Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 30
Dando a volta por cima...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Tudo bem com vocês meus queridos ninjas? xD bem, dessa vez eu vim cedo né? Sei q o título é tosco, mas esse é um capítulo "intermediário" como eu gosto de chamar, o próximo cap vai começar a ter mais coisinhas... Boa leitura! ^^
Obs: Leiam as notas finais!!! ^-^



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Sua estrela.

Sasuke Uchiha:

                O cemitério não estava lotado para o funeral, na verdade ali tinha mais pessoas para consolar Sakura do que para se despedir de Kagome.

                Um vento frio passou violentamente pelo cemitério, sacudindo os galhos das arvores que por sua vez soltava folhas secas, como lágrimas.

                Algumas mulheres tentaram arrumar os cabelos desalinhados pelo vento e outras tentavam sutilmente segurar a bainha de seus vestidos, para que a ventania ousada não as fizessem passar vergonha.

A rosada pouco se importou com o vento, nem se deu ao trabalho de colocar as mechas desarrumadas para trás de sua orelha e seu vestido era longo demais para que ela se preocupasse, nada parecia incomodá-la...

Na verdade a Haruno parecia estar fora de órbita, não falava muito com as pessoas, e nem olhava Naruto nos olhos quando este conversava com ela, a garota só assentia e murmurava coisas indecifráveis.

A Haruno parecia um fantasma e sua vestimenta preta aumentava tal semelhança. Com o passar do tempo, as pessoas foram indo embora, começando por Kakashi e um dos ultimos a ir foi Naruto, que na verdade teve que ser convencido por Hinata a ir embora.

Por fim restaram Miku que nem notara a minha presença, estando sempre de mãos dadas com Sakura e do outro lado da rosada estava Kobayashi, com a mão no ombro da Haruno.

                Suspirei profundamente, ignorando o impulso de ir até lá e tirar as mãos do moreno da garota, mas ao mesmo tempo eu sentia como se não tivesse o direito de fazer isso.

Afinal, o que eu era para ela? Um antigo e esquecido amor de infancia? O traidor arrogante? Ou o noivo crápula? Ou... nada?... Um incomodo vazio se apoderou de mim e voltei a olhar os três e não pude deixar de imaginar como eles se pareciam com uma família.

Fechei meus olhos, não querendo ver aquilo, mas minha mente já viajava para imagens onde Sakura sorria e vivia feliz com outro homem... Com Kobayashi.

Será que a rosada seria mais feliz se o tivesse como noivo? Antes que essa terrível pergunta fosse respondida, vi duas pessoas se aproximando da Haruno.

Um deles era um rapaz ruivo e corpulento, que não devia passar de seus 26 anos, mas parecia desconfortável naquelas roupas formais, seus olhos verdes estavam atentos a qualquer coisa, como se até um inseto fosse um inimigo mortal e que precisava ser aniquilado.  

Certamente era um Haruno e cumprimentou a garota com forte aperto de mãos e uma breve frase que Sakura assentiu em resposta.

Kobayashi o encarou, esperando por uma apresentação ou um cumprimento, mas o homem não o fez e devolveu o olhar com firmeza, como que para se mostrar superior, e que não se importava com quem Kobayashi era ou deixava de ser.

A outra pessoa era uma mulher que parecia ser tão ou mais velha que Kagome, seu cabelo rosado estava preso numa trança elegante e seus olhos verdes demonstravam sabedoria e  firmeza, mas também rigidez e liderança; mas quando ela olhou para Sakura, seu olhar mudou, se tornando terno e compassivo.

Ao vê-la a rosada se jogou em seus braços, em um abraço firme e igualmente doloroso.

O rapaz se surpreendeu, assim como Miku e Kobayashi, mas ninguém disse nada, e a mulher começou a dizer coisas para a Haruno enquanto acariciava a cabeça da mesma.

Poucos minutos se passaram e Sakura levantou a cabeça, e passou a mão pelo rosto, secando suas lagrimas.

A mulher lhe dirigiu um sorriso triste e perguntou algo que eu não soube o que era, mas que o que parecia ser algo bom para a mulher e para o rapaz acabou por despertar uma expressão assustada em Kobayashi e Miku acabou se aninhando mais perto de Sakura.

A rosada forçou um sorriso e negou com a cabeça, aliviando o ANBU e a menininha. Já a mulher não se abalou e assentiu.

Sakura Haruno:

—Sakura.—Chamou Ayako, sua voz nutrindo uma curiosidade contida.— Quem é aquele rapaz de preto?

Ao ouvir aquela pergunta, senti o meu sangue congelar em minhas veias, e não pude evitar que meu corpo ficasse tenso.

—Eu não me recordo dele, certamente não é ninguém ligado ao nosso clã, nunca o vi em nenhum festival de nossa vila.

Levantei a cabeça e olhei para Sasuke que estava apoiado numa arvore, não muito longe.

O moreno estava visivelmente incomodado com o olhar avaliador e rigido de minha tia, mas ao perceber o meu olhar, o Uchiha me fitou, sustentando meu olhar.

 Ele parecia cansado, exausto emocionalmente, dava para perceber olhando em seus olhos, que o ninja não estava tão bem quanto fingia estar.

                Milhares de palavras foram trocadas naquele olhar, centenas de emoções, mas um único pensamento.

De súbito, Kenshin, meu primo, pigarreou, me lembrando de que ainda devia uma resposta a Ayako.

                —Ele é meu noivo.—Respondi continuando a fitar o moreno, que pareceu ouvir a declaração e ficado tão ou mais surpreso quanto Kenshin.

A risada divertida de minha tia se fez presente, e eu a fitei. A mulher olhou de soslaio para o Uchiha e depois para mim, como se imaginasse nossos filhos ou algo do gênero o que me deixou extremamente constrangida.

                —Ai ai, um Uchiha e uma Haruno, que gracinha.—Murmurou com o mesmo sorriso que e meu pai tinha.— Ele é um belo rapaz, parece ser forte e decidido, gostei dele. Bem, eu e Kenshin já vamos, espero ver meus sobrinhos-neto em breve.

                Eu corei violentamente enquanto ela me abraçava. Inspirei profundamente o odor agradável que vinha dela, era um cheiro indescritível e natural, tipico da vila de Toshimimaru, a vila dos Harunos, é... Os “filhos da primavera” ainda mantêm seus segredos...

                —Até mais breve, Sakura-chan.—Despediu-se.— Sabe que pode falar comigo quando desejar.—Disse séria, aquilo soou como uma ordem.

A ordem de uma líder de um clã, inquestionável e não eu pude deixar de assentir. Mesmo assim, minha tia ainda me estudou por alguns instantes, como se procurasse algum sinal de mentira, e logo depois suspirou.

                —Você se tornou uma mulher maravilhosa, forte como seu pai e amável como sua mãe, virou uma admirável pessoa, mas...não precisa suportar tudo sozinha Sakura, nunca se esqueça de que você tem a mim, você tem Toshimimaru do seu lado.

Sasuke Uchiha:

                A mulher me olhou novamente, mas dessa vez me dirigiu um sorrisinho simpático, como se ela imaginasse algo incrivelmente engraçado a ver comigo.

O ruivo apertou a mão de Sakura e assim os dois Harunos se distanciaram, indo embora. Sakura suspirou e ela caminhou na minha direção e antes que eu percebesse a rosada disse:

                —Sasuke, passe na minha casa e pegue as minhas malas.

Eu me senti tão surpreso, que não consegui fazer nada de imediato a não ser continuar fitando a Haruno, como um idiota e ela percebeu, já que a médica deu um sorriso fraco e tristonho e disse:

                —Vamos voltar para casa... Noivo.

                Eu não pude deixar de sorrir e assenti:

                —Entendido, minha noiva.

                —Sasuke-san!—Exclamou uma voizinha infantil e animada.

                Sem esperar por resposta, a pequena Miku abraçou as minhas pernas. Me agaichei, até ficar da altura dela, e a peguei no colo.

                —Como vai, pequena?

                —Bem, e quando você vai voltar a ler para mim?—Perguntou fazendo um biquinho adorável.

                —Bem, eu já vou indo para o Complexo Uchiha.—Disse Sakura.— Me acompanha Kaito?

O moreno assentiu como um cachorrinho irritante e saiu acompanhando a rosada. Eu e a menina ficamos olhando os dois saírem do cemitério e eu julguei melhor levar a garotinha para o hospital.

—Você está tão quieto hoje, Sasuke-san...—Murmurou Miku enquanto saíamos do cemitério.—Aconteceu algo?

—Nada, é que... Bem... ah, não é nada.—Resmungei.

—Agora você me deixou curiosa...—Murmurou animadamente.—Fala Sasuke-san, eu prometo qe não vou sair espalhando seus problemas...

Suspirei, não acreditando no que eu estava prestes a fazer, mas mesmo assim eu fiz:

—O que você acha do Kobayashi?

Por alguns momentos a criança pensou antes de perguntar:

—Você está falando daquele amigo da Sakura-san?—E assenti e ela continuou.— Ele é bem bonito e simpático, é um moço bem legal...

—Legal é?...—Resmunguei e Miku gargalhou infantilmente.

—Não fica com ciúmes Sasuke-san, eu acho você bem mais bonito, e mais legal, afinal, você lê para mim!—Exclamou dando um beijo estalado em minha bochecha e eu não pude deixar de sorrir também.

Sakura Haruno:

Bem, as coisas começaram a voltar ao normal na medida do possível. Hoje, depois de nove dias depois do enterro, eu vou voltar a trabalhar no hospital.

Nunca me senti tão feliz em finalmente voltar a usar meu jaleco branco. Não digo que estou me sentindo maravilhosa porque eu não estou, afinal, nunca é fácil perder alguém que se ama, e perder a minha mãe tão de repente me fez perder um pouco da minha sanidade.

Mas a vida continua, minha mãe não ia querer que eu passasse o resto da minha vida chorando sua morte.

Suspirei e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e desci as escadas, ouvindo o som metálico de panelas.

 Me surpreendi ao ver Sasuke na cozinha, tentando preparar alguma coisa, mas o moreno parecia estar tendo dificuldades, já que o Uchiha parecia estar impaciente, praguejando baixo contra os utensílios culinários.

—Bom dia Sasuke.— Falei e o garoto virou a cabeça para me olhar e assentiu, um típico cumprimento a lá Uchiha.

Ele franziu o cenho ao me ver de jaleco e murmurou:

—Eu achava que Tsunade tinha te dado o resto do mês de folga...

—Bem, eu quero sair um pouco, preciso ocupar a minha mente com algo de útil.

—Hmm...

—Está tentando fazer o almoço, Sasuke?—Perguntei risonha e Sasuke fez uma leve careta.

—Mais ou menos...—Murmurou.

—Já vou então, até mais.—Disse saindo da casa.

Era assim que eu e o Uchiha conversávamos, nada de simpatia forçada, simplesmente falávamos, e eu percebia que ele estava se esforçando para manter algum diálogo, mas eu também pouco me importava se ele respondesse seu típico som monossilábico, ás vezes era até bom, já que de uns tempos para cá, tudo o que as pessoas fazem é querer conversar comigo, como se fossem psicologos, isso desde Tsunade até mesmo o distante Sai.

Eu sei que eles querem me ajudar mas... Na verdade, nada do que eles estão falando está ajudando de verdade.

Infelizmente o que elas são sabem é que ás vezes eu não preciso de palavras... Só de gestos, só de um olhar amável como os de Naruto, um abraço carinhoso de Hinata ou até mesmo o “Hm” indecifrável de um Uchiha...


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, Infelizmente Juntos já está no "final"... Só q desde q começei a escrever ela,já tinha outras temporadas em mente, outras duas na verdade que explorariam temas que foramabordados sutilmente aki. IJ ñtem um final concreto já que a continuação seria a outra temporada, mas eu escrevo o q vcs querem, o q quero saber é se vocês querem as outras duas temporadas... *-* Mas se não quiserem bolo um fial p IJ e tal.