses anos tenha sido pra poder te olhar de perto e ouvir a sua voz. Ou até mesmo para esconder de mim mesmo o que eu sentia. Mais hoje, hoje eu não quero esconder mais nada, e essa é a verdade, você é a minha vida.” 

Não pude aguentar ouvir tudo aquilo, o Draco abrindo totalmente seu coração, uma lágrima escapou dos meus olhos, e eu abracei ele com todas as minhas forças, e o beijei com toda a minha vontade, quando faltou ar, nos separamos, ainda abraçados, olhei nos seus olhos e disse: 

- Você também é a minha vida Draco, eu te amo.  

Ficamos abraçados até nos darmos conta de que estávamos atrasados para a aula.  

- Bem, anda, vamos antes que levemos uma detenção. 

Fui para minha próxima aula com o Draco me falara ainda na cabeça.

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Draco Malfoy 

Não sei porque falei tudo aquilo pra Hermione, mais era o que eu queria fazer a tempos, e não tinha coragem, e agora com nossas vidas ameaçadas graças a um desgraçado espião, tive a coragem que precisava pra falar aquilo pra ela.  

As semanas foram passando rápido, estavamos tomando toda a cautela do mundo com o Potter o Weasley e a pessoa que ouviu nossa conversa na sala de aula vazia.  

Estava planejando um meio para matar o Dumbledore, Hermione sugeriu que fosse no dia da invasão a Hogwarts, assim enquanto ele estivesse preocupado em lutar, eu o atacava, era o jeito.  

Embora achasse a ideia do hidromel tentadora... Ia escutar a minha namorada, que com certeza é mais inteligente que eu.  

Ela me contou que o idiota do Weasley andava me observando ultimamente, e fazendo insinuações estranhas, mais não era nada pra nos preocuparmos, como ela diz “ele tem sérios problemas!”  

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Hermione Granger  

Estava com o Rony na sala comunal da Grifinória esperando o Harry voltar de uma de suas aulas com o Dumbledore, a sala estava vazia, e o clima estranho graças as suas últimas insinuações.

 Estava muito calor, mais não podia arregaçar minhas mangas, porque bem em meu braço esquerdo, lá estava ela, a marca negra, que marcava minha devoção ao Lorde das Trevas.  

Para aliviar um pouco dei uma dobradinha nas mangas da minha camisa, muito pouco, mais já ajuda.  

Rony não tirava os olhos de mim, estava merecendo um Crucio, fazia tempo que não torturava ninguém, fazer isso com ele era uma boa ideia até... 

Estávamos fazendo os deveres pra passar o tempo, estiquei o braço pra pegar meu livro na mesinha, e por um grande descuido, ela apareceu, a cabeça da cobra...  

Tirei o braço rápido para tentar evitar que Rony visse, mas tarde demais... 

- O que é isso no seu braço? - perguntou ele muito desconfiado. 

- Isso o que Rony?  

- Essa cobra. - ele apontou o dedo para meu braço esquerdo. 

- Não vejo cobra alguma Ronald, deve estar querendo fazer mais uma dessas suas insinuações sem sentido, não?!  

Barba de Merlin, estou perdida! 

- Não, eu vi, eu vi a cabeça de cobra no seu braço Hermione! Não vá me dizer que você nos tra... 

- Não se atreva a me acusar de meu unir ao Lord das Tr... Ao Lorde Voldemort! 

- Eu vi, não tente disfarçar... Me deixa ver esse braço.  

Ele puxou meu braço, mais como um reflexo o puxei de suas mãos. Nesse momento Harry entrou na sala.  

- Ah! Harry, que bom ter chegado, tenta botar um pouco de juízo na cabeça desse seu amigo que pra mim já deu! 

Ele pareceu assustado com a doce recepção. 

- O que aconteceu? 

- O que aconteceu foi que esse daqui - apontei pra Rony - está me acusando de ser uma comensal, diz que viu a Marca Negra no meu braço! 

- Rony! Está louco?! 

- Esqueçam, foi bobagem minha, estou indo me deitar, boa noite.  

Ele saiu arrastando os pés até seu dormitório. Não entendi sua reação, num minuto fica enlouquecido de ver a cabeça da cobra no meu braço, no outro admite a própria loucura.  

- Estou falando Harry, ele não está nada bem. 

- Não mesmo...  

- Mais me fala, o que Dumbledore te mostrou dessa vez? 

- Nada na verdade, estávamos discutindo sobre quais poderiam ser as Horcruxes e descobrir a identidade dos dois comensais. 

- E a que conclusão chagaram?  

- Bem, ele estava falando das suas teorias sobre quais eram as Horcruxes... Depois chegamos a conclusão de que a informação de Snape podia ser errada e esse comensal ser sim sangue puro, e que por um segundo Snape esqueceu de usar a Oclumência, o que permitiu a Voldemort ver que ele mentia.  

Aliviada pelas novas teorias de Harry, me despedi do meu "amigo" e fui dormir, estava esausta, ainda tentando entender a estranha reação de Rony.