Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Como vão vocês meus leitores lindos? ^-^ Bem, dessa vez eu vim bem em cima né xD Ahhh *0* ganhei uma recomendação, juro que quase morri quando vi o número 2 lá nas recomendações xD dedico esse cap a Zane S2, sua fofa o/ você mora no coração da titia aqui! Enfim, quem acompanha Coletando Lembranças, viu q tava adiantada, mas aí veio o bloqueio criativo + muitos trabalhos escolares = Lulu sem tempo p elaborar e escrever... Ah, esse cap tá pequeno mas eu realmente espero que gostem porque eu adorei escrevê-lo xD



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 Infelizmente o que elas são sabem é que ás vezes eu não preciso de palavras... Só de gestos, só de um olhar amável como os de Naruto, um abraço carinhoso de Hinata ou até mesmo o “Hm” indecifrável de um Uchiha...

Sakura Haruno:

Meu consultório estava silencioso. Só o “tic-tac” robótico do relógio da parede se fazia presente, e para falar a verdade, aquele som não era nem um pouco reconfortante.     Suspirei e olhei para as folhas que eu usava para escrever receitas e prontuários médicos, mas que agora, estavam rabiscadas com desenhos infantis e tortos, frutos do meu tédio.

Esparramei-me ainda mais em minha cadeira, ficando em uma posição bem informal para uma médica como eu, mas tenho certeza de que ninguém vai entrar aqui mesmo...

Quando decidi vir trabalhar hoje, eu realmente esperava que o hospital estivesse cheio de gente esperando ser atendida e medicada.

Não pense que eu desejo mau aos outros, mas é que trabalhando eu certamente ocuparia minha mente com outra coisa a não ser a morte de minha mãe... Mas não, a ironia do destino arquitetou seu maquiavélico plano contra mim e justo hoje, o hospital estava vazio, completamente vazio...

Olhei para minha grandiosa janela, vendo duas crianças brincando lá embaixo. Sorri ao ouvir o riso alegre e inocente de Miku, a garotinha rodopiava graciosamente em volta de um garoto loiro que parecia ser um ou dois anos mais velho que ela, mas que ria com a mesma infantilidade.

Por alguns instantes eu senti vontade de ir até lá e abraçar a pequena, mas me contive.

Ela não estava mais no hospital, depois de se recuperar bem, a moreninha foi levada ao orfanato de Konoha, onde seria adotada por uma família... Por mais que eu quisesse mantê-la por perto, sei que não podia ficar ali, a mimando, como se eu fosse... A mãe dela.

—Sakura?—Indagou Shizune entrando no recinto antes que eu pudesse me aprofundar ainda mais em meus devaneios.

             Na hora eu me sentei adequadamente e arrumei meu jaleco, tentando ficar o mais apresentável possível.

            —Desculpe, mas eu bati na porta, mas como você não atendeu, eu resolvi entrar...—Disse a mulher, me exibindo um sorrisinho amarelo.

            —Tudo bem, eu estava... Distraída, não ouvi você bater.— Falei e a morena me dirigiu um olhar... De compaixão? Sim, infelizmente era. Já disse que não gosto desse olhar? Sim, eu já disse...

            —Mas o que a trás aqui, Shizune?—Perguntei sorrindo, antes que ela tentasse dar uma de psicóloga comigo.

            —Bem, Tsunade pediu para que você ligasse para Ino, é urgente.

            —Ino não está em Konoha.—Respondi e a mulher arregalou os olhos, perplexa.

            —Como assim ela não está em Konoha?—Indagou, sua voz beirando ao desespero.

            —A Ino está em Suna...—Disse casualmente.

            —Chame-a de volta, por favor.—Suplicou.

            —Bem, o próprio Kazekage insistiu muito para que ela fosse. Não acho que seria bom que ela voltasse assim do nada...

            —Oh meu Deus, você está certa.— Murmurou, passando a mão por seu curto cabelo.

            —Mas porque Tsunade deseja tanto vê-la?—Perguntei e ela respondeu, mesmo que hesitante.

            —É que... Bem, estamos precisando de uma ninja médica para uma missão...

            De súbito, uma idéia surgiu em minha mente e eu me senti em um daqueles desenhos animados mudos: como se uma lâmpada surgisse acima da minha cabeça.

            —Sakura, nem pense nisso!—Repreendeu a outra, mas eu nem me importei.

Sasuke Uchiha:

            —A missão só é eliminar uma garota?—Questionei com desdém e Tsunade me encarou com firmeza.

            —Não a subestime, Sasuke.—Se tom beirava entre o conselho e a repreensão.—Essa ruivinha já matou muita gente... Argh! Onde está a Ino?!—Exclamou, irritada, enquanto tentava organizar os papéis que formavam pilhas em sua mesa.

            É, essa é a vida de um ninja... Enquanto eu tomava meu “café da manhã”, tranqüilamente, fui chamado para fazer uma missão, e para piorar vou ter que ir com Ino, enquanto eu realmente queria ficar em casa para ficar de olho em Sakura... De súbito, a porta foi aberta com um estrondo que fez a Senju dar um pulo de susto.

            —Ino, finalmente você... Sakura?! O que você está fazendo aqui?!—Exclamou Tsunade.

Me virei ao ouvir o nome da rosada e a olhei. A Haruno estava um pouco ofegante, mostrando que ela havia corrido para chegar até ali.

Alguns fios rosados de seu cabelo estavam na frente de sua face que estava corada pela corrida, mas o que realmente prendeu a minha atenção foi o sutil sorriso que ela exibia, um sorriso que há um tempo, não aparecia...

Poucos segundos depois, Shizune entrou no recinto, bem mais ofegante e corada que a Sakura.

—Peço desculpas pela Sakura, Tsunade-sama, mas é que ela saiu correndo de repente então eu...

Com um gesto de mão, Tsunade dispensou os detalhes e aliviada, a morena se pôs ao lado de sua mesa, como sempre.

—E você?—Indagou a Senju, apontando para a Haruno com a caneta que tinha em mãos.— O que você veio fazer aqui?

—Vim substituir a Ino.—Respondeu animadamente, como uma criança que fala orgulhosamente que profissão gostaria de exercer.

            A ficha de Tsunade demorou a cair, deixando três longos segundos no ar, até que a face da Senju ficasse vermelha como um tomate e a ela gritou:

            —Sakura Haruno! Está louca?!

            Ao contrário de Shizune, Sakura não se encolheu como um coelho assustado ao ouvir aquele berro, a rosada só desfez o seu animado sorriso o substituindo por uma carranca tão zangada quanto a da Hokage.

            —Não, eu não estou louca!—Retrucou a Haruno, lutando para não gritar com a mulher a nossa frente.—Eu quero ir nessa missão!

            —Pois saiba, mocinha, que eu não vou deixar!—Esbravejou a outra, se levantando de sua poltrona e apoiando suas mãos na mesa, de modo ameaçador, espalhando todas as folhas que há pouco tempo, lutava para arrumar.

            Ao ver aquela baderna, Shizune choramingou baixinho, prevendo que depois, sobraria para ela arrumar aqueles papéis.

            —Você não é a minha mãe!— Rugiu a ninja médica, em um misto de raiva e dor e por um instante, eu me senti desconfortável de estar ali, vendo Sakura “rasgar seu peito”, era como se eu fosse um penetra invisível assistindo uma discussão exclusivamente entre mestra e subordinada.

            Os olhos cor de mel de Tsunade se fixaram na garota, seu olhar era tão firme que parecia fulminante, em um misto de raiva e dor, era o mesmo olhar que Sakura tinha, como se a mais velha compartilhasse de sua dor.

            —É por isso...—Murmurou enquanto se jogava novamente em sua poltrona.— É por isso que eu não quero deixar você ir. Sakura, minha querida, ainda é muito cedo para fazer missões, eu já te deixei voltar a trabalhar no hospital, então volt...

            —Eu decidi voltar a trabalhar no hospital para distrair a minha mente, mas aquele lugar está vazio! Eu quero fazer algo de útil! Parece que ninguém entende que quem morreu foi minha mãe, não eu! Eu estou viva, e quero sair por aí e viver do meu jeito, eu quero voltar a ser como antes...—Desabafou, a voz da Haruno soava magoada, como se ela tivesse guardado aquilo havia muito tempo.—Eu não vou me despedaçar ao cruzar aqueles portões!

            Mesmo depois de ter se acalmado, a Senju passou a mão no rosto, um gesto tipicamente de impaciente e disse:

            —Sakura eu sei como se sente, eu já perdi muitas pessoas a quem eu amei muito mas você...

            —Tsunade, pense comigo.—A rosada a cortou, sua voz agora era séria.— Não tem mais nenhum ninja médico de alta categoria aqui a não ser eu... Por favor, deixe-me acompanhar o Sasuke...

            A loira suspirou e disse por fim, exausta de batalhar com a herdeira de sua personalidade:

            —Faça o que desejar...


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