Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 25
Em Minha Mente...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês suas lindas? Gente muito obrigada pelos reviews! Juro q no cap passado, pensei q vcs iam me matar, mas vcs foram tão legais comigo que eu me sneti tão acolhida por vocês! *-* Bem, como sobrevivemos ao apocalipse do dia 21 XD aki tá outro capítulo como presente de Natal para voces. Acho que não aparecerei aqui antes de 2013, então feliz Natal e um Ano Novo perfeito p vcs suas lindas!^^ Enfim, espero que gostem do cap assim como eu gostei de escrevê-lo, ñ achei que ele ficou 100%, e estou até com um pouco de medinyho de decepcionar vocês, mas aqui está ele o/



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—Sei que errei ao entrar aí, sei que não tinha o direito de querer o que eu quis, mas... Você Sasuke passou dos limites! Juro que desde pequena, eu tentei te ajudar de todas as maneiras possíveis, tentei fazer tudo perfeitamente para ser a garota perfeita para você, mas eu desisto. Você não é humano, você não possui sentimentos! É um monstro escravo da própria ira e do passado!Uchiha, você nunca vai ser capaz de amar alguém, nunca será! Vai viver o resto da sua vida com esse seu maldito orgulho e completamente sozinho. Se eu sou infantil, você também é só que fadado a sua prepotência ridícula. Eu te odeio com todas as minhas forças... E tenho pena de pessoas covardes e arrogantes como você, pessoas que vão morrer desejando uma segunda chance na vida sem nem ao menos saber o significado de viver.

                 Sasuke Uchiha:

                O vento soprou, brincando com meus cabelos, mas eu permaneci ali, de pé, quase que em estado de choque... Não sabia há quanto tempo eu estava ali, e realmente eu não ligava para isso agora. Levei minha mão lentamente até minha face, que ardia pelo belo tapa que Sakura me deu há pouco tempo. Olhei para minha casa onde Sakura havia entrado depois de nossa discussão.

Talvez eu não tenha te tratado

Tão bem quanto deveria

Talvez eu não tenha te amado

Com tanta frequência quanto poderia

Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito

Eu simplesmente nunca me dei ao trabalho

                Eu ainda não conseguia acreditar em como tudo aconteceu tão rápido... Sakura... Sakura... Sakura... A face chorosa e magoada da rosada ainda estava fresca em minha mente, e as palavras dela se repetiam como uma tortura em minha consciência. Eu me sentia estranho, nunca havia perdido o meu autocontrole em nada, mas quando vi a Haruno enxerida ali, a única coisa que pude fazer foi gritar e gritar... Os gritos dela ainda ecoavam em meus ouvidos, me deixando com a sensação de estar preso dentro de um filme de terror em minha própria consciência.

                 Sentei-me no chão angustiado, fechei meus olhos e tapei meus ouvidos com minhas mãos, desejando que todas aquelas imagens e todos aqueles sons parassem de me torturar daquele jeito, mas não parava! As imagens de eu jogando a garota contra o chão vieram à tona e eu me lembro de que toda aquela minha raiva escaldante e indomável pareceu desaparecer quando eu vi hematomas ser formando nos pulsos alvos e delicados dela.

                Naquela hora eu me senti como um... Um... Monstro sei lá! Nunca gostei de lutar contra mulheres, e há poucos segundos eu acabara de machucar psicologicamente e fisicamente a Sakura. Eu não queria fazer aquilo, eu realmente não tive intenção de machucá-la daquele jeito, eu só... Eu... Só... Argh! Eu estou com vontade de socar alguma coisa! Quero que essa sensação desconfortável passe logo do meu peito, eu simplesmente quero... Quero... Que o tempo voltasse, queria que dia começasse do zero de novo, quem sabe assim, eu não seria tão...

                De súbito, senti algo gelado e peludo encostar minha mão fazendo leves cócegas, e eu surpreso olhei para um gatinho preto que farejava a minha mão com curiosidade. Ele me fitou e timidamente lambeu a minha mão. O animalzinho parecia perdido e eu realmente não sabia como ele havia entrado no distrito Uchiha, levantei a mão e dei carinho no gato, que fechou os olhos, parecia gostar do carinho.

                 Você sempre esteve em meus pensamentos

            Você sempre esteve em meus pensamentos

                “Nada eu só... Estava atrás do gato e...” A voz da rosada voltou a me atormentar e enquanto minha mente girava suas engrenagens, ligando os fatos, eu parei de acariciar o bichano, que pareceu não gostar, já que ficou miando e lambendo a minha mão para que eu lhe desse atenção. Abaixei a minha cabeça a ponto de que minha franja cobrisse o meu rosto, não acreditava que a Haruno estivesse falando a verdade, achei que era somente uma mentira ridícula para que ela pudesse xeretar na minha vida do jeito mais sujo possível, invadindo a minha antiga casa.

                Bruscamente, eu me levantei do chão e peguei o gato, que assustado soltou um miado agudo e até mesmo engraçado, mas eu não tinha vontade de rir naquela hora... Depois da nossa briga, a garota havia entrado na casa e eu realmente queria ir atrás dela... Queria falar com ela, nem que seja para ela me dar outro tapa, nem que seja só para mostrar o animal em meus braços e dizer: “Olha achei o seu gato!”, quero vê-la nem que seja para bancar o idiota... Eu preciso... Vê-la.

                Abri a porta de casa e confesso que me assustei, não só pela limpeza impecável, mas pelo silêncio que reinava naquele lugar... Olhei para os lados e caminhei cautelosamente para a cozinha, nada da Sakura ali, e assim sai a procura da rosada, caminhando pela casa silenciosa. Poucos segundos depois eu me sentei no sofá, toda minha coragem estava se esvaindo de meu corpo como areia por entre minhas mãos...

                Ela provavelmente está no quarto. Acho... Que seria melhor dar um tempo para ela... Senti-me um covarde, mas também acredito que a ultima pessoa que ela quer ver agora sou eu... O gato pulou de meu colo para o sofá e começou a se lamber. Fechei meus olhos, e o silencio quase fúnebre que tomava conta da casa parecia tomar conta de minha mente... Franzi o cenho, aquele silencio me irritava, me irritava ao ponto de eu desejar que houvesse algum barulho, qualquer barulho... Infelizmente ou felizmente eu havia incrivelmente me acostumado com a presença de Sakura ali, seja a rosada cantarolando o hit do ano ou o som da TV em algum programa feminista ou em algum filme ridiculamente engraçado.

                Acostumei-me com a sinfonia apetitosa que a rosada orquestrava na cozinha, me acostumei com as musicas que ela colocava no rádio e até comecei a gostar de algumas... Acostumei-me com o som dos passos dela e... Desacostumei-me com o silêncio que era tão avesso a Sakura. Paz, calmaria, sossego, tranqüilidade e repouso, essas e demais palavras não faziam mais sentido para mim, eu simplesmente não as queria mais como antigamente.

                 Eu não... Suportava mais tanta... Calmaria... Passei a mão por meus cabelos e comecei a bater o meu pé contra o piso, fazendo algum tipo de ruído para tentar diminuir aquela sensação claustrofóbica que aquele silencio me dava. Antes que meu orgulho ou que minha arrogância falasse mais alto, eu me levantei do sofá e  caminhei, mesmo que lentamente, até o quarto da rosada.

Talvez eu não te abracei

Todos aqueles solitários, solitários momentos

E eu acho que nunca te disse

Que sou muito feliz por você ser minha

Se eu fiz você se sentir triste, eu confesso

Garota, eu sinto muito, eu estava cego

                Suspirei profundamente e minha mente tentava escolher as palavras certas para poder começar algum diálogo...

                —Er... Sakura?—Chamei, tentando não soar hesitante. —Eu... Posso falar com você?—Mordi a língua, que diabos eu havia falado?! Quantos anos parecem que tenho? 7?!

De qualquer jeito, ela não respondeu, e aquele silencio vindo da parte dela me martirizava ainda mais...

                —Por favor... —Falei, mandando meu orgulho para longe de minha mente agora, afinal meu orgulho já destruiu muitas coisas na minha vida, não quero mais uma na lista...

                O silencio se repetiu e guiado pela insegurança eu abri lentamente a porta do quarto dela, sem pedir licença e pouco me importando em ser mal educado, eu realmente precisava falar com a Sakura. O quarto estava envolto de escuridão, o que realmente não era do feitio da rosada. Dei um passo hesitante para frente, e vi alguma coisa em cima da cama, talvez a Haruno estivesse dormindo, isso explicaria o porquê dela não ter me respondido.

                 Aproximei-me da cama dela e quanto mais me aproximava, fui percebendo que a figura em cima da cama era pequena demais e redonda demais e peluda demais para ser uma pessoa. E logo percebi que aquele era um urso de pelúcia gigante da Sakura. Um frio percorreu a minha espinha, onde estava a rosada então, se ela não estava em canto nenhum da casa? Abri as portas do guarda roupa dela com força e acabei só encarando cabides e gavetas vazias.         Fui até o criado mudo e o móvel se encontrava na mesma situação: vazio. Sentei-me no chão, ainda não acreditando que aquilo estava realmente acontecendo comigo... A Haruno foi embora. Aquele pensamento me atingiu de forma dolorosa e me senti o cara mais idiota do mundo. Olhei para o ursão de pelúcia em cima da cama, por que ela o deixara para trás? Minha mente vagou para quando ela recebeu o urso... Foi no festival das flores de cerejeira, as fichas dela haviam acabado e eu dei as minhas para ela, não seria nada demais, mas... Acho que Sakura deixou a pelúcia para trás por que fui eu quem “deu” mesmo que indiretamente para ela...

                Oh Deus, ela me odeia! Eu sentia o peso do mundo em minhas costas e a sensação não era nada boa. Sentia-me como um brutamontes idiota, ou como um cafajeste, a essa altura o meu pai deve estar me amaldiçoando lá do paraíso e a Sakura deve estar cancelando o nosso noivado.Dei um soco na parede, minha mão doeu, mas eu não me importei, na verdade aquilo até que não havia sido tão ruim, extravasava a minha auto-frustração se é isso existe... Desferi outro soco na parede e outro e outro.

                —Ei, ei, o que você está fazendo garoto?—Perguntou uma voz atrás de mim.

                Olhei para porta do quarto e vi Itachi de pé, encostado no batente da porta de forma casual. Ele deu uma boa olhada no quarto e levou uma garrafa de vinho nos lábios, dando um longo gole.

                —Onde você arrumou vinho?—Perguntei, sabendo o aquela bebida não era tão fácil de ser encontrada.

                —Com uma amiga. —Resmungou dando de ombros e se sentando ao meu lado. —Quer um pouco?

Você sempre esteve em meus pensamentos

Você sempre esteve em meus pensamentos

                Agora foi a minha vez de dar de ombros e eu peguei a garrafa e dei um longo gole na deliciosa bebida.

                —E então, o que aconteceu aqui?—Indagou o moreno apontando para o quarto e eu lhe devolvi a garrafa, em silencio, tentando escolher as palavras certas para começar.

                —A Sakura... Ela foi embora. —Falei tentando desmanchar o nó desconfortável que começava a se formar em minha garganta.

                —Isso eu percebi sozinho. —Retrucou bebendo mais um gole de vinho. —Ok, acho que meu irmão está começando a ficar um pouco alterado. —O que eu quero realmente saber, é o que você fazer agora.

                —O que quer que eu faça?!—Indaguei. —Ela foi embora porque quis!

                —Não. —Corrigiu o Uchiha mais velho, sua voz estava séria, quase que severa. —A Sakura foi embora porque você fez alguma coisa.

                —Como você sabe que eu fiz alguma coisa que a aborreceu?—Disparei, começando a ficar irritado com aquilo.

                —Viu? Você acabou de confirmar agora. —Falou meu irmão dando um sorrisinho de lado. —E além do mais, conheço mulheres do tipo genuíno da Sakura e elas não são covardes ao ponto de recuarem por qualquer coisinha...

                —Uhum, sei, e digamos que o tipo genuíno que você conhece é a sua “amiga” do vinho?—Indaguei, exibindo um sorriso de malícia e Itachi estralou a língua, mas riu um pouco.

                —Talvez. Mas não estamos aqui para falar dela. —Anunciou ficando sério novamente e eu fechei a cara, tudo o que eu menos precisava agora era de um sermão... —Ei, ei, não pense que eu vim aqui te dar sermão. —Falou levantado as mãos, como quem se rendia. —Nem para perguntar o que foi que aconteceu, pelo visto você já sabe o que deve fazer, mas ainda está inseguro ou é idiota demais para perceber. Não deixe uma mulher como ela escapar de suas mãos desse jeito, irmãzinho tolo... As pessoas erram, mas também acertam, agora é a sua vez de acertar o seu erro. —Disse Itachi dando uma piscadela camarada para mim.

                Sem esperar alguma resposta Itachi se levantou do chão fazendo um pouco de esforço e caminhou para fora do quarto cantarolando qualquer canção de Elvis Presley. Demorei poucos segundos para entender o que ele falava, permaneci sentado no chão, naquele quarto vazio, mas que ainda carregava a essência da antiga dona. Suspirei e me levantei rapidamente do chão, desci os degraus da escada quase voando e saí de casa a procura da Haruno.

Diga-me, Diga-me que seu doce amor não morreu

Me dê, Me dê mais uma chance

De te manter satisfeita, satisfeita

                Não sabia exatamente onde procurar, ela poderia estar em todos os cantos de Konoha, mas muito provavelmente, a rosada estaria na casa da mãe. Surpreendi-me com o céu já sendo tingido de laranja e fiquei imaginando quanto tempo eu passei no complexo Uchiha me martirizando. Pulando entre os telhados, eu consegui achar a casa dos Harunos depois de alguns minutos.

                Parei na porta da tranqüila casa e passei a mão por meus cabelos, minhas mãos suavam e minha boca estava seca; eu realmente não sabia o que falar, mas tudo o que aconteceria a seguir seria melhor do que ficar naquela casa sem ela...

Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito

Eu simplesmente nunca me dei o trabalho

Você sempre esteve em meus pensamentos

Você sempre está em meus pensamentos

Você sempre está em meus pensamentos


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Notas finais do capítulo

Musica: Elvis Presley - Always On My Mind
:*