Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 27
Naquele dia de neve...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês minhas leitoras e leitores lindos? Bem, dessa vez vim + rápido né? Bem, tenho q dra umas explicações sobre como esse capítulo funciona, ele é diferente dos outros, então não estranhem. Nesse cap, eu achei + facil explorar as lembranças da Sakura para dar mais proximidade aos leitores, ou seja, esse capítulo é como um flash back em terceira pessoa. Ah, e metade do prox provalemente também vai ser assim, espero que gostem ^^



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_Não, está tudo bem, eu preciso contar isso a alguém, venho guardando isso desde os meus cinco anos de idade, nem minha mãe sabe de toda a história na verdade. Venha. Falou enquanto se sentava no sofá. Vai ser uma longa história.

"A neve caia gentil e lentamente no chão, formando um extenso e belo tapete branco. As arvores da antiga campina estavam nuas, suas folhas já haviam caído fazia tempo e tudo era silêncioso, ou melhor, quase tudo era silêncioso... Em meio a neve, uma figura pequena e infantil brincava livremente. Mesmo sem ter nenhuma boneca ou bola em mãos para brincar, a menininha se divertia ainda mais com sua fértil imaginação.
Seu corpo infantil estava coberto por várias peças de roupas desde botas de chuva até uma touca que era garnde demais para sua cabeça, tudo isso por insistência de usa protetora mãe. Ali, isolada dos adultos que eram irritantemente sérios, a garotinha gargalhava, corria, pulava, rodopiava e se jogava no chão; suas bochechas já estavam mais rosadas que seu cabelo, mas não era por causa do frio cortante e sim por causa da agitação que sua imaginação lhe proporcionava.
Em sua mente, todo aquele lugar ficara diferente, aos seus olhos esmeraldinos, as arvores frias e nuas eram falantes e estavam repletas de flores multicoloridas e com fragância até então desconhecidas pelo restante da humanidade; no céu, as nuvens cinzentas e inexpressivas davam espaço para outras que formavam elaborados desenhos ou peças de um curioso quebra-cabeça.
O vento gantes gélido agora eram os sussurros das ninfas e fadas que viviam nas arvores. E ela, a rosada obviamente também se transformou em seu mundinho encantado. Suas botas de chuva viravam lindas sandálias brilhantes e as grossas camadas de roupas que envolviam seu corpo se desmanchavam em um bufante vestido em tons pastéis e por fim, sua touca folgada se tranformava em uma coroa dourada e de tamanho ideal para sua cabeça.
Sakura era a verdadeira imperatriz daquele lugar e como a soberana de seu mundinho, a Haruno dançava com outros nobres imaginários, conversava com as ninfas e fadas, se aventurava pelos mares acompanhada pelas sereias, e era amada por seu povo. Mas nem tudo era um mar e rosas, e ás vezes até a própria rosada queria um pouco de ação e assim em um piscar de ollhos, aparecia uma horrenda bruxa ou um cruel ninja renegado para ser derrotado pela criança em uma batalha épica, como agora por exemplo, onde a rosada havia acabado de derrotar uma ninja renegada muito malvada.
_Ha!_Exclamou a pequena, estufando o peito._ Pensou que iria conseguir tomar o meu reino assim tão fácil? Baaaaka._ Falou enqunato pisava sobre uma grande pedra._ Que bom que se rendeu logo Yura, assim eu poderei ser piedosa com você, ninja renegada, mas viverás na masmorra até ter pagado por teus crimes. Guardas!_ Berrou e começou a se afastar, como uma soberana que se retirar para seus aposentos após um dia exaustivo, mas foi então que a se chocou contra algo e caiu com um baque surdo no chão.
Ela percebeu que havia trombado em uma pessoa e logo tratou de ir se desculpar, porém o educado pedido de desculpas ficou entalado em sua garganta pelo medo que atravessou a sua espinha ao ver o sujeito em que havia trombado. Toda magia do seu mundo encantado que antes a cercava desapareceu dolorosamente e enquanto encarava o homem, a floresta voltou a ser silenciosa, as ninfas sumiram juntamente com as fadas, provavelmente de medo pelo sujeito a frente.
Era um homem muito alto e corpulento, seu rosto era marcado por cicatrizes e uma delas deformara seu rosto, repuxando seus lábios para cima dando a impressão que ele estivesse sempre sorrindo, o que poderia até ser uma coisa boa se o homem não tivesse uma aurea tão ameaçadora o cercando. Mesmo assim, a garota engoliu a seco e quando abriu a boca para finalmente pedir desculpas, o sujeito foi mais rápido e perguntou:
_Você é Sakura Haruno não é?
A voz dele grave e sombria e apesar da pergunta ser simples, a criança se negou a responder, se encolhendo de medo.
_Ichiro Haruno é o seu pai não é?_Insistiu ele dando um passo a frente e naquele momento, Sakura decidiu que aquele homem não era uma pessoa boa e que já perdera tempo demais ali.
Com uma rapidez impressionante, a Haruno se virou e saiu correndo em disparada para floresta, a rosada conseguia ouvir os passos pesados de seu perseguidor, sabia que ele não estava tão perto para capturá-la, mas não poderia subestimar seu oponente, não enquanto ainda estivesse distante de pessoas que poderiam ajudá-la. Logo, seus pulmões exigiam mais ar do que a pequena conseguia puxar e seus passos começaram a ficar mais lentos e antes que ela visse, um homem saltou de uma arvore, caindo com um baque surdo e bem calculado a poucos metros de Sakura.
Se a Haruno havia se assustado com o primeiro homem, esse segundo ela poderia muito bem classificá-lo como um demônio. O homem era bem maior que o outro, parecia uma montanha na visão da rosada, metade de sua face havia sido queimada tenha sido talvez por ácido ou por fogo, e o olho da metade do rosto queimada era ocultado por um tapa olho imundo.
Pouco cabelo crescia e o pouco que crescia eram grisalhos e despenteados, acentuando a impressão demoniaca ao redor do homem que apesar disso não era tão velho assim. A garotinha estava aterrorizada demais para fazer qualquer coisa a não ser ficar olhando para aquele homem.
_Desculpe chefe, ela correu de repente e... Bem, é ela não é?_Perguntou o primeiro homem, sem fôlego.
Um sorriso assustador se desenhou por entre os lábios finos do Chefe e em resposta a menina choramingou.
_Sim, os olhos são idênticos, ela é como uma cópia feminina dele. Dá para ver de longe que essa criança é a filhote daquele Ichiro maldito.
_Ei!_Gritou Sakura, irritada._Não fale assim do meu pai!
_Olhe só Haruko! Ela tem até o mesmo gênio que ele!_Zombou o Chefe e ambos riram.
Poucas pessoas sabiam que Ichiro Haruno era uma pessoa explosiva, por trás daquele rostinho pacífico e brincalhão, e um número ainda menor de pessoas sabiam que a filha encantadora dele também herdara esta personalidade peculiar. As bochechas de Sakura se tingiram gradativamente em um tom forte de vermelho e seus pequenos lábios formavam um biquinho quase que cômico ao ouvir os desaforos que os homens falavam de seu pai.
Não aguentando mais ouvir aquilo, a rosada deu um passo a diante e deu um chute na canela do Chefe que parou de rir no mesmo instante e fitou a menina, obviamente o golpe da garotinha não deu nenhum dano ao homem que era praticamente o triplo do seu tamanho, mas ele não tinha paciencia com crianças como ela...
_Escute aqui seu brutamontes!_ Esbravejou a Haruno apontando o dedo para cima, mas que estava longe de alçançar a face do ouvinte._ Meu papai é muuuito forte e quando ele-
A ameça da criança não foi terminada já que o homem a pegou do chão como se ela pesasse menos que o ar e a pôs na altura de seu rosto, como que para aumentar o efeito aterrorizante de suas palavras.
_Percebemos que você gosta de brincar contra ninjas renegados, boa sorte em tentar nos capturar, pirralha._ E dito isso, ele a colocou nos ombros, como se ela não fosse mais valiosa do que um saco de batata.
_Ei! Me coloque já no chão!_ Gritou Sakura, sua voz ficando cada vez mais alta, tomada pelo desespero._ Exigo que me coloque no chão!_ A rosada começou a se debater, tentando a todo custo se soltar do seu sequestrador que perdeu a paciencia soltando um palavrão.
_Apesar de estarmos longe de outras casas, se essa pirralha começar a gritar muito, vai acabar chamando atenção._Avisou Haruko.
_Tsc. Me dê uma kunai, vou dar um jeito nessa pestinha._Murmurou e o capanga de uma kunai para ele.
_Ei, o que você vai fazer?!_Choramingou a Haruno, as lágrimas escorriam livremente por sua face ao ver a lâmina da kunai brilhar ameaçadoramente, sedenta por sangue, pelo seu sangue.
Poucos segundos depois, o cabo da arma foi batida com força contra nuca da garotinha que não teve nem tempo de gritar, já que desmaiou em seguida, enquanto o snague se esvaia da ferida.
_Primeira fase do plano concluida._Murmurou Haruko com um sorriso demoniaco na face._Ichiro... Ichiro... Encontramos a sua maior fraqueza._ Falou olhando para o corpo inerte da garotinha nas costas do homem a sua frente._ A vingança é um prato que se come frio...
Quando a menina acordou, a sua visão estava tão desfocada que ela até sorriu minimamente, na doce ilusão de estar em casa e estar achando que aqueles dois homens horriveis haviam sido apenas um pesadelo. Ela tentou se sentar, mas uma dor latente se fez presente na sua nuca e o cheiro de sangue invadiu suas narinas,quase que imediatamente ela levantou a mão para tocar a ferida, mas as mesmas estavam amarradas atrás do seu corpo, assim como seus pés.
Com um frio na espinha, Sakura percebeu que tudo o que aconteceu não era somente um pesadelo, era muito pior que um peadelo, era a realidade. De subito, o Chefe entrou na cabana improvisada em que ela estava e sorriu sombriamente quando a rosada o fuzilou com o olhar.
_Pelo visto a senhorita aprendeu a dobrar essa sua irritante lingua._Falou ironicamente e a pegou de ponta cabeça, a segurando pelas cordas que amarravam seus pés e a levou para fora._Escute aqui pestinha, vou dessamarrar as suas mãos, mas se você uma gracinha, vou cortar esse eu pescoçinho.
Mesmo estando amedrontada, a Haruno tento manter a expressão inexpressiva, afinal, seu medo alimentava a coragem deles e sua lingua afiada poderia custar a sua vida. Um alivio invadiu seus braços quando foram desamarrados, que já estavam começando a ficar dormentes por causa da descofortável posição.
_Escute com atenção por que eu não vou ficar repetindo._ Ordenou Haruko._ Você vai escrever para o seu pai o que aconteceu com você, quero que detalhe muito bem como está se sentindo e tal, quero que você alimente ainda mais a fúria que ele nutre por nós.
_Vocês vão pedir resgate?_Perguntou inocentemente a menina enquanto recebia lapis e papel.
_Não é da sua conta, pirralha miserável!_Retrucou o Chefe, rispido.
Sakura quase sorriu, mas manteve a sua animação somente para si. Há um tempo seu pai e ela tinham criado uma forma de comunicação só deles, os dois trocavam mensagens e segredos assim, em mensagens codificadas, ali a rosada teria a chance de falar aonde eles estavam e poderia assim ajudar seu pai a vir salvá-la. Afinal, ela conhecia Konoha toda e aquele lugar não lhe era estranho, a menina conhecia as montanhas ao longe, eles ainda estavam dentro da vila, nos limites territoriais, mas ainda dentro vila.
Demorou um pouco para consiliar em um mediano texto, as palavras que seus sequestradores queriam e a mensagem decodificada contendo as informações objetivas para Ichiro. Ao terminar, Sakura estendeu a folha para um dos homens que somente leu e Hakuro amarrou as mãos dela novamente e a jogou dentro da cabana de antes, onde a rosada ficou de olhos bem abertos, observando tudo a sua volta, e principalmente rezando para que aquele dia terminasse menos turbulento do que como começara.
Longe de todo aquele caos, em uma casa nos suburbios tranquilos de Konoha, Kagome Haruno cozinhava o almoço enquanto cantarolava o hit do momento, seus longos cabelos estavam presos com um lenço multicolorido e de estampas variadas e seu generoso quadril acompanhava as batidas da musica cantarolada. O almoço logo sairia e apesar do frio lá fora, dentro da fumegante cozinha, a mulher começou a se abanar com um pano de prato.
Ela olhou de soslaio para o relógio de parede e se assustou quando percebeu que horas eram. Já estava na hora de sua filha ter voltado, mas até agora nada da menina aparecer. Kagome olhou pela janela e viu que uma nevasca se formava e só de imaginar sua pequena florzinha passando frio lá fora, um aperto tomou conta de seu coração. Um sexto sentido que só as mães tem, pareceu ter sido ligado dentro dela e a mulher começou a ficar realmente preocupada com o paradeiro da criança, tanto que abandonou seus afazeres na cozinha e caminhou em direção da porta, decida a procurar pela Sakura.
Quando a porta se abriu, Kagome levou um susto ao vê-lo ali.
_Ichiro, você me assutou!_Exclamou pousando a mão delicadamente no peito.
O ruivo não respondeu, ele estava abaixado quando sua esposa abriu a porta, e mesmo depois dela ter falado com ele, o Haruno não respondeu. O homem estava mais ocupado olhando um papel que continha a letra de sua amada filha.
O ruivo só estava voltando para casa em um tipico e raro dia de folga que tinha, mas foi então que um papelzinho no pé da porta chamou a atenção do Haruno.
_Ichiro?_Indagou a mulher, acariciando os cabelos ruivos do esposo.
_Onde está Sakura?_Indagou seria e bruscamente.
_E-Eu não sei!_Respondeu Kagome já começando a entrar em desespero._ Eu ia sair a procura dela quando vi você.
Ao ouvir aquilo, o a musculatura do pescoço do homem se tensionou e sua mão se fechou com força ao redor do papel. Ichiro se levantou subitamente, alarmando a esposa, e entrou na casa.
_Kagome, me dê papel e algo para escrever, rápido!
_Por quê? O que houve?
_Se minhas supeitas estiverem corretas, Sakura foi sequestrada._Respondeu começando a ler o código nas entrelinhas da mensagem.
Ao ouvir aquilo, Kagome ficou pálida como papel e seus olhos estavam arregalados de perplexidade e medo. Suas pernas ficaram bambas não mais sustentando o peso do próprio corpo e lentamente a mulher foi escorregando até o chão, onde ficou ali, imovel durante alguns minutos. Ao contrário da esposa, Ichiro conseguia manter a cabeça no lugar em situações criticas como aquela, talvez por causa de sua personalidade realista ou por causa do seu arduo treinamento ninja, mas por trás daquela concentração impressionante, algo borbulhava e queimava dentro de si, afinal era a vida de sua filha que estava em jogo, e Sakura era sem dúvida seu bem mais precioso, Ichiro nunca perdoaria tais malditos que capturaram a rosada, eles iriam saber o porque do codionome do ruivo ser Demônio Vermelho.
Poucos segundos se passaram até que Ichiro conseguiu tirar toda informação contida na carta e se levantou rapidamente da mesa e começou a seguir até a porta e foi então que alguém segurou sua mão.
_Me espere, eu vou com você._Pediu Kagome, com a voz rouca, porém determinada.
Seus olhos estavam vermelhos, mas ali havia um quê de vingança, ela simplesmente queria sua filha salva, não importava quem deveria matar para que isso fosse preciso.
Kagome não era um Dêmonio Vermelho, mas com certeza conseguiria ser tão aterrorizante quando um.
...


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Notas finais do capítulo

Obs: Acho que a formatação ficou um pouco fail né? é porque é a primeira vez q escrevo um cap no notebook >.< desculpa aí qualquer coisa...